FERNANDO DE NORONHA: SEIS DIAS NO PARAÍSO COM ILHA TOUR, GOLFINHOS, ATALAIA, SANCHO E MUITO MAIS!
Situado em Pernambuco, Fernando de Noronha é um paraíso de lindas praias, uma ilha descoberta em 1503 por Américo Vespúcio. Aliás, o arquipélago foi descoberto pelo navegador, pois Fernando de Noronha é formado pela ilha principal e mais 20 ilhotas, e a única ilha habitada é a de Fernando de Noronha.
O arquipélago é dividido entre Área de Preservação Ambiental (APA) e Parque Nacional Marinho (PARNAMAR). O PARNAMAR tem 2/3 da ilha principal e todas as ilhas secundárias. A área restante é a que foi declarada APA. Tanto o PARNAMAR quanto a APA visam à proteção do meio ambiente.
Passeios imperdíveis em Fernando de Noronha: Assistir ao pôr do sol numa de suas praias mais procuradas para este "evento", fazer o Ilha Tour, mergulhar na Praia do Sueste, da Atalaia e do Sancho, ir ao Mirante da Baía dos Porcos (que tem o Morro Dois Irmãos, o cartão-postal da ilha), fazer um passeio de barco acompanhado por golfinhos, fazer o mergulho de batismo (é o primeiro mergulho com cilindro, acompanho de um guia), ir ao Forte de Nossa Senhora dos Remédios (pela vista e/ou pôr do sol), caminhar pela Vila dos Remédios e conhecer as praias próximas a ela (Cachorro, Meio, Conceição). Outros passeios: Barco Navi, Caminhada Histórica, trilhas, plana sub, Mirante dos Golfinhos, Projeto Tamar, Museu dos Tubarões. Eventos interessantes:
Captura de Tartaruga na Praia do Sueste.
Desova das tartarugas na Praia do Leão (abertura dos ninhos), quando for a época.
Festival gastronômico no Zé Maria, às quartas e aos sábados. Vale dar uma olhadinha no Tripadvisor para ver os comentários.
Praias (Há outras, como a da Enseada da Caieira e da Bitoca, mas aqui estão aquelas mais vistas pelos turistas):
- Sancho
- Baía dos Porcos
- Praia da Atalaia
- Praia do Sueste
- Praia do Leão
- Praia do Cachorro
- Praia do Meio
- Praia da Conceição
- Cacimba do Padre
- Praia do Porto de Santo Antônio
- Praia do Boldró - Quixabinha - Praia do Bode - Praia dos Americanos
Importante:
- É preciso ter o ingresso para o Parque Nacional Marinho (vale por dez dias e o preço você pode ver aqui) para ter acesso aos lugares mais belos de Noronha. Você pode comprar esse ingresso online (foi isso que eu fiz) - é só entrar no site Parnanoronha (Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha) e fazer a compra com seu cartão de crédito. É preciso fazer o cadastro. Brasileiro e residentes permanentes no Brasil têm desconto de 50%. Após o pagamento, você receberá seu voucher no seu computador e é só imprimir e levá-lo com você. Entretanto, esse papel não dá direito a entrar nos parques. É preciso trocá-lo por um ingresso válido (um cartão de plástico com código de barra) quando você chegar na ilha, pois eles irão tirar uma foto sua para deixar no seu cadastro fotográfico. Leve junto um documento que possua fotografia (RG, RNE, CNH ou passaporte). No seu papel impresso, você encontrará, além do número do voucher, os locais para retirada dos ingressos na ilha. Nós os retiramos no quiosque da Praça Flamboyant (das 8:00 às 22:00). Se tiver dúvidas sobre o ingresso, escreva para: atendimento@parnanoronha.com.br - É obrigatório pagar também uma taxa de preservação ambiental (TPA). Você pode pagar através do site oficial de Fernando de Noronha ou no aeroporto da ilha. O valor depende do número de dias que você vai ficar na ilha (a contagem de dias para pagamento é como nos hotéis, ou seja, paga-se pelo número de noites de hospedagem). Eu imprimi o boleto pelo site e paguei no Banco Santander.
- Leve sempre um número de telefone de táxi com você se não estiver com buggy alugado.
Observações: - Não acho que vale muito a pena alugar buggy em Noronha. Há táxis e ônibus. Os táxis são caros, mas o aluguel de buggy também é. Acho que o buggy vale mais a pena se você for a mais de três lugares distantes no mesmo dia. Faça seu roteiro do dia e veja o que mais compensa. - O fuso horário de Fernando de Noronha é de 1 hora a mais que o horário de Brasília. No horário de verão, fica com o mesmo horário. - A voltagem da ilha é de 220v.
- Se você pegar os dias de "swell" em Noronha, poderá ter seus passeios no mar cancelados devido às enormes ondas provocadas pelo fenômeno. - A maioria dos passeios pode ser agendada em sua pousada. - O Mar de Dentro é voltado para o Brasil (para o continente) e o Mar de Fora é voltado para a África. O Mar de Dentro é o lado abrigado do vento, por isso está geralmente mais tranquilo. Já o Mar de Fora recebe mais influência do vento e é, portanto, mais agitado. - Transfer In/Out: geralmente é oferecido como cortesia pela pousada. Caso não tenha, o valor de cada transfer em janeiro de 2015 custava R$ 60,00.
- O consumo da água nas pousadas deve ser sempre racionado, pois a água potável na ilha é escassa.
- Melhor separar um dia inteiro para fazer o mergulho de batismo. Você pode contratar alguém para tirar fotos e filmar durante esse mergulho. A empresa "mais bem falada" em Noronha para fazer esse passeio é a Atlantis. Mas tem também a Noronha Divers e as Águas Claras. Eu não quis fazer o batismo porque primeiro, tive um pouco de medo, e segundo, porque eu já tinha visto tubarão (mas um filhote só), tartarugas, golfinhos e peixes diversos. Além do mais, é um passeio bem caro, mas dizem que a experiência é incrível. Se eu não tivesse tão receosa, teria feito. Mas tudo mundo diz que é tranquilo, se você não tiver nenhuma restrição médica. Curiosidades: - A ilha de Fernando de Noronha tem cerca de 2.600 moradores. - Fernando de Noronha é um arquipélago de origem vulcânica. Restaurantes geralmente recomendados na ilha: Mergulhão, Pousada Teju-Açu, Bar Duda Rei, Pousada Zé Maria (é necessário reservar com antecedência para o festival), Pousada Maravilha, Varanda
Programas Noturnos: Há uma programação de shows em cada bar. - Bar do Cachorro - Pizzaria Muzenza - Bar do Ginga
Não se esqueça de levar: Protetor solar, chapéu ou boné, snorkel e máscara de mergulho (mas pode alugar na ilha), máquina fotográfica aquática (também pode alugar), repelente, mochila, um remedinho se você se enjoa em passeios de barco, tênis.
Agências de turismo: Há algumas na ilha. A agência que fez a nossa recepção, através da CVC, foi a Atalaia. Gostei. Os funcionários foram pontuais e solícitos. No dia do check-out fizemos a Caminhada Histórica com eles de manhã e às 13:30 foram nos pegar na pousada para nos levar ao aeroporto. Se quiser, o contato deles é: reservas@atalaia-noronha.com.br Aluguel de equipamento na ilha: Pagamos pelo kit nadadeira, snorkel, márcara e colete R$20,00 para o dia inteiro pelo receptivo Atalaia (valor de janeiro de 2015). Como eu já tinha a máscara e snorkel, paguei R$15,00 a diária.
Como chegar: Duas companhias aéreas têm voos regulares (com conexões) para Fernando de Noronha: a Gol e a Azul. Viajar com pontos SMILES a Fernando de Noronha: É possível, desde que você compre com muita antecedência, mas a quantidade de milhas é maior do que para outros destinos nacionais. Eu consegui comprar as passagens inteiramente com as milhas com oito meses de antecedência. É muito caro viajar para Noronha, então pelo menos não pagar pelas passagens aéreas já dá um alívio no orçamento.
Quantos dias devemos ficar em Fernando de Noronha? Nós ficamos seis dias (já contando os dias de check-in e check-out) e acho que esse é o mínimo necessário para fazer os passeios principais da ilha. Dá até para ficar um dia a menos, se você tirar algum passeio, mas acho um pecado. Já que pagou tão caro para estar ali, aproveite um pouco mais... NOTA DE ATUALIZAÇÃO (23/12/15): Pela primeira vez na história de Fernando de Noronha, houve um ataque de tubarão contra um ser humano. O acidente ocorreu na Baía do Sueste e a vítima foi um turista paranaense, Marcio da Silva, de 32 anos. Ele teve sua mão e parte de seu antebraço direito arrancados pela mordida de um tubarão-tigre (espécie considerada agressiva) enquanto fazia snorkel. Ele foi levado para o Hospital São Lucas, que é o único da ilha, e depois transferido para Recife, para o Hospital da Restauração, onde se recuperou. O acidente aconteceu no final da tarde do dia 21/12/15. O ataque é considerado raríssimo em Fernando de Noronha. O turista, em entrevista para a imprensa, disse que foi surpreendido com o tubarão se aproximando à sua frente e abrindo a boca. Por causa do acidente, o horário dos mergulhos na Praia do Sueste sofreu alterações, terminando mais cedo, às 15:00. Veja dois vídeos com entrevista com o turista aquie aqui. Data desta viagem: janeiro de 2015 Vou relatar meus passeios em Noronha conforme foram feitos a cada dia para que você tenha noção do quanto se dá para aproveitar num dia inteiro na ilha.
DIA 1: Chegada a Fernando de Noronha. Destinos turísticos: Vila dos Remédios, Bar do Cachorro, Restaurante Muzenza
O voo da Gol chega em Fernando de Noronha por volta das 15:05. Até você chegar à sua pousada, vai levar mais uma horinha. Se você ainda for assistir a uma daquelas palestras de boas-vindas (quem vai de pacote de agência de turismo vai ter de assistir), você vai levar ainda um pouco mais de tempo. Se não for de pacote, você pode pegar um táxi direto até sua pousada. Então, o dia de chegada à ilha não dá para fazer muita coisa. Por isso, minha sugestão é que você aproveite o fim da tarde para caminhar pela Praça dos Remédios, que é o centrinho de Noronha, e para resolver algumas pendências (reservar passeios, consultar tabela das marés, pagar ou pegar a carteirinha de ingresso aos parques na Praça Flamboyant, inteirar-se das datas de eventos, tais como a Desova das Tartarugas, os dias dos shows nos bares etc.). Se possível, agende assim que chegar à ilha seu mergulho na Praia da Atalaia, pois é muito difícil conseguir uma vaga. Dependendo do que você decidir fazer no dia de chegada, pode ainda dar tempo de assistir ao pôr do sol na Praia do Cachorro, que fica no final da Vila dos Remédios, ou na Praia do Meio, que fica só um pouco mais distante, mas dá para ir a pé a partir da Vila. E, claro, ainda dá para curtir a noite, mas lembre-se de que os passeios começam cedo em Noronha e o ideal é que você esteja bem disposto para aproveitar o máximo da ilha. Também dá para assistir a uma palestra do Projeto Tamar, mas veja antes se o tema do dia é de seu interesse. Assim que chegamos à ilha, fomos recebidos pelo nosso receptivo (Atalaia), pois fechamos o pacote da nossa pousada (Paraíso do Atlântico) com a CVC, já que os preços oferecidos por essa agência estavam mais atraentes (parcelaram em 10 vezes sem juros). Sim, encontrei na internet outras pousadas mais baratas do que a Paraíso do Atlântico, mas elas não me agradaram muito. Falo mais de nossa pousada no final desta postagem, OK? Bem, o que eu estava tentando dizer é que, por estarmos indo de pacote, tivemos que assistir a tal palestra de boas-vindas. A van da Atalaia fez o transfer do grupo deixando cada um em sua pousada, mas antes parou num lugar onde nos apresentaram o vídeo com a palestra, que é sobre os passeios que podem ser feitos na ilha e algumas instruções, por exemplo, para não prejudicarmos o meio ambiente. Esse vídeo dura em média uns 20 minutos. Muita gente mete o malho nessa parada dizendo ser uma perda de tempo e a oportunidade que eles têm de vender os passeios. Mas quer saber? Eu até gostei porque ali mesmo já deixei alugado o equipamento de mergulho que nós precisaríamos para o dia seguinte (eles entregaram no mesmo dia na nossa pousada e o preço cobrado era o mesmo de outros lugares) e ainda deixei agendado o passeio chamado "Caminhada Histórica", que já veio incluído no meu pacote com a CVC (eu só reservei a pousada com a CVC, mas isso nos dava direito ao transfer, a um seguro viagem e a esse passeio). Não comprei nenhum outro passeio nessa parada da palestra porque eu já fui para a ilha com meus passeios pré-agendados (Ilha Tour e passeio de barco com Trovão dos Mares). Minha sugestão é que você chegue à ilha já com todas as suas pesquisas de passeios e preços e na hora da palestra você decide se é melhor fechar com eles ou não.
A chegada a Fernando de Noronha e a vista de dentro do avião. Fui sentada no lado esquerdo do avião da Gol e tive esta vista do cartão-postal da ilha pouco antes de aterrizarmos.
AEROPORTO DE FERNANDO DE NORONHA:
O Aeroporto de Fernando de Noronha é bem pequeno. Nele, você terá de pagar a taxa de preservação ambiental. Se já tiver pago pela internet, de qualquer forma, precisará entrar numa outra fila para mostrar seu comprovante de pagamento e fazer seu check-in na ilha.
O pequeno Aeroporto de Fernando de Noronha.
Nosso voo de chegada ao Aeroporto de Fernando de Noronha.
E já no Aeroporto de Fernando de Noronha, você é recebido pelo Morro do Pico.
BAR DO CACHORRO:
O Bar do Cachorro é um bar pelo qual o turista vai inevitavelmente passar em frente. Isso porque ele fica na Vila dos Remédios (passagem obrigatória num passeio turístico), com vários pontos turísticos em seu redor: a Igreja N. S. dos Remédios, a Fortaleza dos Remédios e a praia, adivinha de qual nome? A Praia do Cachorro, é claro. O Bar do Cachorro fica bem de frente para a Praia do Cachorro. Devido à sua localização, o bar tem uma varanda para que todos possam desfrutar da vista da praia. O bar também fica do lado da rua que dá acesso à Praia do Meio. Ou seja, como falei, não tem como não se deparar com o Bar do Cachorro. E não tem como não entrar nele, seja pela varanda (não é preciso consumir nada no bar para entrar e ver a Praia do Cachorro a partir de sua varanda, mas é muito bom sentar ali e tomar uma bebida, por exemplo), seja pelas animadas noites de forró e maracatu que propicia, ou, melhor ainda, por ambas as coisas. De noite, não dá para ver a praia a partir do Bar do Cachorro porque ela fica um breu, por isso meu conselho é que você entre no Bar do Cachorro de dia e de noite. (Mais adiante, mostro mais fotos do Bar do Cachorro em diferentes dias do roteiro.)
Nós entramos três vezes no Bar do Cachorro. A primeira vez foi logo depois do check-in no hotel, após percorrermos a Vila dos Remédios. Iríamos jantar lá, mas o menu nesse sábado estava muito fraco, pois muitos produtos estavam em falta (pelo que vi, isso pode acontecer com frequência na ilha), só havendo alguns poucos petiscos. E o forró não haveria nesse dia. Então, saímos de lá e entramos num restaurante em frente, no Muzenza.
O interior do Bar do Cachorro, com bem pouco movimento nessa noite de sábado de verão. A maioria dos restaurantes e bares em Fernando de Noronha segue esse estilo rústico e simples.
RESTAURANTE MUZENZA:
O Restaurante Muzenza fica ao lado da Igreja N. S. dos Remédios. Nele rolam música ao vivo e shows de samba, reggae e pop rock em dias específicos da semana. É um lugar bem simples, mas é muito elogiado pela animação dos seus shows e suas pizzas.
Como o menu do Bar do Cachorro estava fraco naquele sábado, resolvemos entrar no Restaurante Muzenza. Mas, para nossa surpresa, o cardápio deles também estava com vários itens faltando. Os restaurantes da ilha dependem da chegada dos barcos com as mercadorias para se abastecerem (os produtos chegam em remessas semanais). Enfim, ficamos por lá mesmo. Repare que àquela hora, 21:00 aproximadamente, o restaurante estava vazio. Era um sábado e acho que o show de reggae só aconteceria a partir das 22:30. Antes dos shows, pelo que vi na ilha, o povo não se anima muito para entrar nos restaurantes.
Repare que o Restaurante Muzenza, assim como o Bar do Cachorro, é um lugar bem simples. Como os shows em Fernando de Noronha começam tarde e como nós teríamos que acordar cedo no dia seguinte cheios de energia para o Ilha Tour, resolvemos não esperar pelo show.
Com as poucas opções que tínhamos no cardápio (não queríamos pizza...), resolvemos pedir o filé de peixe (filé de cavala, que vendem muito na ilha). Estava razoável. E o roteiro de nosso primeiro dia em Fernando de Noronha terminou aqui. Voltamos a pé para a nossa pousada e descansamos para o dia seguinte, o melhor de todos.
DIA 2:
Destinos turísticos: As praias do arquipélago com o Ilha Tour Roteiro: Mirante das Caracas, Mirante da Maré Gráfica, Praia do Leão (somente mirante), Praia do Sueste (parada para mergulho com guia), Praia do Sancho (parada), Baía dos Porcos, Praia Cacimba do Padre (parada), Mirante do Buraco da Raquel, Museu dos Tubarões (visitação interna), Vila dos Remédios (sem caminhada), Praia do Cachorro (somente mirante), Praia do Meio (somente mirante), Praia da Conceição (parada), Praia do Boldró (somente mirante), Forte de São Pedro do Boldró (parada para ver o pôr do sol) OBS: Não se esqueça de que para este passeio é preciso levar sua carteirinha (ingresso) do parque, aquela carteirinha que se compra (ou se pega se já tiver sido paga pela internet) no quiosque da Praça Flamboyant. Mas se você se esqueceu, não se desespere. Diga ao funcionário do PIC o número de seu CPF, pois com esse número ele consegue acessar seu ingresso no sistema. E como ele verá sua fotografia na tela (eles tiram uma foto sua na hora em que você pega sua carteirinha no quiosque), não há como trapacear. Pelo menos, isso aconteceu com a gente no único dia em que esquecemos de levar nossa carteirinha. Não houve problema. Bastou dizer nosso CPF. Mas o melhor é evitar esse esquecimento. Vá que um dia eles impliquem... O Ilha Tour de Fernando de Noronha:
O Ilha Tour (ou "Ilhatur") é um passeio pela ilha inteira que geralmente é feito numa caminhonete 4x4, podendo levar até 10 pessoas. Ele dura quase o dia inteiro, começando às 8 horas da manhã e terminando com o pôr do sol em algum ponto paradisíaco da ilha (acho que geralmente é no Mirante do Forte São Pedro do Boldró). Há parada para o almoço, mas não está incluído no preço do passeio, e cerca de duas ou três paradas para mergulho. Esse provavelmente será seu dia mais bem aproveitado em Noronha porque o passeio objetiva levar o turista a conhecer praticamente todas as praias da ilha (claro que, por falta de tempo, algumas praias você verá só de um mirante), por isso é um passeio que deve ser feito logo no seu segundo dia em Noronha. Pois no final desse dia você saberá dizer quais praias mais gostou para voltar a elas por conta própria nos dias seguintes.
Algumas pessoas aconselham levar um lanchinho (um saquinho de biscoito, por exemplo) e água porque em determinados pontos não há nenhum lugar para comprar nada, por exemplo, na Praia do Sancho. Mas lembre-se de que há bebida e comida no PIC, que fica na entrada da passarela que dá acesso à Praia do Sancho. Eu particularmente não senti falta de comida, mas uma garrafinha d'água foi muito bom eu ter levado.
Minha opinião sobre o Ilha Tour: Tem gente que julga desnecessário fazer o ilha tour, achando melhor alugar um buggy e conhecer as praias por conta própria. Acho que não dá para dizer que um tipo de passeio é mesmo melhor do que o outro porque isso depende muito da preferência de cada um. Em vez de dirigir, eu, particularmente, adoro ser conduzida por alguém que conhece muito bem aquele lugar ao qual eu nunca fui e que, ao mesmo tempo, pode me contar histórias sobre o lugar e dar dicas. Não preciso me preocupar com mapas, onde vou estacionar o carro, etc. Então, fiquei muito satisfeita com o Ilha Tour. Fui apresentada às várias praias de Noronha por um guia que sabia tudo da ilha e ainda nos levou para um mergulho, nos puxando por meio de uma boia aos pontos exatos do mar da Praia do Sueste onde encontraríamos as tartarugas, os tubarões, etc. (se quiser esse mergulho também, verifique antes com sua agência se isso está incluído no seu Ilha Tour). Além disso, não achei muito caro se dividido com uma ou mais pessoas. Lembre-se de que o aluguel de um buggy em Noronha também é caro. Enfim, na minha opinião, para quem tem pouco tempo em Noronha, o Ilha Tour vale muito a pena, apesar de corrido e um pouco cansativo.
Outras opiniões sobre o Ilha Tour, você tem acesso no Tripadvisor, inclusive com indicações de guias.
* Dicas sobre o Ilha Tour:
1. Repasso a dica de um viajante que peguei no site Viaje na Viagem quanto à contratação do guia Clésio para fazer o Ilha Tour. Como os comentários sobre esse guia local foram bem positivos, resolvi contatá-lo antes mesmo da viagem para já deixar nosso passeio agendado para nosso segundo dia na ilha. O valor do passeio é de R$ 400,00, mas ele leva até quatro pessoas nesse tour, portanto cada um paga R$ 100,00, ficando mais barato do que se costuma pagar nas agências (R$ 130,00) e com a vantagem de se estar num grupo menor. Os valores apresentados nesta postagem estão de acordo com janeiro de 2015. Como não apareceram outros turistas para ele querendo fazer o Ilha Tour no mesmo dia que a gente, então o passeio nos custou um pouco caro, R$ 200,00 por pessoa. Mas sabe que foi até melhor termos ido somente nós? Assim, o passeio foi exclusivo, decidíamos quanto tempo iríamos ficar em cada lugar. E outra coisa: no mergulho na Praia do Sueste, eu me enjoei muito. Não sei porquê, acho que porque não estava acostumada a ficar nadando por tanto tempo numa mesma posição. Então, pouco antes do mergulho terminar, eu pedi para o guia voltar porque eu realmente não me sentia bem e ainda faltava muito "mar" para voltarmos (ele leva até 4 pessoas na boia). Se estivéssemos com mais duas pessoas, eu iria atrapalhar a curtição deles por causa do meu mal-estar. Resumindo, apesar de ter ficado caro, nós gostamos muito do Ilha Tour exclusivo e também indicamos o Clésio por sua competência e simpatia. Ele acabou sendo nosso motorista de taxi também em muitos passeios. Aliás, foi seu táxi que ele utilizou no Ilha Tour. Se tiver interesse, o telefone do Clésio é: 81-9854-9080 / 81-8565-7079. E o e-mail é: clesiofen@bol.com.br 2. Evite carregar materiais excedentes no Ilha Tour, para não carregar peso desnecessariamente. O que você não for precisar, o guia guarda dentro do carro e o deixa trancado. Descer e subir a escada da Praia do Sancho com muito peso é trabalhoso. Roteiro do Ilha Tour feito com o nosso guia: Abaixo, mostro as paradas realizadas em nosso Ilha Tour, na ordem em que aconteceram, e o que fizemos do início ao fim. Lembrando que, para esse passeio, o guia pega e deixa o turista em sua pousada.
MIRANTE DAS CARACAS:
O Mirante das Caracas foi a primeira parada no Ilha Tour.Ali contemplamos a vista e ouvimos explicações do guia sobre aquele lugar.
A vista no Mirante das Caracas.
Mirante das Caracas - Fernando de Noronha.
Mirante das Caracas.
TRILHA DA MARÉ GRÁFICA:
Do Mirante das Caracas, fomos caminhando pela mata da Trilha da Maré Gráfica, para chegarmos a outro mirante, o Mirante da Maré Gráfica.
Trilha da Maré Gráfica. É feita desta forma, pisando na terra, no meio do mato, em harmonia com a natureza. Mas a trilha é bem curta.
MIRANTE DA MARÉ GRÁFICA:
Somente quando cheguei ao Mirante da Maré Gráfica é que eu pude entender como é feito o mergulho com a boia na qual o turista se segura sendo puxado por uma cordinha pelo guia (primeira foto abaixo). É preciso ir de colete flutuador, máscara de mergulho, snorkel e pés de pato.
Mirante da Maré Gráfica. Guia e turista nadam com a ajuda de uma boia, que está sendo puxada pelo guia. Se os turistas se cansam de nadar, o guia os puxa pela cordinha. Haja força e fôlego por parte do guia, né? Mas eles já estão acostumados. Veja como as águas são transparentes.
Estes que nadam aqui com a boia saíram lá do outro lado da praia (onde vemos a areia ao fundo). Uma distância e tanto (pelo menos, pra mim rsrsrs). Mas todo esse mar aqui é raso, segundo nosso guia.
Do Mirante da Maré Gráfica, vimos a Ilha Trinta Réis, a Ilha dos Ovos e a Ilha do Frade. À esquerda, ao fundo, o Morro do Pico.
Esta pequena área, segundo nosso guia, é chamada de "Prainha" ou "Areal", onde é possível avistar os filhotes de tubarão com a claridade do sol. Por aqui também, de vez em quando, de 10 a 15 minutos, sobe uma tartaruga para respirar. Se eu não me engano, fui aqui mesmo que vimos uma tartaruga fazer isso.
Mirante da Maré Gráfica - Fernando de Noronha.
Depois voltamos para o estacionamento para rumarmos para outro ponto de contemplação da ilha, que seria a Praia do Leão.
PRAIA DO LEÃO:
A Praia do Leão é considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, mas é, segundo nosso guia, uma das praias mais perigosas de Fernando de Noronha. Ele disse que as pessoas nem percebem, mas quando passa a onda, se forma um redemoinho de areia atrás. Já houve casos de afogamento nessa praia, inclusive. Por isso, para nadar nessa praia, deve-se ter orientação de um guia. A Praia do Leão é a praia principal de desova de tartaruga (Tartaruga Verde).
Praia do Leão, que tem mar perigoso.
Cenário da Praia do Leão, facilmente identificado por esta rocha. Veja que uma de suas extremidades parece a cabeça de um leão. Ao mesmo tempo, o corpo da rocha parece ser de uma baleia :-)
Praia do Leão - a praia que é "o berço das tartarugas".
PRAIA DO SUESTE:
Mergulhar de snorkel na Praia do Sueste é uma das coisas mais legais a se fazer em Fernando de Noronha. Ainda mais para quem nunca passou por essa experiência. Mesmo que você não saiba nadar, não há problema, pois o mar é tão raso que, para não pisar nos corais, é obrigatório o uso de colete para flutuação (colete salva-vidas). Então, perigo de se afogar, não há. A recompensa é ir ao encontro de tartarugas, raias, tubarões, lagostas e diversos tipos de peixes. Para você não sair da praia decepcionado com seu mergulho, sugiro fazê-lo acompanhado de um guia local, pois eles sabem exatamente onde encontrar os bichos.
No nosso caso, tivemos o guia do nosso Ilha Tour a nos acompanhar nesse mergulho, ou melhor dizendo, a nos "puxar" para essa aventura. Digo isso porque fomos literalmente puxados por ele por meio de uma cordinha amarrada a uma boia. Então, você é conduzido de forma bem segura. Se você não for com um guia, mas desejar um na hora para realizar esse mergulho, não há problema. Há guias no local que podem ser contratados para fazer esse trabalho (procure por guias credenciados pelo IBAMA). Eu acho que vale a pena. Inclusive, uma turista nessa praia comentava comigo que tinha ido mergulhar lá um dia antes, mas sem guia. Conclusão: ela precisou voltar no dia seguinte para contratar um guia, pois não tinha conseguido ver nada. Porém, se você sabe mergulhar bem, talvez não precise de guia.
O mergulho na Praia do Sueste só não foi perfeito para mim por dois motivos: depois de uns vinte minutos de mergulho, eu comecei a sentir enjoo. Graças a Deus o guia disse que já estávamos terminando, mas mesmo que não estivéssemos, eu iria ter querido voltar antes. O guia disse que provavelmente o enjoo se deu porque não devemos ficar levantando a cabeça (fiz isso algumas vezes), mas acho que foi devido àquela mesma posição por tanto tempo nadando de barriga para baixo que eu não estava acostumada. Tanto que no retorno, eu fui um tempo boiando de barriga para cima e me senti melhor. Ou foi o uso da máscara de mergulho Easybreath que eu usava pela primeira vez e que eu não achei lá essas maravilhas. A vantagem de se mergulhar com essa máscara é você poder respirar pelo nariz e pela boca ao mesmo tempo e normalmente. Mais adiante, na Praia da Atalaia, mostro uma foto minha usando a máscara Easybreath.
O outro motivo que fez o meu mergulho na Praia do Sueste não ter sido perfeito foi o fato de eu ter achado que iria encontrar muito mais bichos, imaginava ver cardumes passando por mim. Vi algumas tartarugas, mas mal consegui ver a raia, não vi tantos peixes assim, e vi um filhote de tubarão que, de tão rápido que ele nadou, nem consegui fotografá-lo. Ah, ainda há mais um detalhe: não espere águas cristalinas na Praia do Sueste, pois é uma praia de mangue, então a água é turva e cheia de algas.
Além da experiência do mergulho, a Praia do Sueste oferece um showzinho com as tartarugas no evento chamado "Captura Intencional de Tartarugas Marinhas", sobre o qual falo mais adiante.
Para a Praia do Sueste, não se esqueça de levar: equipamento de mergulho, protetor solar (você vai ficar muito tempo com as costas viradas para o sol), câmera aquática, a carteirinha de ingresso no PIC.
Então, depois da parada de contemplação na Praia do Leão, fomos ao mergulho na Praia do Sueste. Deixamos as coisas que não precisaríamos no carro e levamos para a areia somente o equipamento de mergulho e a máquina fotográfica. As fotos dessa aventura estão abaixo.
No mar da Praia do Sueste, uma das primeiras espécies de animais que você vai logo encontrar é a tartaruga.
Conforme nosso guia ia encontrando e nos mostrando os animais debaixo d'água, ele fazia uma parada e dava explicações sobre aquela espécie. Veja aqui como é a boia usada no mergulho. O guia puxa os turistas por essa cordinha. Praia do Sueste, Fernando de Noronha.
Para mergulhar na Praia do Sueste, é obrigatório o uso de colete flutuador, máscara, snorkel e pés de pato.
Outra tartaruga que encontramos durante o mergulho na Praia do Sueste.
E também vimos peixinhos, é claro, no mergulho na Praia do Sueste.
Este vídeo mostra um pouco de nosso mergulho com snorkel na Praia do Sueste. Aqui você vai entender melhor como é esse mergulho em que você segura numa boia e é puxado por uma corda. Vai dar para você observar também como o mar desta praia é raso.
Depois de nossa aventura debaixo d'água na Praia do Sueste, pegamos novamente o carro, desta vez com destino à Baía do Sancho. Estacionamos o carro e caminhamos por esta ponte, que, antigamente, segundo nosso guia, não havia. Então, quando chovia, as pessoas enfrentavam muita lama aqui.
PRAIA DO SANCHO:
A Praia do Sancho é considerada a mais bonita do Brasil e essa fama perece não deixar dúvidas assim que você é apresentado a ela. Mar de água cristalina, falésias, vegetação e pouca presença humana formam ali um cenário idílico. Como era de se esperar, essa foi a praia em Fernando de Noronha que eu achei mais bonita, seguida da Praia da Baía dos Porcos.
Ter achado a Praia do Sancho a mais bonita de todas não quer dizer que tenha sido a que eu mais gostei para nadar. Pelo contrário... Eu só ouvia falar que o mar da Praia do Sancho era calminho, que era como uma piscina, mas, gente, tomei dois caldos (alguns chamam de "caixotes") como nunca antes na minha vida rsrsrs Só não foi pior porque eu estava de colete flutuador rsrsrs O mar estava agitado, então já fique sabendo que isso também pode acontecer na Praia do Sancho, por isso, antes de se jogar, principalmente se você não sabe nadar, verifique primeiro as condições do mar.
Como o mar da Praia do Sancho não estava amigo, eu desisti de fazer snorkeling lá, mas todo mundo diz que ele é ótimo para a atividade e que tem muitos peixinhos perto das pedras. Meu marido nadou um pouquinho mais distante do que eu e ele conseguiu ver milhares de "peixinhos" aglomerados, que nosso guia disse serem sardinhas. Mas, meu marido também levou um caixote fenomenal, fazendo perder na hora sua máscara de mergulho e o tubo de snorkel.
É preciso descer uma escadaria bem vertical fincada numa rocha para poder entrar na Praia do Sancho ou você pode ir nadando até ela a partir de uma embarcação, se você for bom nadador. Se você não tiver condições físicas ou tiver qualquer outro problema que o impeça de descer essa escadaria, dá para apreciar muito bem essa praia por meio de seus mirantes. Por exemplo, seguindo pela trilha desde o Mirante dos Golfinhos, como mostrarei mais tarde nesta postagem. Dos mirantes, dependendo da claridade batendo na água, dá até para observar os filhotes de tubarões nadando, inclusive entre banhistas. Mas eles não atacam os seres humanos devido ao excelente equilíbrio ecológico da ilha. (Veja nota de atualização no início desta postagem.)
Lembre-se de que para visitar a Praia do Sancho é preciso ter aquela carteirinha de ingresso no PIC.
Deck de observação da Baía/Praia do Sancho. Águas cristalinas.
Mirante para a Baía do Sancho. É claro que esta parada não poderia ficar de fora do Ilha Tour.
Fomos caminhando até chegarmos a esta fenda na rocha onde está esta escada de ferro, que é bem vertical. É que para termos acesso à Praia do Sancho é preciso descer duas escadas iguais a esta. É essencial levar o mínimo de pertences com você e colocá-los numa mochila para carregá-la nas costas, como faz o turista da foto. Assim, você tem suas mãos livres para poder se segurar bem na escada.
Veja como a escada é bem vertical e o espaço é bem estreito entre ela e a rocha. É preciso descer duas escadas iguais a essa e, na volta, é claro, tem de se fazer tudo de novo.
Depois você desce mais esta escadaria, de vários degraus, para chegar à areia da praia. O esforço compensa. A praia é paradisíaca.
Então, fomos fazer nosso mergulho com snorkel na Praia do Sancho durante o Ilha Tour, mas desta vez sem o guia nadando com a gente. Ele nos aguardava sentado na areia. E ele foi logo nos dizendo para tomar cuidado com nossa máscara e snorkel porque nossa chance de perdê-los era grande, já que o mar estava agitado. Por isso, eu não quis levar nem snorkel nem Easybreath, só meu marido é que levou o snorkel. E entramos de coletes salva-vidas a conselho do guia. E acabou acontecendo exatamente o que o guia havia previsto. Uma onda arrancou a máscara e o snorkel da cara do meu marido e esse equipamento tinha sido alugado na ilha. Quando acontece isso, você tem que pagar por um novo. Mas, graças ao nosso guia, que é um excelente nadador, conseguimos recuperar tudo. Não sei como ele conseguiu achar os objetos no mar. Nos salvou de um prejuízo. Mas nem sempre é possível achar objetos perdidos no mar. O guia mesmo não garantiu encontrar, mas tentou e conseguiu! :-)
Fomos mergulhando até chegarmos mais ou menos perto daquele barco. Foi por ali perto que duas ondas fortíssimas me pegaram de jeito e me senti como num liquidificador debaixo d'água. rsrsrs Nessas horas é muito bom ter um biquíni bem apertado no corpo rsrsrs.
Como não estávamos mais dispostos a tomar caixotes no mar, desistimos do mergulho e fomos somente explorar o visual da Praia do Sancho caminhando por suas areias. Aliás, fazer isso também é bom demais. Não é sempre que se está envolto por uma paisagem dessas.
A alta falésia da Praia do Sancho. Estávamos lá em cima. Graças àquelas duas escadas cravadas na rocha, conseguimos chegar às areias da Praia do Sancho.
A Praia do Sancho já foi eleita não somente a mais bonita do Brasil, mas também a mais bonita do mundo.
A vegetação nativa da Praia do Sancho.
Praia do Sancho.
A sensação de se estar numa praia praticamente deserta (dependendo da hora do dia e da sorte, você vai encontrar a Praia do Sancho vazia) é indescritível. Eu tentei passar esse momento mágico nesta foto.
Um momento em silêncio só entre mim e a natureza, na Praia do Sancho.
"Sozinha" na Praia do Sancho.
Se você tem medo, olhe bem antes de pisar nas pedras da Praia do Sancho, pois há muitos caranguejos por ali, andando de um lado para outro. E eles andam bem rapidinho.
Depois de nossa parada para mergulho na Praia do Sancho, fomos caminhar até o Mirante da Baía dos Porcos. O caminho é por uma passarela de madeira, que, como falei acima, trouxe muito mais conforto aos visitantes que não precisam mais ficar com os pés na lama quando chove. Essa passarela fica no meio da mata, então passamos ao lado de várias árvores, entre elas, uma que exige nossa atenção para não nos distrairmos e tocarmos nela. Tal árvore se chama burra-leiteira (sapium argutum), que é esta da foto. Pendurado num dos troncos da árvore, há o aviso de cuidado, pois ela produz látex cáustico que pode causar ferimentos na pele.
Caminhando na passarela até o Mirante da Baía dos Porcos. Em algumas dessas árvores avistamos pássaros bem típicos de Fernando de Noronha: as viuvinhas (passarinhos pequenos e pretos), as noivinhas (passarinhos pequenos e brancos) e os atobás (pássaros brancos e marrons maiores, com asas compridas e estreitas e bicos pontudos).
BAÍA DOS PORCOS:
Um dos momentos mais esperados pelo visitante em Fernando de Noronha é estar de frente para o seu maior cartão-postal, que é o Morro Dois Irmãos. Esse encontro acontece quando se chega à Baía dos Porcos, outro lugar que fica na disputa entre os mais bonitos do arquipélago nordestino. As piscinas naturais que se formam ali são uma delícia. No Ilha Tour, é feita uma parada num mirante da Baía dos Porcos, de frente para o Morro Dois Irmãos. É claro que não poderia ficar de fora!
E então chegamos ao Mirante da Baía dos Porcos. Está vendo a pequena faixa de areia à direita na foto? Pois é, não vemos ninguém ali porque na época em que visitamos Noronha (fins de janeiro), a praia da Baía dos Porcos não oferece condições para o banho. Mas, segundo nosso guia, a Praia da Baía dos Porcos é "a coisa mais linda" em outra época do ano, a saber: meados de agosto, setembro, outubro e novembro. Nessa época, a praia vira uma piscina, onde não se vê nenhuma espuma.
Pode não dar para tomar banho na praia da Baía dos Porcos, mas dá para tomar banho nas piscininhas que se formam no meio das pedras. Só é um pouco trabalhoso chegar até elas, pois é preciso tomar cuidado para não escorregar nas pedras. Esta foto mostra as pessoas tomando banho nessas piscinas naturais, mas é preciso clicar na foto para vê-la ampliada e enxergar as pessoas.
Estamos no Mirante da Baía dos Porcos, de frente para estas duas pedras (o Morro Dois Irmãos), o maior símbolo de Fernando de Noronha. É muito interessante fazer esta parada no passeio porque de cima você tem uma vista ampla e muito linda da baía.
E é no Mirante da Baía dos Porcos onde os turistas tiram aquelas fotos clássicas em frente ao Morro Dois Irmãos. Fotos como esta...
E esta... Turista que é turista não dispensa rsrsrs
E, claro, a foto do casal junto também não pode faltar em frente ao Morro Dois Irmãos.
PRAIA CACIMBA DO PADRE:
A Praia Cacimba do Padre é uma das melhores paradas do Ilha Tour por três motivos: a linda praia em si, a proximidade com a Baía dos Porcos (você vai andando na areia até chegar às piscinas naturais) e a Barraca das Gêmeas, que é um lugar muito simples, mas onde se come um peixe na folha de bananeira muito saboroso. A esta hora do passeio, já está batendo aquela fome, então entendeu por que esta parada é tudo de bom?
A Barraca das Gêmeas foi uma sugestão do nosso guia para o almoço. Como eu já tinha ouvido falar bem do local, aceitei na hora. O lugar é simples, mas a comida é gostosa, preparada na hora, dá para duas pessoas, o preço é bom e a dona é uma simpatia. E, para não deixarmos de aproveitar nenhum minutinho das paisagens de Fernando de Noronha, enquanto nossa comida era preparada (levou mais ou menos uma hora), ficamos usufruindo da Praia Cacimba do Padre e das piscinas naturais da Baía dos Porcos. Para quem vai de carro alugado, é bom saber que tem estacionamento numa área ao lado da Barraca das Gêmeas.
A cozinha da Barraca das Gêmeas.
Nessas mesas, debaixo desse toldo, é servida a comida da Barraca das Gêmeas. O lugar fica bem em frente à paradisíaca Praia Cacimba do Padre.
A Praia Cacimba do Padre (ao fundo) fica entre a Baía dos Porcos (à esquerda) e a Praia da Quixabinha (à direita), que só se forma quando a maré está baixa.
A Praia Cacimba do Padre tem campeonato de surfe e é considerada o Havaí brasileiro. Então, não é de se admirar que as ondas aqui sejam fortes. Esta praia também estava com pouquíssimos banhistas, entre eles, alguns surfistas. Ou seja, estava um paraíso!
Praia Cacimba do Padre, aqui com vista para o Morro do Pico.
Praia Cacimba do Padre, aqui com vista para um dos morros Dois Irmãos. Fomos andando até lá. Ao chegar mais próximo desse morro, você encontra o Morro Dois Irmãos igual ao do cartão-postal. Então, você está na Baía dos Porcos. Aliás o acesso à Baía dos Porcos (sem ser no mirante) se dá através da Praia Cacimba do Padre.
Praia Cacimba do Padre (visão à direita).
Praia Cacimba do Padre (visão à esquerda), vizinha das piscinas naturais da Baía dos Porcos.
Praia Cacimba do Padre.
Vindo da Praia Cacimba do Padre e se aproximando cada vez mais da Baía dos Porcos, o Morro Dois Irmãos surge igual ao que vemos nos cartões-postais. A cor do mar aqui é verde-esmeralda azulado. Tem horas que parece mais verde, tem horas que parece mais azul.
Casal descansando na Praia Cacimba do Padre de frente para o Morro Dois Irmãos. É quase que uma praia privativa. Já se imaginou assim neste cenário?
PISCINAS NATURAIS DA BAÍA DOS PORCOS:
Mesmo que você já tenha visto o Morro Dois Irmãos do mirante, eu não dispensaria uma caminhada da Praia Cacimba do Padre até aqui, a Baía dos Porcos, onde está o Morro. Aqui você terá uma outra visão e emoção. Aqui você se sente mesmo numa praia paradisíaca e, assim como fazem alguns turistas nesta foto, basta achar seu lugar na areia, se deitar ali, ouvindo aquele barulhinho de mar batendo nas pedras, e se esquecer da vida. Neste cenário, você sente paz e uma sintonia indescritível com a natureza.
Como explica uma placa aqui, a Baía dos Porcos quase não tem extensão de areia e é formada por um aglomerado de rochas vulcânicas.
Para chegar a estas piscinas naturais da Baía dos Porcos, você precisa passar por um caminho cheio de pedras. Não se esqueça de que o acesso aqui se dá através da Praia Cacimba do Padre, que é a praia vizinha. Quando a maré está baixa, dá para entrar nessas piscininhas. Aqui já havia mais turistas a desfrutar das belezas naturais.
Pise com cuidado nas pedras para não escorregar, mas não deixe de entrar nas piscinas da Baía dos Porcos nem que seja só por alguns minutos. É muito gostoso, até porque os peixinhos ficam nadando ali do seu lado.
Na piscina natural da Baía dos Porcos. Só não é muito confortável sentar ou deitar nessas pedras, mas mesmo assim vale a pena entrar aqui.
Na piscina natural da Baía dos Porcos, na companhia de peixinhos.
Avião da companhia aérea Azul, passando rente às falésias da Baía dos Porcos.
ALMOÇO NO BAR DAS GÊMEAS:
Depois do passeio na Praia Cacimba do Padre e na Baía dos Porcos, voltamos famintos para o nosso almoço no Bar das Gêmeas.
Nosso peixe preparado na folha de bananeira, que é a especialidade da "casa". Vem acompanhado de arroz, macaxeira frita, feijão e salada. O único inconveniente da Barraca das Gêmeas, pelo menos naquele dia, foi a companhia indesejada das moscas quando a comida chegou à mesa. Por isso, eles colocam esse defumador na mesa, para afastá-las. Mas eu não gostei dessa fumaça em cima da gente. Achei melhor ficar afastando as chatas com as mãos mesmo rsrs
MIRANTE DO BURACO DA RAQUEL:
O Buraco da Raquel, que é uma pedra cercada de piscinas naturais, é envolto de lendas. Nosso guia nos contou algumas, entre elas, a de que a Raquel, que era filha de um comandante militar, usava o local para seus encontros amorosos. O que não é lenda ali é que aquele cenário foi usado para as gravações da minissérie global Riacho Doce. Aliás, segundo nosso guia, a maior parte dessa minissérie foi rodada em Fernando de Noronha.
O banho aqui é proibido.
Este lugar é o famoso Buraco da Raquel, ou Enseada dos Tubarões ou Alagado do Porto. Daqui é possível avistar tubarões dependendo do horário e da maré (maré cheia).
O Mirante do Buraco da Raquel fica em frente ao Museu dos Tubarões. Eu já até tinha separado a minha última manhã na ilha para ir ver os tubarões no Buraco da Raquel no horário certo, que é na maré alta. Mas após ter visto muitos na Praia do Sancho, me dei por satisfeita.
PRAIA DA CAIEIRA:
A Praia da Caieira fica ao lado do Buraco da Raquel. Uma praia que costuma ficar deserta.
Praia da Caieira (à direita).
Praia da Caieira, vista a partir do mirante do Buraco da Raquel.
Mirante do Buraco da Raquel, que fica ao lado da Praia da Caieira.
MUSEU DOS TUBARÕES:
O Buraco da Raquel fica bem em frente ao Museu dos Tubarões. Não deixe de dar uma passadinha no museu para ver as arcadas dentárias de espécies de tubarões comuns em Fernando de Noronha. A entrada é franca. O museu também vende souvenirs e tem um restaurante que vende, entre outras comidinhas, os famosos bolinhos de tubalhau, feitos com carne de bacalhau desfiada. Há outros quitutes feitos também com a carne de tubarão.
Netuno e seu tridente rsrsrs
A sereia de Fernando de Noronha rsrsrs Estas e outras representações estão em frente ao Museu dos Tubarões.
Fachada do Museu dos Tubarões. A pausa aqui é boa para visitar o museu, comer ou beber alguma coisa e também para se ir ao toalete!
As mandíbulas dos diferentes tipos de tubarões. Por exemplo, tubarão papa-areia, tubarão bico-fino etc.
Além de arcadas dentárias, o Museu dos Tubarões vende souvenirs, tais como bonés, T-shirts, bichos de pelúcia etc. Os bonés em formato de tubarão são bem divertidos. Achei os souvenirs aqui e do Projeto Tamar mais bonitos do que aqueles encontrados na Vila dos Remédios. São mais caros também.
Uma água de coco e bolinhos de tubalhau - uma ótima pedida no Museu dos Tubarões. Os bolinhos de tubalhau, na aparência, são como bolinhos de bacalhau. No gosto, lembram também, mas os bolinhos de bacalhau são mais gostosos, na minha opinião.
O bolinho de tubalhau é crocante por fora e macio por dentro, tal como o bolinho de bacalhau. Não vou dizer que amei tais bolinhos, mas gostei.
E depois do lanchinho no Museu dos Tubarões, rumamos para a próxima etapa do Ilha Tour: a Vila dos Remédios, que já conhecíamos desde o dia de nossa chegada à ilha.
VILA DOS REMÉDIOS:
A Vila dos Remédios também nos foi mostrada durante o Ilha Tour, mas este é um lugar pelo qual você certamente passará a pé, pois é o centrinho da ilha. Aqui só vou mostrar algumas fotos para não ficar repetitivo, pois mais adiante tem mais fotos da vila, inclusive da igreja.
O Palácio de São Miguel, que é a sede administrativa de Fernando de Noronha. Estilo colonial.
Banco Santander, em frente ao Palácio de São Miguel. Ao fundo, vemos o Forte dos Remédios. À direita, ao lado do banco, está a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. A Praia do Cachorro fica logo adiante.
Praça de Armas da Vila dos Remédios e ao fundo o Palácio de São Miguel. Veja que boa parte do chão de Fernando de Noronha é com pedras, por isso é bom andar de tênis por aqui. Um dia eu andei de chinelos e meus pés ficaram imundos por causa da poeira.
PRAIA DO MEIO: As praias do Cachorro, Meio e Conceição são as que estão próximas à Vila dos Remédios. Por isso, logo após passarmos pela Praça de Armas na Vila dos Remédios, o guia nos mostrou a Praia do Cachorro (mais adiante mostro fotos, pois no Ilha Tour, vimos rapidamente) e deu uma paradinha na "estrada" para avistarmos a Praia do Meio. A parada para banho foi só mais adiante, na Praia da Conceição.
Praia do Meio, para mim, uma das mais especiais de Noronha.
PRAIA DA CONCEIÇÃO:
A Praia da Conceição é o point da ilha. Afinal, ela é fácil de ser alcançada, ficando próxima à Vila dos Remédios, exibe o fotogênico Morro do Pico, tem um badalado bar, oferece aulas de stand-up paddle, tem águas calmas ou perfeitas para o surf (dependendo da época do ano) e ainda propicia um dos mais famosos pores do sol de Noronha. Por falar em pôr do sol, uma vez li numa revista de turismo que a única coisa em que você tem de se preocupar em Fernando de Noronha é onde contemplar o pôr do sol. É verdade! São tantas praias e todas tão lindas para o evento que acaba pintando a maior dúvida de onde ir em cada um de seus contadinhos dias na ilha.
A última parada para banho do nosso Ilha Tour (cerca de 30 minutos) foi na Praia da Conceição, uma praia que, de cara, a gente já vê que é bem mais movimentada do que as demais. Mesmo assim, é uma tranquilidade ficar ali.
A Praia da Conceição é mais extensa do que a Praia do Cachorro e a Praia do Meio.
O Bar Duda Rei contribui para a fama da Praia da Conceição. Não chegamos a consumir nada lá, mas a geral fala que seus preços são salgados.
Bar Duda Rei, local de concentração da galera animada de Noronha.
O bar de praia Duda Rei também tem palco para shows. Fique ligado na programação deles.
A Praia da Conceição é linda, ainda mais que temos este fundo bem de perto, com o Morro do Pico (no canto esquerdo da praia).
Praia da Conceição - nenhum turista pode deixar de passar por ela.
MIRANTE E PRAIA DO BOLDRÓ: Antes da última parada do Ilha Tour, que seria com o pôr do sol, fomos conhecer a famosa Praia do Boldró por cima. Lembra que eu falei que não dá tempo de entrar em cada praia?
Depois da Praia da Conceição, fomos ao Mirante do Boldró.
Do Mirante do Boldró, vimos a Praia do Boldró. Segundo nosso guia, na maré baixa há ótimas piscinas naturais nesta praia.
FORTE DE SÃO PEDRO DO BOLDRÓ:
Como já falei, fica difícil dizer onde é o pôr do sol mais bonito em Noronha, mas parece que "o mais mais" de todos, ou pelo menos o mais famoso, é o do Forte de São Pedro do Boldró. Tanto que foi este o que estava no roteiro do nosso Ilha Tour. Por isso, ali ficam muitos turistas esperando o astro-rei se despedir por detrás do Morro Dois Irmãos, o símbolo mais emblemático de Noronha.
Depois, novamente pegamos o carro e seguimos para o Forte de São Pedro do Boldró para assistir ao pôr do sol.
Do Mirante do Forte São Pedro do Boldró, vemos embaixo a Praia do Americano (bem pequena, como podemos ver) e depois da pedra é a Praia Cacimba do Padre.
Só que estar no lugar mais lindo de Noronha para se admirar o pôr do sol não quer dizer que tenhamos sempre um magnífico pôr do sol, daqueles de cartão-postal. Para isto, o céu teria de estar límpido. Ainda que as nuvens tenham atrapalhado o grand finale, valeu a pena!
Muitos veículos (principalmente buggies) estacionados em frente ao Mirante do Forte São Pedro do Boldró na hora do pôr do sol, esperando seus ocupantes chegarem após o espetáculo.
E foi com o pôr do sol que terminou nosso Ilha Tour. Daqui, o guia nos levou para a pousada. Já estávamos um pouco cansados, então a noite rendeu pouco nesse dia, por isso só fizemos um lanchinho num quiosque da ilha. Eu aguardava ansiosa pelo dia seguinte para realizar uma das visitas mais sonhadas desta viagem: o mergulho na Praia da Atalaia.
DIA 3:
Destinos turísticos: Praia do Sueste (novamente), Projeto Tamar, Praia da Atalaia, Praia do Cachorro e Buraco do Galego
CAPTURA INTENCIONAL DE TARTARUGAS MARINHAS NA PRAIA DO SUESTE:
O mergulho na Praia da Atalaia estava marcado para às 14:00, então tínhamos o resto do dia livre. Como eu gosto muito de animais, eu fiz questão de ir ver a Captura Intencional de Tartarugas Marinhas que ocorre na Praia do Sueste toda segunda e quinta-feira (pelo menos eram esses os dias), na parte da manhã. Informe-se sobre o horário no Projeto Tamar ou em sua pousada. Então, voltamos à Praia do Sueste e tive tempo de tirar outras fotos de lá que no dia do mergulho não deu.
Este é o PIC (Posto de Informação e Controle) do Sueste. Para ter acesso à praia tem que passar pela portaria com seu ingresso. Aqui você tem toda a estrutura para tornar sua visita à Praia do Sueste mais agradável: lanches, aluguel de equipamento de mergulho (mas cuidado que as peças podem se esgotar; melhor já ir munido), aluguel de barracas e cadeiras de praia, banheiros, chuveiros e esta área de descanso.
A lanchonete do PIC da Praia do Sueste.
Há banheiros no PIC da Praia do Sueste.
E chuveiros também.
Área do PIC da Praia do Sueste.
O Posto do PIC (a estrutura de madeira) fica de frente para a Praia do Sueste.
Grupo de turistas se preparando para fazer mergulho de snorkel na Praia do Sueste. Todos têm de estar de coletes salva-vidas e nadadeiras.
Veja que há um grupo nadando perto das pedras à direita da praia, onde há uma concentração maior de peixes.
Alugamos cadeiras e guarda-sol e ficamos descansando na areia da praia esperando pelos biólogos (ou técnicos, talvez) do Projeto Tamar chegarem. Assim que chegaram, fincaram este cartaz da tartaruga na areia, indicando que ali seria o ponto para onde a tartaruga capturada no mar seria trazida.
E lá foi o biólogo mar a dentro à "caça" de uma tartaruga marinha para sua identificação e controle do projeto Tamar.
Praia do Sueste - Depois de cerca de uns vinte minutos, volta ele com uma tartaruga enorme nos braços. Já havia um grupo de turistas na areia esperando por este momento. As crianças adoram, gritam, fazem festa. Mas os adultos curtem muito também.
Então, o biólogo leva a tartaruga para o centro de um círculo na areia da praia. Ao redor, ficam os curiosos. Durante este trabalho de Captura Intencional de Tartarugas Marinhas, o biólogo dá explicações sobre o Projeto Tamar, que é o Centro de pesquisa e conservação das tartarugas marinhas do Brasil, das espécies ameaçadas de extinção. Conforme este biólogo explicou, Fernando de Noronha está há três décadas cuidando da preservação das tartarugas.
A Captura Intencional de Tartarugas Marinhas é, segundo o biólogo, um trabalho de pesquisa que objetiva marcar as tartarugas para que eles entendam cada vez mais sobre essa espécie em Fernando de Noronha. O pessoal de Noronha que trabalha com esse projeto já tem um banco de dados com cerca de 5 mil registros de tartarugas capturadas e recapturadas. Assim eles têm um conhecimento mais profundo de como anda a população das tartarugas na ilha.
E enquanto o biólogo da foto acima dava as explicações segurando a tartaruga capturada, eis que chega outro biólogo com outra tartaruga, esta menor. A Baía do Sueste é a principal área de alimentação das tartarugas em Fernando de Noronha, por isso é muito fácil achá-las lá.
Os biólogos fazem o trabalho de marcação das tartarugas colocando um tipo de brinco nelas em partes que não sangram. A maioria das tartarugas em Fernando de Noronha são marcadas.
Este vídeo mostra um pouco da Captura Intencional de Tartarugas Marinhas com o biólogo Felipe na Praia do Sueste. O momento de tirar a tartaruga no mar e o de devolvê-la ao seu habitat são os mais emocionantes.
PROJETO TAMAR:
Depois de assistirmos à captura das tartarugas na Praia do Sueste, fomos ao Projeto Tamar para pegar algumas informações e para agendarmos nossa Trilha dos Abreus, num posto aqui em frente. É no auditório do Projeto Tamar onde acontece toda noite uma palestra sobre uma espécie das águas de Noronha. Convém informar-se sobre a programação, para ver qual o tema que mais lhe interessa. Nós assistimos à palestra dos golfinhos na nossa última noite na ilha e gostamos, pois foi interessante conhecer um pouco mais desses animais que são tão graciosos. A palestra sobre tubarões é uma das que mais lotam o auditório.
Fachada do Projeto Tamar, onde acontecem palestras todas as noites. Nós assistimos a dos Golfinhos Rotadores, que ocorreu por volta das 20:30.
A casa do Projeto Tamar é cercada por vários "bichos de mentira". O "orelhão", por exemplo, é uma tartaruga rsrsrs
Interior das instalações do Projeto Tamar, que conta com uma loja de souvenirs (à esquerda).
No pátio interno do Projeto Tamar, agora na companhia de um tubarão.
Auditório do Projeto Tamar. A funcionária da casa me contou que quando há palestras sobre tubarões, fica até gente sentada no chão. A dos golfinhos encheu também, mas não foi a tanto.
PRAIA DA ATALAIA:
O mergulho na Praia da Atalaia é considerada uma das melhores coisas a se fazer em Fernando de Noronha e como a visitação à praia é controlada pelo ICMBio para preservação de seu aquário natural, somente pequenos grupos por dia podem ter acesso a ela. Então, não é nada raro o turista não conseguir realizar esta visita devido à falta de vaga na agenda do órgão de controle. Por isso, não vacile! Assim que você chegar em Fernando de Noronha, vá ao posto do ICMBio agendar sua visita. Se conseguir que alguém na ilha (um guia local, por exemplo) faça essa reserva para você, melhor ainda, mas para isso você já terá de ter pago as duas taxas da ilha: a da preservação ambiental e a do ingresso do Parque Nacional (a da carteirinha, que falei acima). Eles é que agendam o horário porque depende da disponibilidade e da maré. A nossa visita ficou agendada para uma segunda-feira, às 14:00. Para ter acesso à piscina natural da Praia da Atalaia, geralmente chamado de "aquário natural" devido à presença de inúmeras espécies de peixes, você precisa fazer uma trilha, que pode ser a curta (cerca de 2 km) ou a longa (cerca de 5 km). A trilha longa só pode ser feita na companhia de um guia credenciado e por isso tem um custo. Já a trilha curta é gratuita e não precisa de guia, você pode perfeitamente fazer sozinho. A trilha longa oferece vistas fantásticas, mas é preciso caminhar muito mais, andar por cima de muitas pedras (não se esqueça de ir de tênis para qualquer uma das trilhas) e, pelos depoimentos que li, você também tem a oportunidade de fazer snorking em outras praias. Porém, além de ser mais cansativa (o passeio completo, ida e volta, totaliza cinco horas aproximadamente), ainda tem o inconveniente de não se poder passar filtro solar no corpo porque não se pode entrar na piscina natural da Praia da Atalaia com qualquer tipo de cosmético para não prejudicar o habitat natural dos peixes. Então, escolher entre uma trilha e outra vai depender do interesse e das condições físicas de cada um. Como meu interesse maior nesse passeio era entrar no aquário natural da Atalaia, e como achei que iria ser penoso ficar horas debaixo do sol de verão sem filtro solar, eu optei pela trilha curta e é sobre ela que vou contar em mais detalhes nas legendas abaixo, além da experiência de se estar na Praia da Atalaia, é claro. Regras para visita à Praia da Atalaia: Ao agendar a sua visita no posto, você receberá um papel com as regras de visitação da Praia da Atalaia e deve levá-lo consigo no dia da visita. Nesse papel, há as instruções do que é obrigatório: chegar com 20 minutos de antecedência do horário agendado no portão da Atalaia (Vila do Trinta), apresentar-se ao controle de acesso à trilha portando o ingresso do parque e RG, uso de máscara, snorkel e colete flutuador, recolher todo o lixo produzido e levá-lo de volta para os pontos de coleta. O papel também vem com instruções do que não se pode fazer, entre eles: usar protetor solar, repelente e outros dermo-cosméticos e usar nadadeiras. E uma outra observação importante vem junto: "A visitação à praia e a atividade de snorkeling estão sujeitas às condições naturais, podendo ser canceladas por motivos de segurança." OBS: Não se esqueça de levar uma garrafinha d'água na sua mochila e sua câmara aquática!
O acesso à trilha curta da Praia da Atalaia é pela Vila do Trinta. Dependendo de onde você estiver hospedado, dá para ir a pé até esta entrada.
Você vai caminhando até chegar ao portão de entrada da trilha onde há uma mesa com um voluntário do ICMBio que controla a entrada dos grupos. Esse funcionário confere o seu agendamento e dá algumas instruções.
Esta é a trilha (curta) para a Praia da Atalaia. Veja que o caminho é bem marcado, então não há como se perder. Repare também que ela é cheia de pedras, pois trata-se de uma mata. Não se esqueça de ir com tênis. A caminhada dura uns 20 a 30 minutos cada trecho. Uma das instruções passadas pelo funcionário antes de você começar a trilha é a de que você não deve perder tempo na ida tirando fotos porque isso atrasa o grupo e quanto mais tempo na trilha, menos tempo na piscina natural. Portanto, o visitante deve fazer a trilha acompanhando o grupo do seu horário para que todos cheguem juntos à praia.
Visual da Praia da Atalaia, com o Morro do Frade ao fundo. As visitas só ocorrem na maré baixa.
Atrás de mim, está a servidora que controla a visitação no aquário natural da Atalaia. Veja ao fundo, à direita, algumas pessoas fazendo snorkeling. São de um grupo que já ia sair para o nosso entrar. O mergulho só pode ser iniciado depois de o servidor dar as instruções e autorizar o mergulho. Você deve nadar o tempo todo sem pisar no chão para não prejudicar os corais. Se você fugir da regra, ouvirá um apito. Se três apitos forem para você, então você terá de sair da piscina. Às vezes é difícil não encostar o pé no chão porque a piscina é muito rasa, por isso a obrigatoriedade do colete flutuador. Agora, mudando de assunto, observe que estou usando a máscara de mergulho Easybreath. Com ela, você respira normalmente debaixo d'água.
Então, entramos na piscina natural da Praia da Atalaia. Você tem direito a ficar somente trinta minutos dentro dela. Vi muitos peixes, mas não vi tantos assim como eu imaginava. Não vi nenhum filhote de tubarão para contar história.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia, que é um berçário marinho.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha. Para continuar havendo uma água transparente assim, os banhistas não podem entrar com nenhum tipo de cosmético no corpo, nem filtro solar. Por isso a visitação a esta praia é tão (bem) controlada pelo ICMBio.
Piscina natural da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha.
Piscina natural da Praia da Atalaia, de águas transparentes.
Na piscina natural da Praia da Atalaia, você nada junto com os peixes.
Praia da Atalaia, que é cheia de pedras. Para chegar aqui, andamos por cima de muitas delas. À direita, a piscina natural da Praia da Atalaia onde nadam os visitantes.
Turistas fazendo snorkeling no aquário natural da Praia da Atalaia. As bandeiras vermelhas indicam o ponto de entrada e saída da piscina. Os recifes protegem a piscina natural desta praia.
Dá para nadar bastante na piscina natural da Praia da Atalaia, que é bem comprida. Mas acho que os 30 minutos dados aos visitantes na água são mais do que o suficiente.
Snorkeling na Praia da Atalaia. Veja que a piscina natural é protegida por recifes.
Praia da Atalaia, que fica dentro do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Os visitantes podem deixar seus pertences e roupas debaixo de uma pedra no canto direito da praia (foto superior, à direita).
Hora de regressar da Praia da Atalaia. Mas não antes de registrar esta paisagem inesquecível. Mesmo se não houvesse o mergulho na piscina natural da Praia da Atalaia, só por sua paisagem, já valeria a pena a trilha.
Praia da Atalaia. Ao fundo, cercada pelos recifes, a piscina natural onde mergulham os visitantes.
Veja o caminho que temos que percorrer para chegar (ou retornar) à Praia da Atalaia. Entendeu porque você tem de ir de tênis? O tempo todo andamos no meio da mata e por cima de pedras.
O caminho de pedras da Praia da Atalaia - Fernando de Noronha. Mas o solo não é o tempo todo assim (veja na foto abaixo).
Regressando da Praia da Atalaia pela trilha curta, no meio da floresta. O passeio à Praia da Atalaia dura em média duas horas: uns 30 minutos caminhando na ida, 30 minutos nadando, 30 minutos caminhando de volta. Os 30 minutos restantes são o tempo de espera, de ouvir as instruções, de colocar a roupa de mergulho e de tirar fotos. Deixe para tirar fotos da floresta no momento do regresso para você não se atrasar na chegada à praia.
Este vídeo mostra um pouco do que vimos no aquário natural da Praia da Atalaia. A filmagem foi feita com a câmera digital à prova d'água Sony Cyber-Shot DSC-TF1 16.1 (há outras melhores, mas achei esta satisfatória). Repare nesta filmagem como a água do mar é transparente e como a piscina é rasa.
O que achei do mergulho: Apesar de eu ter gostado muito de nadar na piscina natural da Praia da Atalaia, vou confessar que eu saí decepcionada. Mas por quê?! Porque eu tinha lido tanto sobre esse lugar e que lá vemos centenas de peixes que foi exatamente isso que eu esperava encontrar. Bem, vi muitos peixinhos sim, mas não nadando em cardumes, não tantos quanto vejo em algumas fotos na internet. O vídeo acima dá exatamente a noção do que vi. Também não vi nenhum tubarão, mas a funcionária da ICMBio que estava na praia disse que havia um filhote lá há dois dias atrás e que ele já teria ido embora. Então, pode ser que a quantidade de peixinhos dependa da época em que você for ou pode ser que essa piscina natural já não seja mais como antes, como, de fato, já ouvi dizer. (Nota de atualização: Minha amiga foi à Atalaia em final de novembro de 2016 e disse ter visto muuuiiiitos peixes nesse mergulho, ao contrário de mim. Ela só não viu filhotes de tubarão. Então, aquele ditado que nem todo dia "o mar tá pra peixe" é a pura verdade.)
Bem, terminada nossa visita à Praia da Atalaia, chamamos um táxi na porta de entrada da trilha (o Clésio, nosso guia do Ilha Tour, que acabou sendo nosso motorista de táxi muitas vezes) e fomos para o Buraco do Galego, na Praia do Cachorro, pois ainda tínhamos o resto do dia em Noronha para aproveitarmos.
PRAIA DO CACHORRO E BURACO DO GALEGO:
A Praia do Cachorro é a que fica mais perto da Vila dos Remédios (pertinho da Igreja de N. S. dos Remédios) e para chegar até ela você deve descer uma escadaria ao lado do Bar do Cachorro. Quando a maré está alta não dá para ficar na praia, mas quando ela está baixa, dá inclusive para caminhar até o Buraco do Galego, que é literalmente um "buraco" numa rocha da praia onde se forma uma pequena piscina natural. Ali muitos gostam de ficar se banhando e outros, os mais jovens, gostam de pular do alto da pedra. Mais detalhes nas legendas.
Esta é a Praia do Cachorro. A maré precisa estar baixa para poder ficar na areia e atravessar até o Buraco do Galego, pois se o mar estiver revolto, a água chega até as pedras, cobrindo toda a areia. Veja que a praia é cheia delas.
Nós então descemos aqui, na Praia do Cachorro, e fomos andando até o Buraco do Galego, que é um buraco no meio da rocha onde se forma uma piscininha natural. Dá para ver nesta foto, ao fundo, na extremidade esquerda da rocha. Clicando na foto, você consegue vê-la ampliada e dá para visualizar melhor o Buraco do Galego à distância. Várias pessoas gostam de ficar ali se banhando e alguns mais aventureiros pulam do penhasco para dentro desse buraco. Mas ele não é raso, não. Também não é muito fundo, mas os meus pés não encostaram no fundo. Parece que tem três metros de profundidade.
Então fui até o Buraco do Galego (estas pessoas da foto estão de frente para ele), tomando muito cuidado para não escorregar nas pedras, pois elas são escorregadias mesmo e não é difícil alguém levar um tombo nelas.
Do Buraco do Galego, temos uma vista bonita da costa das praias. Aqui é a Praia do Cachorro, depois vem a Praia do Meio e em seguida a Praia da Conceição. Na maré baixa, dá para caminhar da Praia do Cachorro para a Praia do Meio pela praia.
Agora, sim, vemos de perto o Buraco do Galego, esta piscininha cercada pelas pedras. Você precisa consultar o horário da maré baixa.
O rapaz já está pronto para pular dentro do Buraco do Galego. Nem todos têm coragem.
E lá foi ele!
E sob o olhar atento de todos, o jovem entra no Buraco do Galego com seu salto corajoso e faz um pequeno "show" para a "plateia".
Depois de visitar o Buraco do Galego, entrei no Bar do Cachorro para poder ver como era a vista da praia a partir de sua varanda. Então, de sua varanda, uma parte da vista é esta aqui.
E a outra parte da vista é esta. O Buraco do Galego é aquele pequeno buraco que vemos na rocha, à direita, perto do mar. Repare que a varanda do Bar do Cachorro é bem em cima da Praia do Cachorro.
Em frente ao Bar do Cachorro fica a pequena Igreja de N. Senhora dos Remédios.
Para terminar bem nosso dia, fomos jantar no Restaurante Varanda, na Vila do Trinta, pertinho da nossa pousada (atrás da pousada, na verdade). Então fomos a pé, o que foi uma comodidade. O Restaurante Varanda é um dos mais conceituados de Fernando de Noronha. Os frutos do mar são a melhor pedida.
O Restaurante Varanda é grande e bem bonitinho, com espaço nas suas varandas (a varanda no fundo do restaurante é mais agradável) e no seu salão interno.
Nosso pedido foi uma das especialidades mais elogiadas da casa, o "Camarão ao Creme de Abóbora", acompanhado com "arroz de cheiro e farofa crocante". Gostamos e recomendamos! Veja o cardápio completo do Restaurante Varanda clicando em seu site, aqui.
DIA 4:
Destinos turísticos: Praia do Porto de Santo Antônio (passeio de barco), Vila dos Remédios, Praia do Meio (pôr do sol) O quarto dia em Fernando de Noronha foi o que reservou para mim o maior espetáculo de todos: golfinhos nadando em bando e dando um show à nossa frente durante o passeio de barco Trovão dos Mares. Entretanto, fiquei sabendo depois que os golfinhos nadam na frente da embarcação para protegerem o restante do grupo, pois eles veem aquela situação como um sinal de perigo. Então, aquilo para eles é muito estressante. Eu até me surpreendi com essa informação porque os golfinhos pareciam nadar tão felizes! Mas, enfim, todos no barco ficaram encantados com a companhia de tantos golfinhos (mas muitos mesmo) durante uma parte de nosso passeio. Quase sempre os golfinhos aparecem quando o barco passa pela Ponta da Sapata, mas já li relatos de viajantes que não tiveram sorte de ver. Enfim, essas coisas podem acontecer. O segundo espetáculo do dia foi feito pelo nosso astro-rei ao se despedir na Praia do Meio. Mas também com aquele cenário, não fica nada difícil agradar a plateia.
PRAIA DO PORTO DE SANTO ANTÔNIO E PASSEIO NO BARCO TROVÃO DOS MARES:
O passeio com o catamarã Trovão dos Mares se dá pelo Mar de Dentro, saindo da Praia do Porto com destino final na Praia do Sancho. A empresa busca o turista na sua pousada de manhã e depois o leva de volta numa van com outros passageiros. Há almoço no barco, que já está incluído no valor do passeio, depois de uma parada de uns 40 minutos para mergulho na Baía do Sancho. O que não está incluído é o plana sub (ou aquasub, feito com uma pranchinha a reboque), pois é uma atividade opcional a ser feita no final do passeio de barco. Na hora de reservar o passeio de barco com o Trovão dos Mares, você já pode incluir no valor do plana sub e, se no final do passeio você quiser desistir dele por algum motivo, a empresa devolve a diferença. Digo isso por experiência própria. Eu já não estava mesmo muito a fim de fazer o plana sub porque eu achei que ficar de 20 a 30 minutos segurando firme uma prancha amarrada a um barco poderia ser muito tempo. Fiquei com medo de acabar soltando a prancha... E, além do mais , eu já estava bem satisfeita com o que eu já tinha visto de vida marinha em Noronha. Acho que o plana sub não iria me oferecer muito mais, porém ele é bem divertido. Quem faz costuma adorar principalmente porque, além da aventura, você vê os peixinhos enquanto nada com sua máscara de snorkel.
Não deixe de reservar seu passeio de barco com antecedência na alta temporada porque pode ser que você não encontre mais vaga no barco para o dia seguinte, por exemplo. No dia em que estivemos na agência Trovão dos Mares para fechar o passeio, alguns turistas não conseguiram disponibilidade para o dia que quiseram. O passeio completo com o Trovão dos Mares dura cerca de 5 horas.
Chagando à Praia do Porto de Santo Antônio para o passeio de barco.
A embarcação Navi, que tem chão de vidro e design futurista, na Praia do Porto de Santo Antônio. O chão de vidro serve para se observar o fundo do mar e a vida marinha, sendo portanto uma ótima opção para quem não fizer nenhum tipo de mergulho. Não vale sair de Noronha sem ver peixinhos.
As diversas embarcações no cais da Praia do Porto de Santo Antônio - Fernando de Noronha.
Aqui, no cais do Porto de Santo Antônio, os turistas ficam à espera de seus barcos para os passeios guiados.
Praia do Porto de Santo Antônio, Fernando de Noronha. Fácil de ser identificada devido ao seu paredão de pedras (à esquerda).
Como falei acima, a embarcação que eu escolhi para realizar nosso passeio foi a Trovão dos Mares (esta da foto), devido aos bons relatos que li a respeito. O catamarã conta com cozinha e banheiros. Há um guia que acompanha todo o passeio e passa todas as informações sobre os lugares conforme vamos passando por eles.
O momento mais especial do passeio de barco rumo à Baía do Sancho foi, pelo menos para mim, a companhia dos golfinhos, que surgiram por duas vezes mais ou menos na metade do caminho. Eles nadam bem velozmente na frente da embarcação (dica: sente na parte da frente do barco).
Os golfinhos de Noronha pertencem à espécie golfinho-rotador. Recebe esse nome popular porque saltam fora d'água e realizam até sete rotações em torno do próprio eixo. Bem, não vi nenhum fazendo uma rotação, mas, mesmo assim, eles deram um show.
Os golfinhos nadam muito rápido, então não dava para fotografar todos juntos, mas havia muito mais do que estes, havia inclusive um bando nadando ao lado da embarcação.
Os golfinhos ficam protegendo o grupo de ameaças. Provavelmente estes são machos adultos e líderes do momento (a liderança é temporária e compartilhada), pois esse comportamento é característico deles. É por isso que eles acompanham as embarcações.
Os golfinhos rotadores têm um complexo comportamento social, composto de várias formas de comunicação: visual, tátil, acústica, entre outras. É bem interessante como se comunicam por atividade aérea. Estarão emitindo um tipo de mensagem dependendo do tipo de salto e batida com partes do corpo na superfície do mar.
Passeio de barco Trovão dos Mares - Fernando de Noronha.
Passeio de barco Trovão dos Mares - Fernando de Noronha.
Durante o passeio de barco, você verá um buraco na pedra feito pelo mar na Ponta da Sapata. Essa abertura na falésia é chamada de "portão" ou "portal". A Ponta da Sapata é um dos lugares preferidos pelos mergulhadores. Dependendo do ângulo que você olhar, essa abertura terá o formato similar ao do mapa do Brasil.
Ao fundo, o "portão" na falésia, na Ponta da Sapata, Fernando de Noronha.
Durante o passeio de barco, você também passará por uma rocha que tem em seu topo (à direita) uma formação que se assemelha a de um urso tocando piano. Interessante.
Veja a formação rochosa mais de perto e diga se não parece mesmo um urso tocando piano.
Podemos ver nesta foto com nitidez um golfinho pintado, que é uma espécie mais rara que há em Fernanda de Noronha. Eles não aparecem com facilidade, mas neste dia estavam lá.
Golfinhos pintados em Fernando de Noronha. Veja o golfinho à esquerda como ele é todo cheio de pintinhas brancas.
Outro golfinho pintado nadando em frente à embarcação Trovão dos Mares. Na ilha, fiquei sabendo sobre o Projeto Golfinho Rotador, criado em 1990, que tem por objetivo desenvolver pesquisas em prol da conservação dos golfinhos-rotadores de Fernando de Noronha. Devido às ações de preservação desenvolvidas pelo Projeto Golfinho-Rotador e pelo ICMBio, a quantidade dos golfinhos rotadores em Fernando de Noronha permanece praticamente a mesma desde 1990.
Golfinhos nadando em frente do catamarã do Trovão dos Mares durante passeio em Fernando de Noronha.
Não deu para fotografar os golfinhos nadando aqui, ao lado do barco, mas nestas águas, onde vemos estas ondas, havia muitos, mas muitos deles mesmo, nadando juntinhos e sincronizadamente. Alguns nadavam em frente à embarcação e o restante do grupo ao lado. Um espetáculo!
Este vídeo mostra dezenas de golfinhos nadando junto com o nosso barco Trovão dos Mares durante passeio à Baía do Sancho.
Continuamos com o passeio até a Baía do Sancho registrando incríveis paisagens.
E quando chegamos à Praia do Sancho, assim como estes outros barcos, paramos para mergulho.
O Trovão dos Mares oferece sem custo coletes salva-vidas, snorkel (faça a reserva desse material na hora de agendar seu passeio) e flutuadores para seu mergulho na Praia do Sancho. Veja a cor azul turquesa da água.
Enquanto os turistas se banhavam nas águas da Praia do Sancho, eles preparavam o barco para servir o almoço. Este lugar é lindo!
Se quiser, você pode ir nadando até a Praia do Sancho, mas depois terá de ter fôlego para voltar toda a distância percorrida até o barco.
Flutuador para mim porque eu não sei nadar direito e aqui estava fundo rsrsrs E mesmo com colete a correnteza estava puxando a gente. Mas cheguei a fazer snorkeling aqui e vi peixinhos.
O buffet do barco Trovão dos Mares é preparado a bordo. Durante a parada na Baía do Sancho, eles colocaram mesas e cadeiras para servir o almoço. Atrás daquela janela fica a cozinha. Depois colocaram as bandejas com as comidas naquele balcão e as pessoas foram se servindo à vontade. Gostei da comida. As bebidas são pagas à parte.
Hora de voltar. No caminho, vimos tartarugas copulando em alto mar.
E continuamos a ver paisagens incríveis.
A Praia do Meio.
A Praia da Conceição.
A Praia do Porto.
Chegando do passeio de barco, na Praia do Porto, onde se formam piscinas naturais cheias de peixinhos no canto esquerdo, porém só na maré baixa. A Praia do Porto é muito procurada para snorkeling e stand-up paddle.
Depois do passeio de barco, você ainda terá a tarde inteira livre em Noronha. Aproveitamos esse tempo para comprar as lembrancinhas da cidade e fomos conhecer o pôr do sol na Praia do Meio.
PRAÇA FLAMBOYANT / VILA DOS REMÉDIOS:
A Vila dos Remédios é o principal núcleo urbano de Fernando de Noronha. Dá para percorrê-la tranquilamente a pé em cerca de meia hora e ainda parando para fotos. Você passará por um bonito bosque cheio de flamboyants (árvore com copa em forma de guarda-chuva e de flores avermelhadas), por algumas lojas de souvenirs, por alguns restaurantes, por um parquinho (na Praça São Miguel), pelo prédio administrativo, pelo banco Santander, pela Igreja de N. S. dos Remédios e pelo museu (Memorial Noronhense).
Praça Flamboyant, onde começa a Vila dos Remédios de Fernando de Noronha. A praça é cheia de flamboyants (daí o nome da praça), esta bonita árvore que tem sua copa de flores bem ampla, parecendo um guarda-chuva. Bem bonita.
Em frente à Praça Flamboyant - Fernando de Noronha.
Uma gracinha o Bosque Flamboyant, cheio de flamboyants, é claro.
Os flamboyants têm flores vermelhas ou alaranjadas.
Este é o quiosque na Praça Flamboyant que vende os ingressos para o Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha.
Seguindo em frente, a partir da Praça Flamboyant, você estará no Centro Histórico e na Praia do Cachorro, depois, seguindo à esquerda, na Praia do Meio e depois na Praia da Conceição.
É na Praça Flamboyant onde você vai encontrar o comércio local, com restaurantes e bares, a maioria simples, mas com ótimos petiscos, comidinha gostosa (o Flamboyant Restaurante, na foto superior à direita, serve almoço self-service) e atendimento simpático. Neste centrinho, há também algumas lojinhas de souvenirs, mas são muito simples, com aquelas opções bem comuns, tipo camisetas, bonés, imãs, canetas etc. À esquerda, na foto inferior, vemos também o Bar do Ginga, um point noturno da ilha com música ao vivo.
Numa das ruas adjacentes à rua principal da Vila dos Remédios está uma lojinha de souvenirs que nos foi indicada pelo nosso guia do Ilha Tour, a Lojinha da Lícia. Mas estava fechada quando lá chegamos, pois algumas lojas fecham durante um período da tarde. Mas fica a dica.
Agora estou em frente à pracinha da Vila dos Remédios. Esta vila foi erguida no mesmo espaço ocupado pelos holandeses, no século XVII.
E agora estou no Pátio do Palácio, onde está o prédio da administração da ilha, chamado de Palácio São Miguel.
Em frente ao Palácio São Miguel, o banco Santander. Ao lado, vemos a igreja e, ao fundo, a Fortaleza de Nossa Senhora dos Remédios.
POR DO SOL NA PRAIA DO MEIO:
A Praia do Meio fica entre a Praia do Cachorro e a Praia da Conceição. É só pegar a rua ao lado do Bar do Cachorro, à esquerda, e seguir em frente. Também dá para ir a pé pela Praia do Cachorro, mas só na maré baixa. O pôr do sol lá é lindo. Sinceramente, gostei mais do pôr do sol na Praia do Meio do que no Mirante do Forte São Pedro do Boldró, apesar de não se ter a vista do Morro Dois Irmãos. Mas o visual daquela praia inspira a gente, o alto astral de lá é contagiante e a música que sai das caixas de som do Bar do Meio muito contribui para o clima festivo.
A estrada que leva até a Praia do Meio é assim, cheia de pedras, então melhor ir de tênis. Caminhando dá uns 20 minutos. No início da caminhada, não dá para curtir muito o visual da praia, pois há muita vegetação em frente atrapalhando. Mas depois a vista vai se descortinando.
Então, quando vimos aquela casinha branca, que é o Bar do Meio, já sabíamos que era a Praia do Meio.
Então, descemos a pé para a Praia do Meio, enquanto outros desceram de buggy.
Praia do Meio, Fernando de Noronha.
Por aqui rolava uma música bem festiva que saía das caixas de som do bar. Aqui é tudo alto astral. Ao fundo, já vemos as tendas com cortinas brancas do Bar do Meio.
Praia do Meio - Fernando de Noronha
Praia do Meio - Fernando de Noronha. Com a vista do Morro do Pico, este é um dos locais mais bonitos para se apreciar o pôr do sol.
A Praia do meio também tem uma infinidade de pedras e elas fazem o cenário ainda mais bonito.
Praia do Meio - Fernando de Noronha.
O sol se pondo na Praia do Meio e as fragatas à procura de seus alimentos.
As cabanas "relax" do Bar do Meio, na Praia do Meio, Fernando de Noronha. O difícil é conseguir uma vaga nelas no final da tarde, quando as pessoas vão observar o pôr do sol.
As cabanas do Bar do Meio têm camas na frente do paraíso para o relax ser total. Há também esteiras no chão. Com uma bebida do lado e alguns petiscos, quem quer outra vida?
Mas como o Bar do Meio estava cheio, nosso lanchinho da noite foi no Bar do Ginga, que é muito bom. Como falei anteriormente, é um dos points noturnos da ilha. Tem música ao vivo e a comida é saborosa.
DIA 5:
Destinos turísticos: Mirante dos Golfinhos, Praia do Porto, piscinas naturais dos Abreus, Bar do Cachorro
MIRANTE DOS GOLFINHOS E CAMINHADA ATÉ O SANCHO:
Ir ver os golfinhos entrando no Parque de Fernando de Noronha bem cedo é um dos programas turísticos clássicos da ilha. Porém, eu já tinha lido relatos que não valia a pena, pois mal dá para vê-los. Mas, eu poderia dar sorte, né? Minha cunhada, por exemplo, que foi à Noronha há muitos anos atrás, viu golfinhos dando piruetas no Mirante dos Golfinhos. E, apesar de já ter visto dezenas de golfinhos no passeio de barco, mais um showzinho deles só iria acrescentar coisas boas às minhas lembranças de Fernando de Noronha. Mas teve show? Bem, ficou curioso? Conto mais abaixo!
Fizemos a trilha para o Mirante dos Golfinhos, na Baía dos Golfinhos. Você caminha por passarelas assim. Chegamos às 6:30 da manhã e fomos os primeiros a chegar. É preciso "madrugar" se quiser ver os bichinhos chegando e eles passam bem rapidinho. Pegamos um táxi para chegar até aqui, que é a forma mais prática e rápida. Há a possibilidade de se chegar de ônibus, mas depois terá de andar cerca de 1 km. Tivemos a trilha só pra gente, não havia mais ninguém. A caminhada completa até chegar ao Mirante dos Golfinhos dá uma média de 20 minutos.
Então, chegamos ao Mirante dos Golfinhos, onde já estavam os biólogos estudando o comportamento dos golfinhos, que chegam sempre em grupos. Por exemplo, eles contam quantos golfinhos entram no parque. Aqui você pode usar os binóculos oferecidos pelos biólogos para poder enxergar melhor os golfinhos. De acordo com as pesquisas em Noronha, os rotadores de Noronha visitam o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha em 95% dos dias do ano.
Então, vimos sim os golfinhos passando e se tivéssemos chegado um minuto depois, já não teríamos visto nada. Mas nem deu para vermos o corpo deles, pois o grupo nadou muito rápido debaixo da água; vimos mais as ondinhas feitas por eles. Então, "no show" aqui. Bem diferente do que tínhamos visto no passeio de barco. Ah, mudando de assunto, é bom saber que não é permitido o mergulho nesta área.
Então, a ida ao Mirante dos Golfinhos não valeu a pena. Mas o passeio não foi perdido. Na verdade, foi melhor do que esperávamos, pois caminhamos do Mirante dos Golfinhos até o mirante da Praia do Sancho e vimos altas paisagens, inclusive banhistas se divertindo com os tubarões! Nesta foto, vemos as viuvinhas descansando nos galhos das árvores, coisa que você verá também neste caminho.
Então, após o Mirante da Baía dos Golfinhos, continuamos a trilha margeando a costa para tirarmos mais proveito desse passeio. Se tivéssemos feito o caminho inverso, não veríamos mais nada das praias. Minha sugestão é que você faça o mesmo. Não volte pra trás. Continue. Você não terá mais aquelas bonitas passarelas no seu caminho, mas vale a pena a caminhada mesmo pisando na terra e passando por cima de algumas pedras. De tênis é bem mais confortável.
O caminho de terra e pedra que continuamos a fazer a partir do Mirante dos Golfinhos.
A recompensa é que você vai encontrando mirantes com decks para vistas espetaculares. Este é o primeiro mirante a partir do Mirante dos Golfinhos, com a vista do Morro Dois Irmãos.
PRAIA DO SANCHO:
O caminho a partir do Mirante dos Golfinhos revela um mirante com uma vista mais bonita do que a outra. É preciso andar pela trilha para encontrá-los. Logo você estará de frente para a praia mais bonita do Brasil, a Praia do Sancho!
O segundo mirante a partir do Mirante dos Golfinhos, este ainda mais bonito, com a vista da Praia do Sancho. No terceiro mirante, vimos tubarões nadando (só a sombra deles) perto da areia e no quarto mirante vimos os tubarões com ainda mais nitidez. Bem que os biólogos do Mirante dos Golfinhos nos disseram que encontraríamos tubarões aqui, na Praia do Sancho.
A beleza da Praia do Sancho pode ser só sua!
A paradisíaca Praia do Sancho - uma praia para chamar de sua!
Chegamos ao quarto mirante e foi daqui que avistamos melhor os filhotes de tubarão. É possível identificá-los porque a água da Praia do Sancho é bem transparente, então a gente via direitinho o corpo do tubarão. Fica difícil mostrar em fotografia devido à distância e porque eles estão debaixo d'água, é claro. Mas ampliando a foto, dá para ver umas duas sombras, que são dos tubarões. Havia muitos! Alguns nadavam bem perto desses três banhistas, mas eles estavam gostando. Às vezes eles gritavam de medo, mas eles queriam mais é avistá-los debaixo d'água. A propósito, neste horário só havia estes três aventureiros na Praia do Sancho! Mais ninguém. Ou seja, se você quiser ter a praia deserta só para você, venha bem cedo, na hora que abre o PIC do Sancho, por exemplo. Era aproximadamente 7:50 da manhã quando tirei esta foto. Com sorte, você não verá ninguém aqui. A sensação de se estar numa praia paradisíaca dessas só para você é demais!!!! Se quiser, a partir daqui você pode seguir para fazer a trilha para descer na Praia do Sancho. E se continuar na trilha, no último trecho, você vai chegar ao mirante da Baía dos Porcos.
Na trilha do Sancho, que, em certas partes, é bem bonita com sua vegetação.
Então, depois do Mirante da Praia do Sancho, retornamos ao PIC Golfinho-Sancho. É aqui que você vai precisar mostrar seu ingresso válido.
RESTAURANTE MERGULHÃO:
Um dos lugares que eu quis voltar em Noronha para pegar sol e fazer snorkeling foi a do Porto, inclusive porque se pode almoçar perto, o que seria uma comodidade para a gente porque já tínhamos um passeio agendado para a tarde - a Trilha dos Abreus - então, não poderíamos perder tempo. Os poucos lugares para se comer ao redor da Praia do Porto são muito simples, inclusive há barracas na areia da praia que também vendem almoço simples (peixe frito, por exemplo). A exceção da simplicidade é o Restaurante Mergulhão, que tem um ambiente lindo com um visual mais maravilhoso ainda, pois o restaurante fica debruçado sobre a Praia do Porto. As opções do cardápio do Mergulhão são bem interessantes (como seus enormes camarões), mas os preços são um pouco altos.
Restaurante Mergulhão, na Praia do Porto. Os pratos para almoço aqui são individuais e um pouco caros. Também servem petiscos.
Restaurante Mergulhão - Fernando de Noronha.
Você pode comer dentro destas "cabanas" na "varanda" do Restaurante Mergulhão. Com este visual e esta paz, quem não quer?
O Mergulhão fica de frente para a Praia do Porto e o Morro do Pico.
Vista da Praia do Porto a partir do Restaurante Mergulhão.
Vista da Praia do Porto a partir do Restaurante Mergulhão. É lá embaixo onde saem os passeios de barco.
Em frente à Praia do Porto, na rua do lado do Restaurante Mergulhão, há algumas lojas onde você pode alugar equipamento de mergulho e câmera subaquática. Há também guarda-volume e algumas lojinhas de souvenirs e roupas.
Nessa mesma rua, há um restaurante bem simples, o Restaurante Salviano (este da foto), com pratos executivos simples, mas gostosinhos, a preços bem bacanas. Muitos locais almoçam aqui. E foi aqui que almoçamos, não somente pelo precinho camarada, mas também porque estávamos com uma certa pressa por causa do nosso próximo passeio (Trilha dos Abreus). Deixe para comer no Mergulhão quando você tiver com tempo sobrando, pois ali vale a pena "parar no tempo".
PRAIA DO PORTO DE SANTO ANTÔNIO:
Não há nenhuma praia em Fernando de Noronha onde não seja uma delícia ficar. A Praia do Porto é uma ótima pedida também porque ela está relativamente perto de tudo, com opções de restaurantes, além dela ser bem bonita, com vista para o Morro do Pico. Nas lojas de rua, você pode alugar equipamento de mergulho e numa barraca na areia da praia você aluga cadeiras de praia e guarda-sóis. Dá para fazer snorkeling (só cuidado com os barcos, pois ali há muitos) e na maré baixa há corais no canto esquerdo com muitos peixinhos (não chegamos a ir lá). Ali você também pode alugar prancha para fazer stand-up paddle ou ter aula. Tem um navio naufragado nesta praia onde você consegue chegar nadando (também não chegamos a fazer). Se preferir fazer um mergulho bacana e não souber nadar, vale a pena contratar um guia para fazer esse mergulho com você, pois todo mundo que mergulhou na Praia do Porto adorou as diversas espécies de vida marinha que encontrou por lá.
Antes do almoço, ficamos uma horinha descansando na Praia do Porto. Alugamos numa barraca da areia cadeiras e guarda-sol.
Na areia da Praia do Porto, você aluga cadeiras de praia, guarda-sóis e contrata aulas de SUP.
No tranquilo mar da Praia do Porto, com o Morro do Pico como pano de fundo.
Como eu tenho um certo medo do mar, fiz meu snorkeling na Praia do Porto na parte rasa, e mesmo assim consegui ver muitos peixinhos. Ótimo lugar para crianças fazerem snorkeling. O único problema é que, às vezes, chegam uns barcos pequenos e acabam te atrapalhando e podem até te machucar.
Praia do Porto de Santo Antônio - Fernando de Noronha.
TRILHA DOS ABREUS:
Se você gosta de trilhas e tem tempo em Noronha, precisa fazer esta, a dos Abreus, até porque ela é relativamente simples, é mais curta do que a trilha curta da Atalaia. O único "obstáculo", ou melhor, o primeiro obstáculo, são as muitas pedras no caminho, mas um par de tênis resolve o problema. Também é bom levar um repelente para usar na volta, pois você não deve passar nada no corpo se for entrar nas piscinas naturais. Leve também uma roupa apropriada para o sol ou alguma coisa (uma canga, por exemplo) para proteger seu corpo do sol (eu mesma me esqueci de fazer isso), já que não se pode passar protetor solar na ida, se for entrar nas piscinas. E leve uma garrafinha d'água. O segundo obstáculo, caso você queira descer o penhasco para entrar nas piscina naturais, é fazer um rapel, pois a descida é bem íngreme e pode ser perigoso se você não tiver condições físicas para isso. Nas fotos abaixo mostro como é essa descida. A recompensa? Nadar nas piscinas naturais no meio de um cenário idílico. Mas, e se você chegar até o ponto da descida às piscinas naturais e tiver medo de descer o penhasco? Terá valido a pena fazer a trilha? Bem, foi o que aconteceu comigo e mesmo assim eu gostei de ter ido, porque acho que a vista que você tem de cima é muito bonita e há partes da trilha com uma vegetação diferente, que, na minha opinião, deixam o cenário bem bonito. Mas se você já for fazer a trilha com a certeza de que não fará o rapel, acho melhor programar outra coisa do que ir só por causa da trilha. A única coisa que eu não gostei foi ter gasto dinheiro em vão com o aluguel do equipamento de mergulho para entrar nas piscinas. Mas, olha só, muitos fazem aquele rapel sem grandes dificuldades, meu marido é que ficou preocupado comigo e não quis que eu descesse. Mas eu teria ido... Mas não quis deixá-lo chateado :-) É preciso agendar a Trilha dos Abreus. Acho que com um ou dois dias de antecedência já é o suficiente porque ela não é muito procurada. O agendamento é no posto do ICMBio, em frente ao Projeto Tamar. Você receberá um papel com a data agendada e horário (depende da maré), número de pessoas e nomes. Nosso horário de visita ficou das 16:00 às 18:00. Muitas das instruções vindas nesse papel são as mesmas da trilha da Atalaia: chegar no horário informado, apresentar-se ao controle de acesso com o ingresso do parque e RG, levar máscara, snorkel e colete flutuador (esses equipamentos não estão disponíveis no local!), não usar protetor solar, repelente e outros dermo-cosméticos, não usar nadadeiras, etc. A visitação às piscinas também pode ser cancelada por motivos de segurança. A Trilha dos Abreus não requer guia.
Recomendações de como chegar à Trilha dos Abreus: Pegamos um táxi da Praia do Porto até o portão de entrada da Trilha dos Abreus. A corrida de táxi custou R$30,00, valor de janeiro de 2015. É um preço único e tabelado (não é por taxímetro). As corridas começam com o valor mínimo de R$ 15,00. Então, dependendo da distância, você vai pagar R$19,00, R$20,00, R$25,00 e por aí vai. Mas atenção: se você for de táxi, já deixe agendado um horário para o motorista lhe buscar porque foi um suplício para eu conseguir sinal de celular ali, no portão de acesso. Já estava nervosa, pois aquele lugar parece ficar longe de tudo e não passa ninguém por perto. Ou vá com um buggy alugado e deixe-o estacionado em frente ao portão de entrada.
Começamos a Trilha dos Abreus. Mais ou menos no início da trilha, você tem um placa que avisa: "Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. Você está acessando um ambiente natural sujeito a riscos que não podem ser de todo controlador. Desta forma, sua conduta é essencial para sua segurança. Antes de prosseguir, avalie seus limites pessoais de forma a não ultrapassá-los. Fique sempre na trilha demarcada e siga recomendações de sinalização". Pela foto, já se vê como é o chão da trilha. É preciso ir de tênis, pois há muitas pedras no caminho.
Então, fizemos a trilha para chegarmos às piscinas naturais de Abreus. No início da trilha, é só mato. Mas depois de uns 15 minutos de caminhada, paisagens como esta começam a se descortinar.
Eu, particularmente, gosto de paisagens assim, então a Trilha dos Abreus por si só já me agradou.
Percorrendo a Trilha dos Abreus para chegar às piscinas naturais.
Esta é a vista que você terá ao terminar sua Trilha dos Abreus. Eu achei que valeu a pena.
Vista que se tem ao final da Trilha dos Abreus.
Esta é a descida para as piscinas naturais da Trilha dos Abreus. Não dá para perceber aqui, mas ela é bem íngreme. As cordas ajudam na descida. Algumas pessoas que aqui chegaram fizeram a descida. Outras, não. Depende das condições físicas de cada um. É preciso tomar muito cuidado.
Estas são as piscinas naturais dos Abreus das quais você irá usufruir depois que fizer o pequeno trecho de rapel. É preciso usar colete flutuador para entrar nessas piscinas. Lá embaixo, em frente às piscinas, há um agente do ICMBio com a relação dos nomes agendados para a visita. Mas ele não ajuda ninguém a descer não. Você tem de fazer tudo por sua conta e risco.
Descida de rapel para as piscinas da Trilha dos Abreus. A turista desce com muito cuidado, mas sem grandes dificuldades.
À esquerda ficam as piscinas naturais dos Abreus. Se não descer até elas, sente numa das pedras e contemple a paisagem.
Depois de descer a parte mais íngreme do penhasco, a turista continua morro abaixo para chegar às piscinas naturais. Esta parte da descida que a turista faz agora é a mais fácil.
Piscinas naturais da Trilha dos Abreus - Fernando de Noronha.
Quem não desce para as piscinas naturais, contempla a paisagem de cima.
E então voltamos até o portão de entrada da Trilha dos Abreus e aqui é que começou meu drama para fazer o celular conseguir sinal para eu chamar um táxi. Se vier de buggy, pode deixá-lo estacionado aqui.
FORRÓ NO BAR DO CACHORRO:
Mais uma vez, voltamos ao Bar do Cachorro. Eu não podia sair da ilha sem conhecer sua famosa noite de forró. Fomos conferi-la numa quarta-feira. Quando chegamos, rolava uma música ao vivo e o espaço estava bem tranquilo, com poucos clientes, mas era porque o forró ainda não tinha começado. Por isso, não foi preciso pagarmos o couvert artístico. Mas depois havia até fila para entrar. O Bar do Cachorro é um lugar que, com certeza, eu e todo mundo indica para passar uma noite quando há show, mas, infelizmente, há só uma experiência que eu vive lá que não gostei. É que lá ficam vários gatos perto de sua mesa pedindo comida. Eu até brinquei dizendo que aquele bar deveria se chamar o Bar do Gato e não o Bar do Cachorro. Quando os camarões chegaram à nossa mesa, os gatos ficaram malucos com o cheirinho. E como eu amo animais (gatos, inclusive!), eu tinha dó das carinhas deles e ficava jogando pedacinhos de camarão para eles no chão. Só que um dos gatos à minha mesa ficou com tanta vontade de comer, que bateu com sua pata na minha mão para que eu jogasse logo a comida no chão. Sua unha estava afiadíssima e acabou me arranhando o dedo. Foi um arranhão bobo, mas, como sangrou, fiquei preocupada. Lavei a mão imediatamente com água e sabão e assim que cheguei no Rio tomei a vacina anti-tétano, que já estava mesmo precisando ser atualizada.
Bar do Cachorro - música MPB ao vivo, antes do show de forró começar.
Porção de camarões - uma boa pedida no Bar do Cachorro.
Forró no Bar do Cachorro. Aos poucos, as pessoas vão ficando menos tímidas e vão enchendo a pista com suas danças.
DIA 6:
Destinos turísticos: Palácio de São Miguel, Igreja de N. S. dos Remédios, Museu Memorial Noronhense, Forte de N. S. dos Remédios, Praia do Cachorro
TOUR DA CAMINHADA HISTÓRICA:
Na manhã do último dia em Fernando de Noronha, fizemos o "tour da caminhada histórica", aquela que dura cerca de 3 horas. Esse passeio geralmente vem incluído como cortesia no pacote da agência de turismo, se você fechar a pousada com alguma. Se quiser por fora, ele custa R$ 60,00 por pessoa. Sinceramente, acho muito caro, pois você pode fazer tudo isso sozinho. Só não terá as explicações do guia de turismo, mas uma pesquisa antes na internet já ajuda. A agência de turismo que fez a nossa Caminhada Histórica foi a Atalaia. Eles buscam os turistas nas pousadas no ônibus próprio e depois deixam de volta. Como o próprio nome diz, a caminhada é toda feita a pé, mas é tranquila, pois o trecho percorrido é pequeno. Há uma parada de uns 30 minutos para banho na Praia do Cachorro.
Dica: Deixe para fazer este tour no seu último dia em Fernando de Noronha, pois possivelmente você já terá feito tudo ou quase tudo antes. De repente, até abrirá mão desse passeio para fazer outra atividade. Nós, por exemplo, só fizemos a Caminhada Histórica porque ainda não tínhamos ido à Fortaleza de N. S. dos Remédios e ao museu. O resto, já conhecíamos tudo. Como estávamos mesmo com a manhã livre e não podíamos agendar nada de muito demorado antes do nosso embarque, este passeio valeu a pena.
Mais uma vez paramos em frente ao prédio da administração de Fernando de Noronha, pois o guia da Caminhada Histórica faz uma parada aqui com seu grupo e dá explicações.
E mais uma vez também entramos na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. Ela é do século XVIII.
O Museu Memorial Noronhense está localizado num casarão do século XVIII, na Praça do Cruzeiro S/N, na Vila dos Remédios. Para chegar à Fortaleza dos Remédios, é só seguir uma ladeira ao lado deste museu (outro ponto de referência é o Bar do Cachorro). É um museu pequeno, mas muito importante, pois documenta a história de Fernando de Noronha ao longo de mais de cinco séculos. O Tour da Caminhada Histórica da agência Atalaia faz uma parada aqui também.
Este museu é para conhecer a história do arquipélago. Você vai descobrir, por exemplo, que a ilha foi doada ao fidalgo Fernão de Loronha, em forma de Capitania Hereditária, pelo Rei de Portugal D. Manoel, em 1504, em troca do monopólio comercial entre Portugal e a Nova Colônia. Vai aprender também que de 1737 a 1938, funcionou o Presídio de Fernando de Noronha, como forma de ocupação do arquipélago, e os presidiários eram homens condenados a longas penas, ladrões e assassinos, moedeiros falsos e contrabandistas, oriundos de Pernambuco.
O material disponível no Memorial Noronhense é resultante do Programa de Resgate Documental em curso desde 1974. Ali você terá acesso a várias informações sobre, por exemplo, as presenças estrangeiras na ilha, o presídio que funcionou no local e o período militar. Esses painéis pendurados ficam espalhados pelo museu.
Depois de visitarmos o museu, subimos a ladeira (ladeira com muitas pedras) para a Fortaleza de N. S. dos Remédios. Lá você vê as ruínas da fortaleza que foi erguida pelos portugueses no século XVIII. Ao fundo, no morro do Porto, há a Capelinha de São Pedro, onde o ator Paulinho Vilhena casou. À direita, ao fundo, está a Praia do Porto.
As ruínas da Fortaleza. O guia dá explicações sobre o lugar.
Segundo nosso guia, contam-se histórias que antigamente este calabouço da Fortaleza de N. S. dos Remédios fazia ligação com o mar, pois está de frente para ele.
Vista (uma delas) a partir da Fortaleza de N. S. dos Remédios - Fernando de Noronha.
Outra vista que você terá do alto da Fortaleza de N. S. dos Remédios. Não preciso nem dizer que um dos pores-do-sol preferidos dos noronhenses e turistas é aqui, né?
O melhor do passeio ao Forte dos Remédios é a vista que se tem de lá. Por isso, não saia de Fernando de Noronha sem dar um pulo no forte. É muito fácil chegar. É só seguir pela rua ao lado do museu.
Ruínas do Forte dos Remédios - Fernando de Noronha.
Mesmo antes de subirmos a ladeira para o Forte da Vila dos Remédios, o nosso guia nos avisou para deixar nossas mochilas bem fechadas para as mabuias não chegarem perto porque elas gostam de "biscoitos recheados" rsrsrs. Você vai encontrar algumas pelo caminho.
Nosso "Tour da Caminhada Histórica" terminou com um mergulho livre na Praia do Cachorro.
Depois da Caminhada Histórica e antes de nosso embarque ao Rio, fomos almoçar no Restaurante Flamboyant, na Vila dos Remédios. O esquema foi comida por quilo e gostamos muito. Preço bom também.
Hora de voltar.. Que pena... Antes de entrar nesta fila para o check-in no Aeroporto de Fernando de Noronha, é preciso entrar em outra fila para fazer o check-out da ilha. Por isso, chegue ao aeroporto com antecedência. Veja como o aeroporto é bem pequeno.
Fachada do Aeroporto de Fernando de Noronha.
Este vídeo mostra algumas das cenas que vivemos em Fernando de Noronha: Praia da Atalaia, Praia do Cachorro e Buraco do Galego, Praia do Porto, Rochedo do Rugido do Leão, Praia e Bar do Meio, viuvinhas (pássaros), Praia do Sancho, Trilha dos Abreus, Forte de Nossa Senhora dos Remédios.
Nossa Pousada - Paraíso do Atlântico:
A maioria das pousadas em Noronha são simples, mas há as de luxo, é claro. Ou seja, há opções para todos os bolsos, porém até as pousadas simples são caras. Eu fiquei na pousada Paraíso do Atlântico, que faz parte da rede "EcoCharme". É uma pousada de categoria turística, por isso não espere muito, mas de um modo geral, fiiquei satisfeita com ela. Acho que você não consegue reservar com essa pousada sem uma agência de turismo, por isso fui com a CVC e achei que valeu a pena. Fiz mais comentários sobre a Paraíso do Atlântico no Tripadvisor, aqui. Lá relatei os probleminhas que encontrei na pousada. Abaixo, as fotos da pousada.
O quarto de casal na Pousada Paraíso do Atlântico no dia de nossa chegada. Veja que é um quarto simples e pequeno, mas nos acomodou bem. Tem ar condicionado bom e um cofre bem simples no quarto.
Quarto de casal na Pousada Paraíso do Atlântico - Fernando de Noronha.
O que mais me desagradou na suíte da Pousada Paraíso do Atlântico foi o banheiro porque um banho alagava o resto do banheiro. Não há secador de cabelo.
Uma rede de descanso em frente aos quartos da Pousada Paraíso do Atlântico. Achei simpático isso.
O nosso quarto na Pousada Paraíso do Atlântico - Fernando de Noronha. Precisando de toalha para praia, a pousada aluga.
O "salão" para o café da manhã e da tarde (já incluídos na diária) na Pousada Paraíso do Atlântico. Gostamos de ambos. Os funcionários são bem atenciosos.
Entrada da Pousada Paraíso do Atlântico. Ela está situada na Vila dos Trinta, que fica a uma caminhada de uns 20 minutos até a Vila dos Remédios. Tem ponto de ônibus em frente.
Fachada da Pousada Paraíso do Atlântico - Fernando de Noronha. Tel: 81-3366-6252 - E-mail: reservas@pousadasdecharme.com.br
E, por fim, eu não poderia deixar de falar sobre uma decepção que tive em Noronha, que é em relação à infra-estrutura da ilha. Com tanto dinheiro que entra com as taxas de turismo, muita coisa poderia ser melhorada! Ruas esburacadas, inclusive na Vila dos Remédios. Há muitos terrenos baldios na ilha também. E não me venha com o discurso ecológico para justificar essa falta, pois estou falando da própria segurança dos pedestres. Por exemplo, caminhamos à noite por uma "calçada" em direção à Vila dos Remédios que estava cheia de buracos enormes, sem nenhum tapume por cima e com uma iluminação péssima. Aliás, acho que nem havia iluminação ali. Uma criança ou um idoso andando ali, ou qualquer um, na verdade, num descuido, machucaria-se feio. Até nos próprios parques mesmo, poderia haver mais investimento para melhor receber o turista. Os próprios noronhenses reclamam dessa falta de atenção à ilha (e a eles, por consequência) e alegam que toda a verba arrecadada com o turismo vai para Recife.
Pronto, desabafei! Fora isso, Noronha é um paraíso!
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