Rio de Janeiro (7ª parte)

Três destinos para anotar na agenda: Mosteiro de São Bento, Parque Lage e Aterro do Flamengo.



A fachada do Mosteiro de São Bento é até simples...



...mas o seu interior deixa qualquer um impressionado. Pena que as fotos não ficaram boas...



Só de perto percebemos a beleza do altar.



E as paredes também são ricas em detalhes.



Saindo do Mosteiro encantada com o que encontrei.



O Parque Lage, uma grande área de lazer.



Há até um castelinho no Parque Lage.



Há pontes que levam para outras áreas de lazer.







Quase na hora de ir embora, me deparei com esta gruta.



É claro que eu quis ver o que se escondia dentro dela.



E descobri ali a casa de umas criaturas muito simpáticas, como este tubarão da Tailândia.



A gruta é um aquário que abriga vários tipos de peixes.



Depois andamos até o casarão onde funciona a Escola de Artes Visuais.


Pátio em frente à Escola de Artes Visuais.



Dentro da casa, há um pequeno restaurante que serve os clientes na varanda...



...e ao redor da piscina.




Este é o Museu de Arte Moderna (MAM). Marcante a sua arquitetura, não?



E este é o bonito Jardim de Pedras do museu.



O MAM fica no Aterro do Flamengo, por isso, não dispense um passeio pelo parque.



E no intervalo para o descanso, se refresque com os picolés vendidos nessas carrocinhas...



...enquanto aprecia a beleza da Baía de Guanabara.



Lago do complexo monumental. Os quatro espelhos de água formam um efeito de cascata.



Este era o tipo de canhão que os alemães usavam na Segunda Guerra Mundial.



A exposição do museu do Monumento aos Pracinhas.



Fotos e textos fazem parte da exposição.



A partir do monumento, podemos avistar a Catedral do Rio.



Em frente ao Pórtico Monumental, que simboliza dois braços levantados com as mãos abertas implorando graças aos céus.


À esquerda, a Escultura Metálica, que simboliza as formas dos engenhos de guerra aérea. À direita, o Grupo Escultórico, que homenageia as Três Forças Armadas.



O monumento teve sua construção concluída em 1960.



Daqui, avistamos também a Igreja da Glória, de arquitetura barroca.



Os jazigos do Mausoléu do complexo monumental.



Vista a partir da plataforma superior do monumento.



No Grupo Escultórico são representados um marinheiro, um soldado e um aviador.



A Bandeira Brasileira é içada diariamente em um dos mastros.



Não é surpresa ouvirmos falar de pessoas que não conhecem alguns (ou vários) pontos turísticos de sua cidade. Muitas vezes, pessoas vindas de outra cidade ou país sabem mais da cidade que visitam do que os próprios cidadãos locais. Mas isso não é difícil de entender. Quando viajamos para longe, queremos aproveitar ao máximo tudo o que a nova cidade tem a oferecer dentro do pequeno tempo do qual dispomos. Já na cidade onde moramos, nos valemos da comodidade de saber que a qualquer hora aquela atração poderá ser visitada. Só que essa hora acaba não chegando nunca se não nos dispusermos a agendar a visita. Eu mesma, moradora do Rio de Janeiro há tanto tempo, nunca tinha visitado o Mosteiro de São Bento e o Parque Lage. Se não fosse a motivação do blog, acho que ainda não teria visitado esses dois lugares este ano. Já o Parque do Flamengo é meu conhecido há muito tempo, era aonde meus pais me levavam quase todo o fim de semana quando eu era criança.

Localizado no centro da cidade, o Mosteiro de São Bento não causa impacto à primeira vista. Externamente, é uma igreja simples, mas guarda riquezas que surpreendem. Não dá para mostrar a beleza do interior através dessas fotos, até porque não é permitido fotografar com flash. As imagens não ficam boas, como podemos perceber aqui, mas mesmo a melhor foto não revelaria os detalhes dourados e bem-trabalhados das paredes da igreja, que só se mostram quando estamos envoltas por elas. Como eu não entendo muito de arte arquitetônica, aqui vai uma descrição emprestada do interior da igreja: “totalmente forrado com talha dourada que vai do estilo barroco de fins do século XVII ao rococó da segunda metade do século XVIII” (WIKIPEDIA, 2009).

Uma atração à parte no Mosteiro de São Bento que eu não descobri a tempo de conferir é a missa dominical, que, “celebrada com canto gregoriano, única na capital fluminense, atrai muitos visitantes. É um evento que faz parte do roteiro turístico da cidade; tão concorrido que se recomenda a chegada com cerca de trinta minutos de antecedência” (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2009). Na próxima vez, não vou perder essa. E se você for ao mosteiro de carro, na saída verá o tradicional Colégio São Bento (1858), que já formou figuras ilustres, como Noel Rosa. Verá também a Baía de Guanabara à sua direita.

O Parque Henrique Lage, geralmente chamado de Parque Lage, abriga um casarão, uma escola de artes visuais, e uma floresta com trilhas (inclusive uma aberta que leva até o Corcovado para quem se aventurar), uma gruta com aquários (com diferentes tipos de peixes, tais como carpas coloridas), um parquinho para crianças, pequenas cachoeiras e córregos, e até um castelo. Querendo, você pode fazer um piquenique no parque. Ou deixe para fazer um lanchinho no Café du Lage, no casarão do parque, apesar do estabelecimento ser famoso pelo seu café da manhã, bem concorrido nos fins de semana. A comida em si não tem nada de especial, o que faz a refeição ser diferente é estar num ambiente descontraído, tendo a oportunidade de antes ou depois desfrutar de todos os prazeres de uma caminhada pelo parque e apreciar a arte nas pinturas expostas tanto nos salões do casarão quanto nos corredores que ladeiam a piscina.

O Parque Lage fica ao lado do Jardim Botânico, só não deixe para visitar os dois parques no mesmo dia porque eles são muito grandes, principalmente o segundo. Seria muito cansativo e você acabaria não os aproveitando muito. Já que estou falando do Jardim Botânico, fazendo uma comparação, este é mais bonito do que o Parque Lage e mais bem-cuidado. Deve ser porque a entrada ao Parque Lage é gratuita, portanto, os recursos para preservá-lo devem ser menores. Saiba mais sobre o Parque Lage em: <http://www.rio.rj.gov.br/fpj/pqlage.htm>.

Uma grande área de lazer e uma das principais do Rio é o Aterro do Flamengo ou simplesmente Aterro (o nome oficial é Parque Brigadeiro Eduardo Gomes), ou ainda Parque do Flamengo, que vai do Aeroporto Santos Dumont até a Enseada de Botafogo. Passear pelo Aterro é um programa muito prazeroso tanto para cariocas quanto para turistas. Apenas é aconselhável evitar pontos mais desertos e passeios noturnos devido a assaltos. O Aterro já foi um lugar bem mais seguro, mas o aumento da violência no Rio tem se refletido por toda a parte. É interessante visitar o parque em um domingo ou feriado quando fica mais movimentado e tem suas pistas interditadas para carros para o lazer do público, que pode, inclusive, alugar bicicletas.

No dia em que tiramos essas fotos do Aterro, nossa intenção era visitar o Museu de Arte Moderna (MAM) apenas, por isso, deixamos nosso carro no estacionamento do museu. Mas fomos nos distraindo com o bonito Jardim de Pedras do museu e depois fomos atraídos para o cenário natural e deslumbrante que cerca o museu. Acabamos deixando para entrar no MAM num outro dia. Decidimos caminhar até o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, mais comumente conhecido como Monumento aos Pracinhas, que ocupa uma área de 10.000 m². Uma boa sugestão de roteiro pelo Aterro é começar justamente pelo MAM. Até chegar ao Monumento aos Pracinhas, você vai aproveitar a vista do Aeroporto Santos Dummont, da Baía de Guanabara (o melhor do Aterro, na minha opinião) e da Marina da Glória. E vai contar também com a presença do Corcovado, do Pão de Açúcar, da Igreja da Glória e até da Catedral. Quando chegar ao patamar do monumento, não deixe de conferir no museu uma interessantíssima exposição de armas e outros objetos usados na campanha militar.

Depois da exposição, subimos a escada que dá acesso à plataforma superior e admiramos de perto o Pórtico Monumental (não deixe de observar o Túmulo do Soldado Desconhecido), além da vista da Baía, que lá de cima é ainda mais bonita. Mas antes entramos no Mausoléu, local onde são guardados os restos mortais dos heróis brasileiros que tombaram nos Campos de Batalha da Itália. Fiquei emocionada quando vi aquela quantidade de jazigos cujas lápides apresentavam os nomes desses heróis, sendo que algumas tinham uma inscrição diferente, já que os corpos não puderam ser identificados: “Aqui jaz um herói da FEB. Deus sabe seu nome.” Há também jazigos com as lápides brancas para dois soldados que ainda não foram encontrados. Do lado dos jazigos, fica uma capela. Para mais informações sobre o complexo do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, não deixe de visitar o site <http://www.mnmsgm.ensino.eb.br/>.

Paramos nosso passeio por aí, mas o visitante pode esticar até o Museu Carmem Miranda e o Monumento a Estácio de Sá, que foi o fundador da cidade. A parada do almoço pode ser no Porcão (a casa estava para sair do local), excelente churrascaria, porém cara. E se desejar um passeio de barco, o ponto certo é a Marina da Glória.

O Mosteiro de São Bento, o Parque Lage e o Aterro do Flamengo são três importantes pontos de interesse do Rio de Janeiro, porém o turista deve dar prioridade ao Aterro. Os demais são para quem tiver tempo sobrando na cidade, levando-se em conta que as visitas obrigatórias no Rio já são muitas: além do Aterro, o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, as praias, etc.



Referências:

PORTAL SÃO FRANCISCO. Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/rio-de-janeiro/mosteiro-de-sao-bento-do-rio-de-janeiro.php>. Acesso em: 18 dez 2009.

WIKIPEDIA. Mosteiro de São Bento (Rio de Janeiro). Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_S%C3%A3o_Bento_(Rio_de_Janeiro)>. Acesso em: 26 dez 2009.