O estado da Paraíba, localizado no lindo nordeste brasileiro, foi presenteado com uma costa de belas praias, algumas semidesertas e semisselvagens. Por isso, planejar uma viagem a João Pessoa requer separar pelo menos dois dias inteiros somente para conhecer as belas praias do estado em passeios do tipo "bate-volta". Assim, você divide esses passeios em dois sentidos, do litoral norte e do litoral sul, cada um em um dia. Se a maré estiver a seu favor, o melhor é você incluir no roteiro mais um dia inteiro, assim pode aproveitar também as piscinas naturais do Seixas, que só existem nos dias de maré baixa. Outras piscinas naturais famosas de João Pessoa são de Areia Vermelha (na verdade, fica no município de Cabedelo, mas é muito perto da capital) e de Picãozinho, ambos lugares dependendo também da maré. Se você gosta de se banhar em piscinas naturais, então programe sua viagem de acordo com a tábua das marés de João Pessoa.
A ilha de Areia Vermelha fica no litoral norte, então você não vai precisar de um dia extra para visitá-la, já que ela pode fazer parte dos passeios clássicos ao litoral norte oferecidos pelas agências de turismo em João Pessoa. Lembre-se de que não é possível ir a mais de uma dessas piscinas naturais no mesmo dia porque, como eu disse, só ocorrem na maré baixa, e ela só dura por algumas horas. As praias de Manaíra, Tambaú e Cabo Branco costumam ficar fora dos passeios organizados pelas agências de turismo porque elas ficam mesmo em João Pessoa e estarão próximas do seu hotel. Picãozinho também fica próximo, podendo ser visitado a partir da Praia de Tambaú. Então, não deixe de reservar um espaço na sua agenda para Manaíra, Tambaú e Cabo Branco também, nem que seja no dia de sua chegada à capital. Talvez você só não consiga fazer Picãozinho nesse mesmo dia por causa do horário da saída dos barcos.
Mas aqui venho falar somente das praias do litoral norte que geralmente estão no passeio guiado de van, ônibus turístico ou carro de passeio (vai depender do número de turistas) a partir de João Pessoa. Fazem parte da visitação: Praia do Bessa, Praia de Intermares, Fortaleza de Santa Catarina e Marco Zero da Transamazônica. Há pacotes que juntam essas visitas com parada para banho na Ilha de Areia Vermelha. O passeio "combinadão", além de tudo isso, ainda inclui o pôr do sol na Praia do Jacaré. É esse passeio "turbinado" que vou mostrar nesta postagem porque foi o que fizemos, já que tivemos apenas 5 dias em João Pessoa e somente 3 dias inteiros (um dia inteiro ficou para esse passeio, outro dia para as piscinas do Seixas, e outro dia para o litoral sul). O único ponto positivo do tour "três em um" é só mesmo o aproveitamento do tempo, pois tudo o que acontece antes de Areia Vermelha é muito corrido, sem tempo para banho. Cada parte dele pode perfeitamente ser feita por conta própria, uma vez que Cabedelo, onde acontece todo esse tour, com exceção da Praia do Bessa (João Pessoa), é um município perto de João Pessoa, então fazer o trajeto de táxi não fica muito caro, principalmente se você estiver acompanhado de mais pessoas. Juntar Areia Vermelha com o pôr do sol no Jacaré é uma boa ideia por causa da proximidade das praias, mas, com tempo na agenda, eu não o teria feito. Muito melhor sair para o pôr do sol a partir do seu hotel de banho tomado. É claro que o litoral norte paraibano tem muitas outras praias, mas não costumam fazer parte dos clássicos passeios de um dia. Se você tiver tempo na Paraíba, aproveite para ir além das praias mais turísticas e quem sabe colocando mais emoção ao passeio embarcando num buggy. Há também tours guiados de buggy para o litoral norte que passam pelas praias do município de Lucena com paradas para banho de mar e de rio.
A agência de turismo que nos levou a este passeio foi a Tropical Receptivo, uma indicação do hotel onde nos hospedamos em Tambaú, o Best Western Hotel Caiçara. Os funcionários da Tropical Receptivo foram muito simpáticos, inclusive foram eles que fizeram os nossos transfers de chegada e saída em João Pessoa. Uma coisa legal que achei dessa agência é que eles mantiveram nosso passeio mesmo havendo somente eu e meu marido naquele dia. Ou seja, tivemos um tour privativo, num carro de passeio, com preço de excursão. O nosso guia foi também nosso motorista e ele fez de tudo para nos agradar. Outra agência de turismo em João Pessoa que eu indico é a Cliotur, com a qual fizemos o litoral sul. Entretanto, a agência mais famosa da capital é a Luck Receptivo, mas isso não quer dizer que seja a melhor, pois os tours deles são bem cheios porque trabalham para as grandes operadoras, como a CVC.
PRAIA DO BESSA:
A Praia do Bessa fica no bairro de mesmo nome, no litoral de João Pessoa. É uma praia urbanizada e a primeira do litoral norte da Paraíba, ficando entre a Praia de Manaíra (em João Pessoa) e a Praia de Intermares (em Cabedelo). Tem um bom movimento de banhistas, mas mesmo assim consegue ser bem tranquila fora dos finais de semana. A Praia do Bessa passou por um processo de renovação em 2012 com a retirada dos quiosques da orla, então agora não se vê mais nenhum. Segundo nosso guia, a medida foi tomada porque as barracas estavam causando prejuízos ambientais. Mas, em frente à praia, você encontra alguns bares.
Há uma parte muito famosa da Praia do Bessa que ficou conhecida como "Caribessa" por causa de suas águas cristalinas, ou seja, ali é o "Caribe da Paraíba". Essa área é um banco com quatro quilômetros de corais a 750 metros da areia. No Caribessa, dependendo das condições do mar, você pode fazer um passeio de caiaque ou até mesmo um mergulho com um instrutor para observar a vida marinha. Se você se interessou, então veja este vídeo que foi apresentado no Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Aí é que você vai ficar ainda com mais vontade de conhecer a Praia do Bessa. Infelizmente, não conhecemos o banco de corais porque não havia tempo para isso no nosso passeio guiado (ainda iríamos à Areia Vermelha, que depende do horário da maré). É preciso priorizar os passeios, então, se você tiver mais tempo do que nós tivemos em João Pessoa, vale muito a pena ir até a Praia do Bessa fora de um passeio guiado e passar uma manhã inteira lá. Provavelmente era isso o que faríamos se tivéssemos um dia extra.
Não há mais quiosques na orla da Praia do Bessa.
A Praia do Bessa numa quinta-feira de verão. Apesar da presença de muitos banhistas, achei a praia bem tranquila. Veja que ela possui uma extensa faixa de areia.
O mar da Praia do Bessa é um pouco agitado.
PRAIA DE INTERMARES:
A Praia de Intermares fica no bairro residencial de Intermares, já em Cabedelo, sendo a primeira praia desse município. É ainda mais tranquila do que a Praia do Bessa, sua vizinha, e também não tem quiosques pela orla. Apesar da tranquilidade de Intermares, se eu tivesse que escolher entre ela e Bessa para esticar minha toalha, eu ficaria com a segunda. Gostei mais do astral da Praia do Bessa, sem contar que ela tem mais opções de bares nas proximidades e mais facilidades para o banhista, como aluguel de cadeiras e guarda-sóis. Se você fizer um passeio guiado para o litoral norte a partir de João Pessoa, com parada para banho, muito provavelmente essa parada (ou uma das paradas) será na Praia do Bessa. Além do mais, ela é tão famosa quanto as praias de Tambaú e de Cabo Branco, por exemplo. A Praia de Intermares é point de surfistas devido a seu mar agitado e é uma importante área de desova de tartarugas marinhas.
O Portal de Intermares, em frente à praia.
Esculturas de tartarugas marinhas na Praia de Intermares.
Praia de Intermares, no litoral norte da Paraíba.
O sossego da Praia de Intermares numa quinta-feira de verão.
Muitos coqueiros compõem o panorama da Praia de Intermares.
O mar é mais agitado na Praia de Intermares.
FORTALEZA DE SANTA CATARINA:
A Fortaleza de Santa Catarina, em Cabedelo, foi a parada seguinte deste nosso passeio. A fortaleza, que tem mais de quatro séculos de história, já passou por reformas, mais ainda carece de mais trabalho de conservação. Achei-a um pouco abandonada e com poucas informações. É cobrada uma taxa simbólica de visitação (R$2,00 em janeiro de 2016), mas nenhum guia de turismo no local nos recebeu para passar informações. Naquele horário, havia somente quatro visitantes, contando com a gente. Enfim, eu esperava mais dessa visita.
Na Fortaleza de Santa Catarina, em frente ao Antigo Alojamento de Oficiais, que estava fechado.
No pátio interno da Fortaleza de Santa Catarina. Atrás da gente, a Casa da Pólvora, e do lado direito, o Quartel da Tropa.
À direita, a Casa do Comando.
Sala com um acervo de gravuras de época, mostrando diferentes fortalezas, e um painel em azulejos.
Ao fundo, à direita, a Capela de Santa Catarina.
Interior da Capela de Santa Catarina - Fortaleza de Santa Catarina, Cabedelo, Paraíba.
Dentro da Fortaleza de Santa Catarina, temos a vista do Rio Paraíba.
Vista do Rio Paraíba a partir do pátio interno da Fortaleza de Santa Catarina.
MARCO ZERO DA TRANSAMAZÔNICA:
Da fortaleza, seguimos de carro até o Marco Zero da Transamazônica, que fica pertinho. A Transamazônica (BR-230) é uma rodovia federal que tem início na cidade de Cabedelo. É uma das maiores rodovias do mundo e atravessa sete estados: Paraíba, Ceará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Pará, Amazonas.
Um mural na pracinha do Marco Zero da Transamazônica mostrando todo o trajeto da rodovia.
A placa na pracinha de Cabedelo sinaliza o ponto onde se inicia a Rodovia BR-230 (Transamazônica). A parada aqui foi rapidinha, só para algumas fotos, pois não há muito o que se ver além da pracinha e de uma igreja.
O KM 0 da BR-230, em Cabedelo, perto da Fortaleza de Santa Catarina. Visitando uma atração, é quase uma obrigação visitar a outra.
PRAIA DO POÇO:
Depois das visitinhas rápidas acima, a parada seguinte foi na Praia do Poço para um dos momentos mais esperados deste tour. É que de lá saem as embarcações para Areia Vermelha. A Praia de Camboinha, a uns cinco minutos de carro dali, ao norte, também é outro ponto de partida das embarcações para a ilha.
A Praia do Poço, que também fica em Cabedelo, apresentou-se para mim como uma praia movimentada, mas ao mesmo tempo razoavelmente tranquila. Entretanto, deu para sentir que nos finais de semana, a praia deve ficar bem cheia por causa das inúmeras mesas que ficam espalhadas pelo "calçadão" em frente a ela. O mar da Praia do Poço é calmo, por isso vi muitas famílias com crianças ali. Observei também pessoas praticando kitesurf e stand-up paddle, mas principalmente remando nos caiaques (Kayaky Kat). Com certeza, não foi uma das praias que mais gostei da Paraíba, então não seria ali que eu passaria parte de meu dia se eu tivesse mais tempo de hospedagem em João Pessoa. Sinceramente, achei que aquele aglomerado de mesas e cadeiras de plástico enfeiaram um pouco a praia. Bom mesmo seria se os bares ali seguissem o estilo do Lovina :-) Chegando à Praia do Poço, o nosso guia nos apresentou o único bar dali (pelo menos, daquele ponto), o Cibelly, que também era o nome de nosso catamarã, que já estava incluso em nosso pacote. O "garçom" do Cibelly nos sugeriu agendar nosso almoço para já encontrarmos nossa comida pronta ao retornarmos da Areia Vermelha. Como não pretendíamos mesmo comer na ilha (os barcos também servem almoços simples e petiscos na ilha) por ainda ser relativamente cedo, achamos uma boa ideia já adiantarmos o pedido de nosso almoço. Afinal, ainda iríamos à Praia do Jacaré para assistir ao pôr do sol. A ideia foi boa, mas a comida deixou a desejar. O problema é que a comida chegou fria à mesa e como tínhamos pedido carne de sol cortada em cubos, eles ficaram duros. A macaxeira também estava fria. O sabor da comida até que não estava ruim, mas foi literalmente duro comer a carne de sol. Por isso, não gostei muito do Cibelly, ainda mais porque cobram caro. Esse prato simples que comemos (carne de sol, arroz, feijão verde e macaxeira), que eles dizem dar para quatro pessoas, mas que servem bem duas pessoas, custava praticamente o mesmo valor de um prato de camarões para duas pessoas que comemos no restaurante Canoa dos Camarões, em João Pessoa, que tem a comida e ambiente superiores. Acredito que o Cibelly seja melhor para os petiscos feitos na hora. Fiz as devidas reclamações para nosso guia, que lamentou o ocorrido. Ele disse que a outra opção de restaurante ali perto é o Lovina, mas com preços bem mais elevados. Eu já conhecia o Lovina de nome, mas li no Tripadvisor muitos comentários negativos sobre sua comida (do tipo "ambiente lindo, mas comida ruim e demorada"), então quando o guia nos levou para o Cibelly, eu nem me importei. Se você fizer questão de escolher onde almoçar no seu passeio guiado, verifique antes com a agência qual é o restaurante onde eles param e, se não aprovar, veja se eles podem lhe deixar onde você quer (em Cabedelo), já que os gastos com almoço não costumam estar mesmo incluídos no pacote. Algumas agências param na Praia de Camboinha como ponto de embarque para a Areia Vermelha e têm o ponto de apoio no Restaurante Lovina, como é o caso da Cliotur.
As mesas espalhadas na calçada em frente ao bar Cibelly e à Praia do Poço, bem no ponto de onde saem as embarcações para a ilha de Areia Vermelha.
Ao fundo, o bar Cibelly, na Praia do Poço, que foi a base escolhida pela Tropical Receptivo para o passeio à Areia Vermelha, já que embarcaríamos no catamarã da mesma empresa.
A calçada de mesas e cadeiras entre o bar Cibelly e a Praia do Poço.
Os catamarãs na Praia do Poço, alguns minutos antes de partirem para a ilha de Areia Vermelha. À direita, o catamarã amarelo Cibelly V, que nos levou à ilha.
Praia do Poço numa quinta-feira de janeiro, relativamente tranquila. Muitos banhistas que vêm para cá pegam uma embarcação (jet ski, catamarã, lancha, barco) para Areia Vermelha.
Agora o lado direito da Praia do Poço, com a concentração de guarda-sóis e cadeiras de praia.
Praia do Poço - Cabedelo.
Como eu falei acima, o ingresso no Catamarã Cibelly V (este da foto) já estava incluso no passeio ao Litoral Norte com a agência Tropical Receptivo, então não tivemos escolha. Mas não gostamos muito do serviço dessa embarcação. Foi tudo bem no trajeto, o problema é que eles não têm a mesma estrutura de outros catamarãs, então, quando chegamos à ilha, não nos ofereceram nenhum guarda-sol, nenhuma mesa ou cadeira, nem comida ou bebida, e nenhum funcionário da embarcação apareceu na areia, perto de seus passageiros, para dar informações. Então resolvemos por conta própria nos dirigir a uma outra embarcação para tentarmos alugar uma mesa com guarda-sol. E até tivemos sorte porque o catamarã mais próximo do nosso já nem tinha mais mesas/guarda-sóis para alugar. Tivemos que tentar com a embarcação seguinte. Por causa disso, não indico a empresa Cibelly.
PASSEIO DE CATAMARÃ ATÉ AREIA VERMELHA E MINHA EXPERIÊNCIA NA ILHA:
Areia Vermelha é um banco de areia de cor avermelhada (daí o nome) que se forma em alto mar quando a maré está baixa. Então, aquela região se transforma em uma ilha composta por diversas piscinas naturais, onde crianças e adultos podem se banhar com segurança, pois elas são bem rasas. As embarcações partem da Praia do Poço ou da Praia de Camboinha no horário da maré baixa, portanto não há um horário permanente nem há passeios todos os dias, tudo depende da tábua da maré. Se você quiser fazer o passeio à Areia Vermelha em sua viagem a João Pessoa, consulte antes a tábua da maré para escolher a época certa. Quanto mais baixa a maré, melhor. Eu consultei a tábua no site da Paraíba Travel (agência de turismo) alguns meses antes da minha viagem e comprei minhas passagens aéreas nas datas baseadas nessa previsão, o que deu super certo. O horário é que pode mudar um pouco em uma diferença de aproximadamente meia hora. O trajeto até a ilha de Areia Vermelha leva cerca de 20 a 30 minutos de catamarã. Lá você fica por uma média de duas horas e meia, que é mais ou menos o tempo até a maré começar a subir, então já é hora de voltar para a embarcação. Nessa hora, eu fiquei um pouco nervosa porque o rapaz do catamarã demorou uns vinte minutos só para trazer a conta do que tínhamos consumido. É que todos resolvem voltar para seus barcos mais ou menos na mesma hora (ou seja, com a maré subindo) e fica difícil eles "darem conta da conta" de todo mundo ao mesmo tempo. E, como eu mal sei nadar, fiquei com medo da maré subir demais, já que até chegarmos ao nosso catamarã, tínhamos que andar um pouquinho. Mas vou logo tranquilizando aqueles que têm medo de mar como eu. Mesmo com a maré subindo, um adulto consegue andar numa boa até a embarcação. Digo isso porque, já na hora de voltarmos para a orla da praia, eu fiquei dentro do catamarã observando os últimos a se retirarem do banco de areia (tem gente que fica até os últimos minutinhos e precisam ser chamados pelos funcionários do barco) e o último a entrar no nosso barco foi um dos empregados, mas a água não passou das coxas dele (mostro numa foto abaixo). Os barcos saíram juntos, com todos a bordo, e com uma boa margem de tempo antes que a maré pudesse subir demais. Quanto à segurança dos visitantes, eu não vi nenhum problema. Como Areia Vermelha é hoje um Parque Estadual Marinho e uma área de preservação ambiental permanente, tem havido muita polêmica quanto à comercialização de comida e bebidas no local por causa dos possíveis prejuízos ambientais que podem causar. Talvez a venda de alimentos ali seja proibida um dia por causa disso. Quase todas as embarcações vendem o seu peixe ali, literalmente falando, mas há uma quantidade razoável de petiscos no menu. Havia até uma senhora com sua mesa montada em cima do banco de areia vendendo queijo coalho. Felizmente não vi ninguém sujando a areia com comida.
Na alta temporada, mesmo durante a semana, Areia Vermelha fica cheia. Mas o ponto mais cheio é onde ficam as mesas, com as pessoas comendo e bebendo. Afastando-se para as piscinas naturais, você tem mais tranquilidade. Aliás, um dos motivos pelos quais decidi almoçar somente no retorno do passeio foi para ter mais tempo curtindo essas piscinas. Por causa da aglomeração de pessoas debaixo dos guarda-sóis comendo e bebendo, tem gente que não gosta muito do passeio à Areia Vermelha, dizendo ser meio "farofada". Bem, eu gostei muito dali, adorei não somente o visual, que é bem diferente, como também as piscinas naturais. Porém, num fim de semana ou feriado, talvez eu não ficasse tão satisfeita, pois Areia Vermelha é um destino muito procurado, inclusive pelos locais. Então, minha recomendação é para você evitar essas datas para seu melhor lazer.
No interior do catamarã Cibelly V.
Ao fundo, a orla da Praia do Poço, de onde saem as embarcações para a ilha de Areia Vermelha.
O mar verdinho da Praia do Poço, Cabedelo, litoral norte da Paraíba.
Interior do catamarã Cibelly V.
Prática de kitesurf perto de Areia Vermelha.
Chegando à ilha de Areia Vermelha, que fica a 1,5 km da costa. É um banco de areia avermelhada com aproximadamente 2 km de comprimento por 1 km de largura.
Quando chegamos à Areia Vermelha, já encontramos a ilha com muitos banhistas. Se você quiser chegar aqui antes dos catamarãs, para pegar a ilha mais tranquila, uma boa opção é vir de lancha.
Os catamarãs chegam aqui e os passageiros desembarcam atravessando a pé o mar que fica com uma profundidade bem baixa, como se vê nesta foto. Logo você já está na areia. Antes do pessoal descer, o barqueiro avisa a que horas todos devem estar de volta. O catamarã fica ancorado na ilha o tempo todo até a hora da saída.
Depois de alguns passos após deixar a embarcação, você pisa no banco de areia de tom avermelhado.
Esta parte da areia, de frente para os catamarãs, fica repleta de mesas e cadeiras para os banhistas descansarem ou se protegerem do sol debaixo das barracas, mas principalmente para serem servidos com petiscos e bebidas trazidos pelos funcionários das embarcações.
Você precisa pagar pelo aluguel das mesas e cadeiras com guarda-sol na ilha de Areia Vermelha. Acho que pagamos R$15,00. Eles servem almoço (peixe frito com batatas fritas, por exemplo) e petiscos.
A ilha de Areia Vermelha fica com esta extensa faixa de areia avermelhada cercada por piscinas naturais em seus quatro lados. Veja aí o mar atrás de mim. Aqui mostro o lado direito da praia.
E aqui mostro o lado esquerdo, também cercado de piscinas naturais e com maior concentração de mesas e cadeiras.
A parte da frente do banco de Areia Vermelha é onde ficam os catamarãs. Ali também fica uma piscina onde podemos nos banhar. Só é preciso tomar cuidado com as âncoras dos barcos para não nos machucarmos.
Ilha de Areia Vermelha, em Cabedelo, litoral norte da Paraíba.
Quanto mais você se distancia dos catamarãs, mais tranquilidade você encontra. Não vi ninguém estendendo toalha ou canga aqui, mas nada que impeça. As pessoas preferem ficar sentadas nas cadeiras de plástico ou se banhando nas piscinas.
Ilha de Areia Vermelha, Cabedelo, Paraíba.
Nós visitamos a Areia Vermelha com a maré de 0,5 m e foi ótimo. Veja que a maré fica bem baixa, não dá para nadar. Ótimo para crianças.
A maior parte dos banhistas ficou nestas piscinas naturais que ficam do outro lado da areia, em frente aos catamarãs (ao fundo). Não foi meu lado preferido porque estava muito raso.
Kitesurf em Areia Vermelha.
O lado esquerdo do banco de areia é onde ficam ancoradas as lanchas. Ali também tem piscina natural.
Evite os finais de semana para pegar as piscinas naturais de Areia Vermelha assim, com poucos banhistas. Veja, ao fundo, as lanchas.
Areia Vermelha
Águas transparentes e mornas em Areia Vermelha. Veja como fica rasa a água (maré de 0,5 m).
É possível achar peixes em Areia Vermelha somente num determinado ponto da ilha, mas você só consegue ver com máscara de mergulho. Um dos funcionários do nosso catamarã nos mostrou onde ficam os peixes (no local onde estão estes banhistas) e ofereceu máscaras para alugar. Sinceramente, não nos animamos e não alugamos porque acho que o mar não estava para peixe rsrsrs Sério, o bom de Areia Vermelha é curtir suas piscinas e seu visual, não para procurar peixinhos (aí o melhor é Picãozinho).
Quando a maré sobe, esse banco de areia vai aos poucos sendo coberto pelo mar e algumas piscinas vão se juntando com outras.
Nesta foto dá para ver bem a distância que você tem que andar para chegar até os catamarãs a partir do banco de areia.
No banco de areia de Areia Vermelha.
Esta foi a piscina natural de Areia Vermelha que eu mais gostei (do lado direito) porque mais perto daquela lancha, o mar estava mais fundo, então ficava mais gostoso de se banhar. Dá para se ter uma ideia da profundidade olhando aquelas duas pessoas ao fundo debaixo do guarda-sol.
Quando a maré sobe, a faixa de areia some. Mas bem antes disso acontecer, os banhistas devem voltar para seus barcos. Os barqueiros informam o horário de retorno. Não há perigo.
Areia Vermelha, Cabedelo, Paraíba.
Nesta hora, eu já estava de volta ao barco, tirando estas fotos para mostrar o banco de areia diminuindo com a subida da maré (nesta foto, você percebe isso observando a extremidade direita do banco de areia). Veja que mesmo próximo da hora em que todos deveriam retornar (no nosso caso, às 14:30), ainda se podia caminhar tranquilamente do banco de Areia Vermelha até o catamarã. Veja que mesmo no finalzinho do passeio, com a maré mais alta, a água não chega nem à cintura.
Esta foto eu tirei alguns minutos antes de nosso catamarã voltar de Areia Vermelha. O homem que caminha na água de blusa amarela era um dos funcionários de nosso catamarã e foi o último a entrar. Veja que a água não chega nem à cintura dele. Confesso que quando eu estava no banco de areia e vi a maré nitidamente subindo (veja novamente a extremidade direita da areia sendo coberta pela água), fiquei um pouco nervosa, achando que eu poderia correr o risco de precisar nadar até o catamarã rsrsrs
PÔR DO SOL NA PRAIA DO JACARÉ AO SOM DO BOLERO DE RAVEL COM O JURANDY E A BORDO DE UM CATAMARÃ SUPER ANIMADO:
A praia fluvial do Jacaré foi o último destino deste tour. Depois do almoço na Praia do Poço, fomos direto para o píer da Praia do Jacaré de onde saem os catamarãs que levam os turistas para assistirem de perto ao famoso pôr do sol na companhia do saxofonista Jurandy (o "Jurandy do Sax"), que todos os dias celebra o fenômeno ao som do Bolero de Ravel. Parece mesmo que o Jurandy não tira férias nem fica doente, fazendo o mesmo ritual há 15 anos. Você não precisa sair num barco para ver o Jurandy, dá para vê-lo atrás da mureta da calçada em frente ao Rio Paraíba e dessa forma é de graça. Mas você tem que chegar cedo para garantir seu melhor lugar em pé. No verão, o pôr do sol acontece ali por volta das 17:10, já que na Paraíba o sol se põe mais cedo.
Por indicação de nosso guia, compramos o passeio no catamarã Ocean (R$35,00 por pessoa em janeiro de 2016) e valeu muito a pena, pois foi nesse barco onde o Jurandy entrou para tocar outras músicas depois de se apresentar para o público em sua cerimônia de despedida ao sol. Ele tocou seu saxofone por uns vinte minutos no primeiro andar do catamarã e no final divulgou seu CD. Antes desse pequeno "show privado" do Jurandy, houve também a participação da violinista Belle, que, além de ser uma simpatia e esbanjar talento com seu instrumento musical, cantou e embalou todo mundo numa grande animação. Os "cangaceiros" (um casal vestido de Lampião e Maria Bonita) tirou todo mundo para dançar e foi uma das atrações do passeio. Se você também quiser ver no barco o Jurandy ou a Belle, é bom perguntar no local, antes de comprar seu passeio, em qual embarcação eles estão se apresentando, pois não sei se eles ficam sempre na Ocean. Vale a pena, principalmente pela apresentação da Belle, porque o Jurandy você já vai ver tocando no meio do rio durante o crepúsculo. É bom lembrar que aqueles bares que havia às margens do Rio Paraíba e que lotavam de visitantes querendo ver o pôr do sol com o Jurandy não existem mais. Eles foram retirados por uma ordem judicial porque estavam ocupando irregularmente uma área do patrimônio da União. Então, agora o mais divertido é mesmo embarcar num catamarã. Cada um deve oferecer uma forma de entretenimento, por isso reforço minha sugestão de que você se informe antes sobre o que está rolando em cada embarcação. O pôr do sol na Praia do Jacaré é um evento principalmente de contemplação, por isso um ponto negativo deste tour combinado ao litoral norte é não oferecer tempo de ir antes ao hotel tomar banho e trocar de roupa. Sair para esse evento direto de Areia Vermelha, com a roupa de praia por baixo, não foi agradável, apesar de que muitos fazem o mesmo. É que você deve chegar com uma certa antecedência se quiser fazer o passeio de barco, já que eles saem por volta das 16:00. Portanto, um bom horário para você chegar à Praia do Jacaré com calma é às 15:30.
Embarcamos no catamarã Ocean (ao fundo) para acompanhar mais de perto o Jurandy do Sax e para participar do entretenimento a bordo: música ao vivo e dança de forró e quadrilha com os cangaceiros.
A simpática dupla de cangaceiros do catamarã Ocean. Eles divertiram os passageiros durante boa parte do tempo durante cerca de uma hora antes do momento principal, que é a entrada do Jurandy no Rio Paraíba num barquinho cerca de vinte minutos antes do sol se pôr.
A simpática Belle canta e toca violino. Veja que muitos turistas saíram de suas cadeiras para dançaram ao som do forró.
O momento mais especial deste passeio de catamarã foi, para mim, quando a violinista Belle tocou a música A Miragem, tema da novela O Clone, da Rede Globo. Devo confessar que me arrepiei mais com esse momento do que com o "encontro" da música do Jurandy com o pôr do sol. É que essa música marcou muito uma fase de minha vida. Mas, mesmo que esse não seja o seu caso, não há como não se emocionar com essas notas musicais tocadas pelos dedos da Belle. Eles vendem a bordo o CD da violinista para quem se interessar.
Os cangaceiros do catamarã tiram todos para dançar forró com eles. Há dois andares nesta embarcação e eles começam dançando com o pessoal que está embaixo. Não precisa saber dançar para com eles formar um par. Eles dizem que na hora eles ensinam. Se em cinco minutos você vai aprender a dançar forró, eu não sei, mas que vai ser divertido, isso eu garanto.
Enquanto você está a bordo à espera do sol se pôr no horizonte, você se mantém entretido também com as paisagens da Praia do Jacaré, que, na verdade, é o Rio Paraíba. Havia uma guia de turismo no barco que algumas vezes parava a música para passar informações sobre a região.
As danças e brincadeiras comandadas pelos cangaceiros do catamarã. Tudo isso até a hora do "Jurandy do Sax" entrar em cena (veja abaixo).
E aqui vem ele, num barquinho a remo. Veja, ao fundo, como as pessoas podem assistir ao evento de graça e de frente para o poente: junto à mureta, às margens do rio.
E o sol se põe em total harmonia com a música do Jurandy. Esse é um dos momentos mais esperados.
E depois entrou o Jurandy em nosso catamarã e tocou para a plateia. Quem fizer questão de ficar pertinho dele deve ficar no primeiro andar do barco, na parte da frente. Mas quem fica no andar superior também o vê muito bem. Após a apresentação, ele divulgou seu CD, disponibilizando várias cópias para venda.
A sua ida à Praia do Jacaré não deve se limitar somente ao espetáculo do pôr do sol. Ali há restaurantes e bares e uma rua cheinha (à direita) de lojas de artesanato e produtos típicos. No final dela, ainda há mais um espaço, que é a Feira de Artesanato, com vários quiosques vendendo souvenirs, artesanato, bijuterias etc. Num tour guiado, como no nosso, você não tem muito tempo aqui porque, na verdade, o pôr do sol já é o fim do passeio. Mas nosso guia/motorista nos esperou por cerca de meia hora antes de nos levar de volta para o hotel. Poderíamos ter ficado o resto da noite aqui e pego um táxi para voltar, já que a Praia do Jacaré fica a somente cerca de vinte e cinco minutos de carro de Tambaú. Mas o dia já tinha sido longo e estávamos doidos para um banho.
Qual será o símbolo da Praia do Jacaré?
Às 18:00, um momento emocionante nessa rua das lojinhas: o violinista Paulo Barreto tocou Ave Maria. A música fica linda no violino.
Veja como a rua de compras da Praia do Jacaré é cheia de tendas.
Rua das lojas de artesanato da Praia do Jacaré, um ótimo local para se comprar souvenirs.
Depois o Jurandy tocou Ave Maria em seu sax. Forma-se uma rodinha de gente em frente a ele, na rua do artesanato.
E, no final da rua, a Feira de Artesanato.
Várias barracas na Feira de Artesanato da Praia do Jacaré, com muitos itens femininos. Eles vendem muitos enfeites para os cabelos da mulherada, como este usado pela visitante à direita da foto e aquele usado pela violinista Belle neste dia.
Este vídeo mostra um pouquinho da animação que rolou solta no catamarã Ocean enquanto esperávamos pelo pôr do sol. Um pouquinho também do Jurandy e da Belle. Momento emocionante quando ela tocou A Miragem.
Resumindo, o tour ao litoral norte combinado com Areia Vermelha e pôr do sol no Jacaré é corrido até o momento de se chegar à Areia Vermelha, depois tudo acontece em seu ritmo normal. Então o que sai prejudicado é a visita às praias do Bessa e de Intermares, pois não há tempo para se banhar nelas. Se o seu objetivo for somente fotografar um ponto dessas praias, então não haverá problema. Se não, reserve uma outra manhã só para elas. O passeio à Areia Vermelha tem hora certa para acontecer porque dura somente naquelas horas da maré baixa, então não dá para se distrair com o tempo em outras praias antes. Tanto a ilha de Areia Vermelha quanto a Praia do Jacaré na hora do pôr do sol são visitas indispensáveis se o seu destino de férias é João Pessoa. Mas ainda há outras, é claro. Motivos para uma viagem à Paraíba é o que não falta! Os destaques são indiscutivelmente as praias.