É POSSÍVEL CONHECER SINTRA EM UM DIA?

Em um único dia, é possível conhecer Sintra? Sintro muito, mas não. Apesar da brincadeira do trocadilho, a resposta é séria. A vila de Sintra, que foi classificada pela UNESCO em 1995 como Patrimônio da Humanidade, tem várias atrações que requerem de uma a duas horas de visitação e você ainda precisa de tempo para se deslocar de uma atração a outra (considere que na alta estação, você ficará na fila de passageiros esperando pelo ônibus passar, mais ou menos de 20 em 20 minutos, e que, de repente, só chegará a sua vez no terceiro ônibus), tempo para almoçar, tempo para perambular pelas ladeiras do centrinho histórico (pelo menos, uma hora), entrando em algumas de suas muitas lojinhas de artesanato e talvez fazendo umas comprinhas, e tempo para um break para tomar um cafezinho acompanhado de um "travesseiro" da Piriquita ou uma "queijada" da Sapa porque ninguém é de ferro, né? Lembre-se também de que em Sintra, mesmo no verão, quando os dias são bem longos, a maioria das lojas fecha em torno de 19:00 (para um turista ávido, isso é cedo) e as atrações mais ou menos por volta desse horário também.

Se um dia inteiro só para Sintra já é pouco, imagina visitá-la num tour de um dia que inclui junto Estoril e Cascais? Como já fiz esse passeio, posso dizer que é decepcionante, como já expliquei nesta postagem aqui. Eu até gostei do passeio em Estoril e Cascais, mas o problema foi com Sintra, que acabou sobrando muito pouco tempo para ela, então só conheci basicamente o seu centrinho histórico naquela vez. Para aproveitar bem Sintra, visitando, pelo menos, seis de suas principais atrações, o melhor é passar dois dias inteiros lá e, de preferência, pernoitando no próprio vilarejo para fazer tudo com mais tranquilidade e também porque a vila é um charme.


Se, contudo, você só tiver um dia inteiro, você já vai sair de Sintra muito satisfeito, basta fazer como eu fiz desta vez: visite o site dos Parques de Sintra e escolha as três atrações que você considera mais atraentes, sendo que uma dessas precisa ser o Palácio da Pena, porque simplesmente é a melhor de todas! Escolha também uma quarta atração caso sobre tempo, já que cada um tem um ritmo, mas, dependendo do que você escolher fazer, acho difícil aproveitar mais de três atrações e ainda fazer o que descrevi no primeiro parágrafo: caminhar pelo centro histórico, almoçar, tomar café etc. E quando eu falo sobre "aproveitar" as atrações, eu digo fazer as visitações internas. No meu caso, escolhi as seguintes atrações: em primeiro lugar, é claro, o Palácio da Pena; em segundo lugar, o Castelo dos Mouros; em terceiro lugar, o Palácio Nacional de Sintra; em quarto lugar, o Cabo da Roca. 


Na verdade, minha vontade de conhecer a Quinta da Regaleira era bem maior do que a de conhecer o Palácio Nacional de Sintra, mas eu já sabia que não daria tempo e que o Palácio Nacional de Sintra já ficaria bem "mais à mão" no meu roteiro por estar no centro histórico e por não requerer tanto tempo de visitação. Das quatro atrações que selecionei, só não consegui conhecer o Cabo da Roca e eu voltei muito triste por isso porque, apesar de não se ter muito o que fazer lá a não ser observar a paisagem, trata-se do ponto mais ocidental do Continente Europeu e eu me amarro nessas demarcações geográficas. Se eu tivesse ido ao Cabo da Roca antes do Palácio da Pena talvez eu tivesse tido tempo de fazer tudo, mas, como o Palácio da Pena é a grande estrela de Sintra e sua visitação é demorada, eu nem tive dúvidas em colocá-lo como a visitação número 1 em meu roteiro. 


Deixei o Cabo da Roca por último porque ele não dependia de horário de visitação - era o que eu pensava. Acontece que, como já eram mais de 19:00, descobri na hora que os ônibus já não subiam mais para lá. Porém, eu não queria perder de jeito nenhum a oportunidade de ir ao Cabo da Roca naquele dia, então perguntei a um motorista de táxi perto da estação de trem (em Portugal, eles dizem estação de "comboios") quanto ele cobraria para nos levar ao Cabo da Roca e depois nos trazer de volta ao mesmo lugar. Eles nos cobrou 40 euros e eu achei um absurdo, mas nem reclamei, aceitei na hora porque não sabia quando eu voltaria a Sintra e o meu desejo de conhecer o lugar era grande. Mas, para minha surpresa, o próprio motorista de táxi falou que pelo horário o passeio já não valeria mais a pena, pois a vista que teríamos no penhasco já não seria tão bonita. Achei estranho porque, como era verão, o dia ainda estava claro, mas o motorista nos pareceu sincero, dizendo que por ele não haveria problema em nos levar, que até seria lucrativo para ele, mas que não queria que voltássemos decepcionados. E nos aconselhou a voltar no dia seguinte de manhã. Enfim, resolvemos não arriscar, já que a corrida de táxi era cara, mas também não tivemos tempo de voltar no dia seguinte... O Cabo da Roca ficou para um outro retorno a Portugal e como um motivo a mais para eu voltar a Sintra.   

Então, já sabe, estabeleça as suas prioridades ao visitar Sintra cujas principais atrações são: Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Palácio de Monserrate, Palácio Nacional de Sintra, Palácio Nacional de Queluz e Quinta da Regaleira. Mas as outras atrações são muito bacanas também, conforme você pode checar no site dos Parques de Sintra. E lá nem estão listadas todas as atrações, pois ainda há o Museu do Brinquedo, praias etc. 

O meu roteiro aconteceu na seguinte ordem: Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, centro histórico, Palácio Nacional de Sintra. Peguei o ônibus turístico de Sintra, em frente à estação de trem, e fui direto ao Palácio da Pena, que fica mesmo no topo da serra. Há muitas curvas na subida e os ônibus podem subir cheios e com passageiros em pé. Se você se enjoa com sequências de curvas, se prepare. Eu não tive problemas. Depois de visitarmos o Palácio da Pena, tentamos pegar outro ônibus perto do Palácio para descermos para o Castelo dos Mouros, mas os ônibus estavam chegando lotados. Então, descemos um trecho a pé para podermos pegar o ônibus menos cheio e entrar (eles cheios, nem deixam você entrar). Com isso, perdemos um tempinho. E depois do Castelo dos Mouros, pegamos o ônibus para o centro histórico e depois fizemos tudo a pé, inclusive o retorno à estação ferroviária. Achei que essa ordem no roteiro foi a mais inteligente, pois assim começamos no ponto mais alto (Palácio da Pena) e viemos descendo.   

Eu cheguei em Sintra já com as passagens dos ônibus compradas na bilheteria da estação de trem do Rossio, em Lisboa. As minhas passagens davam direito a usar o transporte quantas vezes eu quisesse durante o dia. Mas há outras maneiras de se chegar à cidade. De táxi, por exemplo. O taxista que nos pegou no aeroporto de Lisboa tinha nos oferecido um passeio de dia inteiro em Sintra, com saída e chegada em nosso hotel em Lisboa, por 65 euros. Se quiséssemos ir à Sintra voltando por Cascais e Estoril, ele nos cobraria 85 euros. Eu fiquei de lhe dar a resposta na véspera do passeio. Depois de ponderar bastante, achei que valeria a pena, pois não perderíamos tempo com os ônibus, que passam numa média de 20 a 30 minutos, fora aqueles que não podem pegar mais ninguém por estarem lotados. Acontece que na véspera, após algumas tentativas inúteis de falar com o tal taxista pelo número de celular que ele nos forneceu, desistimos dele e resolvemos fazer tudo por conta própria. Mas fica aqui uma dica: se você estiver em um grupo de quatro pessoas, na minha opinião, pode valer a pena sair de Lisboa com o táxi e com o valor já acertado para você poupar tempo em Sintra. É só fazer as contas e ver se vale a pena. Porém, na baixa temporada, pode não ser tão vantajoso, pois os ônibus já não devem passar tão cheios.

Outra maneira de se chegar a Sintra é de carro alugado, o que muitos fazem. Não posso opinar sobre essa opção, pois não a testei, mas volto a lembrar que na alta temporada tudo é mais complicado e bem mais cheio. Achar uma vaga para estacionar pode ser muito difícil. Acho tão prático e barato ir a Sintra de trem que me parece sem sentido ir de carro alugado. Também há um outro tipo de ônibus turístico que vi assim que cheguei em Sintra, tipo hop on hop off, mas também não sei dizer se são melhores ou piores do que os "ônibus turísticos regulares" de Sintra. Se achar melhor, pode deixar para comprar as passagens do transporte em Sintra quando chegar ao local, assim você tira suas dúvidas. 

Vamos às fotos porque nas legendas dou mais informações. Vou priorizar aqui as fotos do centro histórico de Sintra, pois as outras atrações já estão mostradas nas seguintes postagens: 


- Visita ao Castelo dos Mouros: Todo Esforço Compensa

- Palácio Nacional de Sintra: O Monumento das Chaminés



TREM - DE LISBOA A SINTRA:


Existem várias saídas de trem para Sintra a partir da estação do Rossio, em Lisboa, e a viagem leva cerca de quarenta minutos. É bem fácil e rápido fazer esse passeio bate-e-volta. Quanto mais cedo você partir de Lisboa, mais aproveitará seu dia em Sintra. Entretanto, também não adianta madrugar, pois a maioria das atrações em Sintra abre por volta das 09:30 (clique aqui para ver os horários). Na própria estação do Rossio, além da sua passagem de trem de ida e volta (você pode voltar na hora que quiser naquele dia), você já pode comprar um passe que dá direito a usar o ônibus turístico de Sintra por um número ilimitado de vezes. Nós então já saímos da estação do Rossio com todas as passagens compradas, que ao todo custaram 15,30 euros por pessoa. Eu falei para o atendente quais as atrações que eu queria visitar (Palácio da Pena, Castelo dos Mouros, Palácio Nacional de Sintra, Cabo da Roca) e foi esse o valor para fazer esses trajetos. Na hora da compra de suas passagens, verifique com o atendente os tipos que existem e quais são mais vantajosas para você.  

Se você quiser pesquisar sobre todos os horários de saída de trem de Lisboa para Sintra, basta acessar o site dos Comboios de Portugal. Não precisa comprar as passagens com antecedência. Basta comprar no dia da sua viagem, pois os trens para a vila circulam com muita frequência. Você vai pegar um pouco de fila na estação do Rossio (há saídas em algumas outras estações também; pesquise no site dos comboios), mas não se demora muito na fila (acho que levamos uns quinze minutos) e há a opção de comprar as passagens nas máquinas de autoatendimento. 




Estação de trem do Rossio, Lisboa, e as filas para os caixas. Aparentemente, a maioria turistas com destino a Sintra. 



   Interior do trem de Lisboa a Sintra. O trem é confortável e a viagem dura somente cerca de quarenta minutos. Há paradas em outras estações até se chegar a Sintra. Guarde as passagens com você porque os fiscais entram nos vagões para fazer a inspeção. 



PALÁCIO DA PENA:

O Palácio Nacional da Pena é um majestoso castelo que foi construído por D. Fernando II após o rei ter adquirido, em 1938, um antigo mosteiro que atualmente corresponde à construção de cor avermelhada do palácio. Muita coisa foi acrescentada ao prédio do mosteiro, que resultou no magnífico palácio que vemos hoje no topo da serra de Sintra e que foi feito ao gosto do Romantismo da época. O rei D. Fernando II, que era um artista (desenhista, pintor e cantor), queria fazer desse castelo sua residência de verão.

A maior atração de Sintra é, sem dúvida, o Palácio da Pena. Você precisa de cerca de duas horas para poder conhecer seus cômodos, que têm muita coisa interessante para ver (principalmente mobiliário do século XIX), para percorrer seus pátios e corredores, deslumbrando-se com as vistas de diferentes ângulos tanto da fachada do castelo quanto da serra de Sintra, e para, é claro, tirar muitas fotos!  

Não vou falar muito aqui sobre o Palácio da Pena, pois já escrevi uma postagem só sobre essa atração, então lá mostro muitas outras fotos e dou mais informações. É só clicar aqui. As fotos abaixo são só uma pequena amostra do que é o Palácio da Pena. 



Uma parte da fachada do Palácio da Pena, que é um imenso castelo de formas geométricas muito interessantes. Seu complexo parece fazer parte de um conto de fadas.



Tanto do pátio inferior do Palácio da Pena quanto do seu terraço, as vistas são incríveis. Ou seja, o castelo é esplendoroso visto tanto de cima quando de baixo. É uma paisagem indescritível o palácio envolto pela serra de Sintra. Observe à esquerda os turistas num dos corredores externos do palácio. É preciso percorrê-los para apreciar as diferentes vistas panorâmicas do castelo e da serra. 




Uma das coisas do Palácio da Pena que mais me atraíram foram essas guaritas. Elas dão todo um charme ao castelo.



Muitas peças lindas do mobiliário do século XIX você verá nos diferentes cômodos do Palácio da Pena.



Além de peças antigas interessantíssimas, como este cofre do século XVIII.



Os cômodos do Palácio da Pena refletem todo o luxo da época, como o  Salão Nobre, também com mobiliário do século XIX.



CASTELO DOS MOUROS:

Também não vou entrar em muitos detalhes agora sobre este castelo porque tem uma postagem aqui em que falo só sobre ele, mas vou repetir que todo o esforço que você fará neste "complexo de muralhas", subindo e descendo escadas de uma ponta a outra, valerá a pena. As torres propiciam altas vistas da Serra de Sintra, inclusive para o Palácio da Pena, e andar por aqui é viajar ao passado, pois você está percorrendo uma fortificação do século X, apesar de muita coisa aqui não ser original. Quem tiver disposição não deve deixar de fazer esse exercício físico e mental (sim, porque é incrível imaginar como o castelo funcionava e era habitado) no Castelo dos Mouros. 



A Torre Real, ao fundo, a mais especial do Castelo dos Mouros. Para aproveitar o castelo, é preciso percorrê-lo em toda sua extensão.



As escadas do Castelo dos Mouros levam às torres e a vistas panorâmicas da serra de Sintra. 



CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA:


As grandes atrações de Sintra não estão somente dentro de palácios e castelos, mas também nas ladeiras do centro histórico, que fica ali, nas redondezas do Palácio Nacional de Sintra e relativamente perto da estação de trem (dá para ir a pé). Com suas ruas de paralelepípedos e pedras portuguesas muito charmosas e cheias de lojinhas e pequenos restaurantes e cafés, o centrinho histórico é um convite para um passeio depois do almoço por ali mesmo e também para uma pausa num dos seus cafés. As comidas típicas portuguesas fazem parte do cardápio dos restaurantes, mas a melhor dica gastronômica aqui é tomar um café acompanhado de um dos típicos doces locais, que são o travesseiro e a queijada. Gostei da queijada da Sapa, mas não caí de amores por ela. Agora, os travesseiros da Piriquita, hummm, que delícia! Eles são feitos com um recheio de amêndoas (mas o sabor das amêndoas é bem suave) e têm uma massa folhada bem levinha e crocante. São bem fresquinhos (chegam quentinhos à sua mesa) e dá para comer dois de uma vez facinho facinho, apesar de serem grandinhos.



As ruas do centro histórico de Sintra são charmosas e floridas. Há uma lojinha ao lado da outra vendendo produtos regionais e há muitos cafés e restaurantes também.



Uma das ruas do centrinho histórico de Sintra. As ruas são bem estreitas, mas ainda assim há espaço para mesas e cadeiras de alguns restaurantes.



Ruela no centro histórico de Sintra.



Uma das charmosas ruelas do centrinho histórico de Sintra. É indispensável andar por elas num passeio no vilarejo.



As lojinhas no centrinho histórico de Sintra vendem vários tipos de souvenirs e os preços em geral são bem razoáveis. 



Andando pelas ruelas do centro histórico de Sintra, fique atento para avistar esta estreita entrada desta mais famosa pastelaria (confeitaria) de Sintra, a Piriquita. A pastelaria é uma parada obrigatória no seu roteiro, pois ela é muito tradicional, data de 1850. Mas esta loja da casa (Piriquita II) é nova. A pastelaria é relativamente pequena, então, dependendo do horário que você chegue, pode ser que esteja lotada ou até com fila. Nós tivemos sorte. Assim que chegamos, encontramos uma mesinha para a gente.



São estes os deliciosos travesseiros de Sintra, da loja Piriquita. A massa folhada é bem crocante e o doce é bem leve. É tudo de bom comer um travesseiro acompanhado de um café.



Muitos artigos regionais no centro histórico de Sintra ficam assim, à mostra no lado de fora das lojinhas.



Rua do centro histórico de Sintra com escadaria e muito florida. 



Numa das ruelas do centro histórico de Sintra, você também encontrará uma loja que vende o tradicional licor chamado Ginjinha, que aqui pode ser servido num copinho de chocolate. Custava apenas um euro. A ginja é uma fruta portuguesa que se parece com a cereja. Se você não teve a oportunidade de provar a ginjinha em Lisboa, no tradicional Bar da Ginjinha (conforme mostrei nesta postagem), agora é a chance. Uma garrafa de ginja é uma boa opção para presentear alguém com uma lembrança de Portugal. E o licor é bom!



 Centro histórico de Sintra. À direita, a mais antiga casa da Piriquita.



Muitos restaurantes do centro histórico de Sintra oferecem mesas e cadeiras nas calçadas no verão. 



Tipos de souvenirs que podem ser comprados nas lojinhas do centro histórico de Sintra.



PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA:


O Palácio Nacional de Sintra fica na praça principal da vila, bem no centro histórico. Então é quase uma "obrigação turística" visitá-lo. Seu par de chaminés brancas pode funcionar para o turista como um ponto de referência na vila, pois é o que mais caracteriza o palácio e pode ser visto em diferentes pontos. Nesta postagem aqui mostro várias fotos de muitos dos cômodos desse palácio e dou mais explicações. Se, por ventura, você não tiver tempo de visitar o palácio por dentro, não deixe de pelo menos entrar no seu pátio externo, pois as vistas da paisagem de Sintra dali estão entre as mais bonitas. 


Fachada do Palácio Nacional de Sintra e suas chaminés icônicas.



Este é o pátio externo (ou "praça" ou "largo") do Palácio Nacional de Sintra, que fica bem em frente à entrada do palácio. Daqui, as fotos com as casas de Sintra e o verde da serra em volta ficam muito lindas.



Esta foto é só uma pequena amostra do interior do Palácio Nacional de Sintra, que exibe seus cômodos com muita mobília antiga e nos faz pensar no passado dos reis. Devo confessar que não achei este palácio uma atração imperdível em Sintra, mas não deixa de ser interessante.   



Vista a partir da praça do Palácio Nacional de Sintra. Em frente, o Café Paris e sua fachada azulejada. Parece besteira, mas para mim foi uma emoção encontrá-lo depois de quinze anos. 



Vista de Sintra a partir da praça do Palácio Nacional de Sintra. O edifício de torre azul, à esquerda, é a Câmara Municipal de Sintra.  



O verde de Sintra visto da praça do Palácio Nacional de Sintra.  



Praça do Palácio Nacional de Sintra. Um bom lugar também para descansar depois de um dia de passeios.



Praça do Palácio Nacional de Sintra. 



Não deixe de olhar para cima quando estiver nas redondezas do Palácio Nacional de Sintra para ver o Castelo dos Mouros. 



DO CENTRO HISTÓRICO À ESTAÇÃO DE TREM:

Depois de passearmos pelas ruas do cento histórico e visitarmos o Palácio Nacional de Sintra, fomos caminhando até a estação de trem para voltarmos para Lisboa. Dá uns vinte minutos a pé ou até menos. A caminhada vale a pena, pois é um passeio muito pitoresco. 



Caminhando do centro à estação de trem, você passa por ruas arborizadas e por mais lojinhas de artesanato. À esquerda, vendedores de rua vendendo seus artigos.


No caminho de volta à estação de trem de Sintra. Ao fundo, as chaminés brancas não deixam dúvida de que aquele é o Palácio Nacional de Sintra.



Paisagens verdejantes dos lindos parques de Sintra fazem da vila um lugar muito especial.



No caminho para a estação de trem, eu já estava pensando em parar na casa das "verdadeiras queijadas da Sapa", que, assim como os travesseiros, são doces tradicionais de Sintra e também são deliciosas, conforme diz o boca-a-boca. Porém, as lojas fecham "cedo" em Sintra. Acho que não eram nem sete da noite e as portas da fábrica das tais queijadas estavam fechadas. Então, foi uma decepção para mim porque esse doce português eu ainda não tinha experimentado na primeira vez que estive aqui. As queijadas da Sapa existem desde 1756.



Cada vez mais perto da estação de trem, passamos pelo prédio da Câmara Municipal de Sintra. 



A linda torre da Câmara Municipal de Sintra. 



Fachada da Câmara Municipal de Sintra. Para mim, um dos prédios mais bonitos de Sintra.



E, quase já chegando à estação de trem, vi uma lojinha aberta, que era a Casa das Queijadas. Para minha surpresa, eles vendiam as famosas queijadas da Sapa, então fiquei bem contente. O único problema é que já era "tarde", então já não havia mais queijadas para serem vendidas por unidade. Então, comprei um pacotinho com seis unidades e levei para o hotel. 



Fim do dia inteiro de passeio em Sintra. Pegamos o trem e voltamos para Lisboa. Mais uma foto mostrando o interior de um dos trens que fazem a viagem de Lisboa a Sintra e vice-versa.



O pacotinho das queijadas da Sapa, que você inclusive pode levar em seu voo para comer em casa.



Apesar de eu não ser muito fã de queijadas, estas estavam bem gostosinhas e só não desmancharam na boca porque não foram comidas assim que saíram do forno, que é a melhor forma de serem consumidas, assim como os travesseiros.

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Se for a Lisboa, não deixe de incluir no seu roteiro pelo menos um dia de passeio em Sintra. É uma cidade romântica, encantadora, mágica e inspiradora. Com certeza, você vai querer voltar porque uma vez nunca é o suficiente. Eu fui duas vezes e já não vejo a hora de voltar de novo. 



PRAIA DA JOATINGA: UMA JOIA ESCONDIDA NO RIO DE JANEIRO

O Rio de Janeiro tem tantas praias, cada uma mais bonita que a outra, que a gente até se esquece das menos populares. Quando carioca ou turista pensa em ir à praia no Rio lembra logo da Praia da Barra, da Praia de Copacabana, da Praia do Leblon entre outras que fazem sucesso em cartões-postais. Mas as menos conhecidas podem surpreender e muito, especialmente por ficarem mais desertas porque são mais distantes do centro ou porque têm o acesso um pouco mais difícil. Nesta categoria, estão, por exemplo, a Prainha e a Praia de Grumari, a duplinha paradisíaca que já mostrei no blog, e a "pequena notável" Praia da Joatinga, da qual falo hoje aqui.  

A Praia da Joatinga fica no bairro do Joá, entre as praias de São Conrado e da Barra da Tijuca. O lado bom é que a praia é linda e sossegada (o que não quer dizer que nos dias mais quentes do ano a praia não fique lotada), cercada de pedras nas quais podemos ficar sentados contemplando o visual. O lado ruim é que, por ser bem pequena, quando a maré está alta, o mar cobre toda a faixa de areia. Além disso, o acesso à praia é meio complicado porque ela fica dentro de um condomínio fechado com guarita, que fica na estrada do Joá, na Rua Pascoal Segreto. Passando ali de carro, a gente não tem nem ideia de que por detrás daquele condomínio se esconde uma praia tão bacana. Mas, como a praia é pública, você pode entrar no condomínio a pé ou de carro, basta falar com o segurança na porta. Lá dentro, há uma área para os visitantes deixarem seus carros, mas, como ela não é muito grande, pode ser que fique lotada em dias de praia cheia.

Para descer até a Praia da Joatinga e ter as melhores vistas sobre ela, é preciso fazer uma "trilha", inclusive pisando em pedras, mas ela é bem pequena e bem simples. O único problema, se não tomar cuidado, é você levar um tombo andando sobre aquelas pedrinhas mais ou menos no meio do caminho. Elas são escorregadias mesmo, apesar de não parecerem, então quem não conhece o local nem se preocupa com o caminhar naquela descida para a praia. Eu levei um estabaco justamente por nem desconfiar que o chão pudesse representar algum perigo. Eu estava com um par de sandálias com a sola nada apropriada para aquelas pedras, então aconselho a fazer esse percurso de tênis. Mas vi muita gente fazendo descalça ou de chinelos. É preciso tomar cuidado também na hora de pisar nas pedras grandes, já perto da praia. Elas também são bem escorregadias. Por esse caminho que descrevo, o visual que vai se descortinando à sua frente é bem bonito, então vale a pena. Mas há outra maneira de se descer à praia, que é por uma escadaria que fica meio escondida e depois por um pequeno caminho de pedrinhas.

Visitamos a Praia da Joatinga num fim de tarde, então foi tranquilo acharmos vaga para o carro dentro do condomínio. Nossa intenção era apenas curtir a paisagem e tirar fotos, ainda mais que já estávamos nas redondezas, pois havíamos acabado de visitar dois mirantes ali perto: o Mirante das Canoas e o Mirante do Joá.



Aqui já estamos dentro do condomínio que abriga a Praia da Joatinga. Estacionamos numa área aqui do lado e fomos andando até a praia.



No caminho, você avista o clube Costa Brava (à esquerda). 


Logo você vê aquele marzão à sua frente, além das pedras que são ótimas para você sentar e admirar a paisagem. 



Caminhando por entre esta mata, você chega à pequena Praia da Joatinga (ao fundo) tendo a oportunidade de desfrutar vistas como esta, com a praia se descortinando à sua frente. O problema é que há alguns trechos bem escorregadios. Foi um pouco antes de eu chegar aqui que eu caí de bunda no chão. Foi tão rápido que não deu nem tempo de evitar rsrsrs



Mas fazendo esta pequena "trilha", apesar dos riscos dos tombos, você se depara com vistas como esta no percurso.



Chegando cada vez mais perto da pequena Praia da Joatinga. Daqui é que a gente tem a melhor vista sobre ela. Note que a praia está relativamente vazia. Mas é que, apesar de eu ter ido num feriado de verão, já eram mais de quatro horas da tarde e o dia estava bem nublado. Já até havia chuviscado um pouco e eu fui só para tirar fotos. Mas nos dias ensolarados de verão esta praia costuma ficar lotada.  



Em vez de ficarem na areia da Praia da Joatinga, algumas pessoas preferem ficar sentadas nas pedras com a vista da praia. 



A Praia da Joatinga tem ondas fortes, que são apreciadas por surfistas e praticantes de bodyboard.



E quando há ressaca, a água cobre toda a areia. 



Eu também escolhi meu lugar numa pedra e fiquei somente admirando a paisagem da Praia da Joatinga.



Os surfistas gostam de pegar onda na Praia da Joatinga.



Veja que a Praia da Joatinga é cercada de prédios (são luxuosos os que ficam dentro do condomínio). Observe também o caminho pelo qual é preciso passar até chegar à areia da praia. Você tem de andar por cima dessas pedras grandes (também escorregadias), além de atravessar essa pequena ponte que vemos na foto. 



Veja também como a Praia da Joatinga é pequena e, dependendo do dia e do horário, como ela é tranquila. Mas lembre-se de que quando a maré está alta não existe faixa de areia. O mar cobre tudo e então não dá para ficar na praia. 



Não cheguei a fazer este caminho, mas há esta escada para se descer até a Praia da Joatinga, ou seja, bem mais fácil e menos riscos de tombos. Mas a paisagem que se tem do alto do outro caminho é bem mais bonita.


Você conhece a Praia da Joatinga? Se não, é compreensível. O Rio de Janeiro tem mesmo muitos encantos escondidos!