LISBOA: A CIDADE DAS SETE COLINAS

No sobe e desce das ladeiras, pelas ruas estreitas e labirínticas, descubra as entranhas da capital portuguesa!


Veja também as seguintes postagens:

- Lisboa: A Capital Está Cada Vez Mais Gira





Viagem de 2012:

Depois de quase três horas no trem do Porto a Lisboa e mais alguns minutos no metrô, chegamos ao Hotel Roma. É um hotel três estrelas bem grandinho. Já tinha ficado neste hotel na primeira vez que visitei Lisboa, na excursão da Abreu. Como eu tinha gostado muito tanto da estrutura do hotel quanto do quarto (o quarto triplo em que tinha ficado com meus pais era bem grande), fiz uma reserva aqui  nesta minha terceira vinda a Lisboa. Outro bom motivo que me fez escolher o Hotel Roma foi as suas tarifas, que ainda incluíam o pequeno almoço (café da manhã). O hotel fica a uns 10 minutos de caminhada do metrô. Pelo custo-benefício, vale a pena hospedar-se aqui.


O metrô de Lisboa é um meio de transporte eficiente. Nesta imagem, temos uma amostra do interior dos trens do metrô e das estações. Nosso ticket do metrô dava direito também aos elétricos (bondes) e aos autocarros (ônibus) e podia ser usado por 24 horas. Por esse ticket pagamos 5,50 euros.


Nosso primeiro destino em Lisboa foi a região conhecida como a Baixa (ou Baixa Pombalina), no centro histórico. Nenhum turista pode deixar de passar por aqui. Estou na Rua Augusta, uma rua só para pedestres e repleta de lojas, cafés e restaurantes.


Perto da Rua Augusta estão a Praça do Comércio, o Rossio e o Chiado. Ao fundo, o Arco da Rua Augusta (o Arco Triunfal) e a Praça do Comércio.


Andamos um pouco pelas ruas da Baixa e entramos na Rua dos Correeiros, por exemplo.


Na Rua dos Correeiros, encontramos muitas lojas de souvenirs que vendiam, entre outros artigos, pratos decorativos que podem ser pendurados na parede.


Os diferentes modelos dos Galos de Barcelos também são muito vendidos como souvenirs de Lisboa.


Depois da parada na lojinha de souvenirs, avistamos o Elevador de Santa Justa, que é parada obrigatória para o turista. O elevador, de 45 metros de altura, foi feito por um discípulo de Gustave Eiffel chamado Raul Mésnier du Ponsard. Foi inaugurado em 1902. Abaixo, na viagem de 2007, conto mais detalhes.

Ainda caminhando pelo centro de Lisboa, chegamos à Praça Rossio (ou Praça Dom Pedro IV), que é a principal praça de Lisboa. Atrás da fonte, o Teatro Nacional D. Maria II.


E do lado oposto à fonte da Praça Rossio fica a estátua de Dom Pedro IV.


Um close da bonita fonte da Praça Rossio.


Ao redor da Praça Rossio, há muitos cafés e restaurantes. Simpatizamos com a Pastelaria Suíça, que fica bem de frente para a praça. As pastelarias são restaurantes que também funcionam como lanchonetes, portanto oferecem preços mais em conta. Se eu não me engano, o prato que eu pedi foi um risoto de bacalhau (foto superior, à direita). Uma comida simples, mas gostosinha. O empregado de mesa (garçom) que nos atendeu era um brasileiro (assim como há muitos portugueses trabalhando no Brasil, há muitos brasileiros trabalhando em Portugal), que informalmente conversou com a gente sobre as épocas prósperas de Portugal e sobre a atual crise econômica na Europa que muito afetou Portugal.


Depois fomos pegar o elétrico de número 15 na Praça da Figueira para irmos ao Mosteiro dos Jerônimos. Esse elétrico deixa o passageiro bem ao lado do mosteiro.


Lembre-se sempre de validar o seu bilhete na máquina dentro do bonde, pois os fiscais entram mesmo e multam se veem que você está sem o bilhete ou que ele não está validado. O fiscal que entrou no nosso bonde era um brasileiro simpático que foi logo se interessando em puxar papo com a gente. Era o segundo brasileiro daquele dia que encontramos em Lisboa e que também se queixava da crise econômica no país. Nosso bonde passou pela Praça do Comércio (esta que se vê na foto), também conhecida como Terreiro do Paço. A Praça do Comércio foi encomendada pelo Marquês de Pombal após o terremoto de 1755. A estátua equestre que está nesta praça é a do rei Dom José I. Daqui, tem-se a bonita vista da zona portuária.


E, então, após uns 15 minutos, chegamos ao Mosteiro dos Jerônimos, que fica em Belém. Esse monumento é uma das Sete Maravilhas de Portugal. E um dos mais lindos que já vi.


O Mosteiro dos Jerônimos, do século XVI, foi encomendado pelo rei D. Manuel I para comemorar as conquistas marítimas de Portugal, ou seja, os Grandes Descobrimentos. 


O complexo do Mosteiro dos Jerônimos é enorme e magnífico. Sua fachada apresenta diferentes características, pois foi trabalhada por diversos arquitetos.


Panorâmica do Mosteiro dos Jerônimos, que sobreviveu ao grande terremoto. O monumento foi classificado pela UNESCO, em 1983, como Patrimônio Cultural de toda a Humanidade.


O mosteiro foi construído no lugar onde ficava a Capela de Santa Maria, local que os navegantes procuravam para pedir proteção antes de embarcarem nas longas viagens.


No Mosteiro dos Jerônimos estão enterrados Vasco do Gama, Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, entre outros.


Esta fachada decorada do Mosteiro dos Jerônimos é de uma beleza incrível!


Túmulo de Luís Vaz de Camões. Como diz a placa ao lado do seu túmulo, "Poeta maior da literatura portuguesa, autor da epopeia marítima Os Lusíadas que narra os feitos dos navegadores portugueses, em especial de Vasco da Gama, e a história do povo português".

A linda capela (Capela-mor) do Mosteiro dos Jerônimos.


Túmulo de Vasco da Gama. Como diz a placa ao lado do seu túmulo, "Navegador português que estabeleceu a ligação por mar entre Portugal e a Índia (1497-1498), fixando uma nova rota comercial que daria aos portugueses o domínio do Oceano Índico durante mais de um século".


Amostras do interior do Mosteiro dos Jerônimos, em estilo manuelino.


O claustro do Mosteiro dos Jerônimos, um local para oração e meditação.


Claustro do Mosteiro dos Jerônimos.


O claustro do Mosteiro dos Jerônimos, um belo exemplo de arquitetura manuelina.


Esta é uma das vistas mais bonitas que se tem do interior do Mosteiro dos Jerônimos. Do alto vemos melhor a beleza da Capela-mor.


O Coro-alto do Mosteiro dos Jerônimos.


As lindas arcadas do claustro do Mosteiro dos Jerônimos.


Depois fomos ver de perto o Padrão dos Descobrimentos, que fica em frente ao Mosteiro dos Jerônimos, beirando o Tejo. Mas, entre esses dois monumentos, há uma ampla praça com lindos jardins (Jardim da Praça do Império) que se precisa atravessar. É possível usar uma passagem subterrânea.


Belém é um bairro que fica ao lado do Tejo. Uma área cheia de monumentos e belos jardins. Abriga também o Museu Nacional dos Coches (o museu mais visitado de Lisboa), que ainda não tivemos a oportunidade de visitar. Ao fundo, o Mosteiro dos Jerônimos visto do Jardim da Praça do Império.


Lisboa fica às margens do Rio Tejo.


O barcos no cais de Belém.


O Padrão dos Descobrimentos foi inaugurado em 1960, época em que reinava a ditadura de Salazar. O monumento, cuja forma lembra uma caravela, homenageia as conquistas marítimas de Portugal. 


Observe as figuras esculpidas, tão bem feitas. Representam personalidades ligadas à história de Portugal (como navegadores e cronistas) e estão em ambos os lados do monumento.


Agora as esculturas vistas do outro lado do Padrão dos Descobrimentos. Observe a primeira figura na proa. Representa o Navegador Henry, que está segurando um navio nas mãos. 


A Torre de Belém fica na mesma calçada do Padrão dos Descobrimentos, mas ainda é preciso andar um tantinho até ela. A torre é o cartão-postal mais famoso de Lisboa e figurinha vista em muitas latas de azeite no Brasil. Como já conhecíamos a torre, só tiramos fotos de longe. Com tudo que se tem para ver em Belém, pode-se passar um dia inteiro no bairro. Abaixo, na viagem de 2007, conto alguns detalhes sobre esta torre.


Uma agradável caminhada leva o visitante de um monumento a outro (Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém) na Avenida de Brasília.


Na volta, mais uma foto do Padrão dos Descobrimentos. A frente do monumento representa a proa de um navio e as velas onduladas também estão simbolizadas por meio das formas curvas (abaixo da torre). Passear por aqui, às margens do Tejo, em Belém, é lembrar-se do antigo império marítimo de Portugal. É imaginar como deve ter sido no passado os navios partindo para suas grandes viagens à procura de tesouros. 


A ampla e bem cuidada praça em Belém, o Jardim da Praça do Império, em frente ao Tejo.


Nenhuma vinda a Belém pode ficar sem um pit stop na antiga Casa dos Pastéis de Belém (existe desde 1837), que é a doce vizinha do Mosteiro dos Jerônimos. É lá que estão os doces mais famosos de Portugal, os pastéis de Belém (em outros lugares, peça por pastéis de nata; só aqui são os de Belém). Apesar de simples, eles são uma delícia! Acho que o segredo dos pastéis de nata desta casa é que eles estão sempre fresquinhos. São fornadas e mais fornadas de pastéis que a gente vê chegando, então a gente não somente sente na mordida mas também vê à nossa frente que os pastéis estão vindo para a nossa boca direto do forno! 


Os pastéis de nata são doces com formato de empada que têm massa folhada recheada com creme de ovos. Mas, como tudo que é bom todos querem, o problema da Casa dos Pastéis de Belém é que ela vive cheia. Então tivemos que comer nossos quentinhos pastéis de nata no balcão mesmo, em pé. Vão muito bem com um cafezinho. Eu bem tentei sentar em um dos bonitos salões, mas não havia nenhuma mesinha vaga e já tinha gente na espera. Apesar disso, nas três vezes que vim a Belém, não deixei de passar por aqui. Esses pastéis de nata são bem parecidos com aqueles que vendem no Brasil, só que são mais gostosos, pois, por serem recém-tirados do forno, desmancham-se na boca. Hummmmm...


De Belém pegamos um táxi para o Castelo de São Jorge. Os táxis em Lisboa são baratos, vale a pena poupar tempo com eles algumas vezes. Na época, essa corrida de táxi custou 8 euros. A visita ao castelo vale a pena não somente para conhecer a estrutura das ruínas da fortaleza como também para se ter uma ampla vista de Lisboa. Mas o principal objetivo da visita aqui é o magnífico castelo.


O Castelo de São Jorge fica no ponto mais alto da colina da Alfama. Então, minha dica é que você faça como a gente. Chegue até aqui de táxi (para não ter que subir as ladeiras) e desça a pé o bairro da Alfama porque para baixo todos santos ajudam! E para conhecer a Alfama, o melhor é a pé mesmo, pois há ruas onde o carro não pode passar por serem muito estreitas.


Amostras do interior do Castelo de São Jorge.


O Castelo de São Jorge foi construído pelos muçulmanos no século XI.


Foi no local do Castelo de São Jorge onde Lisboa nasceu.

A vista de Lisboa em um dos mirantes do Castelo de São Jorge.


As muralhas mouras do Castelo de São Jorge.


É preciso entrar nas várias partes do castelo para conhecê-lo bem.


E subir escadarias também.


Só assim podemos chegar ao seu topo e admirar suas torres de perto.


As paredes do Castelo de São Jorge já sofreram reformas.


As ameias do Castelo de São Jorge.


No topo do Castelo de São Jorge.


Uma das vistas panorâmicas a partir do Castelo de São Jorge.


Lembro-me de que, para entrar nesta parte do castelo, torci meu pé (mas não foi nada demais) porque o chão é desnivelado. Então, mulheres, nada de virem de salto alto aqui. É preciso estar com calçados confortáveis.


Outra vista (temos várias) a partir de um dos mirantes do Castelo de São Jorge.


Castelo de São Jorge, visita imperdível!


Estes simpáticos hóspedes do Castelo de São Jorge estarão à sua espera.


Pavão misterioso, pássaro formoso... ♫♫♫


Imagem de São Jorge, o santo padroeiro de Portugal.


Depois de explorarmos o Castelo de São Jorge, descemos a pé o bairro da Alfama, que é o mais antigo de Lisboa. A Alfama é cheia de becos e ruas íngremes e bem estreitas (há ruas bem mais estreitas que esta). Este é um dos bairros de Lisboa em que podemos ver as roupas secando nos varais das janelas, um dos retratos típicos da cidade. As fachadas de azulejos das casas também são uma característica da Alfama.


A Alfama já foi um importante bairro mouro. Inclusive seu nome vem de uma palavra moura, al-hamma, que quer dizer fonte. Queríamos chegar ao Miradouro (Mirante) de Santa Luzia, que dizem ser um ótimo lugar para dar uma pausa na caminhada e admirar a vista. Mas não achamos.  Como disse, a Alfama tem muitas ruas estreitas, algumas com escadarias, que muitas vezes fazem você pensar que está indo para o lugar errado. E, como já estávamos cansados, ficou para a próxima. Pelo bairro, você vai encontrar bares, restaurantes e lojas.


Prepare-se para o sobe e desce de ladeiras e para um labirinto de ruas na Alfama. Inclusive, entramos numa rua que descobri fazer parte da Mouraria e não da Alfama, conforme me informou uma residente. São dois bairros vizinhos. É que, na verdade, esta região é chamada de Mouraria-Alfama. E um lembrete: recomendam tomar cuidado com batedores de carteira nesta região, mas eu realmente não vi absolutamente nada de suspeito. Entretanto, evite a região à noite.


Um elétrico passando na Alfama, bairro onde o fado surgiu. O elétrico é um dos mais antigos meios de transporte de Lisboa e funciona desde 1901.


Ainda estamos descendo a Alfama, a partir do Castelo de São Jorge. Algumas pessoas torcem o nariz para o bairro da Alfama, que já foi das prostitutas e dos delinquentes. Mas, apesar de ser tudo muito velho e de aparentemente não ter nada de bonito por estas ruas, andar por aqui faz parte do roteiro turístico obrigatório de Lisboa, pois é a parte histórica da cidade.


Afinal de contas, tesouros podem lhe surpreender pelo caminho! Foi descendo as ladeiras da Alfama que chegamos à linda Igreja da Sé, do século XII. A catedral precisou ser reconstruída após o Grande Terremoto de 1755, mas ainda preserva características originais. A Sé foi a primeira igreja de Lisboa e foi construída a mando do primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, logo após a expulsão dos mouros da cidade. Observe as bonitas torres gêmeas da Sé, igreja com características das antigas fortalezas. Nesta igreja está a pia onde Santo António foi batizado em 1195 (data provável). Ao lado da Sé (à esquerda), está a Igreja de Santo António, que foi erguida sobre a casa onde supostamente nasceu o santo casamenteiro.


A Igreja da Sé é outra boa parada para o descanso, mesmo que você não a encontre aberta.  Mas aproveitei para descansar um pouco num dos bancos que ficam aqui, no Largo da Sé. Poderíamos ter seguido em frente, mas, para poupar tempo, pegamos um táxi até o nosso hotel e pagamos somente 7 euros pela corrida. Se quiser chegar aqui de elétrico, os de número 12 e 28 passam.


À noite pegamos novamente o táxi à porta do hotel e fomos jantar no Bairro Alto, local boêmio de Lisboa, onde casas de fado marcam presença.  Era uma quinta-feira de julho e o bairro estava super animado! As ruas estreitas e de paralelepípedo (muitas somente para pedestres), cercadas por prédios muito antigos, estavam abarrotadas de mesas e de gente, principalmente de jovens e de turistas. Mas você sempre acaba achando um local para ficar porque são muitos os restaurantes. No Bairro Alto, não deixe de visitar a Praça Camões (foto inferior, à esquerda). Jantamos no restaurante Floresta da Cidade (Travessa Poço da Cidade). O nosso prato com bacalhau estava uma delícia.


No dia seguinte, começamos nosso passeio pela Rua Garrett, no centro do Chiado. Chegamos aqui de metrô e saltamos na estação Baixa-Chiado. Aqui estou no Largo do Chiado, em frente à estátua do poeta António Ribeiro, que era conhecido como “Chiado”. A Rua Garrett é talvez a rua mais famosa do Chiado.


A Rua Garrett é pequena, mas tem muito comércio. 


E, em frente ao Largo do Chiado, na Rua Garrett, está o antigo e famoso café A Brasileira (funciona desde 1905), que era o favorito do poeta Fernando Pessoa. Por isso há uma estátua de bronze dele em frente ao café. Você pode preferir tomar o seu café nas mesas da calçada, na companhia do poeta, mas, dependendo do horário, será difícil conseguir uma vaga. Fernando Pessoa era apaixonado por Lisboa.


Entramos no café A Brasileira, que estava um pouco cheio, mas fui atendida rapidamente. Comprei uma caixinha dos pastéis de nata e eles estavam deliciosos.


Rua Garrett, no Chiado, que faz parte da antiga Lisboa.


O Chiado sofreu um grande incêndio no dia 25 de agosto de 1988, tendo destruído quatro quarteirões. O bairro precisou ser reconstruído. Seguindo a Rua Garrett, vamos de encontro a um shopping, os Armazéns do Chiado (ao fundo).


E então chegamos aos Armazéns do Chiado, onde encontramos muitas lojas (mas o shopping não é  muito grande não). Um local moderno em um bairro antigo.


Depois, deixamos o bairro antigo para trás e fomos de metrô à parte mais moderna de Lisboa. Olha como é linda a moderna estação ferroviária do Oriente, que foi concluída em 1998.


O lindo teto da Gare do Oriente. A estação é enorme.


Desembarcamos na estação do Oriente para visitarmos o Parque das Nações. Fazem parte do complexo, entre outros: cassino, teleférico, Centro da Ciência Viva, Oceanário, Pavilhão Atlântico (na foto, à esquerda), restaurantes, Centro Comercial Vasco da Gama, Torre Vasco da Gama, hotéis e restaurantes.


O grande Centro Comercial Vasco da Gama, que tem quatro andares. Este shopping, sim, é bem grande e muito bonito. Inclusive foi nele onde almoçamos.


O Parque das Nações foi o local da World Expo de 1998.


As Torres São Gabriel, de estilo futurista, no Parque das Nações. Cada torre tem 110 metros de altura.


O Parque das Nações mostra o lado moderno de Lisboa e veio ocupar uma antiga área industrial decadente. A região foi toda revitalizada para a Expo-98. Aqui encontramos restaurantes de frente para o Tejo (foto inferior, à esquerda). Na foto inferior, à direita, vemos o boneco Gil, que foi o mascote da Expo.


Os teleféricos do Parque das Nações proporcionam uma linda vista do Rio Tejo.


Rio Tejo, no Parque das Nações. 


Ao fundo, a Torre Vasco da Gama. Ao lado dela, o Hotel Myriad.


O complexo do Parque das Nações é enorme e pode-se passar um dia inteiro aqui. À direita, ao fundo, o Oceanário, uma ótima atração para os miúdos (crianças). O problema é que na alta temporada as filas ficam enormes para o Oceanário.


O Parque das Nações fica na zona oriental de Lisboa. Ao fundo, a Ponte Vasco da Gama.


Muitos espaços para o descanso no Parque das Nações.


As espécies marinhas do Oceanário de Lisboa habitam os oceanos Pacífico, Atlântico, Índico e Antártico. O oceanário é gigante. Tem arraias, tubarões e tantas outras espécies que eu não saberia nomear. Agora, os animais que eu mais gostei de ver foram os pinguins!


Sou apaixonada por eles!


E as lontras também faziam o maior sucesso! Olha só a preguiça delas!
















O Oceanário de Lisboa, concebido e desenhado por Peter Chermayeff, é o maior oceanário da Europa e um dos mais belos do mundo! É o segundo maior do mundo até o momento, perdendo somente para o oceanário de Osaka, no Japão.


Não está na foto, mas na saída, vimos um slogan do Oceanário que dizia: “O mar é fixe”. O trocadilho diz a mais pura verdade. Para quem não sabe, a palavra “fixe” é uma gíria em Portugal que quer dizer “legal”. Tem a mesma pronúncia da palavra “peixe” em inglês, que é fish. Ah, não se esqueça de na saída passar na lojinha do oceanário e comprar algumas prendas (presentes). Lá há ótimas opções.


Adeuzinho, Parque das Nações! Andar por aqui foi muito giro (outra palavra que quer dizer “legal”).


Amostra do interior do Centro Comercial Vasco da Gama.


Algumas das montras do Centro Comercial Vasco da Gama. Montra quer dizer vitrine. Já deu para ver até aqui que, apesar da  língua ser a mesma, há muitas palavras que você desconhecerá em Portugal.


Voltamos à estação do Oriente para seguirmos viagem ao Porto.



O quarto que reservei no Hotel Roma foi um duplo standard. O quarto era simples, mas confortável. E, apesar de nossa janela ficar de frente para a rua, o quarto era silencioso.


Viagem de 2007:


O Cristo Rei visto em Belém. É possível subir ao Cristo, mas o monumento fica do outro lado do Rio Tejo.


O Cristo Rei foi inspirado no Cristo Redentor do Rio de Janeiro.


Em frente à Casa dos Pastéis de Belém. Como diz o letreiro, trata-se da única fábrica que vende esses pastéis de nata. Os de Belém, só aqui.


O Mosteiro dos Jerônimos.


Os lindos jardins que ficam entre o Mosteiro dos Jerônimos e o Padrão dos Descobrimentos.






As esculturas do Padrão dos Descobrimentos é o que mais chama a atenção.


Começando pelo Henrique, o Navegador, que é a primeira escultura na proa, temos, em seguida: Afonso V, Vasco da Gama, Afonso Baldaia, Pedro Álvares Cabral e Fernão Magalhães. Veja as personalidades que representam todas estas esculturas aqui


De perto, estas esculturas parecem ter vida de tão bem feitas que são.


Agora as esculturas do outro lado do monumento.







O Padrão dos Descobrimentos é uma homenagem ao Infante Dom Henrique, “o Navegador”, o pioneiro da era naval de Portugal.


Réplica do hidroavião Fairy III, que concluiu a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.


A Torre de Belém foi declarada Patrimônio Mundial pelas Nações Unidas em 1983. 


A Torre de Belém foi construída entre 1515 e 1520 pelo arquiteto português Francisco de Arruda. O monumento foi erguido aos triunfos de Portugal ao longo dos séculos. A torre protegia o porto do ataque de piratas. Você pode subir os degraus para ir ao topo da torre e desfrutar de uma linda vista.


Daqui, do ponto onde está a Torre de Belém, partiam as caravelas para a descoberta do Novo Mundo, para enfrentarem o "Mar Tenebroso" (o Oceano Atlântico). Entre os navegadores que partiram, destaca-se Vasco da Gama, que descobriu o Caminho das Índias.


A Praça do Comércio, uma das mais bonitas de Lisboa. Ao fundo, o Arco da Rua Augusta, o Arco Triunfal, que é de 1873.



Os arcos na fachada dos prédios da Praça do Comércio ao fundo e o Arco Triunfal. A Praça do Comércio fica às margens do Rio Tejo.


No calçadão comercial da Rua Augusta.


Na Rua Augusta.


O Elevador de Santa Justa. Imperdível.


A Praça Rossio.


Ao fundo, as escadas unindo a parte baixa e a parte alta das ruas.


Praça Rossio.


Nas ruas do Chiado.


Chiado.


O Elevador de Santa Justa, na Baixa, deixa o passageiro no Largo do Carmo, no Chiado. Sua estrutura é de ferro e de estilo gótico.


Ao sair do Elevador de Santa Justa, quando você já estiver na parte alta, você terá uma vista panorâmica da cidade. Ao fundo, a Igreja da Sé.


Só pela vista já vale o passeio no Elevador de Santa Justa. Ao fundo, o Rio Tejo.


Temos também a vista do Castelo de São Jorge.


E a vista do Rossio.


Viagem de 1999:

Esta viagem foi feita numa excursão com a Abreu. Aqui, o Mosteiro dos Jerônimos.


Meus pais em frente ao mosteiro. Na calçada em frente ao mosteiro havia uma feirinha vendendo vários souvenirs de Lisboa, como, por exemplo, miniaturas da Torre de Belém.



Quem vai a Lisboa precisa assistir a um show de fado e de danças folclóricas portuguesas. As músicas do fado são bem melancólicas e são acompanhadas por um violão. Os shows acontecem durante o jantar e geralmente é uma mulher que canta o fado (a fadista). O mesmo show pode ter tipos diferentes de apresentações (por exemplo, fado e danças típicas).


Nas casas de fado, geralmente é servido caldo verde de entrada e bacalhau como prato principal, acompanhado de um vinho português. Valeu muito a pena este programa. A comida estava ótima. Foi há muitos anos atrás, não me lembro do nome da casa, mas há várias na cidade.


Cartão-postal da Praça Marquês de Pombal.


Cartão-postal da Praça e Câmara Municipal.




Cartão-postal da Praça dos Restauradores.


O quarto triplo do Hotel Roma.

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Lisboa é a capital e a maior cidade de Portugal. É uma daquelas cidades que só se revelam quando nos predispomos a conhecê-las mais intimamente, quando descompassamos nossa caminhada e, com a curiosidade aguçada, adentramos suas ruas mais antigas e acanhadas. Para sentir a alma de Lisboa, é preciso vê-la por dentro. É preciso subir e descer ladeiras, observar a geografia da cidade no alto de um miradouro, entrar em vielas e até deixar-se perder no emaranhado de ruas. O cansaço bate, mas os elétricos e os elevadores das ruas ajudam na tarefa e a boa gastronomia do país dá a energia necessária.

Já estive três vezes em Lisboa, mas minhas visitas foram sempre rápidas. Somente na terceira vez, quando pude explorar mais a Baixa Pombalina, o Chiado, o Bairro Alto e a Alfama, ou seja, a Lisboa clássica, é que senti que eu começava a entender a cidade e a absorver melhor sua essência e história. Eu adoro passear por Belém e sempre fico de queixo caído com a beleza de seus monumentos, também adorei conhecer a modernidade do Parque das Nações, que tem um oceanário de dar inveja aos outros. Mas nada como perambular pelas ruas antigas do centro de Lisboa e deixar-se envolver por sua história, imaginando, só para dar um exemplo, como teria sido a Praça do Comércio antes do Grande Terremoto.

Lembrar-me de Lisboa é recordar minhas raízes portuguesas, é sentir no corpo o sacolejo dos elétricos, é ouvir a melodia triste do fado a me contagiar, é rever o Rio Tejo em fotografias que a memória registrou, é sentir falta da companhia de Fernando Pessoa que conheci lá no Chiado. Lembrar-me de Lisboa é inspirar o cheirinho do bacalhau e do azeite que paira no ar e sentir o gostinho doce do pastel de nata esquentando minha língua. Lembrar-me de Lisboa é brincar com meus sentidos. Lembrar-me de Lisboa é saudade na certa!

Um deleite para os instintos — assim é Lisboa! Uma sugestão mais que boa para os seus próximos planos de viagem. Seu fado será apaixonar-se por essa terrinha!



PONTOS TURÍSTICOS DE LISBOA:

Abaixo, reuni vários pontos turísticos da cidade de Lisboa (não todos, é claro). Muitos desta lista ainda ficaram para a minha próxima visita.

PRINCIPAIS:

- Baixa: Praça do Comércio, Rua Augusta, Rossio (inclusive sua bela estação de comboios), Elevador de Santa Justa, Praça da Figueira, Praça dos Restauradores (de onde parte o Elevador da Glória)

- Avenida da Liberdade (é comparada com a Avenida Champs Élysées, de Paris, guardadas as devidas proporções)

- Chiado: Rua Garrett, café A Brasileira, Armazéns do Chiado, Rua do Carmo

- Alfama-Mouraria: Castelo de São Jorge, Miradouro de Santa Luzia, Miradouro das Portas do Sol, Igreja da Sé e as ruas da região

- Bairro da Bica: Elevador da Bica, ruas, calçadas e becos

- Belém: Mosteiro dos Jerónimos, Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém, Museu Nacional dos Coches, Palácio Nacional de Belém, fábrica dos Pastéis de Belém

- Bairro Alto: Praça Camões, Elevador da Glória, Miradouro de São Pedro de Alcântara

- Parque das Nações: Gare do Oriente, Oceanário, Centro Comercial Vasco da Gama, cassino, teleférico, Ponte Vasco da Gama etc.

- Casas de fado (peça indicação de uma no seu hotel e aprecie a música acompanhado de um bom prato de bacalhau e vinho português; há muitas na Alfama e no Bairro Alto)


OUTROS:

- Parque Eduardo VII

- Praça Marquês de Pombal

- Clube do Fado

- Centro de Arte Moderna

- Jardim Botânico

- Jardim Guerra Junqueiro

- Docas de Santo Amaro

- Além dos miradouros que já citei, há outros bem bacanas, como o Miradouro de Santa Catarina, o Miradouro da Senhora do Monte, o Miradouro da Graça etc. 

- Feira da Ladra (É para quem gosta de mercado de pulgas; é a mais popular feira de rua. Fica no Campo de Santa Clara.)

- Igrejas: Além da Sé, há outras igrejas de grande beleza, por exemplo, a Basílica da Estrela,  a Igreja da Madre de Deus, a Igreja de São Roque, a Igreja do Carmo etc.

- Museus: MAAT (inaugurou em 2016), Museu Nacional dos Coches, Museu Nacional do Azulejo, Museu de Marinha, Museu Arqueológico, Museu Calouste Gulbenkian, Museu Nacional de Arte Antiga etc.


PROGRAMA NOTURNO:

O Bairro Alto é o principal local da vida noturna da cidade. Então, não há lugar melhor para se passar a night em Lisboa senão o Bairro Alto, onde as ruas revelam uma Lisboa tradicional. Inclusive, o bairro muito lembra a Alfama. No Bairro Alto, nos finais de semana, os restaurantes ficam abertos até tarde da noite.


PASSEIOS INTERESSANTES:

- O elétrico 28 é um tradicional bonde de Lisboa, sendo o mais recomendado para fazer um city tour, pois passa por diversos lugares turísticos, como Alfama, Baixa e Chiado.

- Quem gosta de fazer sightseeing naqueles ônibus turísticos de dois andares, Lisboa também tem a oferecer. Voltei para casa com os panfletos de duas companhias que oferecem o passeio: a Cityrama e a Yellow Bus.


EXCELENTES SHOPPINGS:

- Centro Comercial Vasco da Gama

- Colombo

- Amoreiras


SOUVENIRS:

Há muitos, de todos os tipos: chaveiros, pratos e azulejos pintados à mão, ímãs, copos etc. Os mais típicos são os modelos pintados dos Galos de Barcelos.



GASTRONOMIA:

Peixes, com destaque para o bacalhau, frutos do mar, carnes. Um prato bem típico da cidade são as pataniscas de bacalhau. Prepare-se para voltar para seu país com uns quilinhos a mais, pois come-se muito bem em Portugal. Duas dicas importantes: 

  • Dica 1: Não hesite em pedir ajuda ao empregado de mesa (garçom) para entender o cardápio, que pode ser difícil de decifrar por causa dos diferentes nomes. Mas esteja certo de que provavelmente você conhece a maioria das iguarias. Quer dois exemplos? Gambas são camarões e sapateira é caranguejo.
  • Dica 2Cuidado com as entradas oferecidas como couvert nos restaurantes (pão, queijo, azeitonas, presunto, patê etc.) que podem ser cobradas separadamente (por cada item) e não como uma coisa só. Aconteceu com a gente no restaurante Floresta da Cidade, no Bairro Alto. Não sabíamos, então, no final, a nossa conta veio um pouco alta e nem tivemos apetite para todas aquelas entradas.


QUANTOS DIAS PARA CONHECER LISBOA?

No mínimo três dias muito bem aproveitados. Com dois dias, é possível ver muita coisa, mas três dias garantem mais encantamentos.


AEROPORTO:

Aeroporto da Portela


NOTAS:

— Se você gosta de licor, experimente o tradicional licor de ginja, que é uma fruta parecida com a cereja. As tascas (botequins) no centro vendem a ginjinha e as pessoas costumam tomar em pé mesmo.

— Em 1994, Lisboa foi nomeada a Cidade Europeia da Cultura.

— Em Portugal, você ouvirá muitas músicas brasileiras e verá novelas brasileiras passando na TV. Ou seja, você se sentirá em casa!

— Além de Fernando Pessoa (que nasceu e morreu em Lisboa) e Camões, outros literatos que escreveram sobre Lisboa, tendo a cidade como cenário, são: Bocage, Eça de Queiroz e  Almeida Garrett.

— Lisboa é descrita como a cidade das sete colinas, entre elas destaca-se a Colina de São Jorge. Para detalhes, visite esta página da Wikipédia.

— Os lisboetas são apelidados de alfacinhas.

— Amália Rodrigues foi o grande nome do fado.

— Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 22 de abril de 1500. Certo? Mas será que o Brasil já não teria sido descoberto? Há controvérsias sobre esse dado histórico.

— O Grande Terremoto de 1755 que destruiu Lisboa ocorreu no dia de Todos os Santos, durou seis minutos, fez o rio Tejo invadir a cidade e matou aproximadamente 60 mil pessoas em Lisboa. O Marquês de Pombal comandou a reconstrução da cidade.


PARA ESTICAR UM POUCO A VIAGEM:

A cidade de Lisboa é a capital do distrito (estado) de mesmo nome. E o distrito de Lisboa tem muito para oferecer, além de sua capital. E é super fácil e rápido chegar a vários locais de trem a partir da cidade de Lisboa. Consulte o site dos Comboios de Portugal (CP) e pesquise rotas, horários e preços. Então, tendo um tempinho a mais na agenda, minhas sugestões são:

- Sintra - Saindo da estação do Rossio, chega-se a Sintra em 39 minutos. Você se encantará com seus castelos e palácios, principalmente com o Palácio da Pena.

- Cascais - Há trens desde a estação do Cais do Sodré. A viagem dura 40 minutos. A costa de Cascais é linda.

- Estoril - É uma freguesia do concelho de Cascais. De Cascais a Estoril de trem são 3 minutinhos. Tem como grandes atrações as praias e o Casino Estoril. (Cascais também é uma freguesia no concelho de mesmo nome.)

Dica: Dedique 1 dia para Cascais e Estoril e 1 dia para Sintra. Já fiz os três lugares juntos numa excursão de 1 dia e não valeu a pena. Deixei de ver muitas coisas em Sintra, que, por causa de seus monumentos, preenche muitas horas de seu dia.


PARA ESTICAR UM POUCO MAIS A VIAGEM:

Fora do distrito de Lisboa, há inúmeros destinos maravilhosos: Óbidos, Coimbra, Fátima e por aí vai... Abaixo, duas ótimas sugestões para se passar, no mínimo, dois dias.


- Algarve - Sua costa está entre as mais belas do mundo! O trem chega até Faro, a capital do Algarve. A viagem de trem, no Alfa Pendular, dura menos de três horas. 

- Porto - Já falei dessa cidade nesta postagem, na qual declaro meu amor por ela. O Rio Douro, a Ribeira e a Foz garantem encantamento à primeira vista. Chega-se ao Porto de trem em menos de três horas também. 


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