Londres é um interessantíssimo destino para o turista de qualquer parte do mundo. É um daqueles lugares que nenhum bom viajante pode deixar de ver antes de morrer. Eu tive a sorte de visitar a mega metrópole pela segunda vez este ano (2011) por conta de minha participação na 4th International Conference Media for All, na Universidade de Londres. Ainda tive a oportunidade de ir a Paris, também pela segunda vez, pois era a cidade de conexão no voo da Airfrance. E, na volta para o Rio de Janeiro, mais uma conexão (pela Alitalia). Dessa vez, em Roma. Ou seja, esta viagem foi tudo de bom!!! Mas quer saber como foram minhas andanças pela capital britânica desta vez? Dê uma olhadinha abaixo e viaje para lá junto comigo!
Vou começar com algumas fotos do hotel onde nos hospedamos. Ficamos no Royal National, aliás, pela segunda vez. Não porque tivéssemos gostado muito do hotel da primeira vez, mas porque é um dos mais econômicos em Londres que conseguem oferecer um certo conforto, facilities e uma ótima localização, no bairro de Bloomsbury (perto da estação de metrô Russell Square), e pertinho da University of London, onde aconteceria a conferência internacional da qual participaria. E justamente por causa do custo-benefício, este hotel é super turístico, o que quer dizer que vive cheio, principalmente de estudantes e grupos de excursão. Inclusive, uma noite demos o azar de estar no mesmo andar de um grupo de jovens hispânicos, que ocupavam quase todos os apartamentos daquele andar e que estavam embriagados. Eles faziam o maior barulho de madrugada, batendo nas portas dos quartos de seus amigos. Tive que ligar para a recepção, pedindo providências e, é claro, registrei minha reclamação no dia seguinte. Entretanto, preciso dizer que da primeira vez não tive nenhum problema com os outros hóspedes.
Então, o entra-e-sai dos hóspedes (de todos os lugares do mundo, inclusive de muitos brasileiros) do Royal National seria seu único fator negativo? Não. O seu breakfast é o pior de todos os hotéis onde já me hospedei (sem exagero). Até eu que sou de comer pouco e não tenho frescuras, fiquei muito decepcionada. Basicamente só cereais (isso há de montão), pão de forma, geleias, café e leite (leite frio; quente não servem!). Ah, também não espere encontrar funcionários muito simpáticos lá. Tirando (tudo) isso, o hotel é bom. Mas a verdade é que, havendo uma terceira vez em Londres, vou experimentar um hotel menos turístico.
O Royal National é bem grande, tem até loja de souvenirs e um bom bar perto da recepção. Em termos de facilities, é muito bom. Este é o salão onde há rede wi-fi.
O quarto onde ficamos, uma double standard. Pequeno e simples, mas satisfatório. Não tem ar condicionado, mas, para uma cidade fria como Londres, isso é dispensável. Frigobar, também não. O banheiro é bonzinho. Enfim, juntando todos os pontos negativos e positivos do hotel, dou nota 7, levando em consideração sua categoria turística. Fiz a reserva pela internet e paguei com cartão de crédito (eles descontam o valor total antes da chegada para garantir a reserva).
Mas vamos falar agora da viagem, que isso é o que interessa mais. Estamos aqui, em Londres, na estação St. Pancras, chegando de Paris de Eurostar numa viagem que durou apenas cerca de duas horas e meia. Partindo de Paris, é muito mais vantagem ir a Londres de trem do que de avião!!! Mais detalhes e fotos do trem da Eurostar e da estação de trem Gare du Nord (em Paris) na postagem de Paris. E há também mais algumas explicações sobre a Eurostar no final desta postagem.
Este é o trem no qual viemos a partir da Gare du Nord, em Paris. Na foto, ao fundo, vemos o símbolo dos Jogos Olímpicos, que serão realizados na capital britânica em 2012. Não foi à toa que encontramos várias ruas na cidade em obras, aprontando-se para receber o público desse mega evento.
A estação de trem de St. Pancras é bem grande, com muitas lojas, restaurantes, banheiros, guarda-volumes, enfim, conta com toda infraestrutura compatível com sua movimentação e tamanho. Assim que chegamos, procuramos pela saída para o ponto de táxi e encontramos uma fila grande. Mas em aproximadamente vinte minutos já estávamos entrando num black cab e chegamos ao Royal National bem rapidinho. Foi uma maneira bem rápida, prática e econômica de chegarmos ao hotel.
O majestoso prédio vitoriano do Hotel Russell (de 1900) fica pertinho do Hotel Royal National, pois está na Russell Square (praça muito aprazível). O prédio chama logo a atenção. Não conheço ninguém que tenha se hospedado lá para poder registrar aqui uma opinião do hotel; entretanto, o Tripadvisor tem muitas.
Quem vai a Londres não pode deixar de experimentar um de seus pratos típicos, o fish and chips (peixe frito empanado e batatas fritas). A especialidade inglesa pode ser encontrada em vários restaurantes e pubs e, por ser um prato simples, é um dos mais baratos. Uma saladinha meio mixuruca e alguns molhos podem ser servidos como acompanhamentos. Mas o melhor mesmo do prato é o peixe, que vem com uma casquinha bem crocante. Pelo menos era assim que estava este que comi no Cagney's Restaurant. Uma delícia. Não espere que sirvam arroz na Inglaterra (assim como em outros países europeus). Você, com certeza, vai voltar para o Brasil com uma saudade enorme do nosso arroz com feijão.
O Cagney's Restaurant foi um achado. Estávamos caminhando nos arredores do nosso hotel, tendo acabado de chegar à cidade, à procura de um restaurante simples, mas aconchegante, e com preços razoáveis, já que tudo em Londres é caro. Eis que encontramos o Cagney's. O cardápio do lado de fora, exposto assim, nesses quadros, é um convite para o cliente entrar, pois ele se sente mais à vontade na hora de se decidir. Almoçamos do lado de fora e foi muito prazeroso ficar ali descansando, vendo os londrinos passarem com seus guarda-chuvas (hehehehe não podia ser diferente). Gostamos tanto do lugar (simplicidade, tranquilidade, qualidade, preço) que voltamos em um outro dia. Clique no menu do site do Cagney's para ver o que eles servem e para ter uma ideia dos preços (em libras) das refeições, bebidas, aperitivos, sanduíches e sobremesas num lugar como esse em Londres.
Depois do almoço, voltamos para o hotel e passamos por várias lojinhas, que, mesmo dois meses após o casamento do príncipe William com Kate Middleton, ainda vendiam muitos souvenirs do casal.
Depois de descansarmos um pouco no hotel, pegamos o metrô na Russell Square e nos dirigimos à estação South Kensington para a primeira recepção oferecida aos participantes do Congresso 4th International Conference Medial for All - Audiovisual Translation: Taking Stock. Minha apresentação aconteceria 3 dias depois (em 01/07/11), em outra instituição, na Senate House, que faz parte da University of London. Mas a primeira recepção estava agendada na Imperial College (na foto), das 19:00 às 23:00. Então, lá chegamos, entramos em várias salas da faculdade, percorremos tudo e nada de comes e bebes... Perguntamos a alguns poucos alunos que lá ainda se encontravam, ao porteiro, a não-sei-mais-quem e ninguém sabia de nada. Depois de uma meia hora na procura, já convencida de que eu estava no lugar errado, voltei para a estação de metrô um tanto desolada. Mas não me deixei abalar por muito tempo porque, afinal de contas, eu estava em Londres e a noite só estava começando! E acabei conhecendo a Imperial College, que também é uma faculdade super conceituada em Londres. (Depois fiquei sabendo que outras pessoas do congresso também vieram para cá devido a uma pequena falha na comunicação.)
Então, dei a ideia de irmos ver iluminado o Palácio de Westminter (Houses of Parliament), que é o Parlamento Inglês, e pegamos o metrô mais uma vez (com o ticket 1 day Travelcard, você faz quantas viagens quiser em um dia) e fomos para a estação Westminster. Para quem não sabe, o metrô na Inglaterra não é chamado de subway, mas de tube ou de underground. E uma regrinha básica muito importante antes de entrar no tube: primeiro deixe as pessoas saírem do vagão para depois entrar. É uma atitude de educação que, se você não tiver, logo receberá olhares ou palavras de reprovação. Também é bom saber que quando o metrô para numa estação, você vai sempre ouvir "Mind the gap", que é um aviso equivalente ao nosso "Observe o vão entre o trem e a plataforma."
Aqui já estamos em frente ao London Eye (a roda-gigante da foto) e ao Palácio de Westminster (que fica de frente para cá). Para mim, esta é a área mais impactante de todas. É cheia de turistas a qualquer hora do dia. Na foto, vemos também o Thames River (Rio Tâmisa). Não deixe de fazer um passeio de barco por este rio, pois vale muito a pena.
Daqui, então, você tem uma das melhores vistas do London Eye e do Palácio de Westminster. E se você estiver dentro do London Eye, vai ter uma vista ampla e deslumbrante de vários ícones londrinos.
Aqui estou no mesmo lugar da foto acima, pois, de um lado, vemos o London Eye e, do outro, o Palácio de Westminster com o Big Ben, que é o apelido dado ao relógio da torre, e que, na verdade, é o nome do sino. O nome da torre do relógio é Clock Tower. O Big Ben é o relógio mais famoso do mundo. Se eu tivesse que eleger a atração mais bonita de Londres, com certeza, seria o Palácio de Westminster. Esta área deve ser visitada durante o dia, para você poder sentir o ritmo frenético da cidade, e à noite, para você ver o Palácio e o London Eye iluminados, pois ficam ainda mais bonitos. Mas não deixe de ver também o Tower Bridge à noite, que também fica deslumbrante. A partir daqui, de metrô, você chega lá rapidinho (estação Tower Hill).
A princípio pode parecer difícil andar de metrô em Londres devido à profusão de estações e linhas. Mas basta fazer as primeiras viagens que a gente passa a entender tudo. Uma das coisas a que devemos prestar atenção é o número da plataforma para qual devemos nos dirigir ao entrar numa estação. Porque, muitas vezes, a linha desejada possui mais de uma plataforma. Em todas as estações de metrô, há este mapinha que se vê na foto. É um diagrama com os nomes das estações pelas quais você irá passar ao pegar o metrô naquela plataforma. Mais algumas explicações sobre como andar de metrô em Londres no final desta postagem.
Depois da visita a Westminster à noite, voltamos para Russell Square para comermos alguma coisa e encontramos um bar/pub chamado Night & Day. Aliás, um dos programas tradicionais em Londres é frequentar os pubs, por isso nenhum turista deve deixar a cidade sem entrar em um. Opções não faltam. E o esquema é o seguinte: você faz seu pedido no balcão e paga na hora. A bebida é servida no balcão e você mesmo a leva para a mesa. Se você pediu uma comida que vai ter de ser preparada, então, um garçom ou uma garçonete vai levá-la à sua mesa. Os pubs geralmente têm um ambiente informal e a comida é mais barata. O meu pedido no Night & Day foi uma jacket potato, também chamada de baked potato, que é uma batata assada recheada, sendo outra comida típica inglesa. A batata pode ser servida com diferentes tipos de recheio e vir acompanhada de uma salada. A desta foto, que foi a que eu experimentei, está recheada com uma pasta de tuna (atum) e onion (cebola). A versão mais simples da jacket potato vem com manteiga por dentro. Minha bebida foi uma cerveja típica inglesa, a John Smith's, e a sugestão foi dada pelo balconista do pub. Não se esqueça de que as cervejas são servidas em duas medidas: pint (um copo de aproximadamente 500 ml) e half pint (de aprox. 300 ml). Fiquei com a half pint, que é a medida com a qual estamos mais acostumados. Ah, não estranhe se sua cerveja não estiver muito gelada. Eles a servem assim mesmo, pouco gelada. E já que falei de comida típica inglesa, não deixe de experimentar também o roast beef (carne assada). Não comi desta vez que fui à Londres, pois, apesar de ser comida tradicional, não o encontramos nos restaurantes com tanta facilidade como encontramos as jacket potatoes.
Este pub, o Night & Day, como o próprio nome sugere, fica aberto até mais tarde. Nem todos os pubs fecham tarde, alguns podem ir até as 23:00 ou mais. Entretanto, nem sempre você vai conseguir comer num pub tarde assim, pois a cozinha pode fechar antes do pub. Aconteceu com a gente na segunda vez que fomos ao Night & Day, então, saímos de lá e fomos parar no Subway. Apesar de eu ter gostado do ambiente e da comida, o pub Night & Day não chega a ser uma indicação minha, pois só fui parar lá por ser perto do meu hotel. Com certeza, há vários outros similares e mais transados ou populares. Peça uma indicação na recepção de seu hotel, mas não deixe de conhecer um!
Mais um dia amanheceu e resolvi começá-lo por um parque que eu não tinha conseguido ver na minha primeira visita a Londres. Motivo que, na época, fez-me voltar para casa me lamuriando. Afinal, refiro-me ao maior parque londrino, o Hyde Park. Aqui as pessoas praticam esportes, caminham, andam de bicicleta e até fazem passeios em carruagens.
Mas o "fazer nada" também é uma atividade muito prazerosa em Hyde Park. Quando há sol, muitos preferem vir aqui simplesmente para sentarem na grama e relaxarem enquanto leem alguma coisa ou conversam. Londres é uma cidade meio cinzenta, pois frequentemente os dias são nublados ou chuvosos. Mas até que tivemos sorte de pegar dias ensolarados nesta viagem.
Andando meio sem rumo no Hyde Park, acabamos chegando a um lugar que eu queria mesmo encontrar: o Speakers' Corner (Esquina dos Oradores). Este cantinho aqui é famoso, pois é onde os oradores de improviso podem legalmente falar em público sobre o que quiserem, mas devem fazê-lo em pé, sobre um banco, porque, assim, não estão sobre o solo inglês.
Para os que desejam somente relaxar no Hyde Park, uma boa opção é alugar essas cadeiras reclináveis (desk chairs). Cheque aqui os valores.
Mas outros podem preferir relaxar fazendo um passeio de pedalinhos neste lago artificial que se chama Serpentine. Mas as crianças vão pedir para brincar com os patinhos.
Pelo seu tamanho e beleza, o Hyde Park é uma visita obrigatória em Londres, principalmente para quem gosta de grandes áreas verdes. E por ser um dos parques reias (royal parks), não poderiam faltar lindos jardins.
Os recantos floridos são surpresas que vão aparecendo numa caminhada em Hyde Park.
Em Hyde Park (que já foi uma reserva real de caça), há também restaurantes e quiosques com comidas e bebidas. É, de fato, uma grande área de lazer que, se você quiser explorar bem, é melhor planejar seu tempo aqui. Poderá fazê-lo consultando o que mais lhe interessa no site do parque.
Quando saímos do Hyde Park, vimos o Wellington Arch. Um belo monumento.
E saímos à procura do underground. Esta placa do underground é o símbolo do metrô em Londres. E estas plaquinhas indicando a direção dos lugares são também típicas da cidade.
Saímos do Hyde Park à procura da estação de metrô para ir à outra região de London que eu também não tinha percorrido na minha primeira visita a Londres (tinha apenas visto rapidamente da janela do ônibus do city tour): Oxford Street (na altura da Selfridges). Mas vi um ônibus vindo em minha direção cujo destino era justamente Oxford Circus. E, por acaso, eu estava parada num ponto de ônibus. Como o metrô é geralmente o meio de transporte mais rápido de se chegar aos pontos turísticos, nem cogitamos em pegar um ônibus. Claro, dar uma volta num double-decker (outro símbolo londrino) já estava em meus planos, mas não naquele momento. Então, não pensei duas vezes e chamei o Fabio para entrarmos no ônibus (a entrada é pela frente). Apresentamos ao motorista (muito antipático, por sinal) nosso ticket de metrô Travelcard, que dá direito a entrar nesses ônibus. Sentamos no segundo andar. Na parte dianteira do ônibus, no seu interior, há um visor eletrônico que mostra o nome da próxima parada. Você já deve subir no ônibus com sua passagem comprada, pois já li que não é em todos os ônibus que você pode comprar a passagem direto com o motorista. Ah, não há trocadores.
Foi vendo as ruas de dentro do ônibus que me dei conta de quanto eu havia perdido tendo percorrido a cidade até então somente de metrô. Por exemplo, se eu tivesse ido de metrô até Oxford Street teria perdido a visão do Marble Arch, que é um arco de mármore que fica perto do Speakers' Corner do Hyde Park. Foi inspirado no Arco de Constantine, em Roma. A região também é chamada de Marble Arch assim como a estação de metrô.
Outra foto tirada de dentro do ônibus, na região de Marble Arch. Se eu voltar a Londres, com certeza, andarei mais de ônibus!
Andando de ônibus pela Oxford Street, a principal rua para se ir às compras. Aqui você encontra muitas lojas de todos os ramos. Oxford Street faz parte de Oxford Circus, a principal região de comércio de Londres.
Rapidinho chegamos à Selfridges, uma grande loja de departamentos muito chique. Esta é a porta de entrada da loja. A loja é linda por dentro, mas fiquei sem jeito de tirar fotos de seu interior porque estava cheia de gente. No primeiro piso, muitos quiosques de produtos de beleza, como maquiagens e perfumes, das melhores marcas do mundo. Um paraíso para as mulheres!
À esquerda, a fachada da Selfridges ocupando um bom espaço da calçada da Oxford Street. Observe os double-deckers à direita, que são os tradicionais ônibus londrinos (vermelhos e de dois andares).
Na Oxford Street, assim como em várias outras ruas turísticas de Londres, há mapas mostrando onde você está e os lugares nas redondezas. Depois de visitarmos a Selfridges, saímos em direção ao bairros de Mayfair (o endereço mais chique de Londres) e de Soho. Veja as regiões no mapa desta foto.
E seguimos pela South Molton Street, uma rua só de pedestres com lojas nos dois lados da calçada.
E depois entramos na New Bond Street. Lojas caras, exclusivas, de marcas internacionais, uma seguida da outra, fazem desta rua a principal para os consumidores endinheirados. À direita, a loja da Louis Vuitton ao lado da Burberry. Observe também um táxi londrino (black cab) ao lado de um telephone booth (cabine telefônica), dois símbolos da tradição londrina.
Continuamos caminhando em direção à Piccadilly Circus e entramos nesta rua, a Regent Street. Aqui há muitas lojas também como a da National Geographic e a gigantesca Hamley's, que é uma das maiores lojas de brinquedo do mundo.
Enfim, chegamos à Piccadilly Circus. Este lugar é o point de Londres, pois é um grande centro de entretenimento. Este prédio (no centro da foto) é uma das atrações de Piccadilly. Trata-se do museu Ripley's Believe It or Not (significa Acredite se quiser), que eu nem sabia que existia. Depois descobri que o museu abriga uma exposição de objetos bizarros. Mas, pela descrição que eu li no site do museu, acho que não seria "a minha praia".
A estátua de Eros (de 1892) na praça de Piccadilly Circus é muito famosa, tendo se tornado também um símbolo de Londres. Ao redor da estátua, muitas pessoas ficam sentadas se entretendo com a vida que passa diante de seus olhos. Os grandes anúncios em outdoors, que à noite ganham luzes néon e que são a marca registrada de Piccadilly Circus, ficam num prédio de esquina, de frente para esta estátua. Por aqui e em Leicester Square (regiões bem próximas), você encontra de tudo: restaurantes, lojas, museus, teatros, cinemas, boates, pubs...
A Piccadilly Circus é, portanto, uma grande área comercial e de lazer. Aqui há também muitos street performers ganhando a atenção e os risos do público. Esta foto foi tirada em frente à estátua de Eros.
A entrada do metrô (underground) da estação de Piccadilly Circus.
O famoso shopping London Trocadero, em Piccadilly Circus. Tem lojas e atrações interativas que envolvem simuladores. Mas não tivemos tempo de entrar.
Depois, entramos na Chinatown, que fica no centro de Soho. Como é de se esperar, muitos restaurantes chineses por aqui.
A fachada do Palace Theatre, também em Piccadilly Circus. Priscilla Queen of the Desert (Priscilla Rainha do Deserto) é um musical.
E, então, sempre caminhando, chegamos a Covent Garden. Aqui, o Cambridge Theatre, com exibição de Chicago - The Musical. Toda a área de Covent Garden é muito interessante. Por aquelas ruas chegamos a nos perder entre lojas, teatros e muitos restaurantes e cafés. Porque queríamos chegar ao prédio do mercado de Covent Garden (veja abaixo), mas a verdade é que eu adorei "me perder" por aquela região.
Mas, enfim, achamos o que procurávamos e chegamos ao mercado coberto de Covent Garden, onde encontram-se muitas lojas e quiosques. Nesses quiosques, você compra vários tipos de souvenirs por preços mais em conta. Covent Garden fica, então, pertinho de Piccadilly Circus, a uma caminhada de uns 15 minutos. Este edifício já foi um mercado de frutas e legumes.
Ainda dentro do mercado de Covent Garden, que atrai muitos londrinos e turistas por causa da gastronomia. Aqui há vários restaurantes. Encontramos até a comida sendo preparada no meio desta praça coberta.
Aqui é a praça do lado do mercado fechado de Covent Garden. Também muitos restaurantes que servem nessas mesinhas. Covent Garden está sempre muito cheia por ser uma área de compras e entretenimento.
Há também muitos street performers em Covent Garden, principalmente perto desse mercado coberto que mostrei acima. Mas, muitas vezes, vemos apresentações artísticas dentro do mercado também. Na primeira vez que estive lá, assisti a uma apresentação de dança. Covent Garden é, definitivamente, parada obrigatória em sua visita a Londres!
O comprido hotel Royal National (à esquerda), em Bedford Way, no mesmo bairro do British Museum.
E, no mesmo dia em que fui à Covent Garden, fui, à noite, realizar um outro desejo: andar pela Tower Bridge, a linda ponte que atravessa o Rio Tâmisa. E eu nem tinha programado para ser à noite, mas calhou de ser e eu amei vê-la iluminada! A Tower Bridge é um dos mais famosos símbolos de Londres. As torres da ponte são magníficas. Na caminhada até aqui, desde a estação de metrô Tower Hill, vimos o mais novo arranha-céu londrino, ainda em construção, The Shard. O prédio ficará pronto em 2012 e será o mais alto da União Europeia. Além do The Shard, vimos também outras atrações: a Torre de Londres (fica em frente à ponte), o prédio da prefeitura (City Hall - é lindo; bem diferente), The Gerkhin (para mim, o prédio mais impactante de todos; apelidado de "pepino"), o The Lloyd's Building (parece um prédio pelo avesso, as tubulações, por exemplo, ficam do lado de fora) e outros prédios de arquitetura modernosa. Pena que as fotos que tirei desses prédios não ficaram boas, pois estava muito escuro.
E olha o metrô aqui de novo sendo assunto. Tirei esta foto só para mostrar como é o vagão por dentro. O momento estava propício, pois estava vazio. Afinal, já eram quase 11 horas da noite (voltávamos do passeio à Tower Bridge). Mas, não se engane, o metrô londrino também fica cheio, principalmente em horário de rush. O trem é conservado e confortável. As linhas costumam funcionar até meia-noite, mas há exceções.
Outro dia de passeio na capital britânica. Chegamos à estação de metrô Waterloo, que eu era doida para conhecer, pois já serviu de cenário para vários filmes (A Identidade Bourne, por exemplo). Desembarcamos aqui para visitar o Aquário de Londres (Sea Life London Aquarium) e a Waterloo é uma das estações mais próximas (a outra possível é a Westminster). A Waterloo é uma estação super movimentada e oferece vários serviços: lanchonetes (tem Burger King, por exemplo), lojas, etc.
Então, saímos da estação de Waterloo, caminhamos um pouquinho e demos de cara com o London Eye, que é uma roda-gigante que oferece uma linda vista da cidade. Em 2007, comprei meu ticket combinado (combination ticket) no site do museu de cera Madame Tussauds. Mas você também pode comprar no site do London Eye. Porém, minha volta no interior de uma dessas cápsulas do London Eye aconteceu na minha primeira visita a Londres (2007).
Impossível chegar até o London Aquarium sem parar aqui e ali no caminho para tirar fotos do maravilhoso Palácio de Westminster, a mais famosa atração de Londres. Nesta área (ao lado do London Eye e do London Aquarium), você tira fotos bem bacanas desse palácio. Uma nota: repare que estou de casaco e o mês é julho, ou seja, verão. Não estranhe. Mesmo no verão, faz frio em Londres, uma cidade quase sempre cinzenta e chuvosa.
Estou no mesmo lugar da foto acima, simplesmente mudei de lado para tirar foto à entrada do Sea Life London Aquarium. O aquário fica, portanto, ao lado do London Eye e de frente para o cartão-postal que mostrei acima. Vamos entrar?
Vou começar falando do ingresso, que eu achei muito caro: 19.02 libras. Mas, sem dúvida, o aquário é muito bonito e muito divertido para crianças. Não é uma das visitas obrigatórias em Londres, mas para quem já conhece o essencial da cidade, o London Aquarium pode valer os pounds. Uma das melhores atrações daqui são os tubarões.
Uma outra atração interessante deste aquário é uma passagem em forma de túnel de vidro. A gente passa por ele e vê os peixinhos nadando a nossa volta: por cima de nossas cabeças e nos dois lados. Infelizmente a foto que tirei dessa passagem não ficou boa. Este é um dos corredores decorativos do aquário que eu gostei.
Mas o melhor para mim foi, sem dúvida, ver os pinguins. Sou apaixonada por eles! O andar desengonçado deles os tornam uma graça! Eles mergulharam, nadaram, andaram e ainda comeram na mão de suas cuidadoras. Quando elas apareceram, eles saíram da água e foram "correndo" até elas. Um ficou, com seu bico, brincando com o cinto da roupa de uma das cuidadoras. Não achei o aquário muito grande, então, a visita foi relativamente rápida. Na saída, você passa por uma loja com muitas opções de souvenirs. Este é um dos maiores aquários do mundo. Para falar a verdade, talvez devido a essa informação, saí de lá um pouco decepcionada, pois eu espera encontrar mais. Mas meu marido brincou comigo, perguntando o que afinal eu queria, já que o que eu tinha visto era um aquário e não um oceanário! Ele está certo! :-)
E, na saída, fomos andar por essa região chamada de Southbank, que começa no London Aquarium. Por aqui, muitos cafés e uma linda vista do Rio Tâmisa, do London Eye e das Houses of Parliament (Palácio de Westminster).
Então, seguindo em frente e atravessando a rua, você estará ainda mais perto do majestoso Palácio de Westminster.
O London Eye e o London Aquarium agora ficaram para trás. Vamos caminhar por uma calçada aqui perto que é bem mais tranquila e que oferece lindas fotos do palácio.
Neste momento, esta rua super movimentada de Londres estava interditada para veículos devido a uma manifestação pública mais adiante. Para os turistas, isso foi ótimo, pois pudemos tirar fotos no meio da rua com o maior símbolo emblemático da cidade atrás de nós.
O calçadão de Southbank ao qual me referi acima, dizendo ser mais tranquilo, é este aqui. Fica em frente ao London Eye. É só atravessar a rua.
Até sobram bancos vazios para você se sentar de frente para o Rio Tâmisa. Não se esqueça de que daqui também as fotos do Palácio de Westminster ficam ótimas. Você o vê de um lado que muitos turistas acabam perdendo, pois eles fotografam mais a fachada da frente do palácio. Mas a área de Southbank é extensa e não a percorremos toda; o que quer dizer que não fomos ver o National Theatre, o Queen Elizabeth Hall, etc. Desejando, vá em direção ao Southbank Centre (há um mapa na rua que indica onde fica).
Afinal, se demorássemos muito, iríamos encontrar a Abadia de Westminster fechada e por essa experiência eu não queria passar de novo (aconteceu em 2007). Então, lá fomos nós para a abadia! No caminho (a pé), fotografei este aviso pintado no chão da rua, que vemos o tempo todo: "LOOK RIGHT" ("Olhe para a direita"). Mas, dependendo da direção de onde vêm os carros, o aviso é "LOOK LEFT" ("Olhe para a esquerda"). E é bom mesmo olhar para a direção certa, pois você não vai querer ser atropelado em Londres, né? Bem, se for para começar um belo romance com alguém, como aconteceu no filme Closer, até que vai valer a pena, né? (Se você gosta de ver cenas de Londres, não pode deixar de ver esse filme. Inclusive, uma das cenas se passa no London Aquarium). Mas, brincadeiras à parte, é muito importante você ficar atento à "mão inglesa" e não olhar para o lado "errado", achando que o veículo está vindo de lá. Os ingleses dirigem no lado esquerdo do veículo.
A tal manifestação da qual falei acima, que fechou a rua em frente ao Palácio de Westminster, a descobrimos aqui, no caminho para a abadia. Uma manifestação que pôs vários carros da polícia na rua.
E muitos guardas britânicos também. Não sei direito qual era o motivo do protesto, mas os cartazes anunciavam "greve geral".
Mas, enfim, chegamos à Abadia de Westminster (Westminster Abbey), que, em 29 de abril deste ano (2011), ganhou os olhares do mundo. Nessa data ocorria, nesta abadia, o casamento entre o príncipe William e a plebeia Kate Middleton. Mas a abadia já foi palco de muitos outros acontecimentos históricos. Por exemplo, em 1066, houve a coroação de Guilherme o Conquistador; em 1953, a coroação da Rainha Elisabete II e, em 1997, o funeral de Diana, a Princesa de Gales. A abadia é também um museu e mausoléu, pois guarda muitos túmulos de personalidades britânicas, como de Isaac Newton, como também de monarcas e de célebres poetas como Geoffrey Chaucer, por exemplo. No mesmo espaço de Chaucer, no Recanto dos Poetas, há o monumento de memória a Shakespeare. Outro destaque da abadia é a Sepultura do Soldado Desconhecido.
Esta é a entrada para visitação da abadia. Durante a visita você pega o folheto com instruções na sua língua (tem em português) e o áudio (em português também). A entrada custou 16 libras (2011).
Saímos por aqui, esta que é a outra fachada da abadia. Muito linda, por sinal. E o que achei do seu interior? São realmente de impressionar todas aquelas obras de arte e, principalmente, a quantidade de túmulos. Numa hora brinquei dizendo que parecia que eu estava num cemitério... A abadia é mesmo um grande mausoléu. Só lamentei profundamente uma coisa: não é permitido fotografar nem filmar lá dentro. E, por isso, minha memória vai apagar muitas coisas que vi.
Este prédio fica ao lado da Abadia de Westminster. Não sei direito o que abriga, mas é lindo!
A noite anterior foi sossegada na minha agenda de turismo, pois na manhã do dia seguinte (11:45h de 01/07) , eu iria apresentar meu trabalho na conferência internacional e eu precisava estar bem descansada. A 4th International Conference Media for All foi uma experiência inesquecível e envolveu profissionais incríveis. Aconteceu na University of London. Aqui, estou no coffee break, logo após a minha apresentação, com Jorge Díaz-Cintas, organizador do evento. Foi uma satisfação muito grande tê-lo conhecido pessoalmente. Ele é autor de livros e artigos sobre tradução audiovisual, especialmente na área da legendagem, já tendo palestrado em vários eventos.
Foi também uma honra conhecer pessoalmente Frederic Chaume e tê-lo tido como mediador de minha apresentação. Frederic também é um importante autor de livros e artigos sobre tradução audiovisual. No evento, conheci Dilma Machado, experiente dubladora e tradutora para dublagem. Foi um prazer conhecê-la!
Enquanto eu estava na conferência, meu marido curtia o Science Museum (Museu da Ciência), em South Kensington, que fica do lado do Museu de História Natural.
Ele me contou que viu muitas exposições, que havia muitos equipamentos interativos e que a loja de souvenirs tinha muita coisa interessante. Para quem gosta de ciência, vale muito a pena visitar este museu. E a entrada é gratuita.
A fachada de entrada do Science Museum.
E este é o Museu de História Natural (Natural History Museum), que, como falei, fica ao lado do Museu da Ciência. Ver o bonito prédio do Natural History Museum já vai valer sua visita. Infelizmente, não tive tempo de visitá-lo por dentro, pois adoro exposições de história natural (animais embalsamados, esqueletos de dinossauros, etc.). Veja as galerias do museu neste link. Li que este museu abriga a maior coleção de meteoritos do mundo.
Depois da minha apresentação e depois de ter visitado o Museu da Ciência, o Fabio foi me buscar na Universidade de Londres. Eu estava saindo de lá feliz da vida.
Este é o edifício The Senate House, a sede administrativa da Universidade de Londres. Abriga uma invejável biblioteca.
Mais uma foto em frente à Senate House antes de partir com uma grande lembrança na mente e um enorme orgulho no peito.
Depois eu quis comemorar a minha apresentação na conferência com um tradicional chá da tarde britânico. Escolhi a grande, famosa e chique loja de departamento Harrods, que fica na Brompton Road, em Knightsbridge. O afternoon tea pode ser tomado nos tea rooms de famosos hotéis, mas quanto mais luxuoso o hotel, mas caro é, sem contar que geralmente você só consegue lugar se reservar com antecedência (de semanas, talvez). Por isso, escolhi a Harrods, já que seu restaurante é muito chique e seu afternoon tea, bem ao estilo inglês, não é o dos mais caros e não requer reserva.
A Harrods é linda por dentro; tem uma luxuosa decoração egípcia. Atrai Londoners e turistas porque vende de tudo: roupas, calçados, perfumes, bolsas, artigos esportivos, joias, homewares, etc., tudo de primeira qualidade. Conta também com a exclusividade de um big departamento, Foodhalls, inteiramente dedicado à gastronomia de várias partes do mundo. Segundo a Wikipédia, "Harrods é a mais luxuosa e exclusiva loja de departamentos do mundo". Tão chique que havia até uma cantora de ópera cantando no corredor, em frente às escadas rolantes (não aparece nesta foto). Tudo isso faz com que a Harrods seja uma das lojas mais caras de Londres. Mas, mesmo para quem não pode gastar, uma visita já vale muito a pena. E dá até para descolar uma lembrancinha não muito cara. Na primeira vez que visitei a loja, trouxe uma latinha de balas de caramelo que uso como porta-joias. A latinha tem a estampa da Harrods.
Aqui, já estamos no Georgian Restaurant para o nosso afternoon tea. O restaurante é bem grande e finamente decorado. Um outro salão do restaurante estava totalmente vazio, então, não deve mesmo ser difícil encontrar mesas disponíveis aqui. Para os londrinos, o chá da tarde, geralmente entre 15:00 e 18:00, é um acontecimento social.
O afternoon tea inclui algumas variedades de chá (você escolhe), café (caso prefira), sanduíches com pepino e salmão (último prato, contando de cima para baixo), scones, que são uns pãezinhos doces (prato do meio) e umas tortinhas e bolinhos (primeiro prato). Você come à vontade. Caso acabe alguma dessas comidinhas, o garçom repõe (ou você também pode chamá-lo) sem pagar a mais por isso. Foi caro (custou 26 libras por pessoa) mas, apesar de eu não ter achado a comida nenhuma maravilha, valeu a experiência.
Memorial na Harrods em homenagem à Princesa Diana e Dodi Al-Fayed. Segundo a Wikipédia, esta pirâmide guarda um copo de vinho ainda com a mancha do batom de Diana, de seu último jantar, e uma aliança de noivado que Dodi comprou (supostamente para Diana) no dia anterior à morte do casal. Para quem não sabe, Dodi era filho do bilionário Mohamed Al-Fayed, que, na época, era dono da Harrods.
Depois, fomos à Trafalgar Square, a praça do centro de Londres que vive cheia. É aqui que acontecem diversos tipos de eventos de entretenimento (logo, é super turística) e manifestações políticas. Mas, particularmente neste dia, a praça estava mais movimentada do que o normal; estava verdadeiramente lotada!!! Era o Canada Day in London fazendo a festa da comunidade canadense, de londrinos e turistas. Música e apresentações artísticas trazendo toda a arte e cultura canadense para este espaço, que não podia ser outro. Além da multidão, abrigava um palco, um telão e quiosques de comidas e bebidas típicas. Este foi o sexto ano de comemoração desse evento (em 1º de julho de 2011).
Quando eu cheguei, estava rolando um show musical no palco montado atrás da Coluna de Nelson (Nelson's Column), essa enorme coluna no centro de Trafalgar Square. A praça estava tão cheia que eu nem me animei a tentar chegar perto dos leões de bronze que ficam do lado da coluna e que são muito bonitos. Mas, tudo bem, já os tinha fotografado na minha primeira visita aqui. Aproveitei e fui me distrair num lugar bem mais vazio, bem de frente para a multidão de Trafalgar Square: a National Gallery.
A National Gallery, também em Trafalgar Square, foi outro lugar que não tive a oportunidade de conhecer em minha primeira vez em Londres. Então, de hoje, não podia escapar. Só que eu já estava tão cansada que vi tudo muito rapidinho (e o Fabio já estava até de mau humor - sorry, dear!) e quase não aproveitei essa galeria que expõe mais de 2.300 obras de pintura europeia ocidental! A entrada é gratuita. Pena que não se pode tirar nenhuma foto lá dentro. Veja aqui a relação das pinturas mais famosas da National Gallery.
Voltamos para o hotel de metrô. Observe como são enormes as escadas rolantes na maioria das estações. E uma dica importante para você não fazer feio em Londres, se é que ainda não sabe: se for ficar parado no degrau da escada rolante, fique encostado no lado direito. Está vendo esta plaquinha azul? Ela diz: "Stand on the right", ou seja, "Fique à direita". O espaço à esquerda deve ficar livre para os passageiros apressados, que querem descer ou subir os degraus andando (ou correndo); aliás, os londrinos estão sempre num ritmo frenético. Numa das minhas primeiras viagens de metrô em Londres, por não ter respeitado essa regrinha básica de boas maneiras, ouvi em bom tom no meu ouvido: "Excuse me!!!"
A noite de nosso último dia em Londres foi curtida em Picadilly Circus, região que marca o início de Soho. Os outdoors luminosos identificam esta região super turística (mais uma) em Londres. Quem vai a Londres e não conhece Picadilly Circus não conhece o melhor da night londrina. Aqui concentram-se cinemas, teatros, restaurantes, lojas e gente (principalmente jovens) de toda parte do mundo. Pessoas bebem e conversam dentro dos restaurantes e nas ruas. Mas, neste dia, a aglomeração de pessoas era tão grande que mal conseguíamos transitar. Além de ser uma sexta-feira, uma parte da rua estava em obras, o que dificultava ainda mais nosso passeio por lá. Para quem gosta de muvuca, estava um prato cheio! Infelizmente, para a gente, o lugar já estava "transbordando". Sinal de que não passaríamos ali mais do que o tempo necessário para comermos e zarparmos fora. Mas "viver" Londres é também passar por esses maus boMcados. Sim, porque, no fundo, também valem a pena.
Este vídeo mostra um pouquinho do Sea Life London Aquarium.
O que faz a capital britânica ser tão turística e tão atraente? Qual a receita de sua fama? Ela é conservadora e ao mesmo tempo moderna. Respira história, arte e cultura. Ela é uma mistura desses ingredientes que somente quem a provou de verdade, isto é, quem realmente a conheceu pessoalmente, pode dizer se gosta ou não. Eu adorei! Provei em 2007 e repeti este ano (2011). E a grande vantagem que tive ao visitar Londres pela segunda vez é que não perdi tempo com as visitas obrigatórias. Eu já conhecia a Torre de Londres, o British Museum, o London Eye, etc. Portanto, desta vez, sobraria mais tempo para eu caminhar pelas ruas sem aquela preocupação de ter que ir a tais e tais lugares. Claro, sempre acabo colocando alguma coisa na agenda, mas o compromisso com ela é bem menor quando já se conhece o essencial de uma cidade. Mas uma coisa não se pode negar: quanto mais você explora a cidade de Londres, mais você descobre que não a conhece.
Se é difícil conhecer Londres por completo devido a um sem número de coisas que ela tem a oferecer, um traço seu é possível perceber rapidamente: seus contrastes e seu ritmo. É o antigo e o moderno convivendo juntos harmoniosamente. Veja a Torre de Londres de um lado do rio e o prédio da prefeitura do outro lado, por exemplo. São os costumes tradicionais e as últimas tendências caminhando juntos. São os ingleses e os estrangeiros vivendo no mesmo espaço. Londres também é frenética, vibrante, alive. E, acima de tudo, contagiante. Experimente ir a Piccadilly Circus à noite - você sentirá seu ritmo pulsante. E mesmo quando você fica rodeado de multidões, ainda assim, vale a pena respirá-la. Afinal, Londres é exatamente o que eu ouvi um rapaz dizer para seu amigo numa dessas noites agitadas em Piccadilly: incrível. Ele disse empolgadamente, mais ou menos nessas palavras: "So, London is an amazing city, isn’t it?" É, não se pode dizer que não.
ANDANDO DE METRÔ:
Pegue seu Tube Map, que é o mapa do metrô e que pode ser adquirido em qualquer estação. No mapa, no index to stations, procure pela estação que você deseja (os nomes estão em ordem alfabética) e seu código de identificação no mapa (D2, E4, B3, etc.). Depois de achar a estação no mapa, você precisa saber a linha que deve pegar para chegar a seu destino. Se não for preciso trocar de linha e fazer conexões, mais fácil fica. Se precisar, veja qual é a cor da sua linha e qual outra linha você deverá pegar (veja a cor), baseando-se nos pontos de conexão (que são os círculos no mapa). Às vezes, é preciso fazer mais de uma conexão. Por exemplo (acompanhe esta explicação visualizando junto com o mapa do metrô), se você está em Russell Square e deseja ir até Leicester Square, não terá de trocar de linha. É a mesma linha azul. Antes de chegar lá, você vai passar por mais duas estações: Holborn e Covent Garden. Agora, se, a partir de Russell Square, você deseja chegar à estação de St. Paul's, terá de seguir a linha azul até Holborn (veja o círculo indicando a conexão) e pegar a linha vermelha que vai até St. Paul's. A partir de Holborn, a St. Paul's já é a segunda estação (a estação que a antecede é a Chancery Lane). Simple and easy. E uma observação: o círculo duplo indica conexão entre duas estações e um único círculo indica a troca de linhas ou de trens.
Sendo turista, você provavelmente comprará um Travelcard, que dá direito a viagens ilimitadas, dentro da zona dos pontos turísticos, por um dia inteiro. Se você fizer só uma ou duas viagens no mesmo dia, compre os bilhetes unitários ou duplos. Na dúvida de qual ticket comprar, pergunte ao funcionário do metrô que lhe vender a passagem. Eles são bem atenciosos e explicam qual dos cards é mais vantajoso para o seu caso (há também o Oyster card). E guarde seu ticket até o final da viagem para poder passar nas catracas.
Use e abuse do underground! Ele tem uma malha ferroviária que cobre toda a cidade! E não se assuste nas estações quando ouvir alertas de segurança; você vai ouvir muitas vezes. São medidas de precaução aos ataques terroristas.
VIAJANDO DE EUROSTAR DE PARIS PARA LONDRES:
Na postagem de Paris, eu já dei algumas informações e mostrei algumas fotos do trem da Eurostar que faz o itinerário Paris-Londres. Aqui vou falar um pouquinho mais, a começar pelo processo de compra que eu realizei. Comprei pela internet de maneira bem rápida e prática. Entrei no site da Eurostar e comprei a tarifa mais barata que é a não-flexível (pois eu tinha certeza da data e do horário da viagem) e de categoria standard. Depois de pagar online com meu cartão de crédito, imprimi meu ticket e guardei-o imediatamente com meus documentos para não me esquecer de levá-lo na viagem e salvei uma cópia no meu endereço de e-mail. O ticket vem com todos os detalhes da viagem: horário da ida e da chegada (aprox. 2 h e 15 min. o percurso), número do trem, número do coach (vagão), número do assento (sim, você já vai com os assentos reservados), etc. Há também a informação de que você deve fazer o check-in com, pelo menos, 30 minutos de antecedência na estação Gare Du Nord (Paris). Mas é melhor chegar com mais tempo de antecedência, pois lá você irá passar pelo departamento de imigração (como acontece em um aeroporto), onde irão lhe fazer todas aquelas perguntas e pedir por seus documentos. O ticket também vem com o código de barra que você deve encostar no local indicado na catraca da estação.
Depois da entrevista na imigração, você passa pelo raio X, assim como suas bagagens, e já está livre das burocracias e pronto para entrar numa das lojas da Gare du Nord ou para esperar por seu trem.
Na hora de embarcar no seu trem, vá direto para o seu vagão procurando pelo número no chão (o meu era o de número 4, então entrei pela porta que estava de frente para a marcação “COACH 4” pintada no chão). Procure pelo seu assento e deixe sua bagagem no bagageiro em cima ou, se não couber, nas prateleiras que ficam entre os vagões.
Achei o procedimento de check-in bem rápido e prático. Não há controle de líquidos transportados nem de peso de bagagem. Nessa viagem, não precisa validar seu ticket nem trocar por outro. Você faz tudo com a folha de papel ofício que você imprimiu em casa. Esse é seu ticket.
- A chateação na estação St Pancras – um relato de viagem
Quando você chega em Londres de Eurostar, na estação St Pancras, você ainda pode ser parado pelos agentes de segurança da imigração do país, que poderão lhe fazer algumas perguntas (tipo “O que você veio fazer em Londres?”; “Onde vai ficar?”; “Quantos dias vai ficar aqui?”, etc.), pedir pelo seu ticket da Eurostar (não o jogue fora antes de sair da estação em Londres!), querer ver seu passaporte, e até pedir para você abrir a sua mala. E eles escolhem as pessoas, aparentemente, de maneira aleatória (ou não?). Vou explicar o que aconteceu com a gente lá: conforme as pessoas iam passando, eles apontavam para alguns e diziam “You”, mostrando uma sala onde essas pessoas deveriam entrar com sua bagagem. Fizeram isso com o meu marido. Quando eu olhei para trás e vi que ele tinha entrado nessa sala, eu voltei e disse que estava com ele e me deixaram entrar também. Como eu falo inglês melhor do que o Fabio, eu é que acabei respondendo a quase todas as perguntas e o policial se deu por satisfeito. Mostramos os documentos que ele pediu e em poucos minutos estávamos liberados. Ele nem pediu para abrir as nossas malas (não sei se influenciou, mas meu passaporte é da União Europeia) e até foi simpático. Mas, por mais gentis e educados que eles possam ser, essa é uma situação constrangedora e que, mesmo sabendo que não estamos fazendo nada de ilegal, sempre nos deixa nervosos.
PERNAS, PRA QUE VOS QUERO?
Londres é uma cidade para ser explorada a pé. É claro que é preciso pegar o metrô ou o ônibus para chegar a um destino, mas, uma vez nele, é indispensável caminhar porque muitas atrações ficam próximas e você tem a surpresa de encontrá-las meio ao acaso. Para quem gosta de passeios guiados a pé, há empresas especializadas nesse serviço. Visite este site para escolher aquele que mais lhe agrada.
MINHA LISTA DAS 10 MELHORES ATRAÇÕES:
(Foi difícil fazer uma lista só com as 10 melhores... A St Paul’s Cathedral, por exemplo, também é visita obrigatória, mas como já coloquei a Abadia de Westmintser na lista, deixei-a de fora. E acabei não colocando nenhum parque, mas, se tivesse que escolher um, optaria por Hyde Park, por ser o maior. E só não incluí a Oxford Street porque nem sempre o turista tem tempo ou interesse de ir às compras.)
- Palácio de Westminster
- London Eye
- Torre de Londres
- Abadia de Westminster
- Tower Bridge
- Covent Garden
- Trafalgar Square
- Piccadilly Circus
- Palácio de Buckingham
- British Museum
Mas, em Londres, não faltam atrações e, por isso, sempre sobram lugares para serem visitados numa próxima vez. Isso é ótimo porque você nunca se cansa da cidade. Há sempre algo novo para fazer. Já até tenho minha listinha de lugares muito interessantes para ver na minha próxima ida a Londres: os parques que ainda não vi (Kensington Gardens, Kew Gardens, St James’s Park, Green Park) além de Canary Wharf, South Bank Centre, Tate Gallery e muito mais!
ATRAÇÕES E SUAS ESTAÇÕES DE METRÔ:
Harrods - Knightsbridge
Torre de Londres - Tower Hill
London Eye - Waterloo; Westminster
St Paul's Cathedral - St Paul's; Mansion House
Tower Bridge - Tower Hill
Trafalgar Square - Charing Cross
Westminster Abbey - Westminster
Piccadilly Circus - Piccadilly Circus
Leicester Square - Leicester Square
Hyde Park - Hyde Park Corner; Marble Arch; Knightsbridge; Lancaster Gate
Palácio de Buckingham - Green Park; Victoria
Palácio de Westminster - Westminster
Covent Garden - Covent Garden
Oxford Street - Oxford Circus; Bond Street
Soho - Leicester Square; Piccadilly Circus
British Museum - Holborn; Russell Square
Madame Tussaud's - Baker Street
National Gallery - Charing Cross
National History Museum - South Kensington
- Data desta viagem: 28/06 a 01/07 de 2011
- Para ver as outras atrações de Londres que visitei na minha primeira vez na cidade (Madame Tussauds, British Museum etc.), visite a postagem de Londres (1ª parte).
- Para ver as atrações que visitei em 2013 (the Queen's Walk, the Shard, Camden Town, Oxford Circus, Green Park, Buckingham Palace), visite a postagem de Londres (3ª parte).
- Para ver as atrações que visitei em 2013 (the Queen's Walk, the Shard, Camden Town, Oxford Circus, Green Park, Buckingham Palace), visite a postagem de Londres (3ª parte).
London is an amazing city, isn't it?
6 comentários:
Parabens pelos relatos as dicas sao fantatiscas. obrigado
De nada! Que bom que ajudei! É sempre bom irmos a um destino com algumas dicas anotadas! Abraços!
Regina, A-D-O-R-E-I!!! Que máximo toda a sua criatividade em descrever a viagem para Londres e obrigada pelo comentário e foto! Parabéns e pelo visto teremos logo, logo um tour pela Itália, né? rsrsrs beijo grande.
Oi, Dilma! Que surpresa te ver aqui! Também deve ter sido uma surpresa para você se ver numa de minhas fotos aqui, né? rsrs Pois é, eu adoro viajar, fotografar e escrever, por isso criei este blog. Sim, logo teremos posts sobre Milão, Veneza, Florença, Zurique, Barcelona, Porto e Lisboa. E quem sabe não voltamos a Londres em breve para mais uma conferência? Mas acho que vamos nos encontrar é em Dubrovenik ano que vem! Beijão!
Parabéns pelo post Regina. Incrível, vim parar aqui pela imagem da placa do underground que você postou. E não consegui parar de ler tudo. Que viajem legal! E a narrativa também. Parece que você ficou 1 mês viajando. Valeu.
Obrigada!!! Londres é demais! Meu desejo é sempre poder voltar a Londres. Há muitas coisas para se ver em Londres, então nunca é demais retornar. Abraços!
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