VATICANO: UM PAÍS DE TESOUROS

Seja bem-vindo à nossa viagem ao país do Papa!


Veja também nosso roteiro em Roma no link abaixo:





O Vaticano é um país, sabia? Sim, porque, embora esteja situado em Roma, o Vaticano tem um governo próprio. É o menor país do mundo, mas tem riquezas artísticas imensuráveis, entre as quais, muitas obras sacras. Esses tesouros estão abrigados nos Museus Vaticanos (Musei Vaticani) e na Basílica de São Pedro (Basilica di San Pietro).




Chegamos cedo à entrada dos Museus Vaticanos, por volta das 8:15, e a fila já era longa, de dobrar a esquina. Mas como já tínhamos comprado os ingressos online, ficamos numa fila bem menor, porém só nos permitiram entrar na hora impressa nos nossos tickets (que davam direito aos museus e à Capela Sistina), que era 9:00. É muito fácil comprar online. Basta escolher o tipo de visita, o dia e o horário, pagar com o cartão de crédito e imprimir os ingressos em casa (eles mandam o voucher por e-mail). Assim, você evita uma fila bem maior, que é essa aí que se vê ao lado do muro. Comprei com cerca de dois meses de antecedência. 


Quando você entra no museu, primeiro precisa trocar os ingressos impressos em casa por outros que eles dão lá. Depois, você está pronto para explorar sozinho todas as galerias e salas. Mas, como há muitas, só demos atenção maior àquilo que nos atraía mais. Quisemos ver primeiro a maior atração, que é a Capela Sistina. Então, quando vimos uma sinalização indicando o caminho mais curto para a capela, seguimos esse caminho. É proibido fotografar a Capela Sistina, por isso não tenho nenhuma foto de lá. Mas, clicando neste link, que é do site do Vaticano, você tem uma visão espetacular (em 360º) da capela. Os afrescos do teto foram pintados por Michelangelo e levaram quatro anos para ficarem prontos. Mas, deixando a capela de lado por enquanto, olhe só o lindo teto desta galeria (Galeria dos Mapas).


Em uma das galerias dos Museus Vaticanos. 


Os corredores são lindos, revestidos de arte.


Vimos a Pietà (significa "Piedade") de Michelangelo, mas essa é uma cópia. A peça original está na Basílica de São Pedro, a qual visitamos depois dos museus.


Sarcófagos em um dos museus do Vaticano.


Um grande pátio separa os prédios dos Museus Vaticanos. 


E essa grande esfera de metal chama a atenção de todos.


O pátio interno.


Arte expressa em diferentes formas.


Exemplos das obras de arte do Vaticano.


Entre as obras que mais se expõem são as estátuas. À esquerda, o busto de Alexandre, o Grande.


A Estátua de Júpiter é linda e uma das mais famosas!


Outra estátua famosa no Vaticano é o Grupo de Laocoonde e seus filhos. Laocoonde e seus dois filhos estão sendo estrangulados por duas serpentes. Este é o Museu Pio-Clementino, do Vaticano. 


Estátua do Rio Tibre.


Estátua de Augustus.


Museus Vaticanos. 


A escada em espiral na saída do museu é uma obra de arte também!


Depois de termos visto muitas exposições nos Museus do Vaticano, seguimos para a Basílica de São Pedro. A basílica foi construída onde o santo foi enterrado e essa comprovação foi obtida após anos de escavações e estudos. É o que dizem.  


A Praça de São Pedro (Piazza San Pietro), onde fica a basílica, é gigante e linda.


Da Basílica de São Pedro é feita a transmissão da Missa do Galo nos dias de Natal. A basílica original, que foi erguida pelo imperador Constantino (326 a.C.), usou materiais extraídos do Coliseu e do Panteão para sua construção. Mudando de assunto, a fila para entrar na basílica é grande, mas até que andou rápido. Acho que não passou de vinte minutos (aos domingos, a fila deve ser bem maior, pois a praça se enche de fiéis para ver o Papa aparecer na janela e receber a benção dele).   


A Praça de São Pedro tem forma ovalada, que é melhor observada do topo da basílica. Agora, repare que eu coloquei uma echarpe sobre meus ombros e o decote do meu vestido. Não se pode entrar de camiseta, nem shorts, nem decotes (homens e mulheres). A entrada na basílica é grátis.


Assim que entramos na Basílica de São Pedro, vimos La Pietà (a original), feita por Michelangelo. Fica logo à direita da entrada, protegida por um vidro. Esta é uma das mais preciosas obras guardadas pela igreja. Ela retrata a Virgem Maria segurando o corpo morto de Jesus.


A linda pia de água benta na Basílica de São Pedro.


A Basílica de São Pedro guarda túmulos de papas. Na foto, o túmulo do Papa João XXIII. 


A escultura de São Pedro, que também é disputada pelas máquinas fotográficas. Os fiéis costumam tocar ou esfregar o pé direito do santo, mas, nesse dia, os visitantes não podiam se aproximar da estátua mais do que isso. Havia uma corda isolando o espaço. Não sei se eles proibiram essa prática (pois os pés de São Pedro já estavam bem desgastados por causa de tantas mãos esfregando-os) ou se houve algum outro motivo.


A estátua de São Pedro fica quase em frente ao altar. São Pedro foi um dos discípulos de Jesus.


Baldacchino, de Bernini, criado para o altar papal, na Basílica de São Pedro


O interior da Basílica de São Pedro.


A cúpula da Basílica de São Pedro, um de seus grandes destaques. Foi trabalhada por Michelangelo e Bernini. 


Basílica de São Pedro é atualmente o principal e maior santuário do mundo cristão.


Observe a seriedade do Guarda Suíço. Eles são os guarda-costas oficiais do Papa. Seus uniformes foram desenhados por Michelangelo.


Ao fundo, a Basílica de São Pedro. É possível subir de escada (o elevador leva só até um trecho) até a sua cúpula para ter uma vista panorâmica de Roma. Mas nós não quisemos, pois ainda queríamos conhecer mais a região do Vaticano.



A Praça de São Pedro


A Praça de São Pedro.



Uma das ruas de acesso à Basílica de São Pedro. Por aqui, muitos cafés e barraquinhas que vendem lembranças do Vaticano, tais como terços, rosários etc. Eu trouxe um rosário para mim, bem bonito e perfumado.


Adorei ter conhecido a Basílica de São Pedro e os Museus do Vaticano!


Numa rua perto da Basílica de São Pedro. Os restaurantes oferecem mesas ao ar livre.  


Depois, nossa intenção era fotografar o Castel Sant'Angelo (ao fundo), que tem quase 2 mil anos.


As pontes que vimos por aqui são lindas. São ornamentadas com belas esculturas.



Mas antes de caminharmos até o Castel Sant'Angelo, paramos para o almoço em um restaurante já afastado da basílica, pois deduzimos que os dali seriam mais caros. Eu pensava que na Itália eu fosse comer a melhor lasagna da minha vida, mas me decepcionei. Já comi outras bem melhores no Brasil. Seria pelo fato de que a massa é para os italianos somente uma parte da refeição (o primo)? Nem as pizzas italianas me surpreenderam... 


Bem, depois do almoço, pegamos a  Ponte Sant’Angelo, que deve ser a mais bonita de todas por aqui. E a vista que se tem sobre ela é demais também: o Rio Tibre e, ao fundo, a cúpula da Basílica de São Pedro.


Na Ponte Sant’Angelo, você caminha ladeada pelos anjos de Bernini. O imperador Adriano construiu o Castelo Sant'Angelo para servir de mausoléu para si mesmo, sua família e seus sucessores da dinastia.


O Castel Sant’Angelo é hoje um museu, mas já foi, entre outras coisas, uma prisão medieval. Mesmo que você não entre no museu, que conta a história do castelo, observar a sua fachada já vale muito a pena. Nós não entramos, mas a vista lá de cima, de 360 graus, deve ser maravilhosa, não acha?


A ponte sobre o Rio Tibre.


E terminamos nossa visita ao Vaticano comprando umas lembrancinhas numa feira ao ar livre ali pertinho da Ponte Sant’Angelo. Aqui encontramos muitas variedades e os preços estavam bem razoáveis.  


Como você pôde ver, fomos a Roma e não vimos o Papa. Foi uma escolha pessoal, pois não me agradou a ideia de ficar espremida no meio da multidão que se forma na Praça de São Pedro, ainda mais sob o sol de verão. E, pelo que andei pesquisando, você mal consegue ver o papa de tão longe que ele fica numa daquelas janelinhas da basílica quando ele aparece para os fiéis aos domingos, ao meio-dia em ponto. Só dá para ver melhor que a aparição é a do Papa com a ajuda do close da máquina fotográfica ou da filmadora. Mas, o que mais importa mesmo é estar ali para receber a sua benção. 


É melhor reservar um dia inteiro para o Vaticano, pois você pode preferir ver tudo com calma, passar mais tempo em um determinado museu etc. Se sobrar tempo, ótimo. Volte para o centro de Roma e aproveite o que falta. Nós ficamos de 6 a 7 horas na região do Vaticano. Não exploramos bem os museus como mereciam, pois, como são grandes, fica muito cansativo dar a devida atenção a tudo. Seria preciso voltar outros dias. E ainda tínhamos que conhecer a basílica e o Castelo  Sant’Angelo.



Capela Sistina: 

A Capela Sistina á a principal atração dos Museus do Vaticano. É o seu maior tesouro; de uma beleza artística indescritível. Aquela imagem (que vem estampada em muitos souvenirs) no teto mostrando a aproximação dos dedos do Criador e da criatura (A Criação de Adão) é a que mais atrai os olhares. É de emocionar. O teto foi pintado por Michelangelo aos 33 anos. Aos 61, ele pintou o mural do Juízo Final. Com 20 metros de altura, o teto da capela foi um desafio para Michelangelo, que o pintava em um andaime em condições precárias.

É na Capela Sistina onde são escolhidos os novos papas. Quando o Papa é escolhido, a chaminé da Basílica de São Pedro solta o sinal com uma fumaça branca. 

É possível contratar uma visita guiada, fora do horário normal de visitação, para entrar na Capela Sistina vazia. Por ser muito exclusiva,  essa visita é cara.


Para obter informações sobre o Vaticano (dúvidas), escreva para:

help.musei@scv.va



Site oficial do Vaticano:


Para saber do horário de visitação dos Museus do Vaticano e da Basílica de São Pedro, consulte o site oficial:


http://mv.vatican.va/



Site para compra dos ingressos para os Museus do Vaticano e Capela Sistina:


http://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets/index.html



Como chegar de metrô:



Da estação Termini, pegue o metrô da Linha A, direção Battistini e desembarque na estação Ottaviano-S. Pietro-Musei Vaticani. Daí são mais uns 10 minutos de caminhada. É muito fácil! Foi de metrô que chegamos ao Vaticano e não houve erro. Mas pode-se chegar de ônibus também. 



MILÃO: MODA, CATEDRAL, DA VINCI, E MUITO MAIS...

Além dos pontos turísticos obrigatórios em Milão, tais como o Quadrilatero d'Oro, o Duomo e a Santa Maria delle Grazie, há outros lugares interessantes na cidade (como praças e ruas) que nem são tão falados. Mas basta ter tempo e disposição para caminhar e explorar seus quarteirões que você faz ótimas descobertas. Porque Milão não é como algumas outras cidades italianas que causam um deslumbramento à primeira vista, como Veneza, Florença e Roma, por exemplo. Mas a cidade tem seus encantos também que vão se revelando aos poucos. E mesmo que você não saia de lá apaixonado por ela, com certeza, trará ótimas recordações. Aqui mostro meu roteiro de dois dias em Milão. Foi muito corrido, muitas atrações ficaram para trás, outras não foram bem exploradas, mas a viagem valeu muito a pena e permitiu sentir a essência de Milão. Como Milão é uma cidade que serve de base para se chegar a outras cidades na Itália e no exterior (há muitas rotas de trem e de avião), não desperdice a oportunidade de conhecer essa grande capital mundial da moda! 

A primeira visita que fizemos em Milão foi ao seu cartão-postal: o Duomo. Pegamos o metrô perto de nosso hotel e descemos na estação Duomo.


A estação fica bem na Praça do Duomo (Piazza del Duomo), então quando você sobe as escadas do metrô logo dá de cara com essa impressionante catedral.


A Catedral (Duomo) de Milão realmente é muito bonita e é uma das maiores catedrais góticas do mundo (se não for a maior...).


Vista panorâmica da Piazza del Duomo, que fica no coração de Milão. À direita, ao lado do Duomo, encontra-se o Palácio Real (Palazzo Reale) e, ladeando o palácio, o Museo del Novecento. O Palácio Real, que chegou a ser bombardeado em 1943, é considerado uma das principais atrações de Milão. O Museo del Novecento também vale a visita, pois concentra obras de grandes artistas, tais como Picasso e Giacomo Balla. Mas, como nossa estada em Milão durou pouco tempo, não chegamos a visitar nem o palácio nem o museu.


O interior do Duomo de Milão é também muito bonito, mas, na minha opinião, nada comparado à sua fachada, que, com aqueles pináculos, fica de uma beleza incrível. Se quiser entrar no Duomo, não vá vestido com decotes, bermudas, saias curtas, ou camisetas que deixam os ombros de fora. Para evitar problemas, eu já fui vestida com uma saia longa e usei uma echarpe para cobrir meus ombros e o decote da minha blusa. Os seguranças barram mesmo quem não estiver vestido de acordo.


O interior da catedral é um pouco escuro, mas, mesmo assim, suas telas de pintura se destacam. Elas ficam expostas por quase toda a extensão da igreja. Veja duas dessas telas à esquerda e observe os bonitos vitrais da igreja.


Alguns dos quadros do Duomo de Milão.


As janelas de vitrais do Duomo de Milão.


Vista da movimentada Piazza del Duomo com o Palazzo Carminati ao fundo. Os numerosos pombos sempre fazem parte do cenário desta praça, mas alimentá-los é “proibido".


O Duomo fica ao lado da Galleria Vittorio Emanuele II, cuja entrada é por esse grande arco de teto de vidro. Então, não se pode deixar de visitar esse mais antigo shopping center da Itália e o primeiro shopping coberto do mundo!


Se quiser andar sobre os terraços do Duomo para ter uma vista panorâmica da cidade milanesa, pegue o elevador da catedral (melhor do que as escadas...), pagando antes uma tarifa.


É muito interessante admirar de perto os pináculos do Duomo. E nem pegamos fila para entrar no elevador, diferentemente do que ocorre com algumas outras catedrais famosas, onde pode ser preciso esperar mais de uma hora para se conseguir chegar ao topo delas (como nos aconteceu em Barcelona, com A Sagrada Família).


Veja um dos corredores dos terraços do Duomo de Milão.


A catedral, que possui 135 pináculos e torres bem altas, tem um design muito bonito.


É muito interessante ver as estátuas de santos do Duomo de Milão “quase tocando o céu” e tão bem “equilibrados” nos pináculos. Imagino o trabalho que deu construir essa catedral! As estátuas parecem vigiar a cidade.


De perto, no telhado do Duomo de Milão, é que a gente vê melhor a obra de arte que são os pináculos dessa catedral. A visita ao seu topo vale mais a pena por isso do que pela vista que se tem da cidade.


Vista que se tem dos prédios de Milão do topo de sua catedral.


Do topo do Duomo de Milão, também vemos a Piazza del Duomo e a Galleria Vittorio Emanuele II.


Também é possível ver o Palazzo Reale e o Museo del Novecento.


Andando nos terraços da Catedral de Milão.


O comércio na Piazza del Duomo é intenso.


A fachada da Galleria Vittorio Emanuele II.


A Galleria Vittorio Emanuele II e os inúmeros pombos da Piazza del Duomo.



A Galleria Vittorio Emanuele II liga a Piazza del Duomo à Piazza della Scalla. Então, uma boa pedida é atravessar essa galeria para não perder a oportunidade de conhecê-la por dentro. Digo não somente por causa de suas lojas, mas também por causa de sua magnífica arquitetura neoclássica (de Giuseppe Mengoni). A parte principal da galeria é a octogonal central, que fica sob a cúpula de vidro. A galeria foi inaugurada em 1877. 


A Galleria Vittorio Emanuele reúne lojas, livrarias, cafés e restaurantes. O Biffi Caffè é histórico assim como o restaurante Savini (funciona desde 1867 e recebe muitos famosos) e o bar Zucca.



Na Galleria Vittorio Emanuele II, procurei pela figura de um touro no chão, que é o símbolo de Turim (aliás, o piso dessa galeria, em mosaicos, também é de se apreciar). Se você acredita em superstições ou simplesmente gosta de se divertir com elas, gire com o calcanhar do seu pé direito sobre os testículos do animal e dê três voltas. Isso garante sorte e fertilidade.


Há lojas de grife na Galleria Vittorio Emanuele II, tais como a Prada e a Louis Vuitton. A galeria é cara, mas se não der para comprar nada, que tal tomar um gelato ou um cappuccino?


Da Galleria Vittorio Emanuele, acabamos saindo na Piazza Cordusio (deixamos a Piazza della Scalla para depois) e observamos o vaivém dos bondes.


Os bondes milaneses passando pela Piazza Cordusio.


Depois passamos pela Piazza dei Mercanti (só passamos mesmo, mas, com tempo, teria sido muito interessante explorá-la), um belo quarteirão de característica medieval.


A Piazza dei Mercanti fica entre a Piazza Cordusio e a Piazza del Duomo


Em seguida, passamos pela Corso Vittorio Emanuelle II, uma rua de pedestres com muitas lojas e restaurantes. Quem quer fazer compras em Milão precisa vir aqui! Essa rua fica ao lado da Piazza del Duomo.


Então, seguindo pela Corso Vittorio Emanuelle II a partir do Duomo, você vai encontrar a loja da Ferrari, que fica na Piazza del Liberty. 


Não chegamos a entrar na loja, mas apreciamos os modelos de Ferrari que estavam na calçada, atiçando a cobiça das pessoas que passavam.


Depois passamos pela Via Monte Napoleone, que é uma das ruas (a mais famosa) que compõem o Quadrilátero Dourado ou Quadrilátero de Ouro (Quadrilatero d’Oro), local mais importante da alta-costura em Milão. As lojas de grife se reúnem nas ruas desse quarteirão e por isso são uma das grandes atrações de Milão. Afinal, se você está na capital da moda, não dá para dispensar esse passeio. Você encontrará lojas tais como Burberry, Chanel, Versace, Dior, Armani, Prada, Gucci, só para citar alguns exemplos. As lojas ficam fechadas aos domingos, mas, mesmo assim, vale o passeio para apreciar as vitrines. Mas, para falar a verdade, para o meu gosto, foi o local menos interessante por onde passei em Milão (deve ser melhor para os ricos! J) Os limites do Quadrilatero d’Oro são a Via Monte Napoleone, a Via Alessandro Manzoni, a Via San’Andrea e a Via Spiga. Na Via Monte Napoleone, você também encontrará a tradicional confeitaria Cova.


A confeitaria Cova exibe em suas vitrines tortas irresistíveis. A confeitaria é cara, mas, se puder, entre e se delicie.


Vitrines da Dior no Quadrilatero d’Oro.


A bonita vitrine da loja MaxMara, na Corso Vittorio Emanuelle II.


E, finalmente, chegamos à Piazza della Scala (mas lembre-se de que basta atravessar a Galleria Vittorio Emanuele II para chegar a ela). Essa praça em si não tem nada demais tirando o fato de que é ocupada pelo Teatro alla Scalla (de 1778), uma das mais famosas casas de ópera do mundo. Se quiser assistir a um espetáculo aqui reserve os ingressos com meses de antecedência. A fachada do teatro não tem nada de suntuoso, contrastando com seu interior, que dizem ser luxuoso e possuir um dos maiores palcos do mundo. Se for de interesse, você pode visitar o museu do teatro, o Museo Teatrale Alla Scala, que expõe uma coleção de relíquias teatrais.


A Piazza della Scala também abriga a Banca Commerciale Italiana e um monumento em homenagem a Leonardo da Vinci.


À noite, voltamos à Piazza del Duomo porque eu queria ver a catedral iluminada, mas, para minha decepção, ela não fica iluminada (ou, pelo menos, não estava naquele dia). Mas as luzes da Galleria Vittorio Emanuele II deixam a praça bonita à noite. Naquela noite eu ainda queria ir a Brera (bairro trendy, com bares moderninhos e ruas medievais; a sua rua mais movimentada é a Via Brera) ou a Navigli (é cortado por canais e possui muitos bares e restaurantes; há uma feira de antiguidades no último domingo de cada mês), dois ótimos lugares para jantar, mas já estávamos muito cansados e ainda tínhamos que acordar cedo no dia seguinte para embarcarmos para Veneza.


Cinco dias depois, após termos passado por Veneza e  Florença, voltamos a Milão, pois esta era a nossa cidade base. No dia seguinte, pegaríamos o trem para Zurique (a partir de Milão é linha direta e a viagem dura aproximadamente 4 horas). Nesse dia, mais uma vez fomos à Piazza del Duomo porque ainda precisávamos comprar os souvenirs e foi nas barraquinhas daqui que os achamos em mais variedades.


E aproveitamos e tiramos mais fotos do suntuoso Duomo de Milão. Repare como a estação de metrô fica bem em frente à catedral.


Da Piazza del Duomo, seguimos pela Via Dante para chegarmos ao Castello Sforzesco. A Via Dante é uma rua exclusiva para pedestres com muitas lojas e restaurantes com mesas ao ar livre. Gostamos muito dessa rua.


A simpática Via Dante e, ao fundo, a estátua equestre de Giuseppe Garibaldi e o Castello Sforzesco.


E então chegamos ao Castello Sforzesco. A área em frente é bem alegre, pois até rolava música ao vivo. Foi bom sentar aqui e descansar um pouco antes de entrar no castelo.


O Castello Sforzesco é bem grande. É visita obrigatória em Milão.


Vista panorâmica do pátio interno do Castello Sforzesco.


O castelo reúne museus interessantes (entre eles, o de Arqueologia), mas, infelizmente, não tivemos tempo de conhecer. Como o complexo do castelo, incluindo o parque que o cerca (Parco Sempione), é muito grande, é muito cansativo se você tentar visitar tudo no mesmo dia.


Os bonitos jardins no pátio interno do Castello Sforzesco.


A área verde do Parco Sempione, que vai do castelo até o Arco della Pace. Local de lazer dos milaneses. Não chegamos a ver a Torre Branca de perto, uma torre de ferro que lembra a Torre Eiffel.  A visita a este parque à noite não é recomendada.


Muro da parte do castelo que fica de frente para o Parco Sempione. O Castello Sforzesco foi construído no século XIV pela família Visconti para ser uma fortaleza. Entretanto, o castelo passou por muitas modificações ao longo dos anos.


Ao fundo, o Arco della Pace (Arco da Paz), que faz parte do Parco Sempione. Mas ainda é uma boa caminhada até ele, por isso nem cogitamos. Afinal, já tínhamos um compromisso dali a umas duas horas, que era ver a obra-prima de Leonardo da Vinci na igreja Santa Maria delle Grazie. Mas, voltando a falar do Arco della Pace, ele foi erguido para homenagear as vitórias de Napoleão e seu nome se deve à comemoração ao Tratado de Paz da Europa de 1815. Passando por esse arco, você chega a Corso Sempione, onde você encontrará muitos bares.


Ao fundo, a parte de trás do Castello Sforzesco, na área do Parco Sempione. Está vendo as nuvens escuras no céu? É, de repente começou a trovejar muito, mas continuamos andando com o intuito de chegarmos a Santa Maria delle Grazie. Quando já estávamos fora do parque, veio o maior temporal com uma ventania daquelas de não deixar o guarda-chuva em pé. O pior é que o lugar onde nos encontrávamos era meio deserto, não tinha nenhuma lojinha para onde pudéssemos correr e nos abrigar. O único lugar mais seguro que achamos foi a marquise de um ponto de ônibus. Corremos para lá e ficamos sentados no banco durante uns 30 minutos (pegando a chuva que o vento trazia) enquanto só víamos as ruas encherem. Por sorte, a chuva parou antes da hora marcada em nosso ticket para ver A Última Ceia (eu já estava até vendo essa visita ir por água abaixo...). Então, corremos para um café perto daquele ponto de ônibus (naquela hora, já dava para atravessar a rua), tomamos um café e nos recompomos. De lá pegamos um táxi para a igreja.


E, graças a Deus, conseguimos chegar a tempo à igreja Santa Maria delle Grazie. Veja como é bonita! Entretanto, a razão maior que faz inúmeros turistas e milaneses a visitarem é um dos mais famosos quadros do mundo que ela abriga: A Última Ceia, de Leonardo da Vinci. O afresco fica no refeitório adjunto e é expressamente proibido fotografá-lo. Meu marido até viu um segurança mandar um turista japonês apagar de sua máquina fotográfica a foto que ele havia tirado. Uma história muito interessante sobre essa igreja é que, apesar de um bombardeio (em 1943) ter destruído o claustro, A Última Ceia milagrosamente sobreviveu assim como a bela cúpula da igreja. O quadro é belíssimo, mas as marcas do tempo comprometeram sua forma original. A tela está visivelmente desgastada. Para a gente, foi uma experiência e tanto ver A Última Ceia. Para informações sobre a compra dos ingressos, veja abaixo, em “Dicas”.


Depois, andamos pela Corso Magenta, a rua ao lado da igreja Santa Maria delle Grazie. Essa rua é recomendada em guias de turismo para passeio em Milão por causa de seus restaurantes, bares e palácios. Na Corso Magenta, perto da igreja, há o famoso café Biffi. Ali você pode descansar enquanto toma um café. Mas, naquele pequeno trecho pelo qual andamos, não vimos nada demais além desse café e já estávamos cansados para ir além.


Então, pegamos um bonde (veja como é por dentro) e voltamos para nosso hotel. Eu ainda pretendia jantar em Navigli ou Brera, porém, mais uma vez, não deu porque o dia seguinte iria começar bem cedo, com nossa viagem de trem a Zurique.


Fachada da estação central de trem em Milão (Milano Centrale).


Uma das áreas internas da estação de trem de Milano Centrale.



Em uma estação de trem em Milão.



O hotel onde ficamos hospedados, o Hotel Garda


Uma das áreas internas do Hotel Garda.

O quarto do Hotel Garda que reservamos em nossa primeira visita a Milão e que aprovamos. Porém, este foi o Duplo Comfort, que é um pouco mais caro.

Quarto Duplo Comfort do Hotel Garda.



O banheiro do quarto Duplo Comfort do Hotel Garda, que também gostamos.


Este já é o quarto Duplo Economy (mais barato do que o Comfort) que reservamos para a nossa segunda visita a Milão. O quarto nós aprovamos, mas o banheiro deixou muito a desejar. Por isso, não recomendo essa categoria de quarto nesse hotel.




Neste vídeo, mostro um pouquinho de nossas andanças em Milão: Parco SempionePiazza Cordusio e o interior e os terraços do Duomo



E então? Gostou do roteiro? Abaixo, indico resumidamente os pontos turísticos que visitamos, os quais foram perfeitos para dois dias. Se você tiver um pouco mais de tempo, sugiro fazer as visitas internas que não fizemos, como, por exemplo, do Palazzo Reale. É preciso priorizar o que se quer visitar, pois o tempo voa nas grandes cidades, como Milão. Se puder, não deixe de conhecer Brera e Navigli, dois lugares que, apesar de não termos visitado por falta de tempo, são imperdíveis, principalmente à noite, segundo os guias de viagem. Outro lugar imperdível que também não tivemos tempo de conferir é a Pinacoteca de Brera, que conta com a melhor coleção de arte de Milão.

Nosso roteiro incluiu:
  • O Duomo (inclusive os seus terraços)
  • Galleria Vittorio Emanuele II
  • A Piazza dei Mercanti
  • O Corso Vittorio Emanuelle II
  • O Quadrilatero d’Oro
  • A Piazza della Scala
  • A Via Dante
  • O Castello Sforzesco
  • O Parco Sempione
  • A igreja Santa Maria delle Grazie e o afresco de Leonardo da Vinci.


Dicas:
  • Atenção a esta importantíssima informação se você realmente deseja ficar tête-à-tête com a tela de Leonardo da Vinci, A Última Ceia, na igreja Santa Maria delle Grazie: reserve seu ingresso com muita antecedência. Eu comprei com um pouco mais de 3 meses de antecedência e vários horários já estavam esgotados. Os ingressos se esgotam rápido porque a cada horário de visita só é permitido um grupo pequeno de pessoas. Se você não conseguir comprar pela internet por já não haver mais horário disponível, não desanime. Ligue para a central da Vivaticket, pois eles têm ingressos separados para venda por telefone também. Mas, mesmo por telefone, a compra precisa ser feita com antecedência. Eu só consegui comprar meus ingressos para mais ou menos o horário que eu queria ligando para essa central (ou seja, para Milão). Como não sei italiano, falei em inglês. Foi tudo muito rápido e prático. Você precisa dar o número do seu cartão de crédito para fazer a compra dos ingressos. Em seguida, eles mandam um e-mail para você com o número da sua “transaction code”. No dia da visita, você apresenta esse número com sua identidade na secretaria da igreja antes do horário marcado no seu ingresso (pelo menos, 20 minutos de antecedência). Na reserva, saiba que o “título” do “evento” é: Cenacolo Vinciano. O ingresso custou 8 euros por pessoa (em abril de 2012). Para a compra dos ingressos e todas as informações, clique no site da Vivaticket
  • Evite visitar Milão quando a cidade estiver com importantes eventos, como os desfiles internacionais de moda. Os hotéis ficam bem mais caros.
  • Quer comer um salgado que faz o maior sucesso em Milão? Então vá ao Panzerotti Luini, que fica perto da Piazza del Duomo. Milaneses e turistas fazem fila para comprar o panzerotti, que é um tipo de pastel cujo recheio você pode escolher entre vários sabores.  E o pessoal come na rua mesmo, alguns em pé, outros sentados no meio-fio.

Do Aeroporto Malpensa a Milano Centrale:

Dentro do aeroporto, há uma cabine que vende passagens de ônibus para a estação de trem Milano Centrale. Cada uma custou 10 euros (só a ida). Se comprar ida e volta, tem desconto. O ônibus é o Malpensa shuttle. Na saída 4, já tinha o ônibus parado, esperando os passageiros até o ônibus encher. Levou cerca de uns 15 minutos para o motorista partir. Deixamos as malas no bagageiro externo inferior do ônibus, pois o interno é muito estreito, mas dá para colocar, por exemplo, um laptop. O ônibus é confortável, tem ar condicionado, mas o espaço para as pernas é estreito. Depois que partiu, o ônibus parou em outro ponto do aeroporto para pegar mais passageiros. Então esperamos por mais uns 10 minutos. Essa é a parte chata, porém vale a pena pegar o ônibus já que de táxi acho que não sairia por menos de 75 euros. Do aeroporto até a estação central, o ônibus levou uns 50 minutos, já contando com todas as paradas e esperas.


Refeições na Itália:

Na Itália, uma refeição completa inclui: antipasto (entradas), primo (massas; risoto; sopa), secondo (carnes; peixes), insalata (salada), contorni (acompanhamentos) e dolce (sobremesa). Mas você não precisa pedir tudo; porém, em restaurantes mais finos, é o que se espera do cliente. Como eu como pouco, nunca pedi tudo isso. Algumas vezes eu pedi só uma massa e uma sobremesa. Para se ter uma ideia de quanto se gasta em uma refeição não-completa em Milão, veja o que gastamos em um restaurante: 1 lasagne (10 euros), 1 bistecca (18 euros), 1 refrigerante (3,50 euros) e 1 coperto (2 euros; é a taxa por sentar-se à mesa que nem todos os restaurantes cobram). Refeição cara, considerando que foi muito simples, não acha? E olha que o restaurante não era lá essas coisas e fica perto da estação de trem. Comer fora na Europa sai caro.



Hospedagem:

Como falei acima, ficamos hospedados no Hotel Garda. Escolhi esse hotel pelos seguintes motivos: por ter bons comentários no Tripadvisor, por ser um hotel econômico (mas com todos os benefícios que queríamos) e por ser perto da estação de trem (pois iríamos precisar muito do trem para nossas viagens a outras cidades). Recomendo o hotel, mas, como também mencionei acima, somente o quarto Comfort. O quarto Economy, mais simples, foi satisfatório, mas eu não gostei do banheiro: o secador de cabelo era muito ruinzinho e o box, além de ser minúsculo, tinha uma cortina que não adiantava de nada, pois o banheiro ficava encharcado depois do banho.  

Agora, se você puder pagar por um hotel de luxo, que tal estes abaixo? São indicações de guias de viagem. Há muitos outros, mas vou citar somente estes:


Data de nossa viagem a Milão: Julho de 2012.