Minitrekking no glaciar Perito Moreno. Seus olhos vão querer congelar diante de paisagens estáticas e arrebatadoras.
Veja também:
- El Calafate - Navegação Todo Glaciares
- El Calafate - O Centro
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Ainda no barco, já temos uma boa visão do paredão do Perito Moreno.
Enquanto nossa guia ia passando as instruções, fotografei esse grupo distante de nós, pois já tinha iniciado o minitrekking no gelo.
Esta moça à direita é uma das guias do minitrekking. Neste momento, ela passa as instruções de como devemos andar em cima do gelo.
Agora, sim, começamos a andar no gelo. E em fila indiana.
Há paradas durante a caminhada para tirarmos fotos.
Esta foi outra parada para fotos.
O Perito Moreno fazendo parte de nossas histórias de viagem.
Esta moça à direita é uma das guias do minitrekking. Neste momento, ela passa as instruções de como devemos andar em cima do gelo.
Agora, sim, começamos a andar no gelo. E em fila indiana.
Há paradas durante a caminhada para tirarmos fotos.
Esta foi outra parada para fotos.
Durante a caminhada mesmo, não temos tempo para tirar fotos, mas a gente sempre acaba arrumando um jeitinho.
Foi um barato passar por esta gruta de gelo.
Mesmo estando cercada de gelo, eu estava com calor. Aqui eu já tinha trocado o gorro pelo boné.
Neste vídeo, é possível ouvir o desprendimento de um bloco de gelo do glaciar (01:15). Captamos somente o som, que parece de um trovão. Veja também como é o abrigo (casa de madeira com telhado verde), que é onde podemos almoçar (00:30). Mas também há mesas fora da casa, de frente para o glaciar.
O Minitrekking no glaciar Perito Moreno, oferecido pela empresa Hielo & Aventura, é o passeio mais legal que se pode fazer em El Calafate. Há restrições para realizá-lo, no entanto. Tem que ter idade entre 10 e 65 anos e boa condição física para um esforço moderado exigido pela caminhada de mais ou menos 1 hora e 40 minutos no gelo, descendo e subindo desníveis, pulando fendas (os guias ajudam nessa empreitada) e suportando as condições climáticas. Com sol, frio, chuva, neve ou vento, você terá de lidar com o desconforto que for até a hora de voltar para o abrigo (refúgio), uma casa de madeira que fica a uma boa caminhada de distância. Por tudo isso, mulheres grávidas não podem embarcar nessa aventura, até porque há o risco de a pessoa escorregar no gelo e cair. Quem não tiver restrições, mesmo assim, deve ir para o passeio preparado para o desafio. Eu fiz e adorei, apesar de ter sentido um grande desconforto em determinados momentos de muito calor. Acredita nisso? Nem eu acreditava que fosse sentir calor andando na geleira. Vou explicar tudo, desde o início do tour.
O ônibus que fez o traslado até o Parque Nacional Los Glaciares, onde está abrigado o Perito Moreno, nos pegou no hotel Michelangelo às aproximadamente 7:30 da manhã. Até chegar ao parque (1 hora aprox.), fui apreciando o deserto patagônico. Na verdade, não há muito para ser apreciado, mas adorei assistir àquela paisagem exótica. Fomos transportados até o cais, que fica ao lado do glaciar, e entramos no barco que nos levou até o lado onde há o abrigo. Podemos dizer que a aventura do passeio começou nesse pequeno trecho que o barco navegou por uns 20 minutos. Apesar do vento frio e da chuva fina, os passageiros não se contentaram em ficar no interior da embarcação sem poder ver a geleira. Todos foram para o convés admirar o paredão do glaciar Perito Moreno. Foi uma visão inédita para mim. Era a primeira vez que eu estava vendo o glaciar tête-à-tête. Ali, naquele barco, eu só estava sendo apresentada ao gigante branco-azulado, mas, alguns minutos depois, eu iria ter uma relação bem mais íntima com ele.
Desembarcamos, subimos uma ladeira de terra e pedras, e um dos guias começou a fazer as primeiras recomendações. Disse que não poderiam prosseguir a partir daquele ponto mulheres grávidas e pessoas com algum problema de saúde que as impedisse de fazer aquele esforço físico. Teriam que esperar o grupo até o final da caminhada dentro do abrigo. Ninguém se pronunciou. Disse também que deveríamos estar protegidos com bloqueador solar (levamos com fator de proteção 60), óculos de sol, luvas apropriadas (as luvas têm de ser especiais porque se você cai, o gelo pode cortar a sua mão), roupas impermeáveis (porque poderia chover), gorro e botas de trekking antiderrapantes e impermeáveis. Eu estava preparada. E como sou friorenta, além do casaco impermeável (e peludo por dentro) e quebra-vento, eu vestia por baixo uma blusa de malha de mangas curtas, além de uma blusa térmica de mangas compridas (são ótimas para manter seu corpo aquecido e não deixam suas costas e peito ficarem molhados de suor).
Após as instruções do guia, seguimos para o abrigo, que conta com banheiros, mesas e cadeiras, além de um armário com várias prateleiras para deixarmos os pertences que não vamos usar na caminhada. Lá devemos deixar também nossa vianda (box lunch), ou seja, nosso almoço, que comemos (gelado, diga-se de passagem) quando chegamos do trekking. Esse almoço já temos de trazer conosco porque não há lugar para comprar comida nessa região do parque. Por isso, muitos hotéis em El Calafate vendem essas viandas, que devemos encomendar um dia antes do tour. Se o seu hotel não vender, não se preocupe. Há uma panadería (padaria) muito boa no centro da cidade onde você pode adquirir seu alimento.
É muito importante levar o mínimo possível com você durante a caminhada. Leve uma mochila somente com as coisas das quais poderá precisar, com espaço para poder colocar pertences que preferirá não usar mais durante a caminhada (por exemplo, filmadora), pois a caminhada é puxada e se você estiver carregando uma mochila pesada nas costas, você vai ficar muito mais cansado. Mas é bom levar uma mochila, até mesmo porque você precisará transportar a sua vianda e garrafa d’água até o abrigo. Durante a caminhada, eu e meu marido levamos apena uma mochila para os dois, pois assim somente uma pessoa a carregaria. Sobrou para meu marido, é claro.
Enfim, deixamos a temperatura quentinha daquele abrigo e seguimos uma trilha por dentro de um bosque até chegarmos bem perto da geleira, em um determinado ponto onde os guias dividem os trekkers em grupos (cada grupo, a partir daquele ponto, segue seu guia) e dão algumas explicações sobre os glaciares da região, em especial, o Perito Moreno. Fazia muito frio naquele momento, apesar de ser janeiro, mês de verão na Patagônia. Depois de andarmos mais um pouco por um caminho de pedras, beirando o lago, chegamos a outro refúgio (umas cabanas semiabertas), local onde os guias colocam os crampones por cima de nossas botas, revestimentos que permitem melhor aderência ao gelo. Sentimo-nos um pouco desengonçados com eles, mas logo pegamos o jeito.
Os grupos começaram a subir no glaciar em fila indiana e os guias deram instruções de como andar, subir e descer no gelo: pés separados na hora de caminhar, coluna ereta na hora de subir, pernas flexionadas na hora de descer. Depois das instruções, a aventura começou para valer. Pulamos fendas, observamos sumidouros, entramos em uma gruta de gelo (achei o máximo) e até provamos a água pura da geleira (muitos não quiseram, mas eu experimentei). E, é claro, paramos em pontos estratégicos para contemplar as paisagens. E que paisagens. Algumas formações de gelo são verdadeiras esculturas e surpreendem com sua cor azulada. Certos pontos mais altos da geleira permitem uma visão ampla do paredão do Perito Moreno em contraste com o lago e as pedras. Sensacional. Durante o trekking propriamente dito, não há tempo para tirarmos fotos porque temos de prestar atenção ao caminho e não podemos nos isolar do grupo e do nosso guia. Portanto, são nesses pontos estratégicos que podemos fotografar as paisagens. Ali, os guias param por alguns minutos para dar informações e oportunidade para tirarmos fotos.
A caminhada é puxada porque também temos medo de cair. Mas o maior problema para mim foi o calor que senti em alguns momentos, o que foi muito incômodo. No início do passeio eu senti frio, mas quando comecei a fazer esforço físico, logo veio o suor e o calor. O sol que apareceu ajudou para a sensação térmica. Mas quem me mandou ir com aquele casacão? Se não fosse verão, acho que aquele casaco seria mais apropriado. Meu marido não teve o mesmo problema porque o casaco dele não era felpudo por dentro. Ele fez toda a caminhada numa boa, assim como vários outros trekkers. Eu não quis tirar o casaco porque fiquei com medo de sentir um choque térmico. Apesar desse problema, eu não me arrependo nem um pouco de ter feito o Minitrekking. É uma experiência única.
É bom lembrar que podemos desistir do trekking após tê-lo feito por uns 50 minutos. O guia fez uma pausa em um determinado ponto e perguntou se alguém preferiria parar e ir para o abrigo (acho que esse abrigo seria a cabana semiaberta), pois ainda teríamos mais uns 50 minutos de caminhada, em direção a outros mirantes. Um casal de uns 45 anos quis voltar. Naquele momento eu titubeei, mas olhei para a cara do meu marido e ele estava empolgadão para continuar e me deu força para fazer o mesmo. Aí, não tive dúvida, quis ir até o fim. O casal deixou o grupo acompanhado de um guia (eram 3 guias ao todo, um homem e duas mulheres). Vale dizer que o cansaço não depende muito da idade, mas, sim, da condição física. Havia algumas pessoas aparentando idade superior a do casal que ficaram até o final numa nice.
Sorte minha não ter desistido no meio do trekking ou eu não teria visto, por exemplo, a gruta de gelo e comemorado com o grupo o fim daquela aventura com alfajores e água com gelo extraído da própria geleira. Outros celebraram com uísque, mas como eu já estava com calor, eu iria pegar fogo se tomasse! Aproveitei aquela parada para tirar mais fotos, que, daquele ponto, revelaram paisagens indescritíveis. E ainda consegui escutar a natureza falar através dos desprendimentos de pequenos blocos de gelo que caíam do glaciar e imergiam no lago. O som parece de um trovão. Era o espetáculo de imagem e som que a natureza nos proporcionava.
Após o brinde à geleira, voltamos para o abrigo principal (a casa de madeira) atravessando o mesmo bosque de antes. Antes, porém, tivemos de tirar nossos crampones no mesmo lugar onde os colocamos. Chegando à casa, tivemos tempo livre para almoçarmos e contemplarmos o glaciar Perito Moreno, dentro ou fora da casa, até a hora de nosso barco ir nos buscar. O paredão de gelo fica bem de frente para a casa. Aproveitei aquela parada para subir nas pedras em frente ao lago e meditar diante daquela imensa beleza natural. E me senti pequena.
O Minitrekking é um tour cansativo, porém completo. Depois da caminhada, você é levado para a entrada principal do Parque Nacional Los Glaciares, onde há aquelas passarelas que muito lembram as das Cataratas do Iguaçu. Quando chegamos lá, uma outra guia entrou no ônibus e, mostrando um mapa do parque e das passarelas, nos explicou os caminhos que deveríamos seguir para evitarmos outros que não valeriam a pena alcançar porque perderíamos muito tempo. A contemplação do Perito Moreno a partir das passarelas do parque é a última etapa do Minitrekking e dura cerca de uma hora. Depois dessa visitação, o ônibus segue direto para o seu hotel.
Fora a beleza do glaciar Perito Moreno, o que o torna famoso é a sua facilidade de acesso, que pode ser por terra. É só descer uma escadinha do parque e você já está de frente para o paredão de gelo e a apenas 50 metros de distância. São 4 km de extensão e 60 metros de altura à sua vista. Cada pessoa tem uma impressão assim que encara essa imensidão de gelo. A minha impressão era de que eu estava diante de um mar de gelo. E tamanha beleza e excentricidade são de surpreender qualquer um. Outra surpresa que se tem ao caminhar ao lado da geleira é vez por outra ouvir um barulho que parece de um trovão. É um bloco de gelo se soltando do glaciar. Sorte sua se você conseguir capturar com sua máquina fotográfica ou filmadora esse desprendimento. Nós só conseguimos gravar o som enquanto filmávamos uma parte da geleira.
Andamos por cerca de 40 minutos pelas passarelas do parque, subindo e descendo degraus, contemplando o glaciar Perito Moreno em diferentes ângulos. O glaciar chama a atenção pelo tamanho, cor e forma. O gigante branco-azulado tem pontas, dobras, traços e outras características que o fazem uma escultura esculpida pelas mãos da natureza. Como disse, parece um mar. Um mar que, ao invadir o lago, congelou e parou repentinamente, formando, então, um grande paredão. É a impressão que dá.
Quando deixamos as passarelas, já estávamos bem cansados e em cima da hora de embarcarmos no ônibus, mas ainda corremos para comprar umas lembrancinhas em uma loja de souvenirs que fica dentro do parque. Queríamos também ter tomado um café em uma lanchonete do parque, mas não houve tempo. Se você preferir e tiver tempo na cidade, pode ir ao Parque Nacional Los Glaciares por conta própria um dia antes de fazer o Minitrekking para ter mais tempo de contemplar o glaciar e para poder visitar as lojas com calma. Muitos alugam um carro e pegam a estrada bem cedinho para apreciarem vistas magníficas no caminho.
Conhecer o glaciar Perito Moreno caminhando em uma passarela ou em cima dele é uma experiência inesquecível. Só quem a viveu consegue enxergar além das fotos.
Notas:
- O Perito Moreno fica na pequena cidade de El Calafate, na província de Santa Cruz, na Argentina. A cidade fica a aproximadamente 3 horas e 15 minutos de vôo direto desde Buenos Aires.
- A Hielo & Aventura também oferece o roteiro chamado Big Ice, de quatro horas de duração. Evidentemente, eles exigem melhor condição física para este tour do que para o Minitrekking. E idade entre 18 e 45 anos. As pessoas que puderam fazê-lo garantem que as paisagens são espetaculares. Particularmente, satisfiz-me com o Minitrekking e acho que o outro roteiro seria muito cansativo.
- O ingresso ao parque é pago quando você chega lá (75 pesos), ou seja, não está incluído no tour do Minitrekking.
- O glaciar foi batizado com o nome de um grande estudioso da região da Patagônia que se chamava Francisco “El perito” Moreno.
- O glaciar Perito Moreno tem 14 km de comprimento e uma superfície de 257 km quadrados.
- A caminhada nas passarelas do Parque Nacional Los Glaciares é feita sem guia no roteiro do Minitrekking.
- O Minitrekking é um passeio caro e o preço não deve variar independente da agência onde é comprado porque a Hielo & Aventura é a única empresa que oferece esse passeio. Mas não custa nada pesquisar preços antes da compra. Pagaríamos o valor de 463,50 pesos por pessoa, com direito a transfer, se usássemos cartão de crédito, mas tivemos um desconto porque pagamos à vista. Compramos o tour na agência Gador Viajes porque fica bem perto do hotel Michelangelo, onde nos hospedamos. Mas você pode comprar o tour na própria loja da Hielo & Aventura, na Av. Libertador 935. Site:
O ônibus que fez o traslado até o Parque Nacional Los Glaciares, onde está abrigado o Perito Moreno, nos pegou no hotel Michelangelo às aproximadamente 7:30 da manhã. Até chegar ao parque (1 hora aprox.), fui apreciando o deserto patagônico. Na verdade, não há muito para ser apreciado, mas adorei assistir àquela paisagem exótica. Fomos transportados até o cais, que fica ao lado do glaciar, e entramos no barco que nos levou até o lado onde há o abrigo. Podemos dizer que a aventura do passeio começou nesse pequeno trecho que o barco navegou por uns 20 minutos. Apesar do vento frio e da chuva fina, os passageiros não se contentaram em ficar no interior da embarcação sem poder ver a geleira. Todos foram para o convés admirar o paredão do glaciar Perito Moreno. Foi uma visão inédita para mim. Era a primeira vez que eu estava vendo o glaciar tête-à-tête. Ali, naquele barco, eu só estava sendo apresentada ao gigante branco-azulado, mas, alguns minutos depois, eu iria ter uma relação bem mais íntima com ele.
Desembarcamos, subimos uma ladeira de terra e pedras, e um dos guias começou a fazer as primeiras recomendações. Disse que não poderiam prosseguir a partir daquele ponto mulheres grávidas e pessoas com algum problema de saúde que as impedisse de fazer aquele esforço físico. Teriam que esperar o grupo até o final da caminhada dentro do abrigo. Ninguém se pronunciou. Disse também que deveríamos estar protegidos com bloqueador solar (levamos com fator de proteção 60), óculos de sol, luvas apropriadas (as luvas têm de ser especiais porque se você cai, o gelo pode cortar a sua mão), roupas impermeáveis (porque poderia chover), gorro e botas de trekking antiderrapantes e impermeáveis. Eu estava preparada. E como sou friorenta, além do casaco impermeável (e peludo por dentro) e quebra-vento, eu vestia por baixo uma blusa de malha de mangas curtas, além de uma blusa térmica de mangas compridas (são ótimas para manter seu corpo aquecido e não deixam suas costas e peito ficarem molhados de suor).
Após as instruções do guia, seguimos para o abrigo, que conta com banheiros, mesas e cadeiras, além de um armário com várias prateleiras para deixarmos os pertences que não vamos usar na caminhada. Lá devemos deixar também nossa vianda (box lunch), ou seja, nosso almoço, que comemos (gelado, diga-se de passagem) quando chegamos do trekking. Esse almoço já temos de trazer conosco porque não há lugar para comprar comida nessa região do parque. Por isso, muitos hotéis em El Calafate vendem essas viandas, que devemos encomendar um dia antes do tour. Se o seu hotel não vender, não se preocupe. Há uma panadería (padaria) muito boa no centro da cidade onde você pode adquirir seu alimento.
É muito importante levar o mínimo possível com você durante a caminhada. Leve uma mochila somente com as coisas das quais poderá precisar, com espaço para poder colocar pertences que preferirá não usar mais durante a caminhada (por exemplo, filmadora), pois a caminhada é puxada e se você estiver carregando uma mochila pesada nas costas, você vai ficar muito mais cansado. Mas é bom levar uma mochila, até mesmo porque você precisará transportar a sua vianda e garrafa d’água até o abrigo. Durante a caminhada, eu e meu marido levamos apena uma mochila para os dois, pois assim somente uma pessoa a carregaria. Sobrou para meu marido, é claro.
Enfim, deixamos a temperatura quentinha daquele abrigo e seguimos uma trilha por dentro de um bosque até chegarmos bem perto da geleira, em um determinado ponto onde os guias dividem os trekkers em grupos (cada grupo, a partir daquele ponto, segue seu guia) e dão algumas explicações sobre os glaciares da região, em especial, o Perito Moreno. Fazia muito frio naquele momento, apesar de ser janeiro, mês de verão na Patagônia. Depois de andarmos mais um pouco por um caminho de pedras, beirando o lago, chegamos a outro refúgio (umas cabanas semiabertas), local onde os guias colocam os crampones por cima de nossas botas, revestimentos que permitem melhor aderência ao gelo. Sentimo-nos um pouco desengonçados com eles, mas logo pegamos o jeito.
Os grupos começaram a subir no glaciar em fila indiana e os guias deram instruções de como andar, subir e descer no gelo: pés separados na hora de caminhar, coluna ereta na hora de subir, pernas flexionadas na hora de descer. Depois das instruções, a aventura começou para valer. Pulamos fendas, observamos sumidouros, entramos em uma gruta de gelo (achei o máximo) e até provamos a água pura da geleira (muitos não quiseram, mas eu experimentei). E, é claro, paramos em pontos estratégicos para contemplar as paisagens. E que paisagens. Algumas formações de gelo são verdadeiras esculturas e surpreendem com sua cor azulada. Certos pontos mais altos da geleira permitem uma visão ampla do paredão do Perito Moreno em contraste com o lago e as pedras. Sensacional. Durante o trekking propriamente dito, não há tempo para tirarmos fotos porque temos de prestar atenção ao caminho e não podemos nos isolar do grupo e do nosso guia. Portanto, são nesses pontos estratégicos que podemos fotografar as paisagens. Ali, os guias param por alguns minutos para dar informações e oportunidade para tirarmos fotos.
A caminhada é puxada porque também temos medo de cair. Mas o maior problema para mim foi o calor que senti em alguns momentos, o que foi muito incômodo. No início do passeio eu senti frio, mas quando comecei a fazer esforço físico, logo veio o suor e o calor. O sol que apareceu ajudou para a sensação térmica. Mas quem me mandou ir com aquele casacão? Se não fosse verão, acho que aquele casaco seria mais apropriado. Meu marido não teve o mesmo problema porque o casaco dele não era felpudo por dentro. Ele fez toda a caminhada numa boa, assim como vários outros trekkers. Eu não quis tirar o casaco porque fiquei com medo de sentir um choque térmico. Apesar desse problema, eu não me arrependo nem um pouco de ter feito o Minitrekking. É uma experiência única.
É bom lembrar que podemos desistir do trekking após tê-lo feito por uns 50 minutos. O guia fez uma pausa em um determinado ponto e perguntou se alguém preferiria parar e ir para o abrigo (acho que esse abrigo seria a cabana semiaberta), pois ainda teríamos mais uns 50 minutos de caminhada, em direção a outros mirantes. Um casal de uns 45 anos quis voltar. Naquele momento eu titubeei, mas olhei para a cara do meu marido e ele estava empolgadão para continuar e me deu força para fazer o mesmo. Aí, não tive dúvida, quis ir até o fim. O casal deixou o grupo acompanhado de um guia (eram 3 guias ao todo, um homem e duas mulheres). Vale dizer que o cansaço não depende muito da idade, mas, sim, da condição física. Havia algumas pessoas aparentando idade superior a do casal que ficaram até o final numa nice.
Sorte minha não ter desistido no meio do trekking ou eu não teria visto, por exemplo, a gruta de gelo e comemorado com o grupo o fim daquela aventura com alfajores e água com gelo extraído da própria geleira. Outros celebraram com uísque, mas como eu já estava com calor, eu iria pegar fogo se tomasse! Aproveitei aquela parada para tirar mais fotos, que, daquele ponto, revelaram paisagens indescritíveis. E ainda consegui escutar a natureza falar através dos desprendimentos de pequenos blocos de gelo que caíam do glaciar e imergiam no lago. O som parece de um trovão. Era o espetáculo de imagem e som que a natureza nos proporcionava.
Após o brinde à geleira, voltamos para o abrigo principal (a casa de madeira) atravessando o mesmo bosque de antes. Antes, porém, tivemos de tirar nossos crampones no mesmo lugar onde os colocamos. Chegando à casa, tivemos tempo livre para almoçarmos e contemplarmos o glaciar Perito Moreno, dentro ou fora da casa, até a hora de nosso barco ir nos buscar. O paredão de gelo fica bem de frente para a casa. Aproveitei aquela parada para subir nas pedras em frente ao lago e meditar diante daquela imensa beleza natural. E me senti pequena.
O Minitrekking é um tour cansativo, porém completo. Depois da caminhada, você é levado para a entrada principal do Parque Nacional Los Glaciares, onde há aquelas passarelas que muito lembram as das Cataratas do Iguaçu. Quando chegamos lá, uma outra guia entrou no ônibus e, mostrando um mapa do parque e das passarelas, nos explicou os caminhos que deveríamos seguir para evitarmos outros que não valeriam a pena alcançar porque perderíamos muito tempo. A contemplação do Perito Moreno a partir das passarelas do parque é a última etapa do Minitrekking e dura cerca de uma hora. Depois dessa visitação, o ônibus segue direto para o seu hotel.
Fora a beleza do glaciar Perito Moreno, o que o torna famoso é a sua facilidade de acesso, que pode ser por terra. É só descer uma escadinha do parque e você já está de frente para o paredão de gelo e a apenas 50 metros de distância. São 4 km de extensão e 60 metros de altura à sua vista. Cada pessoa tem uma impressão assim que encara essa imensidão de gelo. A minha impressão era de que eu estava diante de um mar de gelo. E tamanha beleza e excentricidade são de surpreender qualquer um. Outra surpresa que se tem ao caminhar ao lado da geleira é vez por outra ouvir um barulho que parece de um trovão. É um bloco de gelo se soltando do glaciar. Sorte sua se você conseguir capturar com sua máquina fotográfica ou filmadora esse desprendimento. Nós só conseguimos gravar o som enquanto filmávamos uma parte da geleira.
Andamos por cerca de 40 minutos pelas passarelas do parque, subindo e descendo degraus, contemplando o glaciar Perito Moreno em diferentes ângulos. O glaciar chama a atenção pelo tamanho, cor e forma. O gigante branco-azulado tem pontas, dobras, traços e outras características que o fazem uma escultura esculpida pelas mãos da natureza. Como disse, parece um mar. Um mar que, ao invadir o lago, congelou e parou repentinamente, formando, então, um grande paredão. É a impressão que dá.
Quando deixamos as passarelas, já estávamos bem cansados e em cima da hora de embarcarmos no ônibus, mas ainda corremos para comprar umas lembrancinhas em uma loja de souvenirs que fica dentro do parque. Queríamos também ter tomado um café em uma lanchonete do parque, mas não houve tempo. Se você preferir e tiver tempo na cidade, pode ir ao Parque Nacional Los Glaciares por conta própria um dia antes de fazer o Minitrekking para ter mais tempo de contemplar o glaciar e para poder visitar as lojas com calma. Muitos alugam um carro e pegam a estrada bem cedinho para apreciarem vistas magníficas no caminho.
Conhecer o glaciar Perito Moreno caminhando em uma passarela ou em cima dele é uma experiência inesquecível. Só quem a viveu consegue enxergar além das fotos.
Notas:
- O Perito Moreno fica na pequena cidade de El Calafate, na província de Santa Cruz, na Argentina. A cidade fica a aproximadamente 3 horas e 15 minutos de vôo direto desde Buenos Aires.
- A Hielo & Aventura também oferece o roteiro chamado Big Ice, de quatro horas de duração. Evidentemente, eles exigem melhor condição física para este tour do que para o Minitrekking. E idade entre 18 e 45 anos. As pessoas que puderam fazê-lo garantem que as paisagens são espetaculares. Particularmente, satisfiz-me com o Minitrekking e acho que o outro roteiro seria muito cansativo.
- O ingresso ao parque é pago quando você chega lá (75 pesos), ou seja, não está incluído no tour do Minitrekking.
- O glaciar foi batizado com o nome de um grande estudioso da região da Patagônia que se chamava Francisco “El perito” Moreno.
- O glaciar Perito Moreno tem 14 km de comprimento e uma superfície de 257 km quadrados.
- A caminhada nas passarelas do Parque Nacional Los Glaciares é feita sem guia no roteiro do Minitrekking.
- O Minitrekking é um passeio caro e o preço não deve variar independente da agência onde é comprado porque a Hielo & Aventura é a única empresa que oferece esse passeio. Mas não custa nada pesquisar preços antes da compra. Pagaríamos o valor de 463,50 pesos por pessoa, com direito a transfer, se usássemos cartão de crédito, mas tivemos um desconto porque pagamos à vista. Compramos o tour na agência Gador Viajes porque fica bem perto do hotel Michelangelo, onde nos hospedamos. Mas você pode comprar o tour na própria loja da Hielo & Aventura, na Av. Libertador 935. Site:
- O Minitrekking só é realizado desde início de agosto até início de junho (ou fim de maio, dependendo das condições climáticas). O Big Ice geralmente termina logo nos primeiros dias de maio, devendo recomeçar junto com o Minitrekking.
- Se você não tiver suas próprias roupas específicas para o trekking no gelo, pode alugá-las na loja La Barraca, na Emílio Amado 833, no centro de El Calafate. Para informações, o contato da loja é:
- Contato da Gador Viajes:
- Data deste tour: 11/01/10.
55 comentários:
Olá, meu nome é Loraine, vou para El Calafate na primeira semana de maio e gostaria de trocar algumas informações com você sobre os passeios. Achei seu blog por caso e adorei ler as informações detalhadas. Pode me passar seu e-mail? Obrigada. lorainess@gmail.com
Olá, Loraine. Já mandei um e-mail para você, ok? Espero sua dúvida.
oi, achei o blog sem querer querendo, muito completo. A minha lua-de-mel será em Janeiro agora e meu noivo está querendo ir para Buenos Aires, El calafate e ushuaia. Então o blog veio ao encontro das minhas expectativas. Meu e-mail é janainareis@gmail.com
Gostaria de manter contato para outras dúvidas. bjs
Oi, Janaina! Imagino que sua lua-de-mel será inesquecível na Argentina. Qualquer dúvida, pode me perguntar. Beijo.
Oi, Ana. Alugar roupas e botas em El Calafate não é caro, não. Eles cobram por dia e por peça, mas não me lembro mais dos valores. Acho que se você mandar um e-mail para a loja de aluguel, eles informam o preço de cada item. O e-mail é:
labarracacalafate@hotmail.com
Eu levei meu próprio casaco e calças impermeáveis que comprei na SADAE (Rio de Janeiro) e esse conjunto custou, há um ano, em torno de 900 reais. As botas eu comprei na SADAE também e custaram em torno de 250 reais. Mas o meu marido alugou calças e luvas na La Barraca, em El Calafate, e valeu muito a pena. É indispensável que a roupa para o minitrekking seja impermeável e quebra-vento (para o passeio Todo Glaciares, também é importante). E as botas impermeáveis e antiderrapantes. De qualquer forma, até para andar no centro de El Calafate, já que você vai num mês de mais frio do que aquele que eu fui (janeiro), acho importante que sua roupa seja quebra-vento e que você esteja muito bem agasalhada. Talvez fosse interessante você levar suas próprias botas, pois elas têm de ser confortáveis e de repente a loja de aluguel pode não ter teu número disponível no dia. Qualquer outra dúvida, volte a me perguntar, OK? Beijo e boa viagem!
Olá, meu nome é Roberta e vou com emu marido para Calafate na terceira semana de janeiro (2012)e ja pagamos o pacote com o mini trekking. Amei os relatos de sua experiencia mas fiquei apreensiva, pois somos um casal jovem mas sedentários (rsrsrsrs) adoramos natureza (já viajamos muito tbm), mas nunca enfrentamos uma expedição como essa. Gostaria q vc me contatasse via e-mail roberta.dossantosgregorio@gmail.compara saber mais detalhes sobre roupas, clima, o que levar, etc. Ficarei muito grata!
Oi, Roberta! Enviei e-mail agora para você. Verifique sua caixa de e-mail. Boa viagem!!!
Olá Regina
Seu blog me ajudou muito. será que vc pode me ajudar com uma duvida, comprei um pacote agora para janeiro, tenho o passeio para o perito moreno mas não tem trekking incluido, é possivel comprar só o trekking lá?
obrigada
Oi, Ellen! Não entendi direito a sua dúvida. Você quis dizer que chegaria ao Perito Moreno pelo pacote que comprou e de lá faria o trekking com a Hielo y Aventura? E depois? Como você voltaria? Pela mesma agência que te levou? E quanto aos horários? Os horários teriam que coincidir. E como você chegaria ao glaciar? Seu pacote deve incluir só passeio no barco até o glaciar, sem desembarque. Com a Hielo y Aventura, desembarcamos num determinado ponto perto do glaciar e começamos a caminhada. Portanto, acho muito difícil eles venderem somente o trekking. Mas o melhor é perguntar para eles. E-mail:
info@hieloyaventura.com
Boa sorte e boa viagem!
Olá, meu nome é Helen e vou a Calafate em setembro deste ano, gostaria de saber mais ou menos o valor do aluguel de roupas para usar no minitrekking.
Oi, Helen! Eu não me lembro dos valores, mas sei que não são caros e que vale a pena alugar. Manda um e-mail para a loja de lá perguntando. Assim eles dão os valores certos e atualizados. O e-mail é:
labarracacalafate@hotmail.com
Espero que o e-mail deles não tenha mudado.
Abraço!
Helen,entrei em contato com a loja de roupa de aluguel e eles me responderam por e-mail os valores. Vou colar aqui a resposta:
"Hola Regina, te comento que contamos con un kit completo que cuesta AR$100 e incluye botas de trekking, pantalon, campera y guantes, todo impermeable y termico."
Olá!!! Que ótima as suas informações!!! Estou ansiosa para fazer os passeios em calafate!!! Vou agora dia 23 de julho de 2012... E peço a gentileza de me orientar nessas informações: li que existe um lugar para alugar roupas..mas vc sabe se existe alguma loja em calafate que eu possa comprar mais barato que aqui no Brasil??? ...vc comprou seus passeios pela internet? Se sim...qual site é recomendado??? ...ou é melhor comprar na hora?? Pois vou ficar apenas 4 dias e nao quero arriscar perder o passeio...obrigada pelas informações!!! honorato.vivi@gmail.com..vc pode me enviar as sugestões??? Muito grata. Beijos. Viviane / SP.
Não pesquisei preços de roupas de frio para comprar em El Calafate, mas não lembro ter visto nada que me chamasse a atenção em termos de bons preços. Para falar a verdade, acho que as roupas de frio lá são mais caras.Comprei os passeios diretamente numa agência de viagens de lá, mas antes fiz contato pela internet para saber sobre os preços. Comprei com a agência Gador Viagens, mas existem outras agências no centro. Entretanto, não tenho nada do que reclamar da Gador. Contato:
reservasgador@cotecal.com.ar
Eu paguei diretamente na loja com um dia de antecedência. Assim que você chegar à cidade, vá a uma agência e faça as reservas. Mas procure saber antes os dias de saída dos passeios que você quer, pois, como você vai no inverno, alguns podem ser prejudicados pelo frio e acabam não sendo realizados. Vc já viu se o Minitrekking será realizado na data que você vai? Importante saber isso. Mande um e-mail para a Hielo y Aventura e pergunte. No site deles está:
"El minitrekking se realiza desde inicios de Agosto hasta principios de Junio."
Mande um e-mail e confirme! O site deles é:
http://www.hieloyaventura.com/2010/index.html
Boa viagem!
Parabéns pelo blog, as dicas ajudaram muito! =]
De nada! Seja sempre bem-vindo(a)! :-)
olá adorei seus comentarios,vou com uma amiga em maio,gostaria de saber o grau de dificuldade de andra no mini trekking,temos que pular,existe algum perigo,e tambem ja amndei varios email para loja la barraca para saber valores e se tem tamanhos grandes,nao respondem,bjs.
Mell
Olá, Mell. Não é bem "pular" o que acontece no minitrekking. O que ocorre é que, às vezes, você vai precisar descer um nível do gelo, é como se você tivesse que descer um degrau de escada, só que com um vão um pouco grandinho. A dificuldade maior é fazer essa descida sem escorregar, mas se você tomar cuidado e for devagar, você não cai. Além do mais, o guia dá a mão para ajudar. Muitas vezes o próprio guia o estimula a descer esses "degraus" sem a sua ajuda, para que você ganhe autoconfiança. Então, o único perigo que há é você escorregar se não tiver cuidado (não se esqueça das luvas pq elas protegem suas mãos e possíveis cortes no gelo se você cair). Não vi ninguém cair, nem escorregar. Só vi as pessoas meio atrapalhadas como eu, então você não será a única "desengonçada". O perigo maior que vejo é se você se aventurar a se distanciar dos guias e você se perder, mas ninguém faz isso. Todos têm de andar em fila indiana. Na volta, mesmo quando você já tiver deixado o glaciar, também não se distancie do grupo, pois você passará por um caminho numa floresta. O nível de dificuldade do minitrekking é médio. Quanto à La Barraca, infelizmente não sei o que aconteceu. Também mandei e-mails para lá e ninguém me respondeu. Não sei se eles mudaram o endereço de e-mail. Será que a loja fechou??? Mas se não houver essa loja, certamente haverá outra. Com certeza, a agência que fechará o passeio com você saberá informar. Boa viagem!
Mell, vou colar aqui para você ler o que eu escrevi hoje em outra postagem:
Pessoal, algumas pessoas têm comentado que não têm tido resposta aos e-mails enviados para a loja La Barraca. Eu mesma não obtive resposta a última vez que enviei e-mail. Cheguei até a suspeitar que a loja tivesse fechado, mas ela não fechou não!!! Eu descobri o telefone de lá, liguei para a loja e perguntei se tinham mudado de e-mail. O e-mail continua o mesmo: labarracacalafate@hotmail.com
O rapaz que me atendeu me explicou que eles tiveram um probleminha com a leitura dos e-mails e que agora não têm demorado para responder (tomara, né?). Se vocês não obtiverem resposta de imediato por e-mail para alguma dúvida, vale a pena ligar para lá, pois a ligação fica baratinha se for pelo Skype, por exemplo. O telefone de lá é 54-2902-491 999. Aproveitei e perguntei o horário de funcionamento: das 10 às 21:30.
Nossa,vc é o máximo,super atenciosa muito obrigada.
beijos.Mell.
De nada, Mell! Seja sempre bem-vinda! :-) Um beijo.
Oi, Regina. Achei seu blog numa pesquisa sobre El Calafate e gostaria de saber da dificuldade desse minitrekking. Li muitos comentários falando que a dificuldade é media, mas o que seria exatamente média? As subidas são muitas ou muito acentuadas? Estou perguntando porque quero muito fazer esse passeio, mas fiquei meio apreensiva porque não sou uma pessoa muito atlética rs.
O ritmo da caminhada é tranquilo, ou é meio acelerado?
Estou marcando para ir agora no começo de Janeiro!
Obrigada desde já
Cah, as subidas não são muitas nem são muito acentuadas no minitrekking. Realmente o esforço físico é médio, mas isso não quer dizer que você precise ser atlético(a).Eu não sou e consegui realizar o passeio. O único desconforto para mim, por incrível que pareça, foi o calor. Mas você tem que ir com um bom casaco apropriado mesmo. Se começasse a chover, por exemplo, eu estaria bem protegida. Mas no dia do meu passeio, havia sol. O ritmo da caminhada é tranquilo, pois no gelo não dá para ser diferente. O mais puxado são as subidas, mas também não é nada absurdo. Você vai sentir cansaço em alguns momentos, é claro, mas há algumas paradinhas para você descansar um pouquinho e tirar fotos, por exemplo. O passeio só não é aconselhável para quem tem mais de 65 anos ou para quem não pode fazer esforço físico ou não está acostumado a fazer. Mas se você está acostumada com caminhadas, por exemplo, não creio que terá dificuldades. Mas de jeito nenhum você precisa ser do tipo atlético. E os guias estão lá para te dar uma mãozinha. Espero que eu tenha ajudado e que você realize esse passeio porque é algo bem diferente mesmo. Se puder, depois me conte como foi. Beijinho.
Oi, Regina!
Obrigada por todas estas informações que você compartilhou. Certamente são de grande ajuda!
Eu gostaria de saber se o aluguel de roupas é muito caro. Estava pensando em comprar uma calça impermeável, mas como elas são bem caras, queria saber uma média de preço dos alugueis de roupa. Você saberia me informar?
Muito obrigada!
Beijos!
Oi, Cintia. O aluguel de roupas não é caro. Vale a pena alugar. Em março do ano passado, eu mandei um e-mail para a La Barraca, perguntando sobre os valores, e eles me responderam que o kit completo custava 100 pesos argentinos (botas, calças, jaqueta e luvas). Tudo impermeável e térmico.Se você vai querer só as calças, então o aluguel deve ficar ainda mais barato. Mas só não se esqueça que esses valores são do ano passado.
Beijo e boa aventura!
Muito obrigada, Regina!!=)
Regina, sou uma sexagenária, mas quero mto. fazer o minitrekking,irei com meu marido e filhos ,dia 28 deste mês. Estou pretendendo alugar lá , todo o equipamento pra fazer essa caminhada.O seu blog é mto. legal,tudo bem explicadinho. Bjs! e um feliz Ano Novo!!
Regina, acabei de fazer o comentário acima, meu nome é Vilma Barreto
Obrigada pelas dicas!
Vilma, acho que você vai adorar o minitrekking, ainda mais que você vai com sua família, então terá todo o apoio deles. O esforço é moderado, mas, como relatei, não depende muito da idade. Pode alugar as roupas no centro de El Calafate, pois vale a pena. Quando voltar, se puder, nos relate sobre que achou da experiência. Boa viagem a todos vocês! Um feliz ano novo também! Beijo.
Olá Regina Helena!!
Primeiramente parabéns pelo blog , eu simplesmente AMEI, tirou todas as minhas duvidas a respeito do mini trekking....estou indo agora com meu marido visitar EL Calafate e Ushuaia, e estava completamente perdida em relação aos passeios, alugar ou comprar roupas...enfim, foi o local onde consegui as melhores e mais completas informações!!!
Parabéns de verdade, me ajudou demais!
Abraços.
THati
Fico muito feliz por isso, Thati! Desejo que façam uma excelente viagem!!! Com certeza, voltarão muito satisfeitos. Beijão.
Olá Regina, estou planejando ir à El Calafate e Ushuaia esse ano, em lua de mel. Me caso em maio, e estava planejando viajar em Agosto, porque queria esquiar em Ushuaia. Mas como não sei se meu noivo conseguirá férias em agosto, estou tentada a ir em maio mesmo, porque temos direito a uns dias de folga. Você sabe me dizer o que tem para fazer em el Calafate além da visita ao Glaciar Perito Moreno? Outros passeios, lugares interessantes para ir? Quero saber para planejar quantos dias ficaria lá, e quantos em Ushuaia. Achei voo saindo no domingo, chegando lá na segunda na hora do almoço. Pensei em ficar segunda, terça, quarta, e quinta ir para Ushuaia, dois dias inteiros para passeio, e meio dia para ficar na cidade. É suficiente, ou seria bom mais um dia, já que em maio não daria para esquiar em Ushuaia, então ficaria menos dias por lá.
Oi, Cintia! Desculpe pela demora em responder. Acho dois dias inteiros em El Calafate o suficiente! Em maio, pode ser que você ainda consiga realizar o passeio do Minitrekking, dependendo das condições climáticas. Os principais passeios em El Calafate são mesmo o Minitrekking no Perito Moreno e a Navegação Todo Glaciares. No centro de El Calafate, não há muito o que se fazer a não ser ir a lojas e restaurantes. Mas há sim outros passeios em El Calafate que são oferecidos nas agências de turismo de lá. Sei que há um passeio interessante que é ir visitar as cavernas de Walichu (a 8 km de El Calafate). Fora esse, não me lembro de outros e nem sei dizer se são muito interessantes. Se estiver mesmo a fim de esticar a viagem, você também pode ir a El Chaltén, que fica a 230 km de El Calafate, mas essa é uma região mais indicada para trekkers. Acho que são cerca de 3 horas de viagem. Pela distância e pelo tipo de turismo (trekking), acho que o melhor é passar pelo menos um dia inteiro em El Chaltén. Enfim, acho que o jeito que você planejou seus dias para El Calafate está na medida certa. Beijinho.
Cintia, só para ficar claro: quando eu disse "dois dias inteiros", quis dizer só para os passeios em El Calafate, ou seja, sem contar o dia da chegada e o dia da saída.
Olá Regina, obrigada pela resposta, não demorou não. São dois dias inteiros sim, eu chegaria na segunda (pelo voo que vi, por volta da hora do almoço, hora do check-in do hotel) e teria a tarde para ir nas agências contratar os passeios, mas vou tentar sair daqui com tudo reservado por e-mail ou telefone. Ficaria o restante da segunda, terça e quarta o dia todo, e sairia na quinta na hora do almoço para Ushuaia. Entrei em contato com a Hyelo e Aventura, e eles me garantiram que o minitrekking vai até final de maio, estou torcendo para não ter nenhuma mudança até lá. Então faria o minitrekking em um dia, e a navegação no outro. Obrigada pelas dicas!
Achei ótima a sua programação. Foi exatamente isso que eu fiz quando fui a El Calafate. Também deixei os passeios acertados por e-mail e quando cheguei na cidade, passei na agência para fazer o pagamento. Uma ótima viagem pra vocês!!!
Oi Regina. Gostei do seu blog. Estou pensando em ir sozinho a El Calafate meados de Agosto (embora tenha lido que o frio é bem mais intenso nesta época). Fato é que não me empolguei com o minitrekking e nem estava animado a fazê-lo. Não sei se tenho resistência física adequada, embora faça musculação e tenha 30 anos. Mas quando vi as fotos do Big Ice fiquei encantado pelas cavernas de gelo, mas se acho que o minitrekking seria difícil, que dirá o Big Ice!? Será que teria que ser um maratonista pra enfrentar tal percurso? Outra coisa que li, foi a respeito das fendas no gelo q são profundas. Pode acontecer de uma pessoa cair nestas fendas profundas? Disso que eu tenho medo. Obrigado.
Boa tarde, Christian! Realmente agosto é bem mais frio do que quando eu fui em janeiro. Não sei se isso tornaria a atividade um pouco mais puxada. Mas esteja certo que você vai conseguir realizá-la porque quando eu fiz o minitrekking eu tinha mais idade do que você e não fazia nenhuma atividade física (e ainda não faço, apesar de precisar). Só não sei te responder em relação ao frio, como seria. O Big Ice é mais completo, tem mais coisas para ver, mas eu achei que seria um pouco "over" para mim porque, assim como você, eu também tinha medo de não ter disposição física nem para o minitrekking. E é preciso mesmo ter mais preparo para o Big Ice. Para mim e para muitos outros visitantes, o Minitrekking é na medida certa. Mas quem quer mais aventura, então, Big Ice! Quanto às fendas, eu não senti medo porque se existir algum perigo, os guias alertam e eles sempre vão na frente. Então se alguém tiver que cair primeiro quem cai é o guia rsrsrs Não se preocupe. Bj.
Olá, Regina! Tenho algumas dúvidas quanto a horário do mini trekking. Estou planejando alugar um carro para os dias em que estiver em Calafate, então gostaria de saber qual o horário de partida já dentro do parque. E que horas, mais ou menos, termina o passeio todo. Dentro do parque, quando vocês saíram do ônibus até o porto para pegar o barco, vocês foram a pé mesmo?
Obrigada por enquanto.
Se eu não me engano, o grupo pegou o barco por volta das 9:00 da manhã e o retorno ao hotel aconteceu aproximadamente às 17 horas. Sim, fomos a pé do ônibus até o ponto de embarque do barco, pois é perto. Abraços!
olá regina.......
irei a calafate em outubro e já vou sair daqui com 2 passeios marcados..... o minitrekking e o passeio todos os glaciares...... vou ficar 6 dias vc tem alguns outros passeios interessantes? me disseram q o passeio na Estância Cristina e muito bom tb !!! desde já agradeço !!
Com seis dias dá para fazer muitas coisas realmente. Eu não prestei muita atenção aos outros passeios oferecidos pelas agências em El Calafate. Mas sei que há vários outros (acho que lá mesmo, no centro, você vai poder decidir melhor, pois há os folhetos explicativos sobre cada tour). Como havia comentado para a Cintia (num comentário acima), há a visita às cavernas de Walichu e excursão a El Chaltén (a 230 km de El Calafate). Se você vai passar 6 dias, acho que vale a pena ir a El Chaltén, se você curte trekking. Já li ótimos relatos desse passeio. Quanto à Estância Cristina, também já ouvi falar bem. Que bom que você vai poder desfrutar de vários passeios! O que vier, já é lucro! Abraços!
com certeza vai ser inesquecível !!!! e venho aqui novamente p postar a emoção !!!
Eu também não tenho dúvidas de que será inesquecível! Não deixe mesmo de vir aqui para dar o seu relato. Abraços!
desculpe... eu não me identifiquei... meu nome é Sérgio... e tenho uma pergunta importantíssima a fazer !!!!!!!! o que é mais pratico p levar no lanche do minitrekking ?? agradeço !!!!
Oi, Sergio. O mais prático é pedir para o seu hotel lhe vender uma "vianda", que é um almoço bem simples que você já deixa encomendado um dia antes. No hotel onde fiquei, eles me deram umas duas ou três opções de cardápio. Sinceramente, nem me lembro o que comi. Acho que foi frango com algum acompanhamento. A comida até que estava boa, o problema foi comê-la gelada rsrs Mas não tem jeito. Também vi algumas pessoas comprando uns sanduíches (parecidos com aqueles do Subway) numa padaria para levar no passeio, mas é preciso comprar um dia antes e deixar no frigobar do hotel porque, como o passeio começa cedinho, a padaria estará fechada no dia. Por isso, achei mais prático encomendar no hotel porque cedinho, antes de sairmos para o passeio, a nossa comida já estava preparada e devidamente embrulhada. Você também pode levar alguma fruta. E não se esqueça de levar água, OK?
Mas não sei se todos os hotéis em El Calafate vendem essa tal "vianda". Acho que a maioria sim.
olá regina.... o sergio novamente..... estive olhando pelo brasil os passeios daqui ficam muito mais caro do q fazer em calafate mesmo..............vc acha q devo levar em peso argentino ou dólar... estou na duvida !!!!!
Oba, já tenho uma resposta prontinha para você, que eu já tinha dado para uma visitante do blog, a Katia, na postagem de "El Calafate (o Centro)". Vou colar abaixo:
"Eu levei os dois, dólares e pesos. Na época, na Casa de câmbio, me falaram que era mais vantagem levar dólares e deixar para trocar lá por pesos, pois os dólares estavam mais valorizados lá do que aqui. Por isso, levei mais dólares do que pesos. E também porque, no caso de sobra, prefiro voltar com dólares. Em El Calafate, eles aceitam dólares para tudo, passeios inclusive. Mas eles quase sempre dão o troco em pesos, mesmo você pagando em dólares. Os preços nas lojas são geralmente expostos em pesos, mas os lojistas fazem o cálculo se você quiser pagar em dólares. Há também uma casa de câmbio no centro onde vi muitos brasileiros trocando inclusive reais. Em resumo, em El Calafate (e acredito que em Ushuaia também, pois essa cidade eu não conheci)tanto dólares quanto pesos são aceitos. Agora, em Buenos Aires, talvez você já saiba, as lojas e restaurantes só aceitam pesos, tirando aqueles lugares, é claro, extremamente turísticos."
OK, Sergio? Será que uma casa de câmbio aqui no Brasil não te dá uma dica se o dólar está mais valorizado aqui ou na Argentina na atualidade? Bem, fique então sabendo que ambas as moedas são aceitas (pelo menos, era, e acho que continua), mas não conte com caixas eletrônicos na cidade.
Abraço.
pois e... a moça me disse p levar em peso as entradas do parque....o resto em dólar.....
Uma parte em pesos é sempre bom levar para tornar as coisas mais práticas, mas até na farmácia em El Calafate eu pude pagar com dólares. Só não lembro se no supermercado também aceitam dólares. Bem, eu levaria pesos não só para as entradas do parque, mas para algumas outras coisas menores também (um doce na padaria, por exemplo). Isso facilita até na hora do troco.
boa noite !! muito bom o post !!
estou indo a calafate na primeira semana de outubro e será que dá p marcar os passeios no hotel mesmo? como minitrekking ?
agradeço Luciano !!
Luciano, você quer dizer se você pode comprar os passeios no hotel mesmo? Acho que alguns hotéis podem fazer isso, mas outros não. Em primeiro lugar, você tem que ver com o seu hotel se eles vendem os passeios das agências. Mas, se eu fosse você, comprava direto nas agências de turismo, pois há muitas no centro (pode até comparar os preços), inclusive a agência da Hielo & Aventura. O centro de El Calafate é pequeno. Em segundo lugar, acho mais seguro você reservar o minitrekking com pelo menos 1 dia de antecedência porque os grupos não podem exceder um certo número. Aproveite!!! El Calafate é lindo! Uma experiência única!
Olá,
Vou estar em El Calafate durante os dias 07/01-09/01 mas só poderei fazer o passeio no dia 8, pois é o único dia inteiro que estarei na cidade. É preciso fazer a reserva com muita antecedência, ou posso fazer a reserva no dia 07 ? pois entrei em contato com a hielo, mas reservas antecipadas (aqui pelo brasil) eles só fazem com cartão de crédito e o preço do peso argentino no cartão e muito diferente. é arriscado fazer a reserva no dia 07?
email: gabibasto@gmail.com
obrigada,
Oi, Gabriela. Acho que um risco sempre pode existir, mas eu reservei meu passeio justamente um dia antes, na cidade mesmo, numa agência de turismo (Gador Viajes). Mas a primeira coisa que fiz quando cheguei à cidade foi ir à agência fazer essa reserva. No dia que realizei o passeio, havia um grupo grande, mas estava divido por guias diferentes. Então acho que se tiver muitos turistas, eles devem disponibilizar mais guias. Fica difícil prever... Por que vc não espera chegar mais perto do dia de sua viagem e manda um e-mail para eles ou telefona perguntando sobre a procura do passeio para o dia dia 8? Se eu não me engano, na época eu perguntei por e-mail à Gador Viajes se eu poderia reservar um dia antes e a funcionária me disse que não haveria problema. Não sei se ela consultou a agenda deles ou não. Só não pode mesmo fazer a reserva no dia, pois o passeio começa bem cedo. Então, é isso. Se eu fosse você pediria a Hielo uma previsão para esse dia. Lembro que na época eu também fiquei na dúvida, mas deu tudo certo comigo reservando um dia antes (mas acho que reservei de manhã). Espero ter ajudado.
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