OS TRANSPORTES PÚBLICOS E TURÍSTICOS EM BERLIM

A cidade de Berlim está muito bem coberta pelos meios de transporte público, o que quer dizer que chega-se a qualquer lugar. Há os ônibus convencionais e três tipos de trem: o U-Bahn (metrô), o S-Bahn (trem de superfície) e o Strassenbahn (bonde elétrico). O bom é que esses meios de transporte são integrados, então sua passagem dá direito a usar todos. Mas lembre-se de que há diversos tipos de passagens e você é quem tem que avaliar qual será a mais vantajosa para você, dependendo do número de dias que você passará em Berlim, quais zonas irá percorrer, quais e quantas atrações turísticas irá visitar etc. O Berlin Welcome Card pode ser uma ótima opção, pois, além de dar acesso  a todos os transportes públicos, dá também descontos em museus (há também o Berlin City Tour Card). E esse passe pode valer por 48 horas, 72 horas ou 5 dias. Antes de chegar à cidade, é aconselhável já fazer uma pesquisa no site da Visit Berlin sobre esses cartões para descobrir o que eles oferecem e se valem a pena para você, pois há também os bilhetes que podem ser comprados nas estações de trem, nos ônibus ou nos bondes. Se, mesmo depois de pesquisar no site da Visit Berlin, você ainda tiver dúvidas, você pode mandar um e-mail (em alemão ou inglês) para eles fazendo a pergunta. Digo, por experiência própria, que eles respondem com brevidade e com muita atenção. E também lembre-se de que há 3 zonas do transporte público em Berlim: A, B e C. Aquela que mais interessa o turista, ou seja, com mais atrações turísticas, é a Zona A. Potsdam, cidade muito visitada pelos turistas de Berlim, está na Zona C.

Não pretendo, nem de longe, dar uma "aula" sobre o transporte público em Berlim. Muito pelo contrário, pois eu senti uma certa dificuldade em usá-lo. Então, estou aqui para compartilhar minha experiência na capital alemã como uma passageira turista, mostrando o que vi, aprendi e vivenciei. Lá os meios de transporte que eu mais usei foram o U-Bahn e adivinhe... Minhas pernas! Explorar Berlim a pé pode ser cansativo, mas é uma delícia. Entretanto, algumas vezes precisei pegar os transportes públicos e tive a chance - e necessidade - de usar cada um deles: ônibus, U-Bahn, S-Bahn e bonde. Usei também o táxi e até o velotaxi. Para fazer as viagens diárias nos ônibus e trens por um preço único, foi essencial comprar o bilhete Tageskarte (Zonas A e B), o qual eu adquiria diariamente na máquina automática de uma estação de metrô (U-Bahn). Para mim, era mais prático comprar na estação de metrô, pois havia uma pertinho do nosso hotel, o Ibis Styles Berlin Mitte. Ah, sim, optei por não comprar o Berlin Welcome Card. 

E por que eu disse que senti uma certa dificuldade com o transporte público em Berlim? Acho que justamente por ser a malha tão extensa e diversificada. Algumas vezes, a maneira mais rápida era pegar o S-Bahn; outras, o bonde; outras, o metrô; outras, o ônibus; outras o metrô + o S-Bahn, e por aí vai. Concordo que até aí não parece nada de mais, mas se você não souber qual é a melhor opção naquela hora, vai levar um tempo até descobrir. E, apesar de existirem várias estações de U-Bahn, muitas só possuem uma determinada linha (exemplo: "U7", "U8" etc.), e se aquela estação não for da linha que você precisa, então não adianta entrar nela. Estações como a Alexanderplatz, que operam diferentes linhas, são exceções. 

O transporte público em Berlim é muito eficiente, sim, não digo o contrário, mas acho um pouco difícil o turista tirar de letra e de cara todo o seu sistema. Talvez tenha sido uma dificuldade nossa em particular, mas, quando comentei com a recepcionista do nosso hotel que achava o transporte da cidade complicado, ela concordou comigo sem titubear. A dificuldade também pode ter sido devido à nossa pouca experiência, pois passamos somente 4 dias e meio na cidade e não posso negar que o dia seguinte era sempre menos complicado do que o dia anterior. E uma coisa que eu fazia sempre para evitar erros era já sair do hotel com as anotações sobre qual transporte pegar para chegar a tal lugar, e de lá até outro lugar. A recepcionista sempre checava no computador para mim qual era a melhor rota e marcava no mapa. E eu anotava com ela as linhas dos transportes e os nomes das ruas onde eu tinha que pegar tais transportes. Mas nem sempre dava tudo tão certinho assim porque o roteiro algumas vezes acabava saindo diferente daquele que eu tinha planejado antes de sair do hotel.

Quando eu já estava na rua e não sabia direito onde pegar um transporte e qual era o melhor, eu perguntava a alguém na rua em inglês porque não falo alemão. Mas não são todos os alemães que falam inglês. A minha dica é sempre a mesma: nesses casos, procure se informar com os mais jovens, pois a chance de falarem inglês é maior.  

Fiz abaixo uma relação dos transportes públicos e turísticos em Berlim com várias fotos. Vamos embarcar neles agora! 



TÁXI EM BERLIM:

Os táxis em Berlim são de cor bege claro. Você os encontra com muita facilidade na cidade, principalmente perto dos pontos turísticos, mas não conte com a chance de um parar para você no meio da rua, quero dizer, fora do ponto. Pelo menos, conosco, isso não aconteceu. Tentamos uma vez por uns quinze minutos, mas nenhum táxi parou. Muito mais fácil é você descobrir onde é o ponto de táxi mais próximo, se dirigir a ele e pegar o primeiro da fila. Nem todos os motoristas falam inglês e isso inclui também aqueles que têm ponto em frente ao aeroporto. Os táxis em Berlim são caros, mas também não são nenhum absurdo (o problema é que o euro tem mais de três vezes o valor do real), portanto, na hora que bate aquele cansaço e aquela preguiça, nada melhor do que o conforto de um táxi. E desse pequeno luxo nós nos demos o direito de usufruir algumas vezes em Berlim, até para pouparmos tempo. Os motoristas que pegamos foram todos muito educados. Eram muito reservados também, mas acho que isso aconteceu mais por causa da diferença de nossas línguas e pela cultura. O motorista que nos levou ao aeroporto, por exemplo, falava um inglês razoável, então até batemos um papo descontraído e conversamos sobre a vitória deles na Copa do Mundo deste ano (2014), que tinha acabado há apenas cerca de duas semanas.  



Na foto, ponto de táxi perto da Alexanderplatz. Para você ter uma noção de valores das corridas de táxi em Berlim, do aeroporto Schönefeld até o nosso hotel em Mitte (Ibis Styles Berlin Mitte), gastamos 45 euros (o aeroporto fica distante). Só para deixar registrado, nós chegamos no aeroporto de madrugada, mas encontramos diversos táxis no ponto (apesar de ficar em frente ao aeroporto, foi preciso andar um pouquinho até chegar ao ponto dos táxis, uns 5 minutinhos). E da Rua Kurfürstendamm, ao lado do Hard Rock Café (onde tem um ponto de táxi), até o Jewish Museum, a corrida custou cerca de 15 euros e durou cerca de 15 minutos (valores de julho de 2014). 



ÔNIBUS EM BERLIM:

Há várias linhas de ônibus em Berlim, com isso você não precisa se preocupar. O que você, turista de primeira viagem em Berlim (assim como eu fui), tem que saber, é qual ônibus pegar, em qual rua e em qual direção, simplesmente porque você não conhece nada lá. E para isso é preciso se informar, de preferência, já sair do hotel com as anotações. Consultar os painéis eletrônicos nos pontos de ônibus também ajuda, mas nem sempre é muito fácil fazer tudo de ônibus porque pode ser que você precise completar a viagem com outro transporte. Para quem está acostumado com o transporte de Berlim e as conexões de sua sua densa rede, pode achar tudo fácil, mas para o turista pode ser confuso. 

Se você já tiver um bilhete de viagem, basta mostrá-lo ao motorista do ônibus ao embarcar. Se não, pode comprar direto com ele, mas é preciso ter trocado. Se for sua primeira viagem do dia, valide seu bilhete na máquina dentro do ônibus (para não correr o risco de ser multado por um fiscal) ou veja quais são as regras de seu bilhete porque há diferentes tipos. Há desde bilhetes unitários até aqueles que dão direito a viajar por mais de um dia e a ter entrada livre em mais de 50 museus, como o Berlin Pass


Os ônibus amarelos de dois andares circulam mais no centro. Os de número 100 e 200 passam por diversos pontos turísticos da cidade e são indicados como a maneira mais barata e rápida de conhecer Berlim turisticamente, sendo, portanto, uma substituição bem mais em conta aos ônibus turísticos sightseeing, já que fazem um trajeto bem parecido. Ambos os ônibus 100 e 200 são de dois andares e os assentos da frente do segundo andar são mais interessantes para o turista, pois proporcionam uma melhor visão da cidade. O segundo andar é fechado, portanto diferente da maioria dos ônibus sightseeing, que, por sinal, vi aos montes em Berlim. Nos ônibus 100 e 200, você passará por importantes pontos turísticos, tais como a Coluna da Vitória, o Reichstag, o Portão de Brandemburgo, a Ópera de Berlim, a Catedral de Berlim e a Torre de TV. Se você tiver o bilhete que é válido para o dia inteiro, como o Tageskarte, poderá descer e subir nos ônibus quantas vezes quiser, lembrando que não é necessário desembarcar em cada ponto turístico, pois muitos estão a uma curta caminhada entre si. Por exemplo, o Reichstag fica perto do Portão de Brandemburgo. Então, é muito útil ter um mapa da cidade. 



Em Berlim, também vimos ônibus biarticulados.


Observe este poste com o símbolo "H". Ele é para identificar os pontos de ônibus e bonde. Observe também o painel eletrônico do ponto, que mostra as linhas que passam por ali e quanto tempo falta até chegar a próxima condução. Há também esse abrigo para passageiros que se vê à direita, com assento, que oferece um painel com mapa (mas, sinceramente, não nos ajudou). Dica: Cuidado para não pegar o ônibus no sentido errado. Por exemplo, aqui estávamos na Alexanderplatz, à espera do ônibus da linha 100 para irmos ao Portão de Brandemburgo. Porém, descobrimos com o motorista do ônibus, que percebeu que éramos turistas, que teríamos que atravessar a rua para pegar o ônibus 100 do outro lado. Claro, o Portão de Brandemburgo estava na direção oposta. Mas também era a nossa primeiríssima viagem de ônibus em Berlim, em nosso primeiríssimo dia na capital. Merecemos um desconto pelo vacilo, né? :-)    


À esquerda, vemos um dos ônibus amarelos de dois andares de Berlim. Veja que o segundo andar é coberto. Esse é da Linha M19 e aqui estamos na rua Tauentzienstrasse, que, por sinal, é de visitação turística obrigatória.



Interior do ônibus 100 de Berlim. Eles são confortáveis e acessíveis a cadeirantes.  



Painel eletrônico dos pontos de ônibus e bonde, agora em close para que você veja como as linhas e o tempo de espera aparecem no letreiro.  As linhas iniciadas por "M" (que é o que se vê neste painel) atendem áreas sem conexão direta com os U ou S-Bahn.



METRÔ EM BERLIM (U-BAHN):


A U-Bahn é o metrô de Berlim. Com dez linhas (de diferentes cores), ela é considerada a opção de transporte mais prática para o turista se locomover na cidade. Para fazer uma consulta no "Journey Planner", pesquisar horários, valores e rotas (não só da U-Bahn, mas também da S-Bahn e do bonde), entre no site da operadora de transportes públicos em Berlim, a BVG.

Na introdução, já comentei que nem sempre nos foi tão fácil pegar metrô na cidade porque era preciso entrar na estação certa para pegar a linha certa. Mas uma estação em especial nos levava para quase qualquer lugar que queríamos: a Alexanderplatz. Essa é uma das mais movimentadas estações de metrô de Berlim e que atende a vários destinos. Tanto que quando ficávamos meio enrolados de como chegar a tal lugar, íamos para a Alexanderplatz para que, a partir de lá, pudéssemos chegar de metrô aonde queríamos. Usamos a estação de metrô da Alexanderplatz inúmeras vezes, o que quer dizer também que vivíamos nessa praça. O bom é que a Alexanderplatz é uma das top sights de Berlim e acabou sendo uma das melhores recordações que trago da capital. Então, apesar de nosso hotel ficar a apenas alguns passos de uma estação de metrô (a Rosenthaler Platz), ela não nos levava direto aos pontos turísticos que queríamos, ou seja, tínhamos sempre que fazer uma conexão na Alexanderplatz. Isso me faz ter certeza de que, para a utilização do metrô (e de qualquer outro transporte), as proximidades da Alexanderplatz são a melhor área para se hospedar em Berlim. 


As estações de metrô geralmente não têm funcionários para te ajudar com alguma informação nem guichês com funcionários para compra de passagens. Por isso, é muito útil você já saber qual linha pegar e, se necessário, quais integrações. Vá preparado para fazer tudo de forma independente, inclusive comprar as passagens nas máquinas automáticas (abaixo, mostro uma foto dessa máquina e dou algumas explicações). E não há roletas nas estações de trem para inserir sua passagem porque espera-se que o passageiro seja honesto, sempre viajando com seu bilhete válido. Portanto, ao comprar sua passagem na máquina automática do metrô, valide-a antes de fazer a primeira viagem numa outra máquina que fica ao lado da máquina da compra. É só inserir sua passagem na máquina para que ela saia carimbada com o dia e horário e, portanto, validada. Feito isso, entre no trem com sua passagem guardada, pois se aparecer um fiscal pedindo para vê-la, você terá que lhe mostrar com a autenticação da máquina de validação. Caso contrário, você recebe uma multa e nem adianta dizer que é turista e que não sabia das regras. A validação da passagem deve ser feita para qualquer transporte público (alguns tipos de passagens podem não precisar dessa validação).         




Interior da estação de metrô (U-Bahn) da Rosenthaler Platz, a mais próxima do nosso hotel, o Ibis Styles Berlin. Ficava a apenas poucos passos de distância. Veja que as estações de metrô também contam com um painel eletrônico com informações sobre o tempo de chegada dos trens e as linhas. Sempre encontrei as estações limpas e com tudo funcionando. E nunca presenciei nenhuma superlotação. 



O símbolo do metrô em Berlim é a letra "U", por ser operado pela "U-Bahn". Aqui, por exemplo, estou em frente à estação de metrô da Alexanderplatz.



Estação de metrô Stadtmitte (U2), que fica numa das principais áreas de compras em Berlim. Nesta área, fica, por exemplo, a Friedrichstrasse, rua famosa por suas lojas.  



Há várias estações de metrô na cidade, mas é preciso saber qual é a linha que você deve pegar. A desta estação, por exemplo, a Französische Strasse, é a seis (U6). Você sempre vai achar a identificação da linha na estação.  



Aqui estávamos pegando a linha 8 da estão de metrô (U8) da Alexanderplatz. Dentro das estações, você encontra um quadro (como este da foto, à esquerda) com a identificação da linha e a sequência das estações (clicando na foto, você consegue ler o quadro). Depois de você encontrar a estação para qual deseja ir, basta ver qual sentido tomar, se ao norte ou ao sul. Como a estação do nosso hotel era a Rosenthaler Platz (a apenas duas estações da Alexanderplatz), pegamos o trem da plataforma à direita (veja na foto), pois é a que indica o sentido em direção a Wittenau. Quanto a isso, é tão simples quanto pegar o metrô em sua própria cidade.    



Estação ferroviária da Potsdamer Platz, onde você pode pegar o U-Bahn ou o S-Bahn.



Esta é a máquina que você encontra nas estações de metrô de Berlim para comprar sua passagem. Primeiramente, você seleciona a língua que deseja para poder ler as informações, e há opções como inglês e espanhol (português, não há). Depois, escolhe o tipo de passagem e finaliza com o pagamento. Você coloca as notas ou moedas na máquina e pega a passagem em instantes. Logo após a compra, é preciso validar a passagem numa máquina que se encontra ao lado antes de fazer a primeira viagem. Todo dia comprávamos a passagem que se chama Tageskarte e que dá direito a usar as zonas A e B. Cada bilhete Tageskarte custava 6,70 euros (valor de julho de 2014). Com esse bilhete, você tem uso ilimitado de vezes por dia (a partir do momento da validação até as 3 da manhã do dia seguinte) em qualquer transporte público da BVG.



Foto de uma passagem comprada numa estação de metrô de Berlim. Esta é a Tageskarte. O carimbo que aparece logo abaixo do aviso de validar o ticket ("Please validate your ticket") foi posto pela máquina de validação (foi mal, não fotografei essa outra máquina), que se encontra ao lado da máquina da compra da passagem. É só inserir a passagem (esse ticket da foto) nessa maquininha e pronto, seu ticket está carimbado. Não validar seu ticket significa correr o risco de ser multado se você já estiver dentro de um vagão e um fiscal pedir para checá-lo. Não cheguei a ver nenhum fiscal nas viagens que fiz em Berlim, mas eles podem entrar à paisana no veículo a qualquer momento.



Foto do interior da estação de metrô (U-Bahn) da Alexanderplatz mostrando passageiros comprando suas passagens nas máquinas automáticas. Se passar mais de uma linha numa mesma estação de trem (como acontece na Alexanderplatz), fique atento ao painel eletrônico para ver qual é a linha que está chegando naquele momento, naquela plataforma.



Foto do interior da estação de metrô da Alexanderplatz. À direita, foto de um trem do metrô



Interior de um trem do metrô de Berlim para você ver como é. Os trens são confortáveis e limpos. E uma informação que pode ser importante: para entrar ou sair do vagão de metrô, é preciso apertar um botão na porta para ela abrir (veja o botão amarelo da porta nesta foto).   



BONDE EM BERLIM (STRASSENBAHN):

O tram de Berlim, ou o Strassenbahn, é o bonde de superfície que também integra a rede de transporte da  BVG. Opera principalmente no leste da cidade, ou seja, na Berlim Oriental. Dependendo de onde você esteja e do seu destino, ele é a melhor opção de transporte, até porque possui muitas linhas. Por exemplo, do nosso hotel até a Ilha dos Museus, bastou pegar só esse bonde. Foi super fácil, rápido e confortável. E não se esqueça de olhar sempre para os lados enquanto você estiver no papel de pedestre, pois a rua pode ser a rota de um bonde e você pode nem se dar conta de que tem um vindo em sua direção. Atenção especial na Alexanderplatz, onde há sempre muitos bondes passando e onde você certamente estará distraído com as atrações do local. Se estiver com criança, não deixe de segurar a mão dela.



bonde de Berlim.



Um bonde passando na Alexanderplatz. É aqui que você tem que ter atenção especial para não ser atropelado por um deles. 



Cuidado ao atravessar a rua em Berlim onde passam bondes.



Bonde em Berlim. 



Bonde passando na Alexanderplatz e uma das entradas de metrô ("U") da Alexanderplatz, à direita.



Interior de um bonde de Berlim. Não deixe de experimentar este meio de transporte também.




TREM SUBURBANO EM BERLIM (S-BAHN):


A S-Bahn (ou Stadtbahn) é o trem urbano de superfície em Berlim. Ele liga o centro aos subúrbios e possui 15 linhas. É identificado pelo símbolo "S". Também integra a rede de transporte público da cidade, portanto a sua passagem de metrô, por exemplo, também é válida para o S-Bahn. Para chegar ao seu destino, pode ser que baste pegar somente o S-Bahn ou precise conjugar a viagem com outro transporte, como o metrô, por exemplo.  



O símbolo da S-Bahn é essa letra "S" que aparece na foto, ao fundo, sob a plataforma do trem. Ao ver esse símbolo, você já sabe que a estação do trem está lá.  


Ao entrar na estação da S-Bahn, preste atenção ao painel eletrônico com as informações das linhas porque muitas delas podem usar a mesma plataforma.





Dentro de uma estação de S-Bahn.



À espera de nosso trem (S-Bahn) na plataforma 1. Dentro da estação de trem, é tudo bem sinalizado.



Os trens da S-Bahn têm aspecto de mais velhos, mas são muito eficientes também. 




TRANSPORTES PARA PASSEIOS TURÍSTICOS EM BERLIM


ÔNIBUS SIGHTSEEING:

Há vários ônibus turísticos circulando em Berlim, principalmente no verão. Vi muitos mesmo, e de diferentes empresas. É uma maneira confortável e rápida de se conhecer vários pontos turísticos da capital, mas, como falei acima, os ônibus das linhas 100 e 200 passam por várias atrações também e por um preço bem mais em conta. Entretanto, para quem gosta de ficar no segundo andar dos ônibus turísticos, que costuma ser aberto, e não tem muito tempo na cidade, pode valer a pena, pois o turista pode confortavelmente fazer todo o roteiro sem precisar descer e tirar muitas fotos bacanas. Nos ônibus de dois andares de Berlim, como os das linhas 100 e 200, o segundo andar é fechado.

Outra vantagem do ônibus turístico é a possibilidade de ouvir o áudio (através de fones de ouvido) sobre as atrações durante a viagem. Há em várias línguas, inclusive em português. Não sei se todas as empresas oferecem o áudio em português, mas a da City Circle (Tour Yellow) oferece, que é a desse ônibus amarelo da foto abaixo. Eles vendem tickets para um ou dois dias, sendo que o de dois dias é bem mais vantajoso. E o family ticket, mais vantajoso ainda. O esquema é sempre hop on hop off.  

Para quem tem mais tempo na capital, acho que o ônibus sightseeing é desnecessário, até porque é muito legal você usar os transportes públicos de Berlim para você conhecer um pouco mais da vida da cidade.

Além da City Circle, há também a City Sightseeing, que é a empresa do ônibus turístico vermelho da foto abaixo, muito visto na cidade também. Os sites de ambas as empresas dão todas as informações.



Ônibus turísticos em Berlim - uma opção para se conhecer a cidade sem perder tempo, com a vantagem de ouvir as descrições das atrações. E uma opção mais divertida para crianças.


BICICLETAS:

Se eu fosse uma desenhista e me pedissem para pintar um quadro de Berlim, com certeza, eu não deixaria de incluir uma bicicleta na paisagem. A toda hora você vê turistas e berlinenses pedalando, mas é fácil entender por quê. Berlim dispõe de aproximadamente 650 quilômetros de faixas para ciclistas. Então, imagina uma cidade em que a qualquer momento uma bicicleta pode estar passando perto de você, pedestre. Pode ser um pouco perigoso se você estiver distraído. Mas basta prestar atenção à ciclovia (uma faixa vermelha no chão) para que ninguém saia machucado. E respeito é bom e eles - os ciclistas - gostam. Portanto, não ande na faixa deles, assim como eles não podem pedalar na área dos pedestres. Faz parte da cultura berlinense pedalar para cima e para baixo, principalmente os jovens. Mas não pense que os ciclistas também não têm suas responsabilidades. Para andar sobre as duas rodas, eles precisam respeitar os sinais de trânsito. Semáforo vermelho, ciclista parado junto com os carros, por exemplo. 


Mas, bem, estou aqui para falar da opção da bicicleta para o turista conhecer Berlim de uma maneira bem saudável e divertida. Então, já sabendo como é a cultura berlinense em relação às magrelas, sinta-se estimulado a alugar uma. Há várias empresas em Berlim que alugam bicicletas, entre elas, duas famosas são a Fat Tire e a Berlin on Bike. Mas, antes de procurar uma locadora, veja se seu hotel aluga ou empresta uma bike. Depois, junte-se aos ciclistas locais ou a grupos em excursões com guia turístico (vi muitos em Berlim) e não se esqueça de buzinar para aqueles pedestres desligados. Lembre-se: você não é o único turista na cidade. Aliás, no verão, há muitos turistas ziguezagueando em Berlim. E na hora de estacionar sua bike, prende-a com uma corrente, pois já li que há muitos roubos de bicicletas em Berlim. Deve haver mesmo, pois não vi nenhuma que estivesse apenas apoiada a um poste. 

E olha aqui uma dica valiosa que encontrei na Revista Viagem e Turismo (edição de novembro de 2011): você pode colocar a sua bicicleta no metrô em um vagão específico e devidamente sinalizado, comprando um bilhete especial para ciclistas, que é 50% mais caro que um simples. Muito bom para aquela hora que bate um cansaço.



Em Berlim, você verá muitos trechos assim na rua, que são estacionamentos de bicicletas. Repare que todas as bicicletas estão acorrentadas aos ferros. Repare também nos plásticos que os ciclistas colocam sobre o assento da bicicleta (clicando na foto, você consegue ver melhor) para protegê-lo da chuva.



Esses ferros nas calçadas são para prender a bike.



Em Berlim, é muito comum encontrar tours guiados para ciclistas. Ao contatar uma locadora, procure saber se ela oferece esse serviço, pois deve ser bem interessante. Este tour guiado fotografei na Gendarmenmarkt, uma linda praça que é parada obrigatória no roteiro turístico. Repare que a maioria desses ciclistas usa capacete, apesar de não ser obrigatório. 



As ciclovias são pintadas de vermelho, então os pedestres não devem andar sobre elas. Veja também esta magrela solitária estacionada em uma árvore, mas devidamente acorrentada.


Ciclistas parados no sinal de trânsito junto com os carros. É preciso pedalar com responsabilidade. 



VELOTAXIS, TRICICLOS E SEGWAYS:


Os velotaxis, triciclos e segways são opções de transporte em Berlim que possibilitam passear pela cidade de maneira bem divertida. Veja nas fotos.



Os velotaxis são triciclos para dois passageiros e o condutor. Estão em toda parte em Berlim e ficam concentrados nos pontos turísticos. Na Alexanderplatz, por exemplo, ficam vários velotaxis à espera de passageiros. Por acaso, chegamos a andar num deles por uns 5 minutinhos. Digo "por acaso" porque só pegamos uma carona com o condutor. Foi o seguinte: estávamos na Alexanderplatz e queríamos ir até o restaurante Hofbräu. Eu sabia que estávamos perto e que dava perfeitamente para irmos a pé, mas, como já era noite e eu já estava cansada para ainda ficar me aventurando pelas ruas, parei para perguntar a um condutor de velotaxi (ele saberia me informar sem erro) qual era a direção que eu deveria tomar. Ele quis ajudar nos levando até lá em seu veículo, sem cobrar nada, dizendo que já estava encerrando seu dia mesmo, que estava indo para aquela direção de qualquer maneira e que poderia perfeitamente nos dar uma carona sem que a gente precisasse pagar. Como ele insistiu, aceitamos e foi bem legal. Quando chegamos, eu agradeci, mas ele pediu uma gorjeta rsrsrs 



Velotaxi passando numa rua próxima ao Checkpoint Charlie.



Há também este tipo de triciclo, que acomoda dois passageiros em uma "carroça" e que possui uma espécie de para-sol. Esta foto foi tirada em Tiergarten, próximo ao Portão de Brandemburgo. Onde eu vi mais desse tipo de triciclo foi lá, em Tiergarten, e em frente ao Portão de Brandemburgo.



Mas este é o triciclo mais legal de todos, pois pode ser usado por sete pessoas ao mesmo tempo! É diversão garantida para um grupo de amigos ou para a família! Nesse veículo, todos pedalam juntos, pois cada ocupante tem seu conjunto de pedais, então é como se fosse sete bicicletas numa só. No papel amarelo afixado no triciclo desta foto, estão os valores dos passeios: "Fun Trip: 1 €; Taxi Tour: 2-10 €; Sightseeing 30 min: 6 €, Sightseeing 60 min: 10 €". Esta foto foi tirada na Pariser Platz, ou seja, em frente ao Portão de Brandemburgo. Já viu que é lá onde você encontra a maior oferta de transporte turístico, né?



Mais uma foto de um velotaxi, este também em frente ao Portão de Brandemburgo.



Ainda em frente ao Portão de Brandemburgo, mais fotos de dois tipos de triciclos que mostrei acima.



No Memorial do Holocausto, fotografei esta outra opção bem interessante de se fazer city tour em Berlim, que é com o diciclo Segway.




CARRUAGENS:

Andar numa carruagem (charrete) é, para mim, a maneira mais romântica e chique de se passear pela cidade. Esses passeios são sempre caros, por isso nunca me animo muito. Em Berlim, há muitas carruagens estacionadas em frente ao Portão de Brandemburgo. Então, se quiser passear numa delas, é só se dirigir direto para lá! Não vi muitos turistas a bordo delas, mas devem valer muito a pena.


As carruagens ficam assim, estacionadas e em fila em frente ao Portão de Brandemburgo. 



Olha que graça rsrsrs



As carruagens em Berlim são bonitas e confortáveis. Nesta, por exemplo, há um quadro com os tipos de passeios oferecidos, os valores e o tempo de cada um. Há tours de 42, 61 e 79 euros e podem durar 30, 45 ou 60 minutos. Se animou?



BARCOS:


Fazer um passeio de barco em Berlim no verão deve cair tão bem no roteiro como um refresco geladinho num dia quente!  J

Não tive tempo de realizar um passeio desses, infelizmente. Mas, se você tiver, fique sabendo que esses são passeios muito recomendados, principalmente nos dias de sol, pois é muito agradável sentir a brisa no rosto nesses barcos abertos enquanto se passa diante de monumentos emblemáticos, tais como a Catedral de Berlim e o Museu Bode. 


As fotos abaixo foram tiradas em frente à Catedral de Berlim, que é banhada pelo Rio Spree. Dali, vi muitos barcos passarem em passeios turísticos e me deu vontade de pular da ponte para dentro de um deles rsrsrs. 


Vi diferentes empresas fazendo esse passeio turístico, como se pode ver nessas cenas que fotografei. Há diferentes roteiros e valores e quem se interessar pode pesquisar os seguintes sites (basta clicar em um dos nome): BWSG,  Stern und Kreisschiffahrt, Reederei Riedel. Existe também a possibilidade de se fazer um combo de tour de ônibus com tour de barco. Se interessou? Então leia mais informações no site da Berlin City Tours.  



River cruises em Berlim. Da ponte em frente à Catedral de Berlim, a gente vê um monte de barcos desses tipos.




Barco turístico passando no Rio Spree.



Barco turístico passando no Rio Spree.


Descubra Berlim do jeito que for, mas não deixe de conhecer essa cidade linda, que sabe viver seu presente sem esquecer o seu passado.


VEJA TAMBÉM:






REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA: UMA PRECIOSIDADE NO CENTRO DO RIO

Real Gabinete Português de Leitura - já ouviu falar nessa instituição, que foi criada por imigrantes portugueses e que está localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro? Não sei de você, mas posso garantir que muitos cariocas ainda não. Talvez por ficar um pouco escondida numa rua estreita ou talvez por não ser muito divulgada. Mas passando pela rua onde ela está situada, a Luís de Camões, impossível não notá-la. A fachada de seu prédio, de estilo manuelino, é de grande beleza arquitetônica. Mas a maior surpresa está no que o prédio abriga: uma biblioteca pública, de uma beleza ímpar, com um acervo de mais de 350.000 títulos distribuídos por prateleiras que ocupam todas as paredes - do chão até o teto, praticamente. O conjunto é de fazer cair o queixo.   

Real Gabinete Português de Leitura possui a maior e mais valiosa biblioteca de obras de autores portugueses fora de Portugal. Entre os volumes, há raridades. Mas não pense que os livros estão lá só para extasiar seus olhos, como peças de museu. Segundo a bibliotecária com quem conversei, o acervo é inteiramente disponível para consulta. Basta fazer um cadastro no próprio local e depois contar com a ajuda da bibliotecária. Para consultar o acervo, que é digitalizado, você pode acessar o catálogo no site ou no computador da biblioteca. Há várias mesas no local para você deitar seu livro e deleitar-se com ele.   

O Real Gabinete Português de Leitura fica na Rua Luís de Camões, 30, e a maneira mais rápida e prática de se chegar lá é de metrô, desembarcando na estação Uruguaiana. Vá em direção ao Largo de São Francisco de Paula, que é uma pequena praça que tem uma igreja (Igreja de São Francisco de Paula) e fica de frente a muitos camelôs e lojas de rua, como a C&A e a Casa Cruz. A propósito, se você não conhece a Casa Cruz, não deixe de entrar, pois é uma grande papelaria que vende muitas variedades com ótimos preços. Outra papelaria excelente que também fica no Largo de São Francisco de Paula é a Kalunga. Aliás, é só seguir pela rua da Kalunga que num instantinho você irá ver do seu lado direito o Real Gabinete Português de Leitura. 

A área do Largo de São Francisco de Paula é meio feiosa e suja e costuma ter mendigos. A praça é até bonita, mas é mal cuidada. Porém, o centro da cidade do Rio tem trechos assim mesmo. E é muito oportuno lembrar agora que você não deve transitar pelo centro da cidade com joias nem com nada valioso, pois há pivetes e eles atacam mesmo na luz do dia e na frente de várias pessoas. Infelizmente é uma triste notícia que não posso deixar de dar porque o que deveria ser um passeio prazeroso pode se tornar uma grande dor de cabeça. Inclusive, semana passada, foi destaque nos noticiários regionais da TV Globo a ação desses infratores, muitos menores de idade, que, por vezes, atacam em bando. No dia que visitei o Real Gabinete Português de Leitura, o centro da cidade estava até muito bem policiado em decorrência da repercussão da matéria da TV Globo, mas, mesmo assim, tive todo o cuidado de olhar ao meu redor antes de levantar minha máquina fotográfica para fotografar a fachada do prédio. Então, muito cuidado com sua máquina fotográfica também. Mas não se assuste, ok? É só não dar mole pra bandido. Infelizmente a questão da segurança é algo que ainda precisa ser muito melhorada no Rio de Janeiro.

Para saber sobre toda a história do Real Gabinete Português de Leitura, assim como informações sobre sua arquitetura e acervo, acesse seu site, que é este aqui.


Entrada: Gratuita.

Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 9:00 às 18:00.



A linda fachada do Real Gabinete Português de Leitura. 



O prédio do Real Gabinete Português de Leitura é de grande beleza arquitetônica.



E a biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura é de fazer cair o queixo. A arquitetura e a quantidade de livros espalhados por todas as paredes impressionam.



E todo o acervo do Real Gabinete Português de Leitura é digitalizado e disponível para consulta. Essas mesas e cadeiras que vemos à esquerda na foto estão disponíveis para os leitores. 



Interior do Real Gabinete Português de Leitura. Somente sua biblioteca é aberta à visitação.


Os lindos vitrais do teto da biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura.


Essa porta (ao centro) é a entrada da biblioteca. À direita, está um móvel que guarda o álbum em homenagem ao Presidente do Real Gabinete Português de Leitura (entre 1878 e 1884), Eduardo de Lemos.  


No Real Gabinete Português de Leitura e impressionada com o seu acervo bibliográfico.



Veja como tem livro velho e empoeirado no Real Gabinete Português de Leitura. A poeira, acho que é compreensível. Imagina a mão de obra para limpar cada livro de lá. 



Apesar do aviso de não mexer nos livros, todos os livros podem ser consultados. Obviamente não se pode tocar nos livros durante a visita não só para não danificá-los como também para não tirá-los da ordem. Para consultá-los, você antes precisará preencher um cadastro.  



Mesas de consulta nos dois lados do salão da biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura. Veja que há um grupo de estudantes numa visita guiada à biblioteca. Vi muitos estudantes lá nesse dia.


Interior do Real Gabinete Português de Leitura.



Exposição no Real Gabinete Português de Leitura.



A sala de reuniões do Real Gabinete Português de Leitura também merece ser observada, pois contém uma bonita mobília. Ela não é aberta ao público, pois é isolada por uma corda.



Outra sala de reuniões do Real Gabinete Português de Leitura. Também fica isolada por uma corda, mas sua mobília chama a atenção dos visitantes.

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O centro da cidade do Rio reserva muitas atrações para turistas e residentes. Muitas delas acabam sendo valiosas descobertas durante um passeio. Estar distraído fazendo compras nos arredores do Largo de São Francisco de Paula e, de repente, deparar-se com o prédio do Real Gabinete Português de Leitura, com certeza, é uma das grandes surpresas que o turista/carioca pode ter. O prédio fica só um pouquinho afastado dos camelôs e das principais lojas que ficam em frente ao Largo de São Francisco, mas, como você agora já está ciente da existência dessa joia, se essa surpresa não surgir por acaso no seu caminho, faça-a acontecer!