SCHÖNBRUNN: ATRAÇÕES DENTRO E FORA DO MAIS SUNTUOSO PALÁCIO DE VIENA

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Viena, capital da Áustria, é uma cidade cheia de palácios e prédios clássicos monumentais. É de uma beleza arquitetônica de tirar o chapéu (várias vezes, diga-se de passagem), o que é mais do que se esperar de uma cidade que foi a capital do grande império austro-húngaro (Áustria + Hungria). Além da riqueza arquitetônica, Viena ainda conta com muitos museus de responsa e parques encantadores. Estou querendo chegar ao ponto de que é impossível conhecer tudo de lindo que a cidade oferece em poucos dias. Principalmente se a intenção do turista ainda for fazer as visitas internas. Mas, apesar de ser a contragosto, muitos só dispõem mesmo de uns 2 ou 3 dias em Viena e precisam ter de abrir mão de algumas atrações. E alguns que estão nessa situação podem acabar indecisos entre dois prédios vienenses esplendorosos, o Schönbrunn e o Belvedere, já que ambos são grandiosos palácios imperiais com museus e jardins franceses suntuosos. Nem coloquei o Palácio Hofburg nessa disputa, pois ele nunca é deixado de fora de um roteiro turístico, já que ele é mais central do que os outros, ficando perto de várias outras atrações, e, para não fugir à regra, é magnífico também. O ideal mesmo seria poder visitar tanto o Schönbrunn quanto o Belvedere, mas, na impossibilidade, eu sugiro sem pestanejar o Palácio de Schönbrunn (Schloss Schönbrunn), simplesmente porque é o mais grandioso palácio de Viena e um dos principais da Áustria. Se estiver sem tempo ou com a grana apertada, visite pelo menos os jardins do Schönbrunn, pois, assim como aqueles do Belvedere, são de graça e imperdíveis. Mas, ainda na esfera das comparações, os jardins do Schönbrunn superam na ostentação. Os monumentos em seus jardins, incluindo a Gloriette, fazem daquilo um lugar...monumental.

O Palácio Schönbrunn foi a residência de verão dos Habsburgos (família imperial austríaca) até o final da Segunda Guerra Mundial, e foi erguido entre 1696 e 1701. Como era usado pela nobreza, não é preciso nem dizer que esse palácio é enorme e com salões bem decorados. Ao todo, são 1.441 cômodos, mas somente 40 podem ser visitados, como a famosa Sala dos Espelhos e os aposentos do Imperador Francisco José e de sua amada, a Imperatriz Elizabeth da Bavária (mais conhecida como "Sissi"). Outros grandes destaques são as salas chinesas e o Salão do Milhão. No Schönbrunn, você também vai admirar o requintado mobiliário de época, o que é sempre muito interessante (as penteadeiras, as camas, os aquecedores etc.), os salões ricamente decorados usados para recepções da nobreza e retratos da Imperatriz Sissi. O Palácio Schönbrunn foi também a casa da arquiduquesa Maria Leopoldina (filha do Imperador Francisco I da Áustria) até ela se casar, por procuração, com o imperador brasileiro Dom Pedro I. Tornou-se Imperatriz do Brasil entre 1822 e 1826 e rainha de Portugal em 1826. 

O Palácio Schönbrunn é frequentemente chamado de Palácio de Versalhes de Viena devido à riqueza que ambos ostentam. E uma preciosidade à parte do Schönbrunn são os concertos que recebe e isso acontece desde a época do império. Imagino ser uma emoção e tanto assistir a um concerto nesse histórico palácio, que, por intermédio da família dos Habsburgos, recebeu famosos compositores, dando oportunidades para eles apresentarem suas músicas com orquestra, caso do Mozart. Se você tiver interesse em assistir a um concerto no Schönbrunn, cheque as temporadas, os horários, os preços e as apresentações no site do palácio, na página Schönbrunn Palace Concerts.  


INGRESSOS: 

Eu adquiri meu ingresso para o Schönbrunn online, comprado no site oficial do palácio. Você paga com cartão de crédito e imprime em casa. A vantagem de se comprar online é que você não enfrenta filas no local (podem ser gigantescas); você entra direto. Eu comprei o Sisi Ticket, que dá direito a três atrações imperiais: Schönbrunn Palace (Grand Tour com áudio guia e direito a visitar 40 cômodos), Hofburg (com direito ao Museu Sisi) e o Imperial Furniture Collection. Se comprados separadamente, o total desses tickets sai mais caro; então, o Imperial Furniture Collection acaba saindo como um bônus.

Se você tiver o Vienna Card, que dá direito ao uso ilimitado do transporte público por 48 ou 72 horas, terá descontos em várias atrações, como no Hofburg e no Schönbrunn (veja neste link os descontos oferecidos), mas ele não oferece fast track admission, ou seja, entrada rápida; você vai ter de qualquer maneira entrar na fila para comprar ingresso. O que é melhor para você, se o Sisi Ticket ou o Vienna Card (ou os dois), só quem pode dizer é você, levando em consideração o que você, de fato, vai visitar, o tempo que tem na cidade etc. Ponha tudo na ponta do lápis e veja o que mais lhe convém. Só para lembrar, nas estações de metrô você também pode adquirir tickets para o transporte público para usar livremente o dia inteiro, o que sai muito mais barato do que comprá-los a cada viagem.


Na verdade, há vários tipos de ingressos para o Schönbrunn, inclusive para tours guiados e para aprender, na cafeteria do palácio, a fazer a tradicional torta de maçã, o apfelstrudel. O melhor a fazer é você entrar no site, ler as descrições e escolher o ingresso que mais lhe interessa. Eu comprei o Sisi Ticket porque incluía as principais atrações para mim - o Hofburg e o Schönbrunn - e para o turista em geral que não dispõe de muito tempo em Viena.  


DICA:

O ideal é você começar seu dia com a visita ao Schönbrunn, pois provavelmente este será seu passeio mais demorado e cansativo em Viena. Você vai perder uma manhã inteira para conhecer com calma o interior do palácio, explorar seus jardins e subir até a Gloriette, que fica no alto da colina (uma subidinha cansativa). Se ainda for visitar o restante principal do complexo (descrevo abaixo), reserve um dia inteiro. 





ATRAÇÕES DO COMPLEXO DO SCHÖNBRUNN:

Além do Palácio, é claro, as principais atrações turísticas do parque do Schönbrunn são:

* Os jardins (com o Labirinto e monumentos como a Fonte de Netuno, o Obelisco, as Ruínas Romanas e as estátuas mitológicas);

* A Gloriette (um arco do triunfo, no alto de uma colina - abriga o Café Gloriette);

* O Tiergarten Schönbrunn (o mais antigo zoológico do mundo);


* O Palmenhaus (pavilhões que recriam três climas e abrigam dezenas de plantas do Mediterrâneo, tropicais e subtropicais; é um viveiro de plantas, sendo o maior da Europa em sua categoria);

* O Museu das Carruagens Imperiais



COMO CHEGAR AO SCHÖNBRUNN:


O Palácio do Schönbrunn fica no bairro de Hietzing, o mais nobre de Viena. Apesar de ficar um pouco afastado da região central de Viena, é muito fácil e rápido chegar ao palácio. Basta ir de metrô e desembarcar na estação Schönbrunn, da linha 4 (U4). Depois, você vai caminhar por uns 10 a 15 minutos até chegar à entrada do parque. Quando estiver perto, você verá algumas estátuas vivas muito interessantes. 


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Abaixo, mostro fotos das fachadas do Palácio e do parque do Schönbrunn em nosso dia de visita. Não mostro nenhuma foto do interior do palácio simplesmente porque eles proíbem as fotografias. Uma pena... As fotos me ajudam a relembrar os passos que dei, os objetos que vi e aqueles que mais gostei. Com o tempo, essas imagens vão se apagando. Tenho a certeza de que já me esqueci de muitas coisas que vi dentro desse palácio. É que você vê taaannnta coisa, que você acaba embaralhando tudo na cabeça. E considerando que o interior barroco do Palácio do Schönbrunn é um dos mais bem preservados da Europa, minha lamentação de não ter essa recordação só aumenta. Enfim, lamúrias à parte, o passeio que mostro nestas fotos é o "ideal-necessário-principal" para quem reservar apenas uma parte do dia ao Schönbrunn, ou seja, interior do palácio, jardins e Gloriette. Só não visitei o Labirinto porque eu ainda teria que comprar um ingresso à parte (vendido na entrada da atração; 5 euros) e porque realmente não me despertou muita curiosidade. Preferi usar o restante do meu tempo aproveitando outras coisas em Viena.       



É muito fácil chegar ao Palácio do Schönbrunn de metrô. Pegue a linha 4 (U4)  e desembarque na estação de mesmo nome: Schönbrunn (esta da foto). Mas não pense que você sai da estação e já esbarra com o palácio. É preciso seguir andando num caminho bem sinalizado pelas placas nas ruas. A caminhada dura uns 10 a 15 minutos. 


Então, após a caminhada, você logo verá a entrada do Palácio do Schönbrunn, um símbolo do império Habsburgo. 



O Palácio do Schönbrunn tem sua arquitetura no estilo barroco.



Selfie no pátio do Palácio do Schönbrunn, que é cercado por prédios. Num desses, você vai encontrar uma loja de souvenirs cheia de objetos com retratos da Imperatriz Sissi, idolatrada pelo povo. Esses souvenirs são muito interessantes, há até miniaturas do quarto da Imperatriz que só encontrei aqui, mas os preços são bem salgados.  



Uma linda fonte está no imenso pátio em frente ao Palácio do Schönbrunn. 



O Palácio do Schönbrunn foi tombado pela UNESCO em 1996.



Um close para a parte central do Palácio do Schönbrunn com suas escadarias laterais.



O Palácio do Schönbrunn é um grande exemplo do legado da dinastia Habsburgo. Aqui viveram imperadores e imperatrizes e hospedou-se Napoleão Bonaparte. 


Ao fundo, a vista da entrada principal para o Palácio do Schönbrunn. Este é o pátio em frente ao palácio. 



O parque do Palácio Schönbrunn é enorme e conta com jardins muito bem conservados e ornamentados. 


No Parque do Palácio Schönbrunn, há muitos caminhos por onde você pode se perder entre os jardins. Num único dia de visita, não dá para percorrer todos os lados do parque e ainda visitar o palácio. 


O parque e os jardins do Palácio do Schönbrunn foram abertos ao público em 1779 pela Imperatriz Maria Teresa, que ajudou no projeto paisagístico. 


Os jardins do Palácio do Schönbrunn representavam o poder imperial.


Parte do parque do Palácio do Schönbrunn - Viena.


 O parque do Palácio do Schönbrunn é ornamentado também com diversas esculturas.



Em outro pátio do Palácio do Schönbrunn - no final deste está a Gloriette.  



Veja como é enorme o parque do Palácio do Schönbrunn. Este é só um pedaço dele. Felizmente, há placas espalhadas pelo parque informando onde se encontram as atrações. 



Ao fundo, no alto da colina, está o monumento chamado Gloriette, que abriga um bom café. Para chegar até lá, prepare suas pernas.



Uma das lindas estátuas do Palácio do Schönbrunn. 



A Gloriette ao fundo, que foi a última parte do Schönbrunn a ser erguida. Antes de chegar lá, você vai passar ao lado de um lindo gramado colorido.



Fachada do Palácio do Schönbrunn, de frente para a Gloriette, separados por um lindo jardim.



Outra estátua que me encantou no jardim do Palácio do Schönbrunn. 



A bonita Bacia de Náiade, que, não sei por qual motivo, estava seca, nos jardins do Palácio do Schönbrunn.


Então, seguindo as placas do parque do Schönbrunn, você chega aos principais monumentos. É preciso andar, andar e andar... Por isso é que eu disse que este será seu passeio mais cansativo de Viena. Aqui, vemos as Ruínas Romanas, um monumento lindo! Mas estas ruínas são falsas.


Se preferir poupar as suas pernas, sacrifique seus euros e alugue uma charrete para passear pelo Parque do Schönbrunn. Com certeza, deve ser um passeio muito agradável.



As árvores em linha reta em direção ao Palácio do Schönbrunn.



Outro lindo monumento no Palácio do Schönbrunn é a Fonte do Obelisco. Acho que este foi o que eu mais gostei. As esculturas são lindas. Aproveite os banquinhos que têm aqui perto para descansar e ganhar novo fôlego para explorar o restante do parque.  



Fonte do Obelisco, no Palácio do Schönbrunn, em Viena. 



Esculturas da Fonte do Obelisco - parque do Palácio do Schönbrunn. 



Visão central da Fonte do Obelisco - Palácio do Schönbrunn, Viena. 


Esculturas da Fonte do Obelisco - parque do Palácio do Schönbrunn. 



Esculturas da Fonte do Obelisco - parque do Palácio do Schönbrunn, Viena. 


Close para o obelisco da fonte.


Tem também trenzinho no Palácio do Schönbrunn!


Outro monumento lindo e muito fotografado no parque do Palácio do Schönbrunn é a Fonte de Netuno.

As charretes passam em frente aos principais monumentos do parque do Palácio do Schönbrunn.


Jardins entre o Palácio do Schönbrunn e a Fonte de Netuno.



Em frente à Fonte de Netuno e ao Palácio do Schönbrunn.


Aqui, já estou no alto da colina da Gloriette, de onde você tem vistas panorâmicas para o Palácio do Schönbrunn e para a cidade de Viena.


Selfie no alto da colina onde foi erguida a Gloriette.


A Gloriette é um monumento neoclássico de 1775 erguido para comemorar a vitória de Maria Teresa sobre as tropas de Frederico II da Prússia. No topo do monumento, há a águia bicéfala dos Habsburgos. Na época do império, a Gloriette era usada para festas e jantares e hoje abriga o Café Gloriette, uma ótima pedida para um descanso e para forrar o estômago. Em frente à Gloriette, um lago que reflete o monumento.


No mirante para o Palácio do Schönbrunn e seus jardins, na colina da Gloriette - Viena.


Mirante na colina da Gloriette - Viena.



Estou dentro do Café Gloriette do parque do Palácio do Schönbrunn. Era aqui que a Imperatriz Maria Teresa gostava de se refugiar para encontrar sossego. Hoje existe este café, que é como um oásis num final de passeio pelo parque do palácio, principalmente se for verão. Você vai precisar se refrescar com uma bebida bem geladinha ou um delicioso sundae. Mas aproveite também para comer algo tradicional e tomar um melange (o mais típico café vienense). O menu de almoço do Café Gloriette é com pratos mais simples, por exemplo, com as salsichas típicas. Para adoçar o paladar, não dispense uma Sachertorte (a mais tradicional torta de Viena, feita de chocolate) ou uma apfelstrudel. 


O Café Gloriette também tem mesas na varanda, que é cercada de muito verde.



O lago em frente ao Palácio do Schönbrunn tem patinhos que podem ser uma diversão para as crianças. 

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E para dar mais um toque especial à sua visita ao Palácio de Schönbrunn, fique sabendo que na magnífica Sala dos Espelhos, Mozart deu seu primeiro concerto, quando tinha apenas seis anos de idade (em 1762). A apresentação foi para a Imperatriz Maria Teresa.



OS JARDINS DO BELVEDERE DE VIENA: VALEM TANTO QUANTO OS SALÕES DOS PALÁCIOS

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Os Palácios do Belvedere são uma das principais atrações turísticas de Viena, mas eles não fazem sucesso sozinhos. Seus jardins, que ligam um palácio ao outro, podem para muitos, aqueles que não ligam para telas de pintura, até ser mais interessantes do que o interior dos próprios palácios, que abriga salões de pinturas de grande valor. Claro que não dá para comparar uma coisa com a outra, mas se considerarmos que aqueles jardins são uma obra de arte também (e, de fato, são!), não fica difícil entender por que uma visita ao Belvedere só para ver seus jardins, em estilo barroco, já vale a pena. E o melhor de tudo: é de graça! Para quem está sem tempo na capital austríaca, não deve deixar de ir até o Belvedere nem que seja só para admirar seus jardins, já que é simples chegar ao local. Claro que eu aconselho a visita completa, que inclui a entrada nos salões dos dois palácios, afinal pinturas de grandes artistas, como as do austríaco Gustav Klimt, estão em exposição (Palácio Superior). Mas para entrar nos palácios é preciso comprar ingresso e há diversos tipos, a preços diferenciados. Você pode escolher desde um ticket que dá direito a uma visita a um único palácio ou aquele ticket que é um combo e reúne quatro atrações. Para ter acesso a informações sobre os tipos dos ingressos e preços, acesse o site oficial do Belvedere (tem tradução em inglês, mas não em português) e a página "Choose your ticket".

Como eu não teria muito tempo para turistar em Viena, decidi comprar o ingresso que eu julguei ser "o básico fundamental", ou seja, o Klimt ticket, que dá direito aos dois palácios do Belvedere, o Unteres Belvedere (em português, "Palácio Inferior"; em inglês, "Lower Belvedere") e o Oberes Belvedere ("Palácio Superior"; "Upper Belvedere"). Sim, eu não me perdoaria se eu não aproveitasse minha viagem à Viena para ver as tão valiosas obras de arte O Beijo e Judith I, de Gustav Klimt. Sabe aquelas coisas que não dá para você deixar de fazer mesmo que você não entenda muito de arte ou nunca tenha ouvido falar de um determinado artista? Para mim, não ver O Beijo em Viena era como ir a Paris e não ver a Mona Lisa, ou ir à Madri e não ver Las Meninas, ir a Amsterdã e não ver A Ronda Noturna, ir a Milão e não ver A Última CeiaE, para não ficar só nas pinturas, ir a Berlim e não ver Nefertiti ou ir a Florença e não ver o David. E por aí vai... Desculpe a extensão dos exemplos, mas foi um deleite ficar recordando obras de arte de inestimável valor. 

Os Palácios do Belvedere foram construídos no século XVIII pelo famoso arquiteto barroco Johann Lucas von Hildebrandt como uma residência de verão para o príncipe austríaco Eugênio de Savóia (1663-1736). Hoje, o Belvedere reúne a mais significativa coleção de arte austríaca, da Idade Média até o presente, além de obras de artistas internacionais renomados tais como Claude Monet, Vincent van Gogh e Max Beckmann. E, é claro, as obras do austríaco Gustav Klimt, com suas maiores coleções de pintura a óleo. Há também obras de Egon Schiele e Oskar Kokoschka. A coleção de Gustav Klimt é permanente e fica no Palácio Superior. No Palácio Inferior, você verá exposições temporárias com foco na arte austríaca e alguns salões bem bonitos, como o Salão de Mármore, o Salão Dourado e o Salão de Grotescos. O Belvedere Inferior servia como palácio residencial e o Palácio Superior era para atender objetivos particulares, como comemorações. 

Infelizmente eles não deixam fotografar quase nada no interior dos Palácios do Belvedere, muito menos as pinturas expostas (nem as permanentes nem as temporárias). Mas, pelo site, você vê alguns dos salões com suas descrições e sabe quais artistas têm seus trabalhos expostos ali, então você já tem uma boa ideia do que irá encontrar.

Voltando a falar sobre meu ingresso, eu o adquiri via internet, pelo site do Belvedere, para garantir entrada rápida nos palácios, ou seja, sem enfrentar fila. Como eu estava indo em alta temporada (julho), correria o risco de pegar fila grande se deixasse para comprar o ingresso no local. Eu tinha lido relatos de diferentes viajantes sobre a compra na bilheteria. Uns diziam ser bem tranquilo comprar lá e outros diziam haver longa fila. Como eu tinha a certeza de que iria realizar essa visita, garanti logo meu ingresso pela internet, que você mesmo imprime em casa, sem mistérios (só não pode se esquecer de levar no dia!). Mas vou lhe dizer que, pelo menos no dia que fui, o local não estava com muitos visitantes (bem diferente do Schönbrunn), então nem vi filas. Mas antes de comprar o ingresso do Belvedere, veja se você já não tem ou se ainda irá comprar o Vienna Card, um cartão que dá descontos a várias atrações de Viena, inclusive o Belvedere. Como eu não iria a muitos museus devido aos meus poucos dias na cidade, para mim não valeu a pena comprar esse cartão.


Como chegar aos Palácios do Belvedere:

Você pode chegar ao Belvedere usando os mais variados meios de transporte público de Viena. Você só precisa escolher a maneira mais prática dependendo de onde você estiver partindo e em qual palácio você quer começar a visita, se no Inferior ou no Superior. No site oficial do Belvedere, você encontra instruções de como chegar lá, na seção "Getting here". Minha sugestão é que você comece a visita pelo Palácio Inferior, pois subir por aqueles maravilhosos jardins tendo a vista do Palácio Superior ao fundo, que é mais bonito, faz diferença. E é super fácil chegar ao Palácio Inferior; basta pegar o tram 71 (você só precisa ver se esse bonde passa perto de onde você vai sair) e desembarcar na parada "Unteres Belvedere". O Palácio Inferior fica na rua Rennweg, número 6.


Abaixo, as fotos e mais informações.

Depois de visitarmos o glorioso prédio do Parlamento Austríaco (à esquerda, na foto), fomos para o ponto do tram (à esquerda, pertinho do Parlamento) para irmos ao Belvedere, mais precisamente, ao Palácio Inferior (Unteres Belvedere). Para chegarmos lá, tivemos de pegar o tram (bonde elétrico) de número 71.



O "Gold Cabinet" (o Salão Dourado) do Palácio Inferior do Belvedere. Muito bonito, todo espelhado. Este é um dos poucos espaços interiores que se pode fotografar no Belvedere.

Esta casa é do Orangerie, que fica na parte inferior do complexo e também abriga exposições de pinturas (meu ingresso deu direito a entrar na galeria). Um bonito jardim em frente.


No jardim em frente ao Orangerie.


O lindo Marble Hall (Salão de Mármore), do Palácio Inferior do Belvedere.


As estátuas, as paredes, o teto, é tudo muito lindo no Salão de Mármore do Palácio Inferior do Belvedere.



Pintura do teto do Salão de Mármore do Palácio Inferior, de Martino Altomonte. O artista retrata Apollo numa biga e o sol brilhando atrás dele.



Salão de Mármore, Palácio Inferior, Belvedere. 



Várias estátuas compõem o Salão de Mármore do Palácio Inferior. As paredes são ricamente decoradas num grande gosto artístico. 



Salão de Mármore, Palácio Inferior, Belvedere - Viena. 


Depois de visitarmos os salões do Palácio Inferior e a galeria da Orangerie, começamos a explorar o lindo e enorme jardim do Belvedere enquanto caminhávamos em direção ao Palácio Superior. O jardim é em estilo barroco e cheio de belas esculturas e fontes.


Uma das fotos mais bonitas que você pode tirar do Belvedere é esta, com o Palácio Superior ("Oberes Belvedere") ao fundo e o jardim barroco dividindo os dois palácios, num design simétrico.


Por isso, uma selfie neste caminho não pode faltar! 


Os jardins barrocos do Belvedere foram construídos seguindo o modelo francês, dos belos parques de Versalhes.


As esculturas que ficam pelo caminho de jardins entre os dois palácios são belíssimas.  


Numa ponta, fica o Palácio Superior, como vimos acima. Noutra ponta, fica o Palácio Inferior ("Unteres Belvedere"), este da foto. O Palácio Inferior foi construído antes do Palácio Superior. 


Fontes, estátuas e figuras mitológicas adornam os jardins do Belvedere.


O Príncipe de Savóia adorava jardinagem e daí podemos entender por que os jardins do Belvedere são tão bonitos.


Duas esfinges são as guardiãs da entrada do Belvedere Superior. A besta mitológica  possui cabeça de mulher, corpo de leão e asas de águia. Elas são símbolos de poder e força.


Eugênio de Savóia mandou construir o complexo do Belvedere com o dinheiro que ganhou depois que salvou Viena de uma invasão turca.


Quanto mais perto do Belvedere Superior você vai chegando, mais interessante vão ficando as vistas panorâmicas e os "achados" (fontes, esculturas, cascatas, jardins...). Ao fundo, o Belvedere Inferior.


O Belvedere Superior (ao fundo) é maior do que o Belvedere Inferior e, para mim, mais interessante. 


E enquanto você não chega ao Palácio Superior, aprecie as esculturas mitológicas e a linda cascata (foto abaixo).


A enorme cascata que jorra água pelos degraus no centro da entrada para o Palácio Superior. Se você vier do Palácio Inferior, esta vista vai causar mais impacto do que se você vier na direção contrária. 


Jardins do Belvedere - Viena, Áustria.


Jardins dos Palácios do Belvedere - Viena.



Jardins dos Palácios do Belvedere - Viena.



Jardins do complexo do Belvedere, que também esteve sob o poder dos Habsburgo.



O Palácio Superior foi concebido pelo príncipe para ser um local de entretenimento e comemoração.



"Oberes Belvedere", o esplendoro "Palácio Superior" de Viena.



Uma das ricas fontes dos jardins do Belvedere.



Vista panorâmica dos belos jardins do Belvedere, já quase chegando ao Palácio Superior. 



Jardins do Belvedere - Viena.


O trabalho de construção do Palácio Superior durou de 1717 a 1723.


Vista panorâmica dos jardins do Belvedere, com o Palácio Inferior ao fundo, e uma parte da cidade de Viena.


Então, depois de muitas fotos e contentamentos nos jardins do Belvedere, finalmente entramos no Palácio Superior, onde pudemos tirar pouquíssimas fotos. Se eu não me engano, somente neste salão era permitido. Mas a sala de entrada do Belvedere Superior já é bem linda com suas colunas feitas com estátuas e uma imponente escadaria e paredes com trabalhos artísticos em alto-relevo. A propósito, este é o Salão de Mármore do Palácio Superior.


O Salão de Mármore do Palácio Superior é o mais bonito de lá. 


O Salão de Mármore do Palácio Superior, todo decorado. 


 E, como já mencionei, é no Palácio Superior onde fica a maior coleção de arte (pintura a óleo) de Gustav Klimt, além de outras obras de arte austríaca. O Beijo (em inglês, "The Kiss") e Judith I são as mais famosas e procuradas, principalmente a primeira. Como é proibido fotografar as pinturas (os salões são bem vigiados), tive que me contentar com este cartão-postal da pintura O Beijo, que é esta que vemos aqui.


Esta é a pintura Judith I, que também tem grande destaque entre as obras de Klimt. Esta imagem é da internet, da Wikipedia, de domínio público.



Então, depois de percorrermos as salas do Palácio Superior e de vermos as exposições de pinturas, saímos do prédio e nos encantamos com sua outra fachada. Linda também!



Para quem começa pelo Palácio Superior, é esta fachada que verá.


Ao fundo, as portas de entrada (ou saída) do Belvedere Superior.



Belvedere Superior fotografado a partir de seus portões de entrada.


E com esta imagem, terminou nossa visita aos Palácios e jardins do Belvedere. Para irmos embora, deixamos o Belvedere Superior que tem um ponto de tram bem em frente. Nem sabíamos qual número de bonde pegar, mas entramos no primeiro que vimos e saltamos na Schwedenplatz, pois, pra gente, já estaria ótimo se ele nos deixasse perto de uma estação de metrô. De metrô, é mais fácil o turista se locomover em Viena. E dentro dos bondes, há uma placa informando as paradas daquela linha e indicando quais dela têm saída para uma estação de metrô, que é identificado pela letra "U".

Não cheguei a mencionar acima, mas dentro do Belvedere Superior há um café onde você pode fazer uma refeição. Nós entramos lá somente para tomarmos refrigerantes, pois estava um calor muito intenso. O café é bem bonito, não sei sobre suas comidas, mas achei o serviço bem demorado e olha que só bebemos. 
  

E termino esta postagem com uma curiosidade para quem ainda não sabe. "Belvedere" significa "Bela Vista" em italiano.