Piriápolis, a cidade que sempre deixa saudade mesmo em quem a conhece somente de passagem.
Balneário de Solís, que pertence ao Município de Maldonado. |
Piriápolis, pequena cidade a 100 km de Montevidéu. |
Rambla de los Argentinos, famosa avenida de Piriápolis. Deserta no outono. |
Caminhando pela Rambla de los Argentinos. |
O famoso Argentino Hotel Piriápolis Casino & Resort. |
Calçadão da praia, no centro de Piriápolis. |
Capela de Santo Antônio. |
O Cerro San Antonio (ou Cerro Inglés) é o mais alto e o mais famoso de Piriápolis. Do lado direito, avista-se o Cerro Pan de Azúcar, o morro que tem uma cruz no cume . É do Cerro San Antonio que se tem uma bela vista da cidade.
Você pode chegar aqui de carro ou de teleférico (aerosilla) a partir da praia. Amplie a foto para ver as cadeiras do teleférico, que não estava em funcionamento nesse dia. |
A orla de Piriápolis vista a partir do Cerro San Antonio. |
Há lojas de souvenirs e restaurantes aqui em cima. Observe que este lugar também estava vazio. |
Piriápolis, uma pequena e encantadora cidade entre Montevidéu e Punta del Este, atrai muitos visitantes de passagem. Não que ela não mereça mais do que uma manhã ou uma tarde inteira de visita, muito pelo contrário. Principalmente se a época for o verão. O problema é que para quem dispõe de poucos dias de férias, a cidade acaba perdendo para a capital uruguaia e o mais famoso balneário do país, Punta del Este. Acaba sendo somente aquela parada estratégica para quem vai à Punta. Piriápolis já está acostumada com essa rotina. Já conhece aquele olhar com que todos costumam deixar a cidade. Não há quem não se despeça de lá com certa tristeza, com um olhar que diz: “Puxa, estava tão bom e já vou ter que ir embora”.
Mas é muito fácil voltar a Piriápolis. A estrada é ótima e a cidade fica a apenas cerca de duas horas e meia de Montevidéu e a menos de uma hora de Punta del Este. Foi da capital que partiu nosso transfer para Punta del Este com parada em Piriápolis para um tour de aproximadamente duas horas. Fomos pela costa para apreciarmos as praias de Maldonado. Passamos pelo balneário de Solís, onde as águas do oceano e do rio se misturam. Praia com água do oceano só começa mesmo em Punta. A Praia de Solís estava literalmente vazia e confesso que a achei sem graça e muito pequena. Mas o motorista nos explicou que no verão aquela praia fica mais bonita porque a faixa de areia aumenta para os banhistas (o mar não avança tanto na areia). E, pode acreditar, a praia enche, segundo ele. Estávamos no outono, época em que as praias do Uruguai ficam desertas por causa do vento frio.
Deixamos Solís e continuamos viagem até Piriápolis. Passamos pelos balneários de Bella Vista e Las Flores, pelas Playas Verde e Hermosa, e, mais à frente, ouvimos nosso motorista anunciar: “Esta é a Rambla de Piriápolis. Aqui começa.” E não demoraria muito, ele nem precisaria dizer. Eu logo reconheceria a Rambla de los Argentinos, principal cartão-postal de Piriápolis, figurinha repetida nos blogs de viajantes, já que em revistas de turismo mesmo a cidade geralmente não é vista. Quando muito, recebe apenas algumas linhas. Sorte daqueles turistas que não se deixaram levar pelos roteiros turísticos relapsos.
Naturalmente, pedi ao motorista para que parasse o carro por alguns minutos em frente à rambla, que é o calçadão da praia. Caminhamos pela orla em uma parte ainda um pouco distante do centro. O sol deu as caras, mas o vento era de arrepiar. Foi por isso que eu disse no início do post que a melhor época para conhecer Piriápolis é o verão. A cidade fica mais quentinha e alegre. Vazia, ela pode parecer triste. Imagina que não havia ninguém na praia (tirando uma pessoa andando com seu cachorro) e até na rambla era raríssimo ver gente.
Em seguida, passamos de carro em frente ao famoso Argentino Hotel (funciona desde 1930), fizemos mais uma caminhada pela rambla (dessa vez, no centro) e subimos de carro ao topo do Cerro San Antonio, lugar para se desfrutar de uma excelente vista da orla da praia e do Cerro Pan de Azúcar. Lá há duas lojinhas que são o endereço certo para comprar as lembrancinhas da cidade. E se você é devoto de Santo Antônio, vai adorar encontrar lá uma capela com a imagem do santo.
O circuito em Piriápolis foi finalizado com a ida ao Castillo de Piria. Visitamos o primeiro andar do castelo (sem cobrança de ingresso) e admiramos o seu jardim, bem amplo e muito bem-cuidado. Suas árvores abrigam pássaros cujo canto parece ser uma declaração de amor ao lugar.
Apesar de solitária e fria no outono, Piriápolis é um convite à visita mesmo nessa estação. Eu adorei fazer-lhe companhia. Começo a desconfiar de que as revistas a deixam de lado para não quebrar a sua magia, que é a de surpreender os desavisados. Porém, os mais informados não ficam menos encantados.
— Pagamos pelo transfer de Montevidéu a Punta del Este, com tour turístico privado em Piriápolis, o valor de 220 dólares. O serviço foi contratado pelo Cala di Volpe, hotel onde ficamos hospedados em Montevidéu.
— Piriápolis tem outro cerro famoso, o Cerro del Toro, o segundo mais alto da cidade. Ali se encontra um touro em bronze que tem uma fonte natural saindo de sua boca. Esse morro, de onde se descortina outro belo panorama da cidade, não fica tão próximo do centro de Piriápolis como o morro de Santo Antônio.
— A Fuente de Venus não fazia parte de nosso tour, apesar de ser um dos pontos turísticos de Piriápolis.
Mas é muito fácil voltar a Piriápolis. A estrada é ótima e a cidade fica a apenas cerca de duas horas e meia de Montevidéu e a menos de uma hora de Punta del Este. Foi da capital que partiu nosso transfer para Punta del Este com parada em Piriápolis para um tour de aproximadamente duas horas. Fomos pela costa para apreciarmos as praias de Maldonado. Passamos pelo balneário de Solís, onde as águas do oceano e do rio se misturam. Praia com água do oceano só começa mesmo em Punta. A Praia de Solís estava literalmente vazia e confesso que a achei sem graça e muito pequena. Mas o motorista nos explicou que no verão aquela praia fica mais bonita porque a faixa de areia aumenta para os banhistas (o mar não avança tanto na areia). E, pode acreditar, a praia enche, segundo ele. Estávamos no outono, época em que as praias do Uruguai ficam desertas por causa do vento frio.
Deixamos Solís e continuamos viagem até Piriápolis. Passamos pelos balneários de Bella Vista e Las Flores, pelas Playas Verde e Hermosa, e, mais à frente, ouvimos nosso motorista anunciar: “Esta é a Rambla de Piriápolis. Aqui começa.” E não demoraria muito, ele nem precisaria dizer. Eu logo reconheceria a Rambla de los Argentinos, principal cartão-postal de Piriápolis, figurinha repetida nos blogs de viajantes, já que em revistas de turismo mesmo a cidade geralmente não é vista. Quando muito, recebe apenas algumas linhas. Sorte daqueles turistas que não se deixaram levar pelos roteiros turísticos relapsos.
Naturalmente, pedi ao motorista para que parasse o carro por alguns minutos em frente à rambla, que é o calçadão da praia. Caminhamos pela orla em uma parte ainda um pouco distante do centro. O sol deu as caras, mas o vento era de arrepiar. Foi por isso que eu disse no início do post que a melhor época para conhecer Piriápolis é o verão. A cidade fica mais quentinha e alegre. Vazia, ela pode parecer triste. Imagina que não havia ninguém na praia (tirando uma pessoa andando com seu cachorro) e até na rambla era raríssimo ver gente.
Em seguida, passamos de carro em frente ao famoso Argentino Hotel (funciona desde 1930), fizemos mais uma caminhada pela rambla (dessa vez, no centro) e subimos de carro ao topo do Cerro San Antonio, lugar para se desfrutar de uma excelente vista da orla da praia e do Cerro Pan de Azúcar. Lá há duas lojinhas que são o endereço certo para comprar as lembrancinhas da cidade. E se você é devoto de Santo Antônio, vai adorar encontrar lá uma capela com a imagem do santo.
O circuito em Piriápolis foi finalizado com a ida ao Castillo de Piria. Visitamos o primeiro andar do castelo (sem cobrança de ingresso) e admiramos o seu jardim, bem amplo e muito bem-cuidado. Suas árvores abrigam pássaros cujo canto parece ser uma declaração de amor ao lugar.
Apesar de solitária e fria no outono, Piriápolis é um convite à visita mesmo nessa estação. Eu adorei fazer-lhe companhia. Começo a desconfiar de que as revistas a deixam de lado para não quebrar a sua magia, que é a de surpreender os desavisados. Porém, os mais informados não ficam menos encantados.
Por fim, entrei no carro e debruçou-se pela janela meu olhar de saudade, aproveitando aqueles últimos minutos da paisagem de Piriápolis.
Notas:
— Pagamos pelo transfer de Montevidéu a Punta del Este, com tour turístico privado em Piriápolis, o valor de 220 dólares. O serviço foi contratado pelo Cala di Volpe, hotel onde ficamos hospedados em Montevidéu.
— Piriápolis tem outro cerro famoso, o Cerro del Toro, o segundo mais alto da cidade. Ali se encontra um touro em bronze que tem uma fonte natural saindo de sua boca. Esse morro, de onde se descortina outro belo panorama da cidade, não fica tão próximo do centro de Piriápolis como o morro de Santo Antônio.
— A Fuente de Venus não fazia parte de nosso tour, apesar de ser um dos pontos turísticos de Piriápolis.
— Se possível, experimente os sorvetes da sorveteria Faro, perto da orla de Piriápolis. A guloseima é recomendada pelos guias de turismo.
Data deste passeio: 22/04/10
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